Belém: Parque dos Oceanos em Lisboa – Projecto Oceanos III
No ranking “World Travel Awards2014”, Lisboa é pela segunda vez, o melhor porto e melhor destino europeu de cruzeiros.
Humberto Ferreira
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No ranking “World Travel Awards2014”, Lisboa é pela segunda vez, o melhor porto e melhor destino europeu de cruzeiros.
E BELÉM, se a população, a autarquia, o Governo, e os delegados da sociedade civil entenderem ser positivo, poderá ganhar a classificação de PARQUE DOS OCEANOS, projectando entre os países da UNWTO mais de duas dezenas de atracções marítimas, algumas históricas, outras contemporâneas, mas sempre relacionadas com as viagens, desportos, ou cultura marinha.
Há vantagem em apresentar ao mundo esta vocação portuguesa para o Mar como um trunfo integrado da nossa economia, ou seja, num consórcio promocional entre as complexas actividades do Mar, Turismo, Cultura, Património, Desporto, Indústrias Navais, Tecnologia, Ciência, etc.
Insisto que o projecto, que tenho divulgado semanalmente, exige a indispensável aprovação conjunta do Governo, Câmara Municipal de Lisboa, Associação de Turismo de Lisboa, e restantes órgãos públicos e privados do Turismo, do Mar, e das Comunidades Locais.
ATRACÇÕES DO PARQUE DOS OCEANOS EM BELÉM – Num perímetro de cerca de dois quilómetros quadrados, à beira Tejo e não muito distante do Estuário Natural do Tejo, na margem sul, concentraram-se, ao longo de séculos, testemunhos da história e da paixão dos portugueses pelo Mar.
Por Belém passam diariamente os maiores paquetes de cruzeiro e navios porta-contentores destinados a Lisboa, um dos mais extensos e mais belos portos europeus.
Um antigo bairro de pescadores, marinheiros e frades, Belém dispõe do maior número de monumentos, atracções e equipamentos relacionadas com a histórica época dos descobrimentos de novas rotas oceânicas, por navegadores e mercadores portugueses, que, como se sabe, estabeleceram-se desde o século XV pelo Atlântico, Índico e Pacifico.
Imaginemos, assim, uma visita, de acordo com as preferências e aptidão de cada um, aos seguintes símbolos de Belém:
(1) – MUSEU DOS COCHES, colecção de coches da Casa Real; (2) – JARDIM DE AFONSO DE ALBUQUERQUE – conquistador de Goa, Diu, Ormuz, e Bandar Melaka, na Malásia; foi vice-rei da Índia de 1503 a 1515; representado numa estátua alta, como sentinela do porto de Lisboa; as frotas de Vasco da Gama e Pedro Alvares Cabral partiram do Tejo, reunidas entre este local e uma anterior capela de Santa Maria; (3) – PALÁCIO NACIONAL DE BELÉM, integrando a Presidência da República e o respectivo Museu; (4) Entrada para o JARDIM BOTÂNICO TROPICAL, valiosa amostra da flora africana, brasileira, etc; (5) – MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS e Igreja de Santa Maria de Belém, obras-primas do Manuelino, classificadas como Sítio da Humanidade pela Unesco em 1983; (6) – MUSEU DE ARQUEOLOGIA, notável colecção de arqueologia mundial; (7) – MUSEU DE MARINHA, repositório da nossa vocação, símbolos e equipamentos marítimos; (8) – PLANETÁRIO GULBENKIAN, uma lição de astrologia e navegação; (9) – CENTRO CULTURAL DE BELÉM, acolhe a colecção Berardo de Arte Contemporânea, é palco de múltiplos eventos culturais e artísticos; (10) – FUNDAÇÃO CHAMPALIMAUD, avançado Centro Internacional de Investigação Médica para o Desconhecido; (11) – FORTE DO BOM SUCESSO, antigas peças de artilharia de costa; (12) – TORRE DE BELÉM, outra jóia do Manuelino construída entre 1514-1520, como Baluarte de São Vicente; é Sítio da Humanidade desde 1983; (13) – DOCA DO BOM SUCESSO, antiga base aeronaval da esquadrilha de hidroaviões, de onde partiu o voo de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1922 para a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, ligando Lisboa ao Rio de Janeiro, voo de teste fundamental para o rigor do sextante corretor, inventado por Gago Coutinho, para determinar a posição e rumo a uma altitude diferente do nível do mar, em relação ao sol; doca agora usada para barcos de recreio; (14) – ANTIGA ESTAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO TEJO; (15) – ALTIS BELEM HOTEL & SPA, o edifício assemelha-se a um moderno navio de cruzeiro em Lisboa, atracado junto da zona náutica de Belém; Hotel Design aberto em 2009; (16) – MUSEU DE ARTE POPULAR, colecção datada de 1940, promovendo a identidade do nosso artesanato; (17) – ESPELHO DE ÁGUA, conjunto de restauração, lojas e escritórios, num antigo espaço de dança dos anos 40, rodeado por um lago para navio modelistas; (18) – PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS, monumento de homenagem os navegadores portugueses, que acolhe exposições e eventos; do topo oferece uma bela vista sobre o Tejo e a Rosa dos Ventos, em mármore à entrada, oferecida pela África do Sul, em 1960; (19) – DOCA DE RECREIO DE BELÉM, para barcos das frotas de diversos clubes circundantes; (20) – ASSOCIAÇÃO NAVAL DE LISBOA – fundada em 1856, é o mais antigo clube náutico ibérico, conservando relíquias da vela e remo; cuja sede fica na fachada oeste do conjunto de edifícios com pinturas e esculturas da Exposição do Mundo Português em 1940; mais um restaurante-esplanada; (21) – FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VELA – sede e guarda de barcos de competição; (22) – NÚCLEO DE CLUBES DE VELA E RESTAURANTES – Clube Naval de Lisboa, Associação regional de Vela do Centro; Clube Sportivo de Pedrouços, Sport, Algés e Dáfundo, Associação Nacional de Cruzeiros de Vela; e Área de Manutenção, Assistência, e Representação de Equipamentos e Apetrechos Náuticos para embarcações de recreio; (23) – TERMINAIS DE FERRIES DO TEJO – para Trafaria e Porto Brandão; e embarque-desembarque em cruzeiros fluviais; (24) – ESTAÇÃO C.F. DE BELÉM, linha marginal Estoril-Cascais; e (25) MUSEU DA FUNDAÇÃO EDP – antiga CENTRAL TEJO, que fornecia energia eléctrica a Lisboa, com cais privativo para descarga de carvão; hoje espaço de exposição, visitas, reuniões e eventos.
É este o invulgar conjunto de atracções que dignificam BELÉM ao longo de três eixos paralelos: o do interior, mas sempre à vista do Tejo, pela rua de Belém, onde passam os transportes públicos; a estrada marginal e a linha férrea Lisboa-Estoril (lado a lado); e a avenida de Brasília, do lado sul da linha do comboio, junto à beira-rio, mais propriamente desde a Fundação Champalimaud a poente, e a Fundação EDP a nascente. CONTINUA