Congresso APAVT: A “sorte” de termos um setor como o turismo em Portugal e o “desafio” de puxar por outros setores
A fechar o 49.º Congresso da APAVT, o ministro da Economia, Pedro Reis, congratulou Portugal, as associações, as empresas e empresários pelo papel que têm tido em colocar o turismo “na ponta da economia mundial”. Anunciada foi a operacionalização de uma nova linha de apoio de 50 milhões para projetos sustentáveis.

Victor Jorge
Descobrir o Algarve através de 18 experiências de Turismo Industrial
easyJet assinala 10.º aniversário de base no Porto com oferta de descontos
ISCE reúne 34 parceiros na “Global Tourism TechEDU Conference 2025”
AVK adquire Pixel Light e consolida liderança no setor audiovisual
Air France opera até 900 voos por dia para quase 190 destinos no verão 2025
ARPTA com nova liderança
Iberia reforça ligações a Roma, Paris e Viena
Os 3 dias do RoadShow das Viagens do Publituris
SATA lança campanha para famílias com tarifa gratuita para crianças
Indústria do turismo dos EUA preocupada com queda nas viagens domésticas e internacionais
O 49.º Congresso da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, terminou com as habituais “Conversas com …”, com o convidado a ser o ministro da Economia, Pedro Reis.
Em conversa com Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, o ministro da Economia começou por afirmar e admitir, “a sorte que temos em termos um setor que nos coloca na ponta da economia mundial”, enaltecendo, assim, os números que estão previstos serem alcançados no final de 2024, os tais 27 mil milhões de euros, antecipando, desta maneira, em três anos as metas traçadas para a Estratégia Turismo 27 (ET27).
Ao destacar o papel que o setor do turismo tem tido ao longo dos anos para a economia nacional, promovendo significativamente a marca Portugal nos mercados externos Pedro Reis frisou que “o desafio é colocar os outros setores onde está o turismo, que é na primeira linha”, admitindo que “há muitos setores noutras áreas da economia.
Pedro Reis lembrou o papel importante que o turismo tem tido ao “puxar por outros setores”, enumerando o setor da agricultura, do mobiliário, da mobilidade, da construção, não querendo, contudo, “compartimentar a economia”, uma vez que há setores que são “tão transversais na economia que não sabemos onde começam e terminam”.
Certo é que Portugal precisa de uma “reindustrialização que promova o crescimento de outros setores”, dando Pedro Reis o exemplo da agricultura e do mar, admitindo que “nestes ainda há muito por e para fazer”.
De resto, o que falta a Portugal não tanto os anúncios e as promessas, mas sim “executar e fazer”, disse Pedro Reis na conversa com Pedro Costa Ferreira. Neste sentido, será já nesta próxima semana que o Governo irá operacionalizar a linha de apoio “Turismo +Sustentável”, dotada em 50 milhões de euros, incentivando, assim as empresas turísticas a adotarem uma agenda ESG (Environmental, Social and Governance, sigla em inglês), avaliando os impactos das suas atividades no meio ambiente e nas comunidades, admitindo o ministro da Economia que “são estas linhas, estes incentivos de apoio às empresas, principalmente, as PME, que faze diferença”.
O ministro da Economia enumerou, igualmente, os quatro pilares que, segundo o mesmo, são prementes para a economia: Fiscalidade, Energia, Licenciamento e Talento.
Importante para Pedro Reis é, também, “evitar-se” que esta “ideia” que existe relativamente ao turismo massivo instalada a nível internacional passe de “reação a rejeição”, frisando a importância que a “diluição no território” e a “aposta na qualificação” trará para a proposta de valor que o turismo em Portugal quer apresentar.
*O jornal Publituris esteve em Huelva a convite da APAVT