A Bestravel tem neste momento 48 agências de viagens, sendo que a última loja abriu este mês em Setúbal, enquanto a de Sacavém ter abertura prevista para os próximos dias. “O objetivo é superar as 50 agências de viagens durante o ano de 2025, e a breve prazo, o que pretendemos é a aproximação aos números da pré-pandemia, que eram 56”, disse.
Neste conjunto, conforme foi revelado, em 2024 mantiveram-se as duas agências com receitas acima dos 3 milhões de euros, tendo passado de 11 para 13 acima dos 2 milhões, e sete com mais de um milhão de euros.
O administrador da rede de franchising de agências de viagens, Carlos Baptista lembrou, no entanto, “que em 2024, com as taxas de inflação elevadas, subidas das taxas de juros, e consequentemente, perda de poder de compra, iniciámos o ano muito apreensivos em relação ao que poderia acontecer, e chegar ao final com um crescimento de 7%, é algo que nos satisfaz”. No entanto, “com o correr do ano, houve muita campanha de last minute que não tínhamos verificado em anos anteriores, devido ao excesso de oferta colocada no mercado, e isso deu um drop considerável no valor, enquanto o nosso número de passageiros cresceu muito aproximadamente ao nível das vendas”.
Em relação aos principais fornecedores da operação turística, os top da rede o ano passado foram a Solférias, a Ávoris, os operadores do Grupo Newtour (Soltrópico e Egotravel), a Newblue e a TUI, e quando se trata de destinos mais vendidos em 2024, no primeiro lugar da lista está Portugal continental, ou seja, sem a Madeira e os Açores que, segundo Ricardo Teles, estão também muito bem colocados no top de vendas da Bestravel, bem como Cabo Verde, a Espanha continental, com predominância muito forte nas costas espanholas, e “começamos a assistir a uma recuperação que também nos satisfaz bastante, de destinos como o Brasil e os Estados Unidos”, disse, avançando que “em termos de grandes viagens, as Maldivas continuam a ser o número um, mas já começamos a ver também o aparecimento de destinos como Tailândia e outros no continente asiático”.
Para o administrador e o diretor operacional da Bestravel, esta questão do last minute adotada pelos operadores turísticos durante o ano passado, preocupa a rede, tendo referido que trouxeram vendas de última hora que acabaram por ajudar aos números totais de produção, mas “é algo que nos preocupa porque já não assistíamos a este fenómeno há alguns anos, e numa visão de médio e longo prazo, sabemos que reeducam o cliente a esperar por um momento de quebra de preço”, apontou Carlos Baptista, ressalvado que “estivemos a educar o mercado durante todo este tempo a comprar em antecipação e este fenómeno de last minute é algo que nos preocupa”.
Portanto, na opinião do administrador da Bestravel, o ideal “é que este efeito não aconteça, que haja uma correta adequação da oferta à procura e que todos os players do mercado possam ganhar dinheiro, no fundo é isso que nós pretendemos, tanto na distribuição como na tour-operação, porque é sinal de um mercado saudável e podemos estar todos confortáveis dessa maneira, mas é algo que nos foge de controlo”.
No entanto, segundo Ricardo Teles, “o nosso negócio não se resume só ao que são as vendas de operadores e de charters, ou seja, temos muito mais para oferecer nas nossas agências de viagens, por isso temos conseguido manter a nossa rentabilidade”. É por isso que na lista dos destinos mais vendidos constam o Brasil, os Estados Unidos, as Maldivas e o Dubai não só com os stopovers, mas como destino final.