Portugal com um dos passaportes mais fortes em 2025
Todos os anos, o Henley Passport Index analisa os passaportes mais “poderosos” do mundo que permitem viajar sem necessidade de visto. Portugal continua numa posição de topo.
Victor Jorge
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O “Passport Index 2025” da Henley & Partners volta a classificar os 199 passaportes com base no número de destinos a que dão acesso sem visto, utilizando dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).
Singapura volta a liderar o ranking com o passaporte a dar acesso, sem visto, a 195 de um total de 227 países.
Portugal surge em 5.º lugar no ranking, indicando o índice que o passaporte português dá acesso a 190 países sem necessidade de visto, ocupando o nosso país este lugar ex aequo com a Bélgica, Nova Zelândia, Suíça e Reino Unido.
À frente de Portugal surge uma lista de 15 países liderado por Singapura, com o Top 3 a incluir ainda o Japão (2.º lugar), Finlândia, França, Alemanha, Itália, Coreia do Sul e Espanha (3.º lugar).
Refira-se que os Estados Unidos da América (EUA) ocupam o 9.º lugar a nível mundial – atrás de países como Malta, Chéquia ou Hungria – com acesso a 186 destinos sem necessidade de visto. O índice revela que os EUA registaram a segunda maior queda (depois da Venezuela) entre 2015 e 2025. Em 2015, ocupava o segundo lugar.
Apenas os passaportes de 22 países desceram na classificação durante a última década.
Curiosamente, os cidadãos dos EUA são o maior grupo demográfico a candidatar-se a residência alternativa e cidadania, representando 21% de todas as candidaturas a programas de migração de investimento, salientando a Henley & Partners que a migração de património é uma tendência crescente a nível mundial, prevendo que aumente em 2025.
“Mesmo antes do advento de uma segunda presidência Trump, as tendências políticas americanas tinham-se tornado notavelmente viradas para dentro e isolacionistas”, refere Annie Pforzheimer, Senior partner do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
“Embora a saúde económica dos EUA dependa fortemente da imigração, do turismo e do comércio, os eleitores durante a campanha presidencial de 2024 foram alimentados com uma narrativa de que a América pode (e deve) ficar sozinha. Em última análise, se as tarifas e as deportações forem os instrumentos políticos por defeito da administração Trump, não só os EUA continuarão a diminuir no índice de mobilidade numa base comparativa, como provavelmente também o farão em termos absolutos. Esta tendência, em conjunto com a maior abertura da China, dará provavelmente origem a um maior domínio do soft power da Ásia a nível mundial”, conclui Pforzheimer.
Do lado oposto, o Afeganistão ocupa o último lugar da lista global, em 106º lugar, podendo visitar apenas 26 destinos sem visto. Ou sejam, em comparação, os cidadãos de Singapura, no topo da lista, podem visitar mais 169 destinos sem visto do que os afegãos.
A Síria ocupa o 105º lugar, com acesso a 27 destinos; o Iraque é o penúltimo, com 31 destinos; o Iémen e o Paquistão partilham o 103º lugar, com acesso a 33 destinos sem visto; e em 102º lugar está a Somália, com acesso sem visto a 35 destinos.