Estratégia de promoção turística vai passar pelo alargamento a mercados emergentes para que possam crescer, diz o SET
A estratégia de promoção turística de Portugal no exterior vai passar, entre outros, pelo alargamento a mercados emergentes, pois “queremos continuar a fazer com que eles possam crescer”, revelou ao Publituris, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, dando conta das conclusões do Conselho Estratégico de Promoção Turística reunido recentemente no Funchal.
Carolina Morgado
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O Conselho Estratégico de Promoção Turística, que reuniu recentemente no Funchal (Madeira) fez o balanço, com o Turismo de Portugal, as Agências Regionais de Promoção Turística (ARPT) e as Entidades Regionais de Turismo (ERT) sobre o exercício económico e as perspectivas que, ainda, sem os dados de dezembro, tudo aponta para “termos o melhor ano de sempre, quer do ponto de vista de fluxos, isto é, número de turistas estrangeiros em Portugal, quer do ponto de vista principalmente de receitas, e também do facto de todo o território nacional apresentar comportamento positivo”, indicou o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, em declarações ao Publituris.
Além disso, o governante apontou que “a aposta neste momento da promoção externa pelo Turismo de Portugal vai em vários sentidos”, a começar “pelo alargamento a mercados que são neste momento emergentes e que queremos continuar a fazer com que eles possam crescer”.
Pedro Machado referia neste caso os Estados Unidos, o Canadá, o México, Argentina e a Austrália, e dessa forma, “procuramos reforçar a presença de Portugal nos mercados internacionais e, muito em particular, nestes mercados que apresentam crescimento positivo, até porque, face às notícias de algum abrandamento dos mercados da Europa, no caso da França e da Alemanha, vai-nos permitir compensar esse gap”.
Por outro lado, indicou ainda o secretário de Estado Terceiro, “vamos reforçar a própria presença do Turismo de Portugal, através da colocação de novos delegados nesses mercados, como nos Estados Unidos e no México, e até por força da Exposição de Osaka 2025, reforçar a nossa presença na Ásia, em particular, no Japão e na Coreia do Sul, e com isso, conseguirmos ter uma presença mais forte do Turismo de Portugal”.
Analisada na reunião do Funchal foi, igualmente, “uma aposta estratégica que vamos fazer naquilo a que chamamos o reforço de marca e o reforço da internacionalização da marca Portugal, ou por via do programa “Criação de Marcas”, pelo Turismo de Portugal, para podermos tirar partido de novas marcas emergentes e, também, contribuir para agregarmos mais empresas”. No fundo, segundo Pedro Machado, visa “criarmos músculo para que as empresas portuguesas possam cada vez mais internacionalizar quer por força dos desafios que temos hoje, como são das agendas da sustentabilidade, da inteligência artificial e para podermos captar clientes que têm hoje preocupações acrescidas, quer com a pegada dos voos, quer com a pegada no destino e, portanto, a ideia de que o trabalho da sustentabilidade e do ESG nas empresas é para nós também um ponto de assento”, defendeu.
O SET lembrou que para essas ações de promoção, nomeadamente para as ARPT e para as ERT, o orçamento passou de cinco para nove milhões de euros, tendo quase duplicado. “Há, assim, um reforço muito substantivo no envelope financeiro que está disponível”, destacou.
A reunião do Conselho Estratégico de Promoção Turística conta, habitualmente, com a apresentação da Estratégia do Turismo de Portugal e, depois, individualmente, cada uma as áreas regionais, neste caso as ARPT, responsáveis pela promoção externa, apresenta as suas propostas e os seus orçamentos, até porque este Conselho Estratégico, segundo o titular da pasta do Turismo, também “serve para percebermos a articulação que está a ser feita com o Turismo de Portugal, e sobretudo, a convergência em matéria das ações que vão desenvolver”.
Realçou que “há claramente opções no que diz respeito aos mercados”, exemplificando que “vemos o Algarve e a Madeira mais concentrados no Reino Unido, e o Porto e Norte, o Centro e o Alentejo, a olharem mais para o mercado espanhol, o que significa que as opções estratégicas de cada uma das áreas regionais também têm subjacentes, a sua realidade, o seu perfil económico e as propostas que tem de crescimento”, concluiu Pedro Machado.