APAVT quer apoiar os esforços dos Açores a crescer ganhando mais meses de turismo
A APAVT quer apoiar o seu Destino Preferido 2023, os Açores, a crescer, principalmente no mercado emissor português, ganhando mais meses de turismo. Este foi um dos objetivos de uma viagem de imprensa ao destino que a Associação promoveu no fim de semana, e que depois do verão levará operadores turísticos.
Carolina Morgado
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Numa viagem de imprensa que a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) promoveu aos Açores, seu Destino Preferido 2023, liderada pelo seu presidente, Pedro Costa Ferreira, teve como objetivo mostrar a capacidade e a multiplicidade do destino turístico principalmente junto do mercado emissor português, mas também apoiar os esforços do Governo Regional no crescimento, mas principalmente na busca da gestão dos fluxos turísticos, que se traduzem em ganhar mais meses de turismo.
“Esta viagem da direção da APAVT e de imprensa está inserida, em primeiro lugar, naquilo que foi combinado com a Região Autónoma dos Açores durante o nosso último Congresso em Ponta Delgada, que fez com que este ano os Açores fossem o Destino Preferido da APAVT, e em boa hora o fizemos”, começou por dizer Pedro Costa Ferreira, em declaração aos jornalistas.
Nesta deslocação às ilhas da Terceira e da Graciosa, além de Pedro Costa Ferreira, a delegação da APAVT foi constituída pelo seu vice-presidente, José Bizarro, pelos diretores Carlos Baptista e Ricardo Correia, bem como pelo diretor executivo da Associação, Ricardo Figueiredo, e a delegada nos Açores, Catarina Cymbron.
De acordo com o presidente da APAVT, “para além de todo o êxito que os Açores têm tido recentemente, o que aqui viemos mostrar é a capacidade e a multiplicidade do destino”, acrescentando que “o que defendemos nos Açores é a gestão dos fluxos turísticos, que é muito mais importante do que nos queixarmos de turistas a mais. Esta é uma das primeiras razões pelas quais escolhemos a Terceira e a Graciosa para realizar esta viagem e chamar a atenção que, num destino turístico em ascensão, com uma relação cada vez mais próxima com o mercado emissor português, a grande verdade é que começa a haver potencial para novas visitas aos Açores”. Assim, “para além das que são mais básicas e essenciais, queremos promover uma espécie de batismo do destino, pois beneficia o crescimento, mas também a gestão dos fluxos turísticos”.
Costa Ferreira destacou que pretende-se dar a conhecer a natureza dos Açores através do seu potencial número um que é a natureza, apontando que as rotas turísticas que têm vindo a ser criadas “é uma concretização de um plano superior da relação do destino turístico com o mercado emissor português, mas não apenas isso”. Trata-se de “uma oferta turística facilmente realizável tanto de verão como de inverno e isto tem a ver com o esforço, cada vez mais que os Açores têm feito no sentido da necessidade de que quando se tem bastante êxito pode-se gerir a sazonalidade e crescer ganhando mais meses de turismo”.
Pedro Costa Ferreira realçou ainda que, nesta viagem “tivemos uma colagem a uma caraterística muito importante dos Açores que não é apenas a natureza, mas a existência de uma experiência ativa que não precisa de ser radical ou desporto nem muito exigente, mas de qualquer modo, ativa e possível de ser feita em família”.
A Associação, segundo o seu presidente, tenciona realizar uma segunda etapa deste trabalho com operadores turísticos portugueses, para depois do verão, exatamente “para passar esta abordagem do destino turístico e para a sua venda em Portugal através dos seus maiores players que são os operadores turísticos que programam o destino”.
Costa Ferreira revelou que os Açores “estão a crescer em reservas no mercado do continente face ao mesmo quadrimestre do ano passado, o que não é exceção no mercado português, pois está a haver um comportamento muito positivo. No entanto, não creio que possa ser sustentável este número tão elevado de crescimento. Julgo que há alguns fatores importantes que têm a ver com maior reserva antecipada este ano comparado com o mesmo período do ano passado que foi muito fraco por estarmos ainda em pandemia”.
O dirigente lembra que “estamos todos a fazer análises macroeconómicas do ponto de vista do poder de aquisição das famílias portuguesas, da incerteza política, da guerra na Ucrânia, fatores endógenos poucos atraentes, mas costumo dizer que a única coisa que está a correr bem é a realidade”, mas também é verdade, sublinhou, “sabemos que há ainda muitos lugares para vender”.
Portanto “esperamos que a dinâmica do mercado continue e julgamos que será razoável pensarmos que este crescimento possa continuar ao longo do ano”. Ainda assim, “esperamos um crescimento significativo, acentuado, provavelmente, próximo dos dois dígitos, o que é fantástico se pensarmos que o ano passado foi superior a 2019”, concluiu Pedro Costa Ferreira.
Toda a reportagem desta viagem organizada pela APAVT pode ser lida numa das próximas edições do Publituris, inserida num Dossier sobre os Açores.