Problemas nos vistos “gold” e nas bolsas asiáticas afectam investimento turístico no Oeste
A venda de habitações para turistas decresceu cerca de 20%.
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Um empresário com investimentos na região Oeste destinados ao mercado asiático disse que adiou a construção de um hotel e baixou em 20% as vendas de casas devido aos atrasos na emissão de vistos ‘gold’ e à queda nas bolsas.
Shivendra Rajan Sahay, que investe há 20 anos em Portugal e sobretudo na região Oeste, afirmou à agência Lusa que decidiu “adiar” a construção de um ‘aparthotel’ de dez milhões de euros na Lourinhã, com 80 unidades e 200 camas, o projecto de maior investimento que tinha.
O empresário indiano adiantou também que a venda de habitações para turistas decresceu cerca de 20%, uma vez que 80% do seu mercado são turistas oriundos de países do continente asiático, desde China, Índia, Médio Oriente ou antigos países soviéticos, como o Azerbaijão.
“Tem havido problemas com os vistos ‘gold’, porque no passado demoravam seis semanas e agora há pessoas à espera há um ano, o que cria um impacto muito negativo para todo o mercado português que está virado para este mercado”, justificou.
Com investimentos imobiliários nas Caldas da Rainha, Lourinhã e Óbidos, Rajan Sahay reconhece que, depois da crise registada entre 2008 e 2011, em que houve um abrandamento dos investimentos turísticos, a emissão de vistos ‘gold’ permitiu à sua empresa “bater o maior recorde de vendas”.
Aos atrasos nos processos dos cidadãos da República Popular da China que pediram vistos ‘gold’ em Portugal, junta-se o facto de as principais bolsas asiáticas estarem em queda.
O também presidente da Câmara de Comércio Portugal-Índia apontou ainda como factor de decisão o facto de “não haver qualquer tipo de financiamento por parte dos bancos portugueses para investimentos imobiliários, como um hotel”.
Assim, “é mais difícil entrar em grandes projectos, nomeadamente o do hotel, que precisam de muito mais investimento e em que temos de esperar pelo seu retorno”, afirmou.
Apesar de ter de ir adaptando os seus investimentos às mudanças que a crise em diferentes zonas do mundo o vão obrigando a fazer, o empresário indiano continua a querer investir na região Oeste.
Está a desenvolver “projectos mais pequenos de construção de empreendimentos de 20 ou 30 casas” na região Oeste, os quais somam cerca de 40 milhões de euros.
“Se as coisas se alterarem, vamos voltar ao projecto, mas não sabemos quantos anos pode demorar”, disse Rajan Sahay, que apenas tem a certeza de que “não vai sair da região” por acreditar no potencial de atracção de turismo que o Oeste tem.