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“O que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional”

Destino Nacional convidado da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, lançou ideia do que será realizado no Alentejo e no Ribatejo para atrair mais turistas nacionais e, principalmente, internacionais. Depois de, em 2024, a região do Alentejo e Ribatejo ter o melhor ano turístico de sempre, José Santos salienta que o Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo.

Victor Jorge
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“O que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional”

Destino Nacional convidado da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, lançou ideia do que será realizado no Alentejo e no Ribatejo para atrair mais turistas nacionais e, principalmente, internacionais. Depois de, em 2024, a região do Alentejo e Ribatejo ter o melhor ano turístico de sempre, José Santos salienta que o Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo.

Victor Jorge
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A região do Alentejo e Ribatejo registou, em 2024, o melhor ano turístico de sempre. Embora existam mercados a cair, nomeadamente, o espanhol e francês, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, acredita que será possível recuperar, com a promoção e comunicação certa. Adepto de “melhor em menos mercados”, José Santos salienta que o Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo. Contudo, existem preocupações e, além da recuperação dos mercados emissores, é preciso olhar melhor para o ordenamento do território.

De acordo com os dados do INE, a região do Alentejo e Ribatejo registou crescimentos em termos de dormidas, hóspedes e receitas, correspondendo ao melhor ano turístico de sempre. A que é que se deveu este crescimento nestes três pilares?
Em primeiro lugar, diria que é um crescimento no contexto nacional. Todas as regiões cresceram e, portanto, há uma notoriedade que Portugal tem tido a todos os níveis fantástica. Por isso, o país está de parabéns e todas as regiões estão de parabéns.

No caso do Alentejo, tínhamos a noção que não íamos continuar a crescer na casa dos dois dígitos. Tínhamos crescido 11% em 2023, estamos ainda na trajetória do pós-pandemia e aterramos, numa aterragem suave, em 2024, com um crescimento acima do 4%.

No início de 2024 tinha noção que a taxa de crescimento não poderia ser igual à do ano anterior?
Tinha. Aliás, há declarações minhas ao longo do ano nesse sentido e estou muito ciente das dificuldades do ano e da resiliência do mercado nacional. Tivemos algumas dificuldades no mercado nacional nos meses de verão e, aliás, lançámos uma campanha no verão, uma espécie de uma campanha de hard-selling para tentar manter e reforçar os fluxos.

Felizmente crescemos mais nos meses de “shoulder season” e depois o ano acabou por ser favorável. Portanto, tinha essa noção que começou a ser clara relativamente a algum decréscimo no mercado espanhol, logo a partir do primeiro trimestre, e não mais conseguimos recuperá-lo. Aliás, é um objetivo, noutro contexto, para este ano e para os próximos.

Depois, as dificuldades do mercado nacional, apesar de já estarmos a sair da crise inflacionista e da pior altura do pico dos créditos à habitação. Mas o Alentejo não perdeu muito da sua clientela que ocupa um segmento de oferta alto, um segmento de oferta ligado mais ao luxo e, por isso é que, em 2024, mantivemos o terceiro lugar no pódio do destino com a receita por quarto ocupado (ADR) maior. À nossa frente só tivemos Lisboa e o Algarve, o que leva a concluir que o Alentejo continua a vender-se bem junto de mercados com maior poder aquisitivo. Contudo, temos de vender o destino para um espectro de mercado muito maior.

Em 2024, conseguimos crescer mais de 4% em cima dos 11% de 2023, crescemos 12% em proveitos, crescemos no ADR, crescemos no RevPar, decrescemos ligeiramente na ocupação. Conseguimos vender o Alentejo a mais clientes e a um preço mais alto.

A quebra nos meses de junho e julho poderá estar relacionada com a realização do Campeonato Europeu de Futebol e com os Jogos Olímpicos, dois grandes eventos que, obviamente, prenderam muito a atenção e podem ter desviado algum fluxo turístico.

Na questão do preço sabemos que, por exemplo, Espanha tem produtos hoteleiros muito competitivos. Aliás, comparava e via hotéis do mesmo grupo, no Algarve e no Alentejo e, em Portugal, tínhamos esses hotéis 30% mais caros.

Mas isso no Alentejo. E no Ribatejo?
Sabe que agora temos de olhar para os dados de forma distinta. Com a criação da nova NUT do Oeste e Vale do Tejo, os 11 concelhos da Lezíria do Tejo, que valiam na NUT II Alentejo cerca de 7%, já não estão lá. Quando olhamos para os dados das dormidas de 2024, temos de ter cuidado quando comparamos com os dados de 2023, porque nesse ano ainda estavam lá os do Ribatejo e que somaram 260 mil dormidas.

No Ribatejo crescemos 20 mil dormidas, em 2024, tivemos também o melhor ano turístico de sempre no Ribatejo e, claro, estamos muito satisfeitos.

Começámos a autonomizar o marketing do Ribatejo. Quando lançamos uma campanha, lançamos para o Alentejo e lançamos para o Ribatejo. Temos a preocupação de ter conteúdos específicos para o Ribatejo. Exemplo disso é que, na BTL vamos levar uma imagem diferente do Ribatejo.

A estratégia anterior penalizava o Ribatejo?
Acho que sim. Com a nossa última campanha do Ribatejo, no ano passado, descobrimos um Ribatejo sustentável, um Ribatejo verde, muito mais próximo do que são hoje as afinidades com os mercados. Temos o Paul do Boquilobona na Golegã, temos o EVOA na Companhia das Lezírias, temos excelentes troços de turismo em bicicleta. Assim, o que vamos levar este ano à BTL é um Ribatejo mais verde, mais sustentável. Claro que o produto e todas as gestões ligadas ao campino, ao turismo equestre estão lá, mas estão apresentados de outra maneira. Creio que isso é positivo para o Ribatejo. Temos de ligar a nossa comunicação àquilo que hoje os mercados pedem.

 

Conseguimos vender o Alentejo a mais clientes e a um preço mais alto

 

Mais americanos, menos espanhóis
Que nacionalidades contribuíram para estes resultados?
O mercado espanhol é o nosso primeiro mercado internacional. Contudo, tivemos uma redução de 12% nas dormidas e cerca de 2% nos hóspedes. É um assunto que me preocupa e vou, aliás, promover brevemente uma sessão com o Turismo Portugal, com a representação do Turismo Portugal em Madrid, para percebemos, de facto, a causa.

A minha visão, mas que tem de ser confirmada, é que já não estamos a oferecer aos espanhóis aquilo que hoje procuram.

Que é?
Um turismo de muita qualidade, gastronomia de primeira linha, a nossa restauração, conceitos diferentes, cycling, walking …

Mas a um preço mais reduzido?
Não necessariamente. Há mercado em Espanha que hoje pode comprar aquilo que o Alentejo tem para vender. Penso é que não nos estamos a posicionar da forma mais correta. Os entendidos sabem que existe um Alentejo diferente, um Alentejo mais aspiracional, mas esse Alentejo não está a chegar.

Então é uma questão de comunicação e promoção?
É uma questão de comunicação e promoção. Temos o produto, mas eles não estão a ver esse produto. Temos agora a oportunidade da melhoria da ligação ferroviária, com a alta velocidade que vai passar por Évora, Elvas, até a Espanha, e como sabe, somos um destino que não tem um aeroporto internacional, não temos essa vantagem como tem Lisboa, Porto ou o Algarve. O nosso aeroporto internacional é o da Portela, mas vamos ter uma ferrovia.

A questão da conectividade não é, portanto, só aérea?
Não. Como sabemos abandonámos a ferrovia em Portugal e agora regressámos. O primeiro troço de alta velocidade ligará Portugal a Espanha através deste eixo ferroviário que vai atravessar o Alentejo e que nasceu muito pela ligação ao Porto de Sines, mais numa lógica logística e de transporte de mercadorias, mas que também vai ter, ainda que publicamente, com uma pena minha, às vezes isto não é dito de uma forma muito clara, mas o ministro das Infraestruturasuras já teve a oportunidade de dizer que este eixo ferroviário será, também, de transporte de passageiros.

Agora temos de nos posicionar e perceber onde é ficarão as paragens, porque é muito importante, até porque sabemos que hoje existe muito mercado e que está a crescer a franja das pessoas que, se puderem viajar de comboio, viajam de comboio. Aliás, estamos a olhar para esse eixo ferroviário de entrada na região já para a Capital Europeia da Cultura de Évora, em 2027.

Depois, o mercado norte-americano, que já é o segundo mercado externo da região, subiu 16,5%, é dos maiores crescimentos. Aliás, a taxa de crescimento médio anual do mercado norte-americano, entre 2013 e 2023, no Alentejo é de 19%, a partir de uma base muito baixa, obviamente, mas cresceu para ser já o segundo internacional.

O terceiro mercado é o alemão. Trata-se de um mercado muito resiliente, com algumas dificuldades económicas no momento. A nossa agência de promoção turística criou relações muito sólidas com importantes operadores turísticos e o mercado alemão é muito fiel ao Alentejo.

Mas, por exemplo, o mercado norte-americano, quando vem ao Alentejo ou ao Ribatejo, vem especificamente para a região, ou é uma vista que faz numa passagem de Lisboa para o Algarve, ou de Porto para Lisboa?
Há muitos que já vêm mesmo para o Alentejo, mas há muito mercado norte-americano que vem através de Madrid. Aliás, há uma oportunidade que queremos explorar e que vem, recentemente, publicada num artigo do Financial Times, e que dá conta que existem muitos norte-americanos, nascidos em Cuba, na Colômbia, que estão a sair dos EUA e estão a comprar quarteirões de casas em Madrid.

Por isso, está a criar-se ali um público muito interessante, que, trabalhado com DMC locais, pode vir para o Alentejo, ou seja, trazer outro tipo de clientes que têm a nacionalidade norte-americana, mas que estão em Espanha.

Aliás, há, recentemente, uma reportagem da CNN que diz que os americanos estão loucos pelo Alentejo. E de repente o mercado norte-americano é o nosso segundo mercado externo, com um crescimento de 16,5% face ao ano passado.

 

O grande desafio do Alentejo para os próximos anos é deixarmos de ser um turismo de quatro meses para passarmos a ser um destino turístico de sete meses. Isso só é possível aumentando a internacionalização, aumentando mais o crescimento dos mercados externos

 

Os pilares turísticos
E em termos de sazonalidade, esta tem vindo a esbater-se?
Se me permite, há um aspeto que sentimos muito no nosso social listening, que é a questão do calor. Aliás, na BTL vamos ter um momento importante, já que estamos a procurar colocar mais natureza, criar mais frescura na nossa comunicação, seja pela Rota das Cascatas no Parque Natural da Serra de São Mamede, seja pelas praias fluviais do Alqueva. Estamos a reduzir a taxa de sazonalidade no interior, não estamos a consegui-lo no litoral de Sines para cima. Até porque temos dois litorais diferentes no Alentejo: o litoral a sul de Sines, que tem uma sazonalidade esbatida muito pela Rota Vicentina, que é um produto cuja época alta não é no verão, e depois temos uma sazonalidade mais marcada de Sines para cima, muito pela oferta turística de Tróia, que é muito sazonal. Aí temos uma estadia média maior, mas temos uma sazonalidade maior.

No Alentejo interior, estamos a reduzir a sazonalidade. No ano 2023 temos uma taxa de sazonalidade de 38%, está a reduzir cerca de 1,7 pontos percentuais ao ano. Isto está correlacionado com o aumento da internacionalização, porque, como sabemos, o mercado nacional são as famílias que têm as suas férias definidas no tempo: verão, escapadinhas, feriados. Portanto, estamos a reduzir a sazonalidade pelo crescimento dos mercados de longa distância. O mercado norte-americano, o mercado canadiano e/ou o brasileiro.

O grande desafio do Alentejo para os próximos anos é deixarmos de ser um turismo de quatro meses para passarmos a ser um destino turístico de sete meses. Isso só é possível aumentando a internacionalização, aumentando mais o crescimento dos mercados externos.

Hoje, andamos em Évora, o polo com maior oferta e procura, e vemos turismo todo o ano. Há 5 anos não era assim. O nosso desafio é alargar esse movimento a toda a região.

Temos de criar fatores de oferta e de conteúdos muito interessantes para o verão. Não podemos olhar para o verão como olhávamos e pensar, o verão está garantido. O verão não está garantido. Este ano vamos ter uma campanha para o verão a pensar em conteúdos ligados à cultura, à arte, à gastronomia, pensar em ter uma oferta turística noturna, trabalhar com a água à noite, com o dark sky.

O verão é muito desafiante, a sazonalidade está a baixar no interior, estamos a ter turismo todo o ano, mas temos de criar produtos novos. Vamos investir muito no apoio a festivais e, para além dos festivais que já existem e que apoiamos, vamos também lançar novas iniciativas, precisamos de ter conteúdos de grande qualidade que façam com que as pessoas venham ao Alentejo.

E que iniciativas são essas?
Lançámos um piloto no ano passado, na Malhadinha Nova, vamos querer fazer um festival a que chamaremos “Alentejo Music Series” em 4 ou 5 pontos da região, 4 ou 5 concertos no verão, em locais icónicos e emblemáticos da região que chamem público para vir à região e ficar.

Os pilares dos produtos turísticos estão criados: Enoturismo, gastronomia, natureza. Depois é criar subprodutos dentro desses pilares? É fácil criar produtos turísticos novos?
Sim para a primeira pergunta, não para a segunda. Sabe que no Alentejo não temos de inventar muito.

 

O verão é muito desafiante, a sazonalidade está a baixar no interior, estamos a ter turismo todo o ano, mas temos de criar produtos novos

 

Até porque se se inventar muito, depois, eventualmente, lá se vai a autenticidade? [
Sim, esse é o grande objetivo, não desgastar a autenticidade. Somos um destino com três, quatro grandes pilares. O que podemos ter é alguns subprodutos que possam enriquecer e diversificar o produto pilar.

Dou-lhe um exemplo, temos um produto que é o Enoturismo., estamos a procurar enriquecê-lo e diversificá-lo com o Olivoturismo. A maior parte dos produtores de vinho também produzem azeite. Introduzirmos o azeite na Rota dos Vinhos, ainda que depois possa ter um corpo próprio, é algo que valorizará o produto pilar e passa a oferecer algo novo.

Temos um programa ligado às Amendoeiras em flor, vamos, brevemente, ter o nosso guia do Turismo Industrial, iremos ter cinco passeios com o Cante Alentejano, vamos fazer um suplemento para o turismo náutico. Ora, são subprodutos que ajudam os operadores a diversificar, a enriquecer, a adornar aquilo que já existe. O turismo literário pode ganhar algum corpo, temos alguns DMC muito interessadas em criar um programa, mas é um produto que entrou muito na cultura, no vinho.

O segredo é ligar isto tudo?
O nosso papel, enquanto entidade pública, não é vender os produtos, o nosso papel é ajudar os departamentos de prospeção dos operadores turísticos, é acelerarmos, é adiantarmos o trabalho, é dizermos está aqui o turismo literário, o turismo náutico, o turismo industrial no Alentejo. É lançar estas propostas, cozer a oferta, sistematizar a oferta e comunicá-la e promovê-la.

Unir esforços em prol da promoção
E faz sentido uma ERT Alentejo-Ribatejo?
Repare, temos algumas excentricidades na nossa organização do Estado. Começo pela primeira, que é termos entidades regionais e agências regionais. Portugal não é um país reformista. O Governo de Durão Barroso tomou a decisão corajosa de dizer que não só os privados devem participar nas decisões da promoção dos destinos – que é uma coisa terrível em Portugal, mas está perfeitamente assimilada e aceite – como fez outra coisa, ainda antes de começar a falar das competências das regiões, que foi dizer que as regiões vão ter um papel, através da descentralização de competências do Turismo de Portugal para as agências regionais, mediante, claro, uma lógica e plano nacional.

Isso foi há 20 anos e o setor do turismo tem isso, hoje, perfeitamente assimilado e aceite. Quer dizer, os órgãos privados e os empresários já não olham para o lado público como entidades ausentes, desligadas das dinâmicas do produto, do turismo, da promoção.

O setor do turismo é um setor maduro, adulto, perfeitamente consciente e comprometido com aquilo que são os seus desafios, as suas alterações.

Mas é um setor que precisa de muitas reformas?
Reforma é uma expressão excessiva. Medidas, sim. Ora, faz sentido haver uma agência regional e uma entidade regional. Isso é uma confusão terrível.

 

Há uma linha estratégica coerente [no turismo], com uma ou outra alteração, mas que tem sido seguida sem grandes perturbações. Imaginemos esta realidade noutros setores ou se o turismo não o tivesse feito

 

E confusão maior quando há pessoas diferentes à frente de uma e outra?
Pois, sim. Agora está tendencialmente a juntar-se, mas isso é uma circunstância e não deve ser essa circunstância a ditar essa unificação, porque as entidades têm as suas estruturas. Mas sei dos ganhos de recursos se passasse a haver uma entidade para a região. Essa é a primeira medida que o Governo devia tomar, uma única entidade regional de turismo.

A questão do Alentejo-Ribatejo, não podemos ter uma entidade regional para gerir cada marca em Portugal. Eu posso, enquanto Entidade Regional de Turismo (ERT) que gere uma área regional, promover o Ribatejo como promovo o Alentejo, e até posso promover o Alqueva e posso promover o Litoral alentejano.

A prova é que hoje temos um marketing específico para o Ribatejo. É mais exigente e mais desafiante? Sim. Repare, podemos dizer que isto é uma empresa que tem várias marcas, tem vários produtos. O conceito que existe na Lei de 33, é Área Regional de Turismo e esta área regional de turismo é tutelada por uma Entidade Regional de Turismo. Esta ERT tem um território, mais ou menos do tamanho da Bélgica, com muito menos gente, que tem o Alentejo e que tem a Lezíria do Tejo.

São territórios que têm graus de desenvolvimento turístico completamente diferentes. O Ribatejo tem 280 mil dormidas, tem dois hotéis de 4 estrelas, não tem um hotel de 5 estrelas, não tem praticamente produto. Estamos a fazer um esforço enorme. Estive, recentemente, no Ribatejo a trabalhar com empresários ligados ao vinho para se ver soluções de financiamento para criar alojamento nas adegas. Porquê? Porque há procura, as pessoas chegam às herdades e às quintas do Ribatejo, gostavam de ficar a dormir, e não podem porque não há oferta. pois não há.

O turismo não é para o Ribatejo, ou não apareceu ao mesmo tempo para o Ribatejo com uma prioridade como apareceu para o Alentejo. Tal como o Alentejo não apareceu ao mesmo tempo que apareceu para o Algarve. O turismo no Algarve começou na década de 60 e o turismo no Alentejo começou na década de 90. E no Ribatejo terá começado há 10 anos. Entre três a cinco anos, a oferta turística da Lezíria do Tejo vai mais que duplicar. É baixa, é verdade, mas vai mais que duplicar.

Mas regressando à sua pergunta sobre a ERT Alentejo-Ribatejo, o que me parece fundamental é haver uma entidade que tenha as várias janelas: temos a estruturação da oferta, a engenharia do produto, a promoção interna, a animação, a promoção externa, a monitorização e temos de ter também uma mão forte na formação, nos recursos humanos. Isto tem de ser uma única entidade, que tem vários módulos, várias equipas, mas isto tem de ser um centro único de racionalidade e decisão. E que depois fala com o Turismo de Portugal.

 

Sei dos ganhos de recursos se passasse a haver uma entidade (ERT + ARPTA) para a região. Essa é a primeira medida que o Governo devia tomar

 

Essa estruturação que fez do setor do turismo pensa que ela vai, de alguma forma, aparecer na nova “Estratégia Turismo 2035”?
Não, creio que não. Acompanhei a preparação da “Estratégia Turismo 27” (ET27) e já podemos estabelecer um quadro, uma diferença entre os contextos temporais, sociológicos, comerciais, da preparação de uma e de outra. São radicalmente diferentes.

O tempo acelerou tanto nos últimos anos e não foi só a pandemia, mas muito também pela pandemia, que a ET27 foi a afirmação de Portugal como um grande destino turístico no plano internacional. É há que destacar o trabalho de grande qualidade que o Turismo de Portugal, enquanto instituição, e turismo de Portugal como um todo tem feito, beneficiando, também, de algo que, infelizmente, nem sempre acontece noutros setores da nossa governação, que é o de haver uma linha estratégica coerente, com uma ou outra alteração, mas que tem sido seguido sem grandes perturbações. Imaginemos esta realidade noutros setores ou se o turismo não o tivesse feito.

A nova ET35 é uma estratégia de como é que o turismo pode ser o motor de transformação da sociedade portuguesa. Esta é a minha leitura, atenção, e isto não escrito em lado nenhum, mas de facto, como é que o turismo é hoje o motor de transformação da sociedade, como é que o turismo pode ser parte, talvez muito importante, em questões que têm a ver com a inclusão, com a sustentabilidade económica, ambiental e social, com um certo equilíbrio na sociedade portuguesa, na melhoria do rendimento, como é que o turismo pode ser, de facto, um fator de afirmação dos territórios do interior e das regiões.

A estratégia vai ser importante para nos sintonizarmos novamente todos com o que são os nossos desafios.

Não nos podemos esquecer que a ET27 foi um instrumento de política pública, deu muita coerência aos problemas de financiamento, aos sistemas de incentivos. As estratégias devem ser orientadoras, motivadoras e impulsionadoras, flexíveis e adaptáveis.

O Enoturismo é considerado um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo

Mas focou, igualmente, a importância dos recursos humanos. Regiões como o Alentejo ou Ribatejo poderão ter mais dificuldades na captação de recursos humanos para dar resposta a expectativas quantitativas e qualitativas por parte os visitantes?
Sim. Évora, por exemplo, é uma exceção porque há 12 ou 14 Expressos de Évora para Lisboa e já temos hoje muitos movimentos pendulares de mão-de-obra, de pessoas que residem em Lisboa e que estão a trabalhar em Évora.

Os problemas dos recursos humanos tiveram o seu pico logo a seguir à pandemia, têm vindo a ser suavizados. Nós começámos a fazer a Bolsa da Empregabilidade com a Associação Fórum Turismo no ano passado e temos percebido melhor o comportamento e as necessidades do mercado de trabalho, mas à medida que a oferta vai crescendo, e neste ano temos a previsão de abrir mais 10 hotéis no Alentejo, obviamente que a questão da contratação dos recursos humanos se vai agudizando e é sempre um assunto.

Temos uma situação de quase pleno emprego em Portugal, mas ainda há algumas oportunidades de contratação de recursos humanos para os nossos hotéis. Além disso, temos uma mão de obra migrante que hoje tem uma importância muito grande no aparelho produtivo de todo o turismo em Portugal, e o Alentejo não é exceção, e aí há algumas medidas de política pública interessantes, nomeadamente o programa “Integrar Turismo”. Isso permitirá resolver alguns problemas.

A questão do Alentejo é mais funda, mais estruturante, é um problema demográfico, ou seja, a região tem de definir e criar uma estratégia global de como é que se vai tornar atrativa. Já não é tanto um problema de como é que se fixam as pessoas que estão cá, mas sim como é que se atraem pessoas novas.

Temos a questão da atração e depois da formação das pessoas. Temos um problema, já que temos apenas uma escola de hotelaria e, aliás, fiz esse desafio para a nova “ET35”. Não podemos ser a única região que só tem uma escola de hotelaria. Claro que temos as escolas de Portimão, de Vila Real de Santo António e de Setúbal que apoiam o Alentejo, mas precisamos de criar um segundo pilar de formação na região.

Lançámos um desafio ao Turismo de Portugal e ao secretário de Estado, aceite de imediato, e estamos com um plano de formação para o eixo de luxo entre Troia e Melides, em que, na prática, fomos chamar o Turismo de Portugal e a Escola de Hotelaria de Setúbal, e estamos a preparar uma grande candidatura para um plano de formação de todo o Alentejo.

Mas, repare, atrair talento para o Alentejo implica uma política pública transversal, porque temos de criar soluções para a habitação, para a educação, para a saúde. Temos de ter a noção que não é uma ERT que vai conseguir mudar isso. O que vamos fazer é tentar criar algumas ações, algumas iniciativas que criem a ideia nos colaboradores, nos profissionais do turismo em Portugal que é bom vir trabalhar para o Alentejo.

Falou na ERT e na ARPTA, à qual é candidato à presidência, seguindo o exemplo de várias outras regiões, nomeadamente, Porto e Norte, Centro e Algarve. Esta união numa só pessoa, nas presidências da ERT e ARPTA, pode melhorar o desempenho do turismo no Alentejo e Ribatejo?
Eu olho para a ARPTA e para a decisão de me candidatar e penso assim, onde é que as minhas competências, experiência, podem ser úteis nesta fase de crescimento do turismo internacional no Alentejo? Porque, o que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional. E eu respondo: capacitar, dar mais músculo, dar mais poder de intervenção à ARPTA, aumentarmos o quadro de pessoal, termos mais gestores de produto, mais gestores de produto profissionais em produtos específicos e por mercados, diversificámos as nossas fontes de financiamento. Estamos a posicionar, por exemplo, para gerirmos o “Welcome Center” de Évora, que tem de estar pronto para a Capital Europeia da Cultura e onde poderemos vender toda a nossa oferta, podemos ter um painel interativo onde as pessoas compram as várias experiências, podemos ajudar na transformação digital das empresas.

Mas não se esgota em 2027?
Não, o “Welcome Center” fica e daí ter de ser pensado do ponto de vista dos seus conteúdos, para a Capital Europeia da Cultura, mas também numa perspectiva de legado.

Portanto, gestão unificada, integração de estratégia, hoje qualquer coisa que fazemos no Alentejo tem de ter a componente da internacionalização. Temos de capacitar a ARPTA, dar-lhe mais músculo, mais capacidade de intervenção, diversificar as fontes de receita, olhando numa lógica de médio prazo, a cinco anos, ou seja, perceber como é que o ganho da vinda de mais turistas internacionais reforça o financiamento da agência e o “Welcomo Center” em Évora é a grande oportunidade de o fazer.

Claro, há alguns ajustamentos que podemos fazer nos mercados, acho que devemos investir mais no mercado norte-americano, temos de olhar para o mercado espanhol de uma forma mais abrangente, mais cuidadosa.

Sou adepto de melhor em menos mercados. Não podemos brincar ao turismo.

E prestarmos contas. Se acabarmos um ano e fazemos um grande investimento num mercado e decresço nesse mercado, tenho de discutir isso. Temos de perceber melhor o que é que os empresários estão a fazer. Sei que quando decido a estratégia anual de marketing, tenho de ter em atenção o plano do Turismo de Portugal, tenho de ter em consideração as orientações macro dentro dos contratos trienais. Mas não posso definir a minha estratégia para a promoção internacional sem saber bem quais os mercados que os empresários andam a trabalhar

E há caminho para diversificar mercados ou, como diz, a aposta é “melhor em menos mercados”?
Os nossos mercados de proximidade estão a crescer menos. O mercado francês está a crescer menos, o mercado alemão, vamos ver, tem sido muito leal ao Alentejo, o mercado espanhol reduziu 12%, temos de trabalhar melhor o mercado brasileiro que está a decrescer não só no Alentejo, podemos trabalhá-lo melhor com o enoturismo. O Alentejo é, do ponto de vista da oferta enoturística, a melhor região do país, temos de nos consciencializar disso uma vez por todas e temos de estar mais seguros do poder desta aliança estratégica entre o vinho e turismo. Temos de fazer mais promoção no mercado norte-americano e temos, obrigatoriamente, de olhar para a Espanha.

Há mercados de oportunidade que o Turismo de Portugal está a lançar, mas que nunca serão mercados de grandes massas, pelo menos no imediato. Por isso, diria menos mercados, ou pelo menos, os mesmos mercados, mas melhor. Não sou muito adepto de uma diversificação, ou melhor, grande dispersão de mercados.

Atenção ao território
Quais são as lacunas do turismo em Portugal e, especificamente, no Alentejo e Ribatejo?
Para começar, não tenho aquela ideia de que as pessoas em Portugal não gostam do turismo, talvez por ter nascido no Algarve e ter convivido com o turismo desde muito novo.

 

 

Há a ideia que, de repente, o Alentejo é o melhor sítio do mundo para instalar megacentrais fotovoltaicas (…) não posso instalar centrais fotovoltaicas a todo o custo, prejudicando a competitividade turística dos territórios

 

Portanto, não se coloca a tal questão do “turismo a mais” que se ouve por aí?
Não, para mim isso é a espuma dos dias. Não vejo, hoje, no Alentejo, no país, esse sentimento de antiturismo. O país tem feito um progresso enorme, as cidades, as regiões, eu próprio também tenho algumas antipatias, não convivo bem com o tema da taxa turística …

Mas a existir taxa turística, não está a ser aplicada como e onde deveria ser aplicada?
Não sei, não conheço os casos, mas na minha visão do mundo, viajar e pagar por viajar é algo que não é compaginável.

Outra coisa é como é que os organismos que gerem destinos turísticos devem ter mais financiamento para gerir os problemas e os desafios que têm. Isso é outra coisa, mas como sabemos em Portugal, se o IVA turístico fosse entregue na totalidade pelo Estado aos municípios, a taxa turística como fonte de financiamento perdia total relevância.

O país está consciencializado da importância do turismo, temos uma boa administração, temos um Turismo de Portugal forte, temos os governos a apoiar o turismo, portanto estamos num bom caminho, e o turismo é o grande motor da nossa atividade económica.

A nível regional há alguns aspetos que me preocupam. Primeira preocupação: financiamento para a promoção internacional. Nós nunca tivemos tão poucos fundos europeus para apoiar o turismo como temos hoje. O Plano Regional Alentejo 2030, não priorizou o turismo em termos de alocação de fundos.

E é uma situação não recuperável?
É, mas é ver para querer. Claro que estamos a fazer um esforço enorme para nos desdobrarmos e procurarmos, como diz um amigo meu, se não podes entrar pela porta, tenta entrar pela janela. E descobrimos janelas.

Segunda preocupação, diferente, mas que pode retirar competitividade turística à região: a paisagem. Há a ideia que, de repente, o Alentejo é o melhor sítio do mundo para instalar megacentrais fotovoltaicas. Esta ideia de que o Alentejo é a região das monoculturas é, no mínimo, questionável. Já fomos a região da monocultura do trigo, agora somos a região da monocultura das centrais fotovoltaicas. É preciso equilíbrio, o caminho da transição energética é um caminho que o país tem de seguir e que está a seguir bem, mas não posso instalar centrais fotovoltaicas a todo o custo, prejudicando a competitividade turística dos territórios. E não nos iludamos, a paisagem continua a ser, e quando falamos com os operadores internacionais percebemos isso, o grande atributo do Alentejo. Naturalmente, que a paisagem muda, o Alqueva mudou radicalmente a paisagem do Alentejo, mas mudou para melhor, trouxe benefícios. Agora os turistas não vêm para os territórios ver florestas de vidro. O norte-americano gosta de ver as amendoeiras em flor no Alentejo, mas não gosta de ver florestas de vidro.

Olhe, uma boa ideia para a “Estratégia Turismo 2035”, criarmos áreas de aptidão turística. Temos de proteger os investimentos turísticos, proteger a integridade da paisagem. E aqui emerge o ordenamento do território. Temos de ter centrais, fotovoltaicas, claro que sim, temos de ter no Alentejo, óbvio, mas vamos escolher bem as localizações para não prejudicar o turismo, que é uma atividade que cada vez mais traz riqueza e emprego para as nossas comunidades e para o Alentejo.

Que Alentejo e Ribatejo vamos ter nos próximos cinco anos?
A região vai continuar a crescer.

Vão ter 10 novos hotéis a abrir em 2025?
Sim, novos hotéis, vamos ter mais hotéis na zona de Comparta e Melides, vamos ter um hotel em Viana do Alentejo ligado ao turismo industrial, começamos a ter alguns hotéis temáticos.

O investimento internacional já começa a olhar para o Alentejo e Ribatejo?
Claramente, para o Alentejo, com produtos que, alguns, serão geridos para marcas internacionais. Esta atração de investimento e de marcas internacionais já não é só para o eixo do litoral, tipicamente para aquele eixo entre Troia e Comporta. O destino vai crescer, vai afirmar o seu posicionamento de qualidade, o preço vai continuar a aumentar, temos esta preocupação de a região continuar a ser atrativa para todos os segmentos do mercado, temos de ter produtos para os vários clientes e a nossa estratégia de comunicação tem de ser uma estratégia que não pode perder isso de vista. Como dizia o Sérgio Palma Brito, temos de ter clientes para os Porsche, para os Mercedes, mas também para os Fiat ou para o Renault.

Hoje o investimento no turismo do Alentejo é por produtos premium e as pessoas sabem que o mercado olha para o Alentejo como um destino de muita qualidade.

Portanto, não se está a olhar para os Fiat ou para os Renault?
Claro que não, mas esse é o nosso papel. Hoje, os hotéis de 4 estrelas, que também são os hotéis que têm um RevPar e um ADR maior, já são preponderantes na nossa oferta. Mas ainda temos poucos hotéis de 5 estrelas. Ainda temos um espaço enorme de crescimento. Os investidores também olham cada vez mais para o Alentejo, porque o Douro tem muito pouco espaço, em razão da sua classificação como património da humanidade. Depois, Lisboa, Porto e o Algarve começam a ficar saturados. Não quer dizer que não continue a haver investimentos, mas o Alentejo é a zona, pela sua localização, de maior procura para investimento.

No Ribatejo vamos duplicar a oferta em três anos, isso é muito importante para o Ribatejo, e vamos ter de redirecionar um pouco o nosso marketing, vamos ter de crescer mais no mercado internacional.

Portanto, olho para o turismo de uma forma otimista e creio que 2025 vai ser um bom ano turístico, com taxas de crescimento muito na linha daquilo que foi 2024.

 

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Inscrições abertas para o RoadShow das Viagens do Publituris

Já abriram as inscrições para a 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris que se realiza nos dias 25, 26 e 27 de março nas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, respetivamente.

Já se pode inscrever na 10.ª do RoadShow das Viagens do Publituris, evento que percorre as cidades de Porto, Coimbra e Lisboa.

O arranque da 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris acontecerá na cidade do Porto, no dia 25 de março, com o workshop a decorrer no Porto Palácio Hotel.

O segundo dia, 26 de março, terá como palco o Vila Galé, em Coimbra, para o evento terminar no Clube Tazte Secret Spot, no dia 27 de março, em Lisboa.

Para inscrever-se, aceda a https://gr8events.live/130PubliturisRoadShow/

Para esta edição estão confirmadas as seguintes empresas e entidades:

AçorSonho Hotéis
Air Canada
APG Portugal
Avis
Barceló Hotel Group
Be Live Hotels
Bedsonline
Casa de Campo Resort Villas
Civitatis
Consolidador
Europcar
Hotel Continental Angola
Ilha Verde
In Sure Broker
Madeira
Mawdy
MSC Cruzeiros Portugal
Mundomar Cruzeiros
RailClick
Regent Seven Seas Cruises
Republica Dominicana
Royal Air Maroc
SATA Air Azores
Saudi Arabia Tourism Authority
Sixt
Soltrópico
TAAG – Linhas Aéreas de Angola
TAP Air Portugal
The Editory Hotels
Tivoli Estela Golf & Lodges Porto
Transavia
Turismo Alentejo e Ribatejo
Turismo da Gran Canaria
Turismo da Polónia
Turismo de Formentera
Turismo do Centro de Portugal
Turismo do Porto e Norte de Portugal
Turismo Marrocos
Um Mundo de Cruzeiros
United Airlines
Unlock Boutique Hotels
Viajar Tours
Vila Galé
Visit Benidorm – Tourism Board
Wotels

O evento conta com o apoio de: Visit Portugal, Turismo do Centro de Portugal, Turismo do Porto e Norte de Portugal, APAVT, The Editory Hotels, Vila Galé, Tazte, GR8 events, IVU.

Dirigido aos agentes de viagens de todo o país, o evento é uma oportunidade para Operadores Turísticos, Companhias Aéreas, GSA, Cruzeiros, Hotéis e Delegações Oficiais de Turismo mostrarem a sua oferta num evento que potencia o conhecimento, o negócio e o networking.

Além do habitual workshop, a 10.ª edição do Roadshow das Viagens do Publituris terá, também, um programa social, com jantares exclusivos e animação que promovem o networking entre os participantes.

Os workshops decorrem entre as 18h00 e 21h00, seguindo-se os jantares com os agentes de viagem inscritos.

Para qualquer informação, por favor, contacte Margarida Magalhães mmagalhaes@workmedia.pt

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“Açores são exemplo de turismo sustentável”, reafirma o presidente do Governo Regional na BTL

“O nosso compromisso não é apenas atrair visitantes, mas afirmar os Açores como um destino turístico sustentável, onde o desenvolvimento do setor beneficia tanto quem nos visita como quem cá vive”, declarou o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, na sua deslocação à BTL.

Na BTL, acompanhado pela secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, onde recebeu o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, José Manuel Bolieiro expressou orgulho pelo reconhecimento dos Açores como um destino turístico de excelência, realçando que o arquipélago se distingue pela qualidade da experiência que proporciona e pelas suas boas práticas ambientais.

Na ocasião, o líder do executivo regional reforçou que os Açores foram o primeiro arquipélago do mundo certificado como “Destino Sustentável” com Nível Ouro, resultado de um trabalho contínuo na preservação ambiental e na promoção de um turismo responsável.

Para o Governo dos Açores, a sustentabilidade não é apenas uma meta, mas um princípio orientador do crescimento económico e social da Região.

A estratégia dos Açores para o turismo assenta na diferenciação e na valorização da autenticidade do destino, apostando na inovação e na digitalização para melhorar a experiência dos visitantes e a qualidade de vida da população local.

“Queremos um turismo que valorize os nossos recursos naturais e culturais, que respeite o equilíbrio ambiental e que contribua para o desenvolvimento harmonioso das nossas comunidades”, sublinhou José Manuel Bolieiro.

Nos últimos anos, a taxa de crescimento dos proveitos turísticos tem sido superior à taxa de crescimento das dormidas, o que demonstra que os Açores estão a apostar na qualidade em vez da quantidade. Esta abordagem visa garantir um modelo de turismo sustentável e preparar a Região para um futuro cada vez mais competitivo e exigente no panorama internacional, foi sublinhado.

Por outro lado, na sua intervenção na CNN Portugal Summit – Portugal Tour, à margem da BTL, o executivo regional defendeu também uma estratégia de turismo assente na sustentabilidade e na valorização das especificidades do arquipélago.

No evento, dedicado ao tema “Segmentação e estratégias diferenciadas para o território”, José Manuel Bolieiro lembrou que a Região foi classificada como melhor destino de aventura do mundo por dois anos consecutivos, reforçando o reconhecimento global do arquipélago.

O impacto do turismo na economia açoriana tem sido notável, representando 17% do PIB regional e contribuindo com 19,6% do Valor Acrescentado Bruto (VAB), segundo um estudo da EY. Além disso, 16,6% do emprego regional está ligado ao setor, refletindo um crescimento significativo.

“O crescimento quantitativo deve ser um crescimento que potencia e exponencia o crescimento qualitativo”, afirmou José Manuel Bolieiro, que destacou também o aumento de 27% no número de dormidas e passageiros desembarcados e um crescimento de 46% no rendimento gerado pelo turismo, demonstrando a evolução positiva do setor.

No entanto, apontou a necessidade de melhorar a acessibilidade interilhas e fortalecer as ligações aéreas, garantindo uma oferta que respeite a identidade e vocação de cada ilha. “”Temos de identificar as nossas vocações e capacitá-las”, afirmou, referindo-se à diversificação da oferta turística como um meio para impulsionar o desenvolvimento regional.

Outro desafio destacado foi a sazonalidade, que, apesar de ser uma característica estrutural da indústria turística, pode ser mitigada através de estratégias que distribuam melhor a procura ao longo do ano. “Somos um destino de ano inteiro, com excelentes condições para férias longas ou visitas mais curtas, com ligações diretas rápidas e regulares ao continente europeu e ao continente americano”, frisou José Manuel Bolieiro.

Turismo dos Açores tem novo portal

O novo portal do Turismo dos Açores (https://turismo.azores.gov.pt/) procura tornar mais acessível a pesquisa da informação turística na região e agilizar a experiência do utilizador, surgindo como uma plataforma inovadora que centraliza, num único website oficial, uma vasta gama de serviços e conteúdos relacionados com a atividade turística.

Além de concentrar toda a informação institucional relevante, desde a legislação em vigor relativa ao licenciamento de atividades e a incentivos financeiros, aos serviços e recursos turísticos da responsabilidade da Direção Regional do Turismo

(tais como as Rotas Açores e os percursos pedestres), o novo website disponibiliza para consulta os instrumentos estratégicos de desenvolvimento do turismo regional, entre eles o PEMTA 2030 – Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores e a Política de Sustentabilidade dos Açores.

Ponta Delgada será a Capital Portuguesa da Cultura em 2026

Ponta Delgada será a Capital Portuguesa da Cultura em 2026, um reflexo da candidatura finalista da cidade a Capital Europeia da Cultura. A Câmara Municipal vai investir três milhões de euros para projetar os municípios e as suas 24 freguesias no plano cultural. A fadista Katia Guerreiro é a comissária do projeto de Ponta Delgada 2026 – Capital Portuguesa da Cultura.

“Queremos que a cultura e a arte aconteçam em todo o lado, com toda a gente e pelas 24 freguesias, abrangendo diversas áreas como a música, a literatura, o teatro, a dança, as artes inclusivas, as artes plásticas, a arquitetura, a arte urbana, o cinema, a etnografia, a religiosidade e a gastronomia”, salienta a fadista.

Candidatura da 1.ª Bio-região dos Açores

As Ilhas do Triângulo (São Jorge, Pico e Faial) preparam-se para ser a primeira Bio-região dos Açores, na sequência da candidatura apresentada pela Associação de Municípios do Triângulo (AMT), em parceria com a Trybio e com apoio do Governo Regional dos Açores.

As Bio-regiões (existem mais de 1.300 espalhadas pelo mundo) consistem em áreas geográficas onde agricultores, cidadãos, operadores turísticos, associações e o poder local estabelecem uma parceria para a gestão sustentável dos recursos locais, dando centralidade à produção e consumo alimentar de base biológica e agro-ecológica.

Candidatura integrada a Cidade Europeia do Vinho em 2026

Sete municípios dos Açores anunciaram uma candidatura conjunta à Cidade Europeia do Vinho de 2026, destacando o potencial dos eventos organizados na promoção internacional do vinho produzido na região e do destino enoturístico, cujo mote é “Azores, The Best Reason to Toast”

Integram a candidatura sete municípios açorianos membros da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV): Madalena, Lajes e São Roque, da ilha do Pico, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, da Terceira, Santa Cruz, da Graciosa, e Vila do Porto, de Santa Maria.

 

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Maioria são brasileiros mas rota da LATAM Airlines entre Fortaleza e Lisboa também atrai franceses e italianos

Presente na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa e Oceânia, revelou ao Publituris que a nova rota Fortaleza-Lisboa, que arranca a 7 de abril, com um voo por semana, tem registado “uma resposta muito boa”, com “vendas de Portugal e também do resto da Europa”.

Inês de Matos

A LATAM Airlines está satisfeita com a procura que a nova rota entre Fortaleza, no Brasil, e Lisboa está a registar, com Thibaud Morand, diretor-geral da companhia aérea para a Europa e Oceânia, a explicar ao Publituris que “a procura é maior entre os brasileiros que vêm a Lisboa”, mas que o Nordeste brasileiro também é atrativo para portugueses, franceses e italianos.

“O Nordeste do Brasil é muito atrativo para os portugueses, mas também é muito atrativo em França e Itália, por exemplo, que são mercados que vemos a usar esta rota”, revelou o responsável, que esteve em Lisboa para participar na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025.

O diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa e Oceânia explicou que a companhia aérea tem registado “uma resposta muito boa” para a nova rota, com “vendas de Portugal e também do resto da Europa”, o que deixa o responsável “muito satisfeito”.

Os voos entre Fortaleza e Lisboa abrem a 7 de abril, com uma ligação aérea por semana, o que, segundo o responsável, torna “fácil montar pacotes de uma semana com esta frequência”, pelo que a companhia aérea contratou já uma nova responsável comercial para promover a rota junto das agências e operadores turísticos portugueses.

Caso o bom comportamento se mantenha, Thibaud Morand admite que a rota possa ganhar frequências adicionais, ainda que isso também esteja dependente da disponibilidade de aparelhos, o que se torna mais difícil com os atuais atrasos nas entregas de aviões por parte dos fabricantes aeronáuticos.

“Vamos ver como se comporta a rota, vamos fazer o melhor possível e esperamos mantê-la e crescer”, acrescentou.

“Não temos nenhuma dúvida de que vamos encher voos adicionais” de São Paulo

Um reforço de voos ganhou a rota que a companhia aérea opera há vários anos entre São Paulo e Lisboa, que vai passar a contar com nove ligações aéreas por semana, em vez das sete do verão passado.

“Estamos muito contentes porque já sabemos que a temporada de verão é sempre a mais complicada no aeroporto de Lisboa, devido à elevada procura que tem o destino mas, este ano, por fim conseguimos crescer. Aumentámos duas frequências na rota de São Paulo, passámos das sete que tínhamos no ano passado para nove este ano”, explicou Thibaud Morand.

Apesar de considerar que a procura na Europa estabilizou e de revelar que a companhia aérea não está a assistir aos “crescimentos do ano passado ao nível da procura”, o responsável da LATAM Airlines diz que os fatores de ocupação continuam “robustos”, esperando-se, por isso, que a procura acompanhe o aumento da oferta.

“A procura está um pouco mais contida, mas os fatores de ocupação continuam a ser muito robustos e, atualmente, são realmente incríveis. E não temos nenhuma dúvida de que vamos encher estes dois voos adicionais”, concluiu.

 

 

 

 

 

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Madeira trabalha, atualmente, com 54 companhias, 114 aeroportos, 32 países e 139 rotas

O secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, destacou num pequeno-almoço com a imprensa, à margem da BTL 2025, os números que a Região Autónoma atingiu nos últimos 10 anos. Além das 11,7 milhões dormidas e 756 milhões de euros, alcançados em 2024, o também presidente da Associação de Promoção da Madeira (APM) salientou, igualmente, o aumento em 30% do número de pessoas a trabalhar no alojamento.

Victor Jorge

O balanço que Eduardo Jesus, secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira, fez, num encontro com a imprensa, à margem da BTL 2025, relativamente à última década turística na Madeira é “francamente positiva”. E os números comprovam-no: um crescimento de 67,5% nas dormidas e de 133% nos proveitos totais, chegando, no ano de 2024, aos 756 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 133% ao que se registava há 10 anos.

Ou seja, “em 10 anos crescemos mais do dobro em valor relativamente ao crescimento da quantidade. E este é o grande propósito de sustentabilidade deste setor, que é criar valor”.

Uma década a criar valor
E o que se faz com esta criação de valor? “Investe-se nas infraestruturas”, lembrando Eduardo Jesus que, “durante a pandemia, cerca de 96% da oferta hoteleira da Madeira foi intervencionada, modernizou-se, atualizou-se, incorporou tecnologia, recuperou, adaptou-se”.

Contudo, à medida que esta modernização foi feita, Eduardo Jesus lembrou que “simultaneamente olhou-se para as pessoas e a Madeira pode orgulhar-se de, nos últimos 10 anos, os colaboradores do setor do alojamento registarem um aumento do seu poder de compra real em mais 12,6%”.

E isto justifica, segundo o secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira também o “interesse das pessoas trabalharem no setor do alojamento, já que passámos de 6.100 para mais de 8.000 pessoas, o que significa um crescimento de 30%”.

Uma Madeira ligada e tática
Relativamente aos números atuais do turismo, Eduardo Jesus revelou que a Madeira trabalha, atualmente, com 54 companhias aéreas, 114 aeroportos, 32 países e 139 rotas, frisando que “estes quatro indicadores cresceram todos à volta de 40% em 10 anos”.

Não querendo apelidar a apresentação dos números com o fim de um ciclo, mas como um “simples balanço”, frisando que “superamos já os indicadores de 2027”, reconhecendo que esta realidade “poderia acelerar uma tendência para antecipar uma nova estratégia” que, no entanto, admite, “não deve ser alterada, porque a atual continua focada no mais importante que é criar valor”.

Repetindo que “temos de ter uma gestão muito equilibrada sobre o território”, Eduardo Jesus destacou o facto de na atual estratégia se continua a “não permitir a construção de novos hotéis com mais de 80 quartos até 2027”, reconhecendo que se trata de uma forma de gerar valor que permite subir patamares de qualidade e de excelência na oferta, que é o caminho que julgamos neste momento adequado”.

Assim, Eduardo Jesus admite que o trabalho para uma nova estratégia possa vir a ser iniciado “no segundo semestre de 2025” ou seja, um ano e meio antes do final da atual, “tal como fizemos com a que está em vigor”.

E aí, destaque para o trabalho conjunto feito com a Associação de Promoção e a Direção Regional, cujo orçamento foi reforçado e está, atualmente, nos 16 milhões de euros por ano, bem como no trabalho e parcerias com o Observatório de Transporte Aéreo, criado em 2021, e Universidade da Madeira que permitem ter dados que se revelaram e revelam “extraordinariamente importantes”.

“Há uma monitorização permanente da evolução do setor e esse conhecimento do dia-a-dia permite a tomada de decisões, muitas vezes que táticas”. Até porque, disse Eduardo Jesus, “basta uma origem ter um determinado comportamento e temos de reagir”, reconhecendo que “essa não é uma gestão estratégica, é uma gestão tática, é de momento, substituir, apostar ou investir nessa ou noutra origem”.

“Face à instabilidade de alguns mercados, que são chave, este taticismo é essencial”, admitiu Eduardo Jesus.

Certo, no entanto, estão, para o verão IATA, “dois milhões de assentos”, representando um aumento de 18% face a igual período de 2024, indicando ainda Eduardo Jesus que “vamos ter 11 mil frequências”, aqui um crescimento de 14,7%”. E

Quanto a novos voos, o secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira referiu o voo direto de Nova Iorque para a Madeira, três vezes por semana, da United, mas também os voos de Bruxelas, Luton, Bournemouth, Milão, Nantes, Shannon, Edimburgo ou Reiquiavique, operados pela easyJet, Jet2, Ryanair e Play.

Eduardo Jesus destacou ainda a boa performance do mercado polaco que já atingiu o Top 5, com a Europa a representar 97% do incoming, com os restantes 3% a pertencerem aos EUA.

Madeira diz “sim” aos casamentos
“Um reforço na diferenciação com a criação de novos produtos é essencial para colocarmos a Madeira no mapa do turismo”. Por isso, a Madeira trouxe à BTL 2025 um novo produto turístico com o qual pretende “trazer e criar mais valor para a Madeira”.

Esse produto gira à volta do universo ligado aos casamentos, focado no mercado internacional, principalmente no segmento de luxo. “o mercado dos casamentos gera muito valor, não só com os casamentos, mas com as despedidas de solteiros, as cerimónias, as festas”, referiu Sara Marote , diretora executiva da Associação de Promoção.

Assim, o objetivo é ir mostrar este novo produto pelo mundo, até porque, segundo Sara Marote, “não é possível fazer um trabalho como deve ser se não tivermos todos articulados”. Por isso, também foi feito um trabalho de levantamento do que existe, da capacidade de oferta, de forma a “não se defraudar as expectativas”.

Expectativas essas que assentam em trazer para a Madeira casamentos que possui uma maior duração, o que significa mais dormidas, mais gastos, logo mais valor para a comunidade.

Um bom arranque
Bom foi, também o arranque deste ano de 2025, explicando Eduardo Jesus que a Madeira registou o melhor mês de janeiro de sempre, atingindo 50 milhões de euros de proveitos totais.

Ao nível das dormidas, a Madeira contabilizou 780 mil dormidas (+12%), como mercado nacional a crescr 37%, enquanto nos hóspedes o crescimento foi de 11%, a estadia média chegou aos 4,95 dias, e o RevPAR atingiu os 62,9 euros por quarto disponível, correspondendo a um aumento de 24,5% face a período homologo de 2024.

“Antes da pandemia, nunca tínhamos tido um mês em que os proveitos totais do setor atingissem 50 milhões de euros num só um mês” recordando que “o primeiro mês em que isto aconteceu foi em agosto de 22, ainda na pandemia”.

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Tunísia celebra recorde histórico de turistas portugueses e dedica esta sexta-feira a Djerba na BTL

Todas as cores vibrantes da Tunísia voltam a estar presentes na BTL, destino turístico que veio uma vez mais promover-se em Portugal com o objetivo de reforçar os laços históricos com o mercado português, destacando uma das suas joias mais apreciadas pelos viajantes lusitanos: a ilha de Djerba, que terá o seu dia especial, esta sexta-feira na Feira.

A Tunísia tem sido um destino de eleição para os turistas portugueses, e o crescimento sustentado das chegadas confirma esta forte ligação. Em 2024, o número de visitantes portugueses alcançou um recorde histórico de 50 mil turistas, um feito notável desde que a Tunísia iniciou as suas operações a partir do mercado português.

Ano após ano, esta evolução reflete, dizem os responsáveis pela promoção do destino no nosso país, o entusiasmo crescente dos viajantes portugueses, o compromisso dos operadores turísticos e a confiança das redes de venda, consolidando a Tunísia como uma escolha incontornável para os portugueses.

Naoufel Hdia, embaixador da Tunísia em Portugal, que desde que chegou a Lisboa também tem contribuído e apoiado o desenvolvimento deste fluxo turístico  sublinha a importância desta evolução: “O crescimento do fluxo turístico português para a Tunísia é um testemunho do dinamismo e da confiança mútua entre os dois países, avançando que “com um crescimento superior a 17% em relação à média europeia e um impressionante aumento de 77% comparado a 2019, a Tunísia reafirma o seu estatuto de destino incontornável para os viajantes portugueses”.

Por sua vez,, Leila Tekaia, diretora da Delegação Nacional do Turismo Tunisino em Portugal, destaca a estratégia de promoção renovada para 2024: “Este ano, reforçamos o nosso compromisso com o mercado português através do lançamento de uma nova campanha digital programática, a primeira em cinco anos”, para sublinhar que esta iniciativa “visa manter a Tunísia nos radares dos viajantes portugueses e fortalecer o trabalho dos operadores turísticos e das suas redes de distribuição, conferindo que “estamos confiantes que esta campanha impulsionará ainda mais o entusiasmo pelo nosso destino”.

A ilha de Djerba, uma aposta cada vez mais dos operadores turísticos portugueses, que para este verão reforçaram a sua programação dada à procura cada vez maior do destino, será a rainha esta sexta-feira, 14 de março, na BTL, com ligações em direto para revelar, em tempo real, o clima, as paisagens e a atmosfera única deste paraíso mediterrânico.

Além disso, o stand tunisino proporcionará uma imersão nos sentidos, com degustações de sabores, demonstrações de artesanato e uma homenagem ao património cultural de Djerba, reconhecido pela UNESCO. Durante o fim de semana, a tradição e a arte estarão unidas em momentos especiais, com apresentações musicais ao som da cítara, um dos símbolos da identidade tunisina.

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Holiday Inn Beja aposta no segmento de reuniões e eventos

O hotel Holiday Inn Beja está a apostar cada vez no segmento de reuniões e eventos, já que dispõe de duas salas com diferentes capacidades, equipadas com tecnologia, versáteis, modulares e multifacetadas, preparadas para receber qualquer tipo de evento com conforto, privacidade e acessibilidade.

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Com uma localização privilegiada, o Holiday Inn Beja assume uma aposta cada vez maior na sua componente corporate, respondendo, assim, às atuais e principais exigências do mercado.

É no piso -1 do hotel de quatro estrelas que estão localizadas duas salas com diferentes valências e características, batizadas com nomes de artistas nascidos na região, e pensadas para receber qualquer tipo de eventos e iniciativas, com garantia de todas as comodidades, tendo disponíveis equipamentos tecnológicos de som e imagem, rede de wi-fi, ar condicionado, acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e ainda um serviço de catering com menus personalizados de almoço, jantar, coffee-breaks, coffee station, cocktails e canapés.

A Sala Florbela Espanca tem 25 m2 e capacidade para receber 12 pessoas, dispõe de uma mesa central e vários pontos de rede elétricos, já a Sala Mário Beirão, com 250 metros quadrados, pode apresentar-se em diferentes formatos, da plateia ao banquete, tem capacidade para receber até 200 pessoas e contempla infraestruturas de som e projeção de imagem.

A unidade hoteleira oferece 95 quartos distribuídos por quatro pisos, um restaurante especializado na gastronomia tradicional – Chaparro Alentejano – ginásio, serviço de lavandaria e engomadoria, rooftop e uma piscina exterior. Na decoração das várias zonas da unidade, saltam à vista algumas obras que homenageiam e celebram os dois poetas alentejanos que dão nome às anteriormente referidas salas – Florbela Espanca e Mário Beirão – da fachada assinada pelo artista Vhils às tapeçarias artesanais no lobby, da autoria da artista plástica Silvia Maria Perloiro.

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TAP retoma voos para Porto Alegre a 1 de abril e quer “continuar a crescer em termos de frequências”

Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, revelou que a procura destes voos “está muito boa” e “acima das expectativas”, até porque “a única ligação internacional para a Europa direta é da TAP”, sendo, por isso, “uma rota muito importante” para a companhia aérea.

Inês de Matos

A TAP assinalou esta quinta-feira, 13 de março, na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, o regresso dos voos diretos para Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Brasil, que voltam a operar a 1 de abril e que Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, espera que possam “continuar a crescer em termos de frequências”.

“A ideia é continuar a crescer em termos de frequências”, revelou o responsável, que esteve presente na apresentação do regresso dos voos que a TAP promoveu na BTL e durante a qual se brindou com espumante gaúcho, original do Rio Grande do Sul, um produto que vai ser servido a bordo do primeiro voo para Porto Alegre.

Segundo o responsável, a TAP regressa com três ligações por semana, às terças, quintas e sábados, mas “a expectativa é sempre aumentar” a operação, ainda que, para isso, seja necessário “ir construindo e consolidando o produto”.

“Quanto mais frequências colocamos, mais atendemos as necessidades de viagens de passageiros e reduzimos custos”, acrescentou, lembrando que, antes de encerrar os voos em maio do ano passado, na sequência das cheias que assolaram a região sul do Brasil e encerraram o aeroporto de Porto Alegre, a TAP operava quatro voos por semana para a cidade.

Carlos Antunes revelou que a procura destes voos “está muito boa” e “acima das expectativas”, até porque “a única ligação internacional para a Europa direta é da TAP”, sendo, por isso, “uma rota muito importante” para a companhia aérea.

Voos com “significado muito importante” para o Rio Grande do Sul

Presente na apresentação na BTL esteve também Ronaldo Santini, secretário de Turismo do Rio Grande do Sul, que agradeceu o regresso do voo da TAP, que disse ter um “significado muito importante” para a região.

“A retomada do voo da TAP tem um significado muito importante para todos nós, muito mais do que a ligação com os portugueses, o que por si só já justificava, mas existe toda esta conexão do nosso povo, da nossa história, da nossa gente que teve um papel muito importante na construção do estado do Rio Grande do Sul”, afirmou.

Por isso, o governante gaúcho reafirmou também o compromisso do Rio Grande do Sul “para que este voo se torne cada vez mais viável” e seja possível “ampliar essa oportunidade de voos”.

“Queremos esse voo lotado, não só de portugueses e europeus, mas queremos que ele chegue lá também com toda a energia que o povo português traz consigo”, acrescentou.

Já Marcelo Freixo, presidente da Embratur, sublinhou que a TAP é, atualmente, “um dos principais parceiros” do Brasil, uma vez que a “livre conexão” do “Brasil com a Europa deve-se fundamentalmente à TAP”.

O presidente da Embratur considera que a TAP é também responsável pelos recordes que o turismo brasileiro bateu nos dois primeiros meses do ano, em que registou um crescimento de 57% nas visitas de turistas internacionais e lembrou que o Rio Grande do Sul foi um dos três destinos mais visitados nesse período.

“Posso dizer que, nestes dois primeiros meses, o Rio Grande do Sul está entre os três estados que mais receberam turistas internacionais. O Rio Grande do Sul venceu essa tragédia”, congratulou-se o responsável.

 

 

 

 

 

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Soltour assina acordo estratégico com Cuba

A Soltour assinou, durante a BTL, um acordo estratégico com o Ministério de Turismo de Cuba, que visa reforçar a relação entre as entidades cubanas e o operador turístico, bem como potenciar e alavancar o desempenho do turismo local.

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A assinatura do acordo decorreu no stand de Cuba e contou com a presença do primeiro vice-ministro do Turismo de Cuba, Jorge Alberto García Domínguez, da conselheira de Turismo da Embaixada de Cuba em Espanha, Niurka Pérez Denis, do especialista nos mercados de Portugal e Espanha do Ministério do Turismo de Cuba, Gildineys Arredondo Castillo, bem como do CEO da Soltour, Tomeu Bennasar, e da CMO da Soltour, Teresa Arizti.

De lembrar que, ao longo dos anos, o compromisso da Soltour com Cuba tem sido contínuo, posicionando-se como um dos principais operadores a assegurar ligações diretas de Portugal e Espanha para este destino caribenho, e através deste acordo estratégico, a Soltour pretende fortalecer a promoção do destino nos mercados português e espanhol e contribuir para o crescimento sustentável da indústria turística cubana.

“A Soltour tem um histórico sólido na promoção de Cuba como destino turístico junto dos mercados português e espanhol, e este acordo vem reafirmar o nosso compromisso com o país”, realçou Tomeu Bennasar, para reforçar que “queremos continuar a ser um parceiro de referência, não só para os viajantes portugueses e espanhóis que escolhem Cuba como destino para as suas férias, mas também para o desenvolvimento do setor turístico nacional”, assegurou.

A programação da Soltour para este ano tem em Cuba um dos seus protagonistas, tanto a partir de Portugal como de Espanha. Ao longo de 2025, a Soltour vai operar voos diretos para vários destinos dentro do país, mantendo forte o compromisso com a diversificação e a promoção de diferentes dimensões da oferta turística cubana.

A partir de Lisboa, durante o verão, a Soltour irá operar voos diretos para Varadero e Cayo Santa María, com frequências semanais, e terá ainda voos ocasionais para Havana. Já a partir de Madrid, o operador contará com voos diretos para a capital cubana com quatro frequências semanais, nas temporadas de inverno, verão e outono de 2025, com os pacotes já em venda nos dois mercados.

 

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Unlock Boutique Hotels passam a contar com selo da Casa Real Portuguesa

A celebração do protocolo entre a Unlock Boutique Hotels e a Casa Real Portuguesa foi anunciado esta quinta-feira, 13 de março, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Market. Este foi também o momento para o grupo de gestão hoteleira dar a conhecer o seu mais recente hotel no Douro, o Palacete Barão Forrester.

Carla Nunes

Os hotéis da Unlock Boutique Hotels passam a contar com o selo da Casa Real Portuguesa, após a celebração de um protocolo entre as duas entidades.

O anúncio foi feito esta quinta-feira, 13 de março, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Market, num momento em que estiveram presentes D. Duarte, Duque de Bragança; Miguel Velez, CEO da Unlock Boutique Hotels e Pedro Marques da Costa, diretor de operações e desenvolvimento da empresa de gestão hoteleira.

Créditos: Just Frame It

Sobre o protocolo, Miguel Velez refere que este “permite-nos chegar a um segmento específico dentro dos nossos hotéis boutique e de charme, alguns dos quais representam em muito a história de Portugal e a conservação do património português”.

Já D. Duarte reforçou o seu apoio a “tudo o que sejam iniciativas de trabalhos que ajudam a preservar a nossa memória, cultura e identidade”.

Um novo hotel no Douro

Além do novo selo, a Unlock Boutique Hotels acrescentou mais um hotel ao seu portefólio, o Palacete Barão Forrester.

Localizada em Alijó, em Vila Real, a nova unidade a integrar a Unlock Boutique Hotels conta com 21 quartos e será alvo de dois projetos de remodelação: uma durante o verão, e uma outra em outubro, altura em que o hotel fecha portas para a fase final de remodelações.

“É um complemento na nossa oferta, um esforço para estarmos cada vez mais presentes na região do Douro”, afirma Miguel Velez, que explica que o intuito de expansão da empresa passa por “criar uma rede de hotéis que permita conhecer Portugal de lés-a-lés, de norte a sul do país”.

Sobre a parceria com a Fauchon para a abertura do primeiro hotel da marca em Portugal, Miguel Velez admite que continuam à procura de uma unidade em Porto e em Lisboa.

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Portugal é o país convidado de honra do Festuris 2025

Os CEO do Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, Eduardo Zorzanello e Marta Rossi, confirmaram, esta quinta-feira, que Portugal é o país convidado de honra da 37ª edição, que decorre este ano de 6 a 9 de novembro.

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A formalização ocorreu durante um encontro na BTL, com o com o secretário de Estado do Turismo de Portugal, Pedro Machado, a vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, Lídia Monteiro, e o diretor de Turismo de Portugal no Brasil, Bernardo Cardoso.

“Estamos muito felizes e honrados em ser o país convidado de honra do Festuris”, disse Lídia Monteiro, para lembrar que, nos últimos três anos “participamos ativamente do Festuris, e sentimos, sempre que somos recebidos como família e as famílias, quando se encontram, partilham, e nossa vontade é estar em Gramado partilhando aquilo que Portugal tem de melhor para ser visitado”.

A responsável do Turismo de Portugal assegurou que a presença portuguesa será “muito agregada, e que muitas empresas portuguesas também atenderão esse chamamento para estarem conosco””.

Bernardo Cardoso manifestou a importância do Festuris como feira de turismo no sul do Brasil, e exaltou a relevância dos voos internacionais entre Lisboa e Porto Alegre, que terão três frequências semanais com a TAP Air Portugal a partir de 1 de abril.

Este é o 4º ano que o Festuris faz reverência a um país. A escolha de Portugal justifica-se pela sua importância histórica e a sua relação turística e económica com o Brasil, sobretudo com a região sul brasileira. “Portugal é arte e a arte está em todos os lados: No saber fazer, na valorização de território, no produto com valor acrescentado, na inovação, na sustentabilidade. E Portugal dá aula em tudo isso”, destacou Eduardo Zorzanello.

Refira-se que, nas edições anteriores, os países de honra do Festuris foram República Dominicana em 2024, Uruguai em 2023 e Argentina em 2022. Para este ano, o Festuris vai contar com a presença de mais de 50 destinos internacionais a mostrar as suas potencialidades para os profissionais do turismo que estarão em Gramado entre 6 e 9 de novembro de 2w025. Serão mais de 15 mil profissionais e 2.500 marcas presentes. Em negócios gerados entre os players, o montante deve chegar a 500 milhões de reais, estima a organização da Feira.

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