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“O que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional”

Destino Nacional convidado da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, lançou ideia do que será realizado no Alentejo e no Ribatejo para atrair mais turistas nacionais e, principalmente, internacionais. Depois de, em 2024, a região do Alentejo e Ribatejo ter o melhor ano turístico de sempre, José Santos salienta que o Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo.

Victor Jorge
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“O que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional”

Destino Nacional convidado da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, lançou ideia do que será realizado no Alentejo e no Ribatejo para atrair mais turistas nacionais e, principalmente, internacionais. Depois de, em 2024, a região do Alentejo e Ribatejo ter o melhor ano turístico de sempre, José Santos salienta que o Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo.

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A região do Alentejo e Ribatejo registou, em 2024, o melhor ano turístico de sempre. Embora existam mercados a cair, nomeadamente, o espanhol e francês, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, acredita que será possível recuperar, com a promoção e comunicação certa. Adepto de “melhor em menos mercados”, José Santos salienta que o Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo. Contudo, existem preocupações e, além da recuperação dos mercados emissores, é preciso olhar melhor para o ordenamento do território.

De acordo com os dados do INE, a região do Alentejo e Ribatejo registou crescimentos em termos de dormidas, hóspedes e receitas, correspondendo ao melhor ano turístico de sempre. A que é que se deveu este crescimento nestes três pilares?
Em primeiro lugar, diria que é um crescimento no contexto nacional. Todas as regiões cresceram e, portanto, há uma notoriedade que Portugal tem tido a todos os níveis fantástica. Por isso, o país está de parabéns e todas as regiões estão de parabéns.

No caso do Alentejo, tínhamos a noção que não íamos continuar a crescer na casa dos dois dígitos. Tínhamos crescido 11% em 2023, estamos ainda na trajetória do pós-pandemia e aterramos, numa aterragem suave, em 2024, com um crescimento acima do 4%.

No início de 2024 tinha noção que a taxa de crescimento não poderia ser igual à do ano anterior?
Tinha. Aliás, há declarações minhas ao longo do ano nesse sentido e estou muito ciente das dificuldades do ano e da resiliência do mercado nacional. Tivemos algumas dificuldades no mercado nacional nos meses de verão e, aliás, lançámos uma campanha no verão, uma espécie de uma campanha de hard-selling para tentar manter e reforçar os fluxos.

Felizmente crescemos mais nos meses de “shoulder season” e depois o ano acabou por ser favorável. Portanto, tinha essa noção que começou a ser clara relativamente a algum decréscimo no mercado espanhol, logo a partir do primeiro trimestre, e não mais conseguimos recuperá-lo. Aliás, é um objetivo, noutro contexto, para este ano e para os próximos.

Depois, as dificuldades do mercado nacional, apesar de já estarmos a sair da crise inflacionista e da pior altura do pico dos créditos à habitação. Mas o Alentejo não perdeu muito da sua clientela que ocupa um segmento de oferta alto, um segmento de oferta ligado mais ao luxo e, por isso é que, em 2024, mantivemos o terceiro lugar no pódio do destino com a receita por quarto ocupado (ADR) maior. À nossa frente só tivemos Lisboa e o Algarve, o que leva a concluir que o Alentejo continua a vender-se bem junto de mercados com maior poder aquisitivo. Contudo, temos de vender o destino para um espectro de mercado muito maior.

Em 2024, conseguimos crescer mais de 4% em cima dos 11% de 2023, crescemos 12% em proveitos, crescemos no ADR, crescemos no RevPar, decrescemos ligeiramente na ocupação. Conseguimos vender o Alentejo a mais clientes e a um preço mais alto.

A quebra nos meses de junho e julho poderá estar relacionada com a realização do Campeonato Europeu de Futebol e com os Jogos Olímpicos, dois grandes eventos que, obviamente, prenderam muito a atenção e podem ter desviado algum fluxo turístico.

Na questão do preço sabemos que, por exemplo, Espanha tem produtos hoteleiros muito competitivos. Aliás, comparava e via hotéis do mesmo grupo, no Algarve e no Alentejo e, em Portugal, tínhamos esses hotéis 30% mais caros.

Mas isso no Alentejo. E no Ribatejo?
Sabe que agora temos de olhar para os dados de forma distinta. Com a criação da nova NUT do Oeste e Vale do Tejo, os 11 concelhos da Lezíria do Tejo, que valiam na NUT II Alentejo cerca de 7%, já não estão lá. Quando olhamos para os dados das dormidas de 2024, temos de ter cuidado quando comparamos com os dados de 2023, porque nesse ano ainda estavam lá os do Ribatejo e que somaram 260 mil dormidas.

No Ribatejo crescemos 20 mil dormidas, em 2024, tivemos também o melhor ano turístico de sempre no Ribatejo e, claro, estamos muito satisfeitos.

Começámos a autonomizar o marketing do Ribatejo. Quando lançamos uma campanha, lançamos para o Alentejo e lançamos para o Ribatejo. Temos a preocupação de ter conteúdos específicos para o Ribatejo. Exemplo disso é que, na BTL vamos levar uma imagem diferente do Ribatejo.

A estratégia anterior penalizava o Ribatejo?
Acho que sim. Com a nossa última campanha do Ribatejo, no ano passado, descobrimos um Ribatejo sustentável, um Ribatejo verde, muito mais próximo do que são hoje as afinidades com os mercados. Temos o Paul do Boquilobona na Golegã, temos o EVOA na Companhia das Lezírias, temos excelentes troços de turismo em bicicleta. Assim, o que vamos levar este ano à BTL é um Ribatejo mais verde, mais sustentável. Claro que o produto e todas as gestões ligadas ao campino, ao turismo equestre estão lá, mas estão apresentados de outra maneira. Creio que isso é positivo para o Ribatejo. Temos de ligar a nossa comunicação àquilo que hoje os mercados pedem.

 

Conseguimos vender o Alentejo a mais clientes e a um preço mais alto

 

Mais americanos, menos espanhóis
Que nacionalidades contribuíram para estes resultados?
O mercado espanhol é o nosso primeiro mercado internacional. Contudo, tivemos uma redução de 12% nas dormidas e cerca de 2% nos hóspedes. É um assunto que me preocupa e vou, aliás, promover brevemente uma sessão com o Turismo Portugal, com a representação do Turismo Portugal em Madrid, para percebemos, de facto, a causa.

A minha visão, mas que tem de ser confirmada, é que já não estamos a oferecer aos espanhóis aquilo que hoje procuram.

Que é?
Um turismo de muita qualidade, gastronomia de primeira linha, a nossa restauração, conceitos diferentes, cycling, walking …

Mas a um preço mais reduzido?
Não necessariamente. Há mercado em Espanha que hoje pode comprar aquilo que o Alentejo tem para vender. Penso é que não nos estamos a posicionar da forma mais correta. Os entendidos sabem que existe um Alentejo diferente, um Alentejo mais aspiracional, mas esse Alentejo não está a chegar.

Então é uma questão de comunicação e promoção?
É uma questão de comunicação e promoção. Temos o produto, mas eles não estão a ver esse produto. Temos agora a oportunidade da melhoria da ligação ferroviária, com a alta velocidade que vai passar por Évora, Elvas, até a Espanha, e como sabe, somos um destino que não tem um aeroporto internacional, não temos essa vantagem como tem Lisboa, Porto ou o Algarve. O nosso aeroporto internacional é o da Portela, mas vamos ter uma ferrovia.

A questão da conectividade não é, portanto, só aérea?
Não. Como sabemos abandonámos a ferrovia em Portugal e agora regressámos. O primeiro troço de alta velocidade ligará Portugal a Espanha através deste eixo ferroviário que vai atravessar o Alentejo e que nasceu muito pela ligação ao Porto de Sines, mais numa lógica logística e de transporte de mercadorias, mas que também vai ter, ainda que publicamente, com uma pena minha, às vezes isto não é dito de uma forma muito clara, mas o ministro das Infraestruturasuras já teve a oportunidade de dizer que este eixo ferroviário será, também, de transporte de passageiros.

Agora temos de nos posicionar e perceber onde é ficarão as paragens, porque é muito importante, até porque sabemos que hoje existe muito mercado e que está a crescer a franja das pessoas que, se puderem viajar de comboio, viajam de comboio. Aliás, estamos a olhar para esse eixo ferroviário de entrada na região já para a Capital Europeia da Cultura de Évora, em 2027.

Depois, o mercado norte-americano, que já é o segundo mercado externo da região, subiu 16,5%, é dos maiores crescimentos. Aliás, a taxa de crescimento médio anual do mercado norte-americano, entre 2013 e 2023, no Alentejo é de 19%, a partir de uma base muito baixa, obviamente, mas cresceu para ser já o segundo internacional.

O terceiro mercado é o alemão. Trata-se de um mercado muito resiliente, com algumas dificuldades económicas no momento. A nossa agência de promoção turística criou relações muito sólidas com importantes operadores turísticos e o mercado alemão é muito fiel ao Alentejo.

Mas, por exemplo, o mercado norte-americano, quando vem ao Alentejo ou ao Ribatejo, vem especificamente para a região, ou é uma vista que faz numa passagem de Lisboa para o Algarve, ou de Porto para Lisboa?
Há muitos que já vêm mesmo para o Alentejo, mas há muito mercado norte-americano que vem através de Madrid. Aliás, há uma oportunidade que queremos explorar e que vem, recentemente, publicada num artigo do Financial Times, e que dá conta que existem muitos norte-americanos, nascidos em Cuba, na Colômbia, que estão a sair dos EUA e estão a comprar quarteirões de casas em Madrid.

Por isso, está a criar-se ali um público muito interessante, que, trabalhado com DMC locais, pode vir para o Alentejo, ou seja, trazer outro tipo de clientes que têm a nacionalidade norte-americana, mas que estão em Espanha.

Aliás, há, recentemente, uma reportagem da CNN que diz que os americanos estão loucos pelo Alentejo. E de repente o mercado norte-americano é o nosso segundo mercado externo, com um crescimento de 16,5% face ao ano passado.

 

O grande desafio do Alentejo para os próximos anos é deixarmos de ser um turismo de quatro meses para passarmos a ser um destino turístico de sete meses. Isso só é possível aumentando a internacionalização, aumentando mais o crescimento dos mercados externos

 

Os pilares turísticos
E em termos de sazonalidade, esta tem vindo a esbater-se?
Se me permite, há um aspeto que sentimos muito no nosso social listening, que é a questão do calor. Aliás, na BTL vamos ter um momento importante, já que estamos a procurar colocar mais natureza, criar mais frescura na nossa comunicação, seja pela Rota das Cascatas no Parque Natural da Serra de São Mamede, seja pelas praias fluviais do Alqueva. Estamos a reduzir a taxa de sazonalidade no interior, não estamos a consegui-lo no litoral de Sines para cima. Até porque temos dois litorais diferentes no Alentejo: o litoral a sul de Sines, que tem uma sazonalidade esbatida muito pela Rota Vicentina, que é um produto cuja época alta não é no verão, e depois temos uma sazonalidade mais marcada de Sines para cima, muito pela oferta turística de Tróia, que é muito sazonal. Aí temos uma estadia média maior, mas temos uma sazonalidade maior.

No Alentejo interior, estamos a reduzir a sazonalidade. No ano 2023 temos uma taxa de sazonalidade de 38%, está a reduzir cerca de 1,7 pontos percentuais ao ano. Isto está correlacionado com o aumento da internacionalização, porque, como sabemos, o mercado nacional são as famílias que têm as suas férias definidas no tempo: verão, escapadinhas, feriados. Portanto, estamos a reduzir a sazonalidade pelo crescimento dos mercados de longa distância. O mercado norte-americano, o mercado canadiano e/ou o brasileiro.

O grande desafio do Alentejo para os próximos anos é deixarmos de ser um turismo de quatro meses para passarmos a ser um destino turístico de sete meses. Isso só é possível aumentando a internacionalização, aumentando mais o crescimento dos mercados externos.

Hoje, andamos em Évora, o polo com maior oferta e procura, e vemos turismo todo o ano. Há 5 anos não era assim. O nosso desafio é alargar esse movimento a toda a região.

Temos de criar fatores de oferta e de conteúdos muito interessantes para o verão. Não podemos olhar para o verão como olhávamos e pensar, o verão está garantido. O verão não está garantido. Este ano vamos ter uma campanha para o verão a pensar em conteúdos ligados à cultura, à arte, à gastronomia, pensar em ter uma oferta turística noturna, trabalhar com a água à noite, com o dark sky.

O verão é muito desafiante, a sazonalidade está a baixar no interior, estamos a ter turismo todo o ano, mas temos de criar produtos novos. Vamos investir muito no apoio a festivais e, para além dos festivais que já existem e que apoiamos, vamos também lançar novas iniciativas, precisamos de ter conteúdos de grande qualidade que façam com que as pessoas venham ao Alentejo.

E que iniciativas são essas?
Lançámos um piloto no ano passado, na Malhadinha Nova, vamos querer fazer um festival a que chamaremos “Alentejo Music Series” em 4 ou 5 pontos da região, 4 ou 5 concertos no verão, em locais icónicos e emblemáticos da região que chamem público para vir à região e ficar.

Os pilares dos produtos turísticos estão criados: Enoturismo, gastronomia, natureza. Depois é criar subprodutos dentro desses pilares? É fácil criar produtos turísticos novos?
Sim para a primeira pergunta, não para a segunda. Sabe que no Alentejo não temos de inventar muito.

 

O verão é muito desafiante, a sazonalidade está a baixar no interior, estamos a ter turismo todo o ano, mas temos de criar produtos novos

 

Até porque se se inventar muito, depois, eventualmente, lá se vai a autenticidade? [
Sim, esse é o grande objetivo, não desgastar a autenticidade. Somos um destino com três, quatro grandes pilares. O que podemos ter é alguns subprodutos que possam enriquecer e diversificar o produto pilar.

Dou-lhe um exemplo, temos um produto que é o Enoturismo., estamos a procurar enriquecê-lo e diversificá-lo com o Olivoturismo. A maior parte dos produtores de vinho também produzem azeite. Introduzirmos o azeite na Rota dos Vinhos, ainda que depois possa ter um corpo próprio, é algo que valorizará o produto pilar e passa a oferecer algo novo.

Temos um programa ligado às Amendoeiras em flor, vamos, brevemente, ter o nosso guia do Turismo Industrial, iremos ter cinco passeios com o Cante Alentejano, vamos fazer um suplemento para o turismo náutico. Ora, são subprodutos que ajudam os operadores a diversificar, a enriquecer, a adornar aquilo que já existe. O turismo literário pode ganhar algum corpo, temos alguns DMC muito interessadas em criar um programa, mas é um produto que entrou muito na cultura, no vinho.

O segredo é ligar isto tudo?
O nosso papel, enquanto entidade pública, não é vender os produtos, o nosso papel é ajudar os departamentos de prospeção dos operadores turísticos, é acelerarmos, é adiantarmos o trabalho, é dizermos está aqui o turismo literário, o turismo náutico, o turismo industrial no Alentejo. É lançar estas propostas, cozer a oferta, sistematizar a oferta e comunicá-la e promovê-la.

Unir esforços em prol da promoção
E faz sentido uma ERT Alentejo-Ribatejo?
Repare, temos algumas excentricidades na nossa organização do Estado. Começo pela primeira, que é termos entidades regionais e agências regionais. Portugal não é um país reformista. O Governo de Durão Barroso tomou a decisão corajosa de dizer que não só os privados devem participar nas decisões da promoção dos destinos – que é uma coisa terrível em Portugal, mas está perfeitamente assimilada e aceite – como fez outra coisa, ainda antes de começar a falar das competências das regiões, que foi dizer que as regiões vão ter um papel, através da descentralização de competências do Turismo de Portugal para as agências regionais, mediante, claro, uma lógica e plano nacional.

Isso foi há 20 anos e o setor do turismo tem isso, hoje, perfeitamente assimilado e aceite. Quer dizer, os órgãos privados e os empresários já não olham para o lado público como entidades ausentes, desligadas das dinâmicas do produto, do turismo, da promoção.

O setor do turismo é um setor maduro, adulto, perfeitamente consciente e comprometido com aquilo que são os seus desafios, as suas alterações.

Mas é um setor que precisa de muitas reformas?
Reforma é uma expressão excessiva. Medidas, sim. Ora, faz sentido haver uma agência regional e uma entidade regional. Isso é uma confusão terrível.

 

Há uma linha estratégica coerente [no turismo], com uma ou outra alteração, mas que tem sido seguida sem grandes perturbações. Imaginemos esta realidade noutros setores ou se o turismo não o tivesse feito

 

E confusão maior quando há pessoas diferentes à frente de uma e outra?
Pois, sim. Agora está tendencialmente a juntar-se, mas isso é uma circunstância e não deve ser essa circunstância a ditar essa unificação, porque as entidades têm as suas estruturas. Mas sei dos ganhos de recursos se passasse a haver uma entidade para a região. Essa é a primeira medida que o Governo devia tomar, uma única entidade regional de turismo.

A questão do Alentejo-Ribatejo, não podemos ter uma entidade regional para gerir cada marca em Portugal. Eu posso, enquanto Entidade Regional de Turismo (ERT) que gere uma área regional, promover o Ribatejo como promovo o Alentejo, e até posso promover o Alqueva e posso promover o Litoral alentejano.

A prova é que hoje temos um marketing específico para o Ribatejo. É mais exigente e mais desafiante? Sim. Repare, podemos dizer que isto é uma empresa que tem várias marcas, tem vários produtos. O conceito que existe na Lei de 33, é Área Regional de Turismo e esta área regional de turismo é tutelada por uma Entidade Regional de Turismo. Esta ERT tem um território, mais ou menos do tamanho da Bélgica, com muito menos gente, que tem o Alentejo e que tem a Lezíria do Tejo.

São territórios que têm graus de desenvolvimento turístico completamente diferentes. O Ribatejo tem 280 mil dormidas, tem dois hotéis de 4 estrelas, não tem um hotel de 5 estrelas, não tem praticamente produto. Estamos a fazer um esforço enorme. Estive, recentemente, no Ribatejo a trabalhar com empresários ligados ao vinho para se ver soluções de financiamento para criar alojamento nas adegas. Porquê? Porque há procura, as pessoas chegam às herdades e às quintas do Ribatejo, gostavam de ficar a dormir, e não podem porque não há oferta. pois não há.

O turismo não é para o Ribatejo, ou não apareceu ao mesmo tempo para o Ribatejo com uma prioridade como apareceu para o Alentejo. Tal como o Alentejo não apareceu ao mesmo tempo que apareceu para o Algarve. O turismo no Algarve começou na década de 60 e o turismo no Alentejo começou na década de 90. E no Ribatejo terá começado há 10 anos. Entre três a cinco anos, a oferta turística da Lezíria do Tejo vai mais que duplicar. É baixa, é verdade, mas vai mais que duplicar.

Mas regressando à sua pergunta sobre a ERT Alentejo-Ribatejo, o que me parece fundamental é haver uma entidade que tenha as várias janelas: temos a estruturação da oferta, a engenharia do produto, a promoção interna, a animação, a promoção externa, a monitorização e temos de ter também uma mão forte na formação, nos recursos humanos. Isto tem de ser uma única entidade, que tem vários módulos, várias equipas, mas isto tem de ser um centro único de racionalidade e decisão. E que depois fala com o Turismo de Portugal.

 

Sei dos ganhos de recursos se passasse a haver uma entidade (ERT + ARPTA) para a região. Essa é a primeira medida que o Governo devia tomar

 

Essa estruturação que fez do setor do turismo pensa que ela vai, de alguma forma, aparecer na nova “Estratégia Turismo 2035”?
Não, creio que não. Acompanhei a preparação da “Estratégia Turismo 27” (ET27) e já podemos estabelecer um quadro, uma diferença entre os contextos temporais, sociológicos, comerciais, da preparação de uma e de outra. São radicalmente diferentes.

O tempo acelerou tanto nos últimos anos e não foi só a pandemia, mas muito também pela pandemia, que a ET27 foi a afirmação de Portugal como um grande destino turístico no plano internacional. É há que destacar o trabalho de grande qualidade que o Turismo de Portugal, enquanto instituição, e turismo de Portugal como um todo tem feito, beneficiando, também, de algo que, infelizmente, nem sempre acontece noutros setores da nossa governação, que é o de haver uma linha estratégica coerente, com uma ou outra alteração, mas que tem sido seguido sem grandes perturbações. Imaginemos esta realidade noutros setores ou se o turismo não o tivesse feito.

A nova ET35 é uma estratégia de como é que o turismo pode ser o motor de transformação da sociedade portuguesa. Esta é a minha leitura, atenção, e isto não escrito em lado nenhum, mas de facto, como é que o turismo é hoje o motor de transformação da sociedade, como é que o turismo pode ser parte, talvez muito importante, em questões que têm a ver com a inclusão, com a sustentabilidade económica, ambiental e social, com um certo equilíbrio na sociedade portuguesa, na melhoria do rendimento, como é que o turismo pode ser, de facto, um fator de afirmação dos territórios do interior e das regiões.

A estratégia vai ser importante para nos sintonizarmos novamente todos com o que são os nossos desafios.

Não nos podemos esquecer que a ET27 foi um instrumento de política pública, deu muita coerência aos problemas de financiamento, aos sistemas de incentivos. As estratégias devem ser orientadoras, motivadoras e impulsionadoras, flexíveis e adaptáveis.

O Enoturismo é considerado um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo

Mas focou, igualmente, a importância dos recursos humanos. Regiões como o Alentejo ou Ribatejo poderão ter mais dificuldades na captação de recursos humanos para dar resposta a expectativas quantitativas e qualitativas por parte os visitantes?
Sim. Évora, por exemplo, é uma exceção porque há 12 ou 14 Expressos de Évora para Lisboa e já temos hoje muitos movimentos pendulares de mão-de-obra, de pessoas que residem em Lisboa e que estão a trabalhar em Évora.

Os problemas dos recursos humanos tiveram o seu pico logo a seguir à pandemia, têm vindo a ser suavizados. Nós começámos a fazer a Bolsa da Empregabilidade com a Associação Fórum Turismo no ano passado e temos percebido melhor o comportamento e as necessidades do mercado de trabalho, mas à medida que a oferta vai crescendo, e neste ano temos a previsão de abrir mais 10 hotéis no Alentejo, obviamente que a questão da contratação dos recursos humanos se vai agudizando e é sempre um assunto.

Temos uma situação de quase pleno emprego em Portugal, mas ainda há algumas oportunidades de contratação de recursos humanos para os nossos hotéis. Além disso, temos uma mão de obra migrante que hoje tem uma importância muito grande no aparelho produtivo de todo o turismo em Portugal, e o Alentejo não é exceção, e aí há algumas medidas de política pública interessantes, nomeadamente o programa “Integrar Turismo”. Isso permitirá resolver alguns problemas.

A questão do Alentejo é mais funda, mais estruturante, é um problema demográfico, ou seja, a região tem de definir e criar uma estratégia global de como é que se vai tornar atrativa. Já não é tanto um problema de como é que se fixam as pessoas que estão cá, mas sim como é que se atraem pessoas novas.

Temos a questão da atração e depois da formação das pessoas. Temos um problema, já que temos apenas uma escola de hotelaria e, aliás, fiz esse desafio para a nova “ET35”. Não podemos ser a única região que só tem uma escola de hotelaria. Claro que temos as escolas de Portimão, de Vila Real de Santo António e de Setúbal que apoiam o Alentejo, mas precisamos de criar um segundo pilar de formação na região.

Lançámos um desafio ao Turismo de Portugal e ao secretário de Estado, aceite de imediato, e estamos com um plano de formação para o eixo de luxo entre Troia e Melides, em que, na prática, fomos chamar o Turismo de Portugal e a Escola de Hotelaria de Setúbal, e estamos a preparar uma grande candidatura para um plano de formação de todo o Alentejo.

Mas, repare, atrair talento para o Alentejo implica uma política pública transversal, porque temos de criar soluções para a habitação, para a educação, para a saúde. Temos de ter a noção que não é uma ERT que vai conseguir mudar isso. O que vamos fazer é tentar criar algumas ações, algumas iniciativas que criem a ideia nos colaboradores, nos profissionais do turismo em Portugal que é bom vir trabalhar para o Alentejo.

Falou na ERT e na ARPTA, à qual é candidato à presidência, seguindo o exemplo de várias outras regiões, nomeadamente, Porto e Norte, Centro e Algarve. Esta união numa só pessoa, nas presidências da ERT e ARPTA, pode melhorar o desempenho do turismo no Alentejo e Ribatejo?
Eu olho para a ARPTA e para a decisão de me candidatar e penso assim, onde é que as minhas competências, experiência, podem ser úteis nesta fase de crescimento do turismo internacional no Alentejo? Porque, o que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional. E eu respondo: capacitar, dar mais músculo, dar mais poder de intervenção à ARPTA, aumentarmos o quadro de pessoal, termos mais gestores de produto, mais gestores de produto profissionais em produtos específicos e por mercados, diversificámos as nossas fontes de financiamento. Estamos a posicionar, por exemplo, para gerirmos o “Welcome Center” de Évora, que tem de estar pronto para a Capital Europeia da Cultura e onde poderemos vender toda a nossa oferta, podemos ter um painel interativo onde as pessoas compram as várias experiências, podemos ajudar na transformação digital das empresas.

Mas não se esgota em 2027?
Não, o “Welcome Center” fica e daí ter de ser pensado do ponto de vista dos seus conteúdos, para a Capital Europeia da Cultura, mas também numa perspectiva de legado.

Portanto, gestão unificada, integração de estratégia, hoje qualquer coisa que fazemos no Alentejo tem de ter a componente da internacionalização. Temos de capacitar a ARPTA, dar-lhe mais músculo, mais capacidade de intervenção, diversificar as fontes de receita, olhando numa lógica de médio prazo, a cinco anos, ou seja, perceber como é que o ganho da vinda de mais turistas internacionais reforça o financiamento da agência e o “Welcomo Center” em Évora é a grande oportunidade de o fazer.

Claro, há alguns ajustamentos que podemos fazer nos mercados, acho que devemos investir mais no mercado norte-americano, temos de olhar para o mercado espanhol de uma forma mais abrangente, mais cuidadosa.

Sou adepto de melhor em menos mercados. Não podemos brincar ao turismo.

E prestarmos contas. Se acabarmos um ano e fazemos um grande investimento num mercado e decresço nesse mercado, tenho de discutir isso. Temos de perceber melhor o que é que os empresários estão a fazer. Sei que quando decido a estratégia anual de marketing, tenho de ter em atenção o plano do Turismo de Portugal, tenho de ter em consideração as orientações macro dentro dos contratos trienais. Mas não posso definir a minha estratégia para a promoção internacional sem saber bem quais os mercados que os empresários andam a trabalhar

E há caminho para diversificar mercados ou, como diz, a aposta é “melhor em menos mercados”?
Os nossos mercados de proximidade estão a crescer menos. O mercado francês está a crescer menos, o mercado alemão, vamos ver, tem sido muito leal ao Alentejo, o mercado espanhol reduziu 12%, temos de trabalhar melhor o mercado brasileiro que está a decrescer não só no Alentejo, podemos trabalhá-lo melhor com o enoturismo. O Alentejo é, do ponto de vista da oferta enoturística, a melhor região do país, temos de nos consciencializar disso uma vez por todas e temos de estar mais seguros do poder desta aliança estratégica entre o vinho e turismo. Temos de fazer mais promoção no mercado norte-americano e temos, obrigatoriamente, de olhar para a Espanha.

Há mercados de oportunidade que o Turismo de Portugal está a lançar, mas que nunca serão mercados de grandes massas, pelo menos no imediato. Por isso, diria menos mercados, ou pelo menos, os mesmos mercados, mas melhor. Não sou muito adepto de uma diversificação, ou melhor, grande dispersão de mercados.

Atenção ao território
Quais são as lacunas do turismo em Portugal e, especificamente, no Alentejo e Ribatejo?
Para começar, não tenho aquela ideia de que as pessoas em Portugal não gostam do turismo, talvez por ter nascido no Algarve e ter convivido com o turismo desde muito novo.

 

 

Há a ideia que, de repente, o Alentejo é o melhor sítio do mundo para instalar megacentrais fotovoltaicas (…) não posso instalar centrais fotovoltaicas a todo o custo, prejudicando a competitividade turística dos territórios

 

Portanto, não se coloca a tal questão do “turismo a mais” que se ouve por aí?
Não, para mim isso é a espuma dos dias. Não vejo, hoje, no Alentejo, no país, esse sentimento de antiturismo. O país tem feito um progresso enorme, as cidades, as regiões, eu próprio também tenho algumas antipatias, não convivo bem com o tema da taxa turística …

Mas a existir taxa turística, não está a ser aplicada como e onde deveria ser aplicada?
Não sei, não conheço os casos, mas na minha visão do mundo, viajar e pagar por viajar é algo que não é compaginável.

Outra coisa é como é que os organismos que gerem destinos turísticos devem ter mais financiamento para gerir os problemas e os desafios que têm. Isso é outra coisa, mas como sabemos em Portugal, se o IVA turístico fosse entregue na totalidade pelo Estado aos municípios, a taxa turística como fonte de financiamento perdia total relevância.

O país está consciencializado da importância do turismo, temos uma boa administração, temos um Turismo de Portugal forte, temos os governos a apoiar o turismo, portanto estamos num bom caminho, e o turismo é o grande motor da nossa atividade económica.

A nível regional há alguns aspetos que me preocupam. Primeira preocupação: financiamento para a promoção internacional. Nós nunca tivemos tão poucos fundos europeus para apoiar o turismo como temos hoje. O Plano Regional Alentejo 2030, não priorizou o turismo em termos de alocação de fundos.

E é uma situação não recuperável?
É, mas é ver para querer. Claro que estamos a fazer um esforço enorme para nos desdobrarmos e procurarmos, como diz um amigo meu, se não podes entrar pela porta, tenta entrar pela janela. E descobrimos janelas.

Segunda preocupação, diferente, mas que pode retirar competitividade turística à região: a paisagem. Há a ideia que, de repente, o Alentejo é o melhor sítio do mundo para instalar megacentrais fotovoltaicas. Esta ideia de que o Alentejo é a região das monoculturas é, no mínimo, questionável. Já fomos a região da monocultura do trigo, agora somos a região da monocultura das centrais fotovoltaicas. É preciso equilíbrio, o caminho da transição energética é um caminho que o país tem de seguir e que está a seguir bem, mas não posso instalar centrais fotovoltaicas a todo o custo, prejudicando a competitividade turística dos territórios. E não nos iludamos, a paisagem continua a ser, e quando falamos com os operadores internacionais percebemos isso, o grande atributo do Alentejo. Naturalmente, que a paisagem muda, o Alqueva mudou radicalmente a paisagem do Alentejo, mas mudou para melhor, trouxe benefícios. Agora os turistas não vêm para os territórios ver florestas de vidro. O norte-americano gosta de ver as amendoeiras em flor no Alentejo, mas não gosta de ver florestas de vidro.

Olhe, uma boa ideia para a “Estratégia Turismo 2035”, criarmos áreas de aptidão turística. Temos de proteger os investimentos turísticos, proteger a integridade da paisagem. E aqui emerge o ordenamento do território. Temos de ter centrais, fotovoltaicas, claro que sim, temos de ter no Alentejo, óbvio, mas vamos escolher bem as localizações para não prejudicar o turismo, que é uma atividade que cada vez mais traz riqueza e emprego para as nossas comunidades e para o Alentejo.

Que Alentejo e Ribatejo vamos ter nos próximos cinco anos?
A região vai continuar a crescer.

Vão ter 10 novos hotéis a abrir em 2025?
Sim, novos hotéis, vamos ter mais hotéis na zona de Comparta e Melides, vamos ter um hotel em Viana do Alentejo ligado ao turismo industrial, começamos a ter alguns hotéis temáticos.

O investimento internacional já começa a olhar para o Alentejo e Ribatejo?
Claramente, para o Alentejo, com produtos que, alguns, serão geridos para marcas internacionais. Esta atração de investimento e de marcas internacionais já não é só para o eixo do litoral, tipicamente para aquele eixo entre Troia e Comporta. O destino vai crescer, vai afirmar o seu posicionamento de qualidade, o preço vai continuar a aumentar, temos esta preocupação de a região continuar a ser atrativa para todos os segmentos do mercado, temos de ter produtos para os vários clientes e a nossa estratégia de comunicação tem de ser uma estratégia que não pode perder isso de vista. Como dizia o Sérgio Palma Brito, temos de ter clientes para os Porsche, para os Mercedes, mas também para os Fiat ou para o Renault.

Hoje o investimento no turismo do Alentejo é por produtos premium e as pessoas sabem que o mercado olha para o Alentejo como um destino de muita qualidade.

Portanto, não se está a olhar para os Fiat ou para os Renault?
Claro que não, mas esse é o nosso papel. Hoje, os hotéis de 4 estrelas, que também são os hotéis que têm um RevPar e um ADR maior, já são preponderantes na nossa oferta. Mas ainda temos poucos hotéis de 5 estrelas. Ainda temos um espaço enorme de crescimento. Os investidores também olham cada vez mais para o Alentejo, porque o Douro tem muito pouco espaço, em razão da sua classificação como património da humanidade. Depois, Lisboa, Porto e o Algarve começam a ficar saturados. Não quer dizer que não continue a haver investimentos, mas o Alentejo é a zona, pela sua localização, de maior procura para investimento.

No Ribatejo vamos duplicar a oferta em três anos, isso é muito importante para o Ribatejo, e vamos ter de redirecionar um pouco o nosso marketing, vamos ter de crescer mais no mercado internacional.

Portanto, olho para o turismo de uma forma otimista e creio que 2025 vai ser um bom ano turístico, com taxas de crescimento muito na linha daquilo que foi 2024.

 

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Agência de Viagens El Corte Inglés já está em Guimarães

A escolha de Guimarães para esta nova abertura “é estratégica e simbólica”, destaca Ricardo Cardia, diretor geral da Viagens El Corte Ingés em Portugal, pois “queremos estar mais próximos dos nossos clientes e oferecer-lhes um espaço inovador, onde possam inspirar-se e planear as suas próximas viagens com toda a qualidade e confiança”.

A Viagens El Corte Inglés acaba de abrir as portas da sua nova agência em Guimarães, assinalando mais um passo na expansão da marca em território nacional. Localizada no centro da cidade, mais propriamente, na Avenida D. João IV, 294, a nova loja traz consigo o mais recente conceito de agência da marca: um espaço moderno, digital e ainda mais centrado na experiência do cliente, indica a empresa em nota de imprensa.

Com um design contemporâneo e um ambiente pensado ao detalhe, a nova agência foi concebida para oferecer um atendimento personalizado, onde cada viagem é tratada como única. A Viagens El Corte Inglés assegura que tem uma equipa local, composta por profissionais experientes e apaixonados por viagens, preparada para acompanhar cada cliente desde o primeiro sonho até ao regresso a casa.

Com mais de 30 anos de presença em Portugal, a Viagens El Corte Inglés continua a investir no país com uma visão clara, conforme realça, e que passa por oferecer serviços de excelência aliados às novas tecnologias, sem nunca perder o toque humano que caracteriza a marca e que é marca distintiva dos nossos assessores de viagem. Neste sentido, a nova loja em Guimarães integra esta abordagem, ao mesmo tempo que reforça a presença da empresa na região norte.

 

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Lusanova promove formação sobre o Brasil em parceria com a TAP

Cerca de 30 agentes de viagens nacionais participaram numa ação de formação sobre o Brasil promovida pela Lusanova em conjunto com a TAP, nas instalações do operador turístico em Lisboa.

A ação contou com uma apresentação do destino Brasil, realizada por Francisco Álvares da Lusanova, que abordou as diversas características e potencialidades deste destino a nível turístico, seguida de uma intervenção de António Gabriel, Key Account Manager da TAP, que aprofundou as características de voos e rotas para o destino, de forma a proporcionar uma formação completa e integrada a todos os profissionais do setor presentes.

Tiago Encarnação, diretor de operações da Lusanova, destacou mais uma vez a importância destas ações de formação, que devem ser contínuas, salientando que “é muito importante continuarmos a investir na formação dos agentes de viagem nacionais, dando-lhes informação relevante e efetiva que podem utilizar depois no seu dia a dia com os seus clientes”, para considerar que “o objetivo de fazermos ações conjuntas é efetivamente colocarmos à disposição dos profissionais do setor todas as ferramentas necessárias para esse fim”.

O responsável reconhece que a TAP é um parceiro estratégico de relevo, sobretudo para rotas e destinos no Brasil, por isso “seguimos juntos em mais uma formação que pensamos ter sido de facto relevante para os profissionais que estiveram presentes”, disse.

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Incerteza global não impacta viagens na Europa e Portugal continua a ser um dos destinos preferidos

De acordo com o último relatório da European Travel Commission (ETC), o ritmo de evolução da atividade turística na Europa continua a surpreender, apesar de uma conjuntura internacional pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares. Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico, com mais de 30% dos inquiridos a repetirem o destino.

No último relatório trimestral, sobre o Turismo na Europa no 1.º trimestre de 2025, a European Travel Commission (ETC) revela que o ritmo de evolução da atividade turística continua a “surpreender”, apesar de uma conjuntura internacional “pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares, com alta generalizada dos preços, incluindo os relacionados com serviços turísticos, designadamente os custos associados às viagens aéreas e aos custos de alojamento”.

Apesar disso, o “European Tourism Trends & Prospects” prevê que os ventos adversos enfrentados em 2024 se mantenham em 2025, exigindo planeamento estratégico, adaptação e inovação no setor nos próximos anos.

Certo é que a procura turística europeia encerrou 2024 em alta, com as chegadas de turistas internacionais a aumentarem 6,2% em relação a 2023 e a maioria dos destinos a reportarem aumentos substanciais.

No 1.º trimestre de 2025, o número de chegadas foi bastante consistente com o do último trimestre de 2024, mas a recuperação no número de noites encerrou o ano mais forte do que o esperado, acima dos 5,9%.

A nível regional, as chegadas aumentaram 6,2% e as dormidas 5,2% em relação ao ano passado, marcando uma ligeira moderação no crescimento das chegadas, mas uma aceleração nas dormidas em comparação com o relatório anterior, admitindo a ETC “tratar-se de um declínio modesto na duração da estadia, mas a tendência geral é ainda para estadias mais longas desde a pandemia”.

A preferência do consumidor continua a inclinar-se para destinos com melhor relação qualidade-preço e temperaturas mais amenas. No entanto, isto não prejudicou a procura por alguns destinos tradicionalmente populares do Sul e do Mediterrâneo que superaram a média regional em termos de chegadas.

Segundo o inquérito “Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel”, 72% dos europeus pretendem viajar nos próximos seis meses e Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico.

Cerca de 30,4% dos inquiridos que pretendem vir a Portugal nos próximos meses, já estiveram em Portugal, o que demonstra satisfação e consequentemente intenção de regresso, 46,3% estiveram em França e 42,9% estiveram em Espanha.

A segurança do destino é o critério mais importante, selecionado por mais de metade dos inquiridos, indicando este dado que os turistas colocam a segurança pessoal no topo das suas preocupações ao escolherem um destino.

As boas condições climatéricas foram selecionadas por 39,1% dos inquiridos o que reflete a valorização por destinos com clima agradável, geralmente associado a sol, temperaturas amenas e ausência de intempéries.

Os dados demonstram, igualmente, que nos últimos três anos, 14% dos viajantes europeus visitaram Portugal, tornando-o o 11.º destino preferido, subindo ao 10.º lugar quando retiradas as viagens domésticas.

Outro dado indica que 11,8% dos europeus que viajaram até Portugal nos últimos três anos, preveem regressar num futuro próximo e que 8,5% dos europeus que visitaram recentemente a vizinha Espanha planeiam visitar Portugal nos próximos seis meses.

As mais recentes estimativas para 2025 da ETC sugerem que os turistas na Europa deverão gastar cerca de 14% mais do que em 2024, prevendo-se que o crescimento dos gastos ultrapasse o do número de chegadas, sugerindo um aumento do gasto médio por visita.

Quanto à estadia média, durante o 1.º trimestre do corrente ano os turistas internacionais em viagem pelos destinos europeus passaram uma média de 2,7 noites, com base nos dados mais recentes do TourMIS. Em comparação com o mesmo período de 2024, os turistas ficaram menos noites em muitos destinos europeus, não se concentrando tal realidade apenas numa sub-região. Portugal enquadra-se nesta tendência, com uma redução de -2,6% na duração das estadias.

Tarifas (ainda) não impactam viagens dos americanos para a Europa
As novas tarifas comerciais anunciadas pelos EUA aumentaram a incerteza em relação às viagens transatlânticas, com a Europa a preparar-se para uma possível queda no número de visitantes americanos este ano. Apesar de a Europa continuar a ser um dos principais destinos de longa distância, as flutuações na taxa de câmbio Euro/Dólar americano e o aumento dos custos de viagem podem abrandar a procura por parte dos EUA. Esta possível quebra é significativa, dado que os Estados Unidos representavam 9% das viagens globais antes da pandemia e, no ano passado, os americanos constituíram mais de um terço das chegadas de longa distância à Europa.

Apesar destes desafios, as viagens dos EUA para a Europa continuam a apresentar bons resultados no início de 2025, com mais de 80% dos destinos que reportaram dados a registar um crescimento homólogo no primeiro trimestre.

Podem também surgir efeitos compensatórios, incluindo uma redução das viagens para os EUA — especialmente a partir da China — e um aumento das viagens de curta distância dentro da Europa, à medida que mais viajantes optam por permanecer na região, face à incerteza económica e geopolítica.

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Turismo sustentável e economia circular em análise na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar

A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), em Peniche, do Instituto Politécnico de Leiria vai ser palco, no próximo dia 14 de maio, a partir das 14h00, da Conferência FAST 2025, para um debate entre a academia e as empresas, em torno dos temas do turismo sustentável e da economia circular em Portugal.

De entrada gratuita, a conferência visa alargar a discussão sobre práticas e estratégias para um futuro mais sustentável no setor do turismo, numa iniciativa do projeto FAST – Ferramentas de Apoio à Sustentabilidade no Turismo, do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo (CiTUR) do Instituto Politécnico de Leiria, no âmbito da Agenda ATT – Agenda Mobilizadora Acelerar e Transformar o Turismo, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A sessão de abertura conta com as intervenções do presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Carlos Rabadão, do diretor da ESTM, Sérgio Leandro, do diretor do CiTUR, Paulo Almeida, e do presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos.

O primeiro painel da conferência, ‘Turismo Sustentável’, tem participação de Carlos Manuel Oliveira, profissional de Marketing, e Berta Costa, docente na ESTM, bem como de Francisco Dias, docente e investigador do Politécnico de Leiria, para a apresentação da plataforma ORVE – Otimização de Recursos e Valorização da Experiência.

Já o segundo painel, dedicado ao tema ‘Economia Circular no Turismo’, contará com intervenções de Mafalda Brilhante, diretora de Recursos Humanos do Grupo Pestana, de Paulo Simões, secretário executivo da OesteCim, e ainda de Roberto Antunes, diretor executivo do NEST – Centro de Inovação do Turismo, para a apresentação da Agenda ATT, enquanto, a sessão de encerramento da conferência, agendada para as 17h45, está a cargo do diretor do CiTUR, Paulo Almeida.

O projeto FAST, refira-se, tem como propósito promover a viabilidade das atividades económicas a longo prazo, respeitando a autenticidade sociocultural das comunidades e fazendo um uso adequado do território e dos recursos naturais, salientando a importância da monitorização constante dos impactos da atividade turística, assim como a manutenção de um elevado nível de satisfação, quer dos visitantes, quer dos residentes. Para tal, as empresas do setor devem adotar políticas e práticas responsáveis na dimensão interna e externa, ao nível económico e social, assim como projetar práticas inovadoras que assegurem experiências turísticas no âmbito dos princípios da sustentabilidade.

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Celebrity Cruises apresenta novo restaurante e opções de entretenimento do Celebrity Xcel

O Celebrity Xcel, novo navio de cruzeiro da Celebrity Cruises, que vai ser inaugurado em novembro deste ano, vai contar com um novo restaurante e mais opções de entretenimento, nomeadamente para quem viaja com a cara metade.

A Celebrity Cruises revelou esta quinta-feira, 8 de maio, que o Celebrity Xcel, novo navio de cruzeiros da companhia, que vai ser inaugurado em novembro deste ano, vai contar com um novo restaurante e mais opções de entretenimento, nomeadamente para quem viaja com a cara metade.

Num comunicado enviado à imprensa, a companhia de cruzeiros, que em Portugal é representada pela Melair Cruzeiros, explica que o Celebrity Xcel “vai trazer muitas novidades às noites românticas, oferecendo mais variedade do que nunca para tornar as férias a dois ainda mais inesquecíveis”.

As novidades começam logo nas opções de restauração, que ficam mais alargadas neste novo navio, que vai contar com 32 opções gastronómicas, com destaque para o Bora, restaurante que constitui uma novidade a bordo dos navios da Celebrity Cruises.

“Com vistas panorâmicas do oceano e um ambiente vibrante, este restaurante levará os nossos hóspedes numa viagem até à costa mediterrânica, oferecendo um menu dedicado às várias variedades de marisco. O Bora  no Rooftop Garden transforma-se ao longo do dia, proporcionando o cenário perfeito para um brunch animado ou um jantar íntimo”, revela a Celebrity Cruises.

Ao longo do dia, o Bora vai servir um brunch inspirado na culinária mediterrânea, enquanto à noite o restaurante se transforma num “ambiento íntimo, com pratos pensados para partilhar e preparações exclusivas feitas à mesa pelo chef”, num ambiente que “será complementado por baladas gregas e canções românticas italianas, criando uma noite verdadeiramente inesquecível”.

Previstas estão também várias novidades ao nível do entretenimento, uma vez que o novo navio da Celebrity Cruises vai contar com a “oferta mais diversificada e criativa de toda a frota”, entre a qual se destacam três novos espetáculos de teatro.

“Os nossos hóspedes vão viver momentos de puro fascínio com o maior elenco de sempre no teatro da Celebrity, que dará vida a atuações arrebatadoras com cantores e bailarinos de classe mundial, artistas de parkour e talentos especializados. Tudo será apoiado por tecnologia de ponta, como iluminação cinética, efeitos de laser e um ecrã LED de grandes dimensões. Tudo para proporcionar uma experiência imersiva inesquecível”, refere a companhia de cruzeiros.

Segundo Lisa Lehr, vice-presidente de entretenimento da Celebrity Cruises, o Celebritu Xcel vai oferecer a “programação de entretenimento mais abrangente até à data, com mais de 75 artistas residentes – o maior número a bordo de um navio da Celebrity”.

“A oferta é completamente renovada em todos os aspetos – desde espetáculos inesquecíveis no Teatro, novos espetáculos interativos no The Club, até festas imersivas e diversas atuações de música ao vivo. Os hóspedes terão opções infinitas para encontrar o programa ideal, noite após noite”, acrescenta a responsável.

Após o jantar, as noites românticas podem continuar nos vários bares do navio, a exemplo do Piano Bar ou do The Club, assim como numa das muitas festas temáticas que o navio vai proporcionar, com destaque para a Shine the Night, que está de regresso no Celebrity Xcel e vai decorrer nos decks exteriores.

O Celebrity Xcel vai ser inaugurado em novembro de 2025 e vai passar a temporada inaugural nas Caraíbas, com cruzeiros de sete noites à partida de Fort Lauderdale para visitar alternadamente as Bahamas, México, Ilhas Cayman, Puerto Plata, St. Thomas e St. Maarten.

No verão seguinte, o navio vai realizar a sua primeira temporada na Europa, disponibilizando itinerários de sete a onze noites, pelo Mediterrâneo, com partidas de Barcelona e Atenas, com estadias inéditas e prolongadas na Madeira, Portugal.

 

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KIPT CoLab lança Barómetro Estatístico para o setor do Turismo a 26 de maio

O KIPT CoLab – Laboratório Colaborativo para a Inovação no Turismo vai lançar, a 26 de maio, o Barturs, um Barómetro Estatístico para o Turismo, que pretende funcionar como “uma janela de monitorização e antecipação das dinâmicas do setor”.

O KIPT CoLab – Laboratório Colaborativo para a Inovação no Turismo vai lançar, a 26 de maio, o Barturs, um Barómetro Estatístico para o setor do Turismo, que consiste numa “plataforma digital que propõe novas formas de análise, compreensão e projeção do futuro do turismo em Portugal”.

“A ferramenta, desenvolvida em colaboração com investigadores e empresas associadas ao KIPT CoLab, constitui-se como uma janela de monitorização e antecipação das dinâmicas do setor, disponibilizando indicadores com base em dados oficiais e de empresas, modelos previsionais e informação atualizada em contínuo”, explica o KIPT CoLab, num comunicado enviado à imprensa.

O evento de lançamento está agendado para as às 15h00, no Hotel Meliá Lisboa Aeroporto, e o KIPT CoLab explica que esta iniciativa se insere “num esforço alargado de qualificação e inovação aplicado à atividade turística, no qual o KIPT tem desempenhado um papel agregador entre empresas, investigadores e decisores públicos”.

O projeto conta com o apoio institucional da Agência Nacional de Inovação (ANI), da FCT, da Missão Interface, do PRR, da República Portuguesa e da União Europeia e o evento de lançamento vai contar com a “presença de representantes institucionais de relevo”, com destaque para o secretário de Estado do Turismo, bem como dirigentes da ANI e da FCT.

Já a sessão de encerramento será conduzida pelo presidente da Assembleia Geral do KIPT, Carlos Moura, estando ainda prevista a participação de outros agentes estratégicos do setor.

 

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LovelyStay celebra 10 anos de operação com bons resultados e acelera expansão internacional

A LovelyStay, presente em Lisboa, Porto, Algarve e Madeira, celebra 10 anos de operação com mais de 135 milhões de euros em receitas brutas geradas para proprietários e investidores, 725 mil hóspedes recebidos e 270 mil check-ins realizados desde a sua fundação, em 2015, ao mesmo tempo que acelera a sua expansão internacional.

A LovelyStay, empresa portuguesa especializada na gestão de alojamento local e empreendimentos turísticos, celebra este mês uma década de operação com resultados sólidos e uma visão ambiciosa para o futuro, com mais de 135 milhões de euros gerados em receitas brutas para proprietários e investidores, mais de 270 mil check-ins realizados e 725 mil hóspedes recebidos ao longo dos últimos 10 anos.

Hoje, a LovelyStay opera em Lisboa, Porto, Algarve, Madeira e outras regiões-chave, e já iniciou a sua expansão internacional, com operações em curso em Londres e Istambul e novos projetos previstos em Espanha. A empresa conta com mais de 270 colaboradores, unidos pela ambição de redefinir a hospitalidade através da tecnologia, do serviço personalizado e da excelência operacional.

Segundo destaca William Tonnard, CEO da LovelyStay, “estes 10 anos mostraram que é possível crescer com sustentabilidade, mantendo uma proposta clara de valor para os proprietários e foco total na rentabilidade”, sublinhando que a empresa representa uma nova geração de operadores turísticos, mais digitais, mais estratégicos, mais orientados para o retorno.

Nos últimos anos, a LovelyStay tem vindo a reforçar a sua atuação em segmentos premium, com especial destaque para a gestão integral de edifícios turísticos e villas de luxo, em zonas urbanas e destinos de elevado valor, destacando a entrada da empresa na Quinta do Lago. Estes projetos beneficiam de planos de receita personalizados, operação dedicada, integração multicanal e foco total na excelência da experiência do hóspede.

Num setor cada vez mais competitivo e regulado, a LovelyStay aposta na inovação como alicerce de crescimento. O desenvolvimento de ferramentas de automação, plataforma de gestão e modelos híbridos (curto, médio e longo prazo) permite oferecer aos clientes transparência total, controlo direto sobre os resultados e uma operação fluida e eficiente.

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CPLP apoia candidatura do Campo do Tarrafal a Património da Humanidade

A candidatura do Campo do Tarrafal a Património da Humanidade, que reúne o apoio da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, deverá ser entregue à UNESCO em fevereiro de 2026.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) declarou apoio à candidatura do Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago, em Cabo Verde, a Património da Humanidade, avança a Lusa.

O apoio à candidatura foi anunciado no final de uma reunião que decorreu esta quarta-feira, 7 de maio, em São Tomé e Príncipe e na qual foi decidido “apoiar as novas candidaturas dos sítios dos estados-membros a Património Mundial da UNESCO, nomeadamente do Campo de Concentração do Tarrafal, por representar um marco na valorização da memória de resistência”.

A declaração final foi assinada durante a III Reunião Extraordinária dos Ministros Cultura da CPLP, entre 05 e 07 de maio, tendo a decisão sido anunciada pelo Ministério da Cultura de Cabo Verde.

Augusto Veiga, ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, explica que o apoio é “importante” para preparar a candidatura, que deverá ser entregue à UNESCO em fevereiro de 2026.

A Lusa lembra que, há um ano, os presidentes de Portugal, Cabo Verde e Guiné-Bissau, assim como o ministro da Defesa de Angola, descerraram, no local, uma placa que assinalou os 50 anos da Libertação do Campo do Tarrafal.

O Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago funcionou entre 1936 e 1956, tendo reaberto em 1962, com o nome de Campo de Trabalho de Chão Bom, para aprisionar anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde, enquanto na primeira fase a maioria dos presos políticos eram portugueses que contestavam o regime fascista do Estado Novo.

O encerramento do Campo do Tarrafal só aconteceu depois da revolução do 25 de Abril de 1974, que derrubou o Estado Novo e libertou os presos políticos.

 

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Maior Legoland do mundo abre em Xangai em julho

O Legoland Xangai tem abertura prevista para julho, naquele que será o maior parque temático do mundo dedicado a estes conhecidos blocos de construção e que inclui também um hotel de 250 quartos.

A Lego vai abrir, em julho, um Legoland em Xangai, naquele que será o maior parque temático do mundo dedicado a estes conhecidos e adorados blocos de construção, avança a Lusa, que cita a imprensa chinesa.

Localizado a cerca de 52 quilómetros a sudoeste do centro de Xangai, o Legoland vai contar com mais de 75 atrações e espetáculos distribuídos por oito zonas distintas, que incluem milhares de figuras construídas com cerca de 85 milhões de peças Lego.

Além do parque temático, que vai também ter sala de cinema 4D, está prevista a construção de uma unidade hoteleira, com 250 quartos e que vai ser decorada segundo cinco ambientes diferentes inspirados no universo destes brinquedos reconhecido à escala global.

Destaque também para a “Miniland”, uma recriação, construída integralmente com blocos Lego, cujo peso total é superior a 45 toneladas, de algumas das áreas mais emblemáticas de Xangai, assim como de outros ícones culturais e turísticos da China.

O Legoland de Xangai encontra-se já em fase final de construção e vai dar emprego a cerca de mil colaboradores, estando já confirmado que o parque temático vai também levar a palco o “Monkie Kid”, o primeiro espetáculo do mundo dedicado à série “Monkie Kid”, da LEGO, que é inspirado no Rei Macaco, da obra clássica chinesa Jornada ao Oeste.

“Conhecemos bem este mercado e estamos entusiasmados com o seu potencial. Este complexo será uma referência e ponto de encontro para todos os fãs da Lego na China”, afirmou Fiona Eastwood, diretora executiva da Merlin Entertainments, o grupo britânico responsável pela gestão dos parques Legoland.

Apesar do parque temático só ter abertura prevista para julho, a venda de passes de temporada e bilhetes para visitas exclusivas, que incluem estadias no hotel temático, já está a decorrer.

A Lusa recorda ainda que Xangai inaugurou, em 2016, o primeiro parque Disneyland na China continental, que se seguiu à abertura do parque de Hong Kong, em 2005, e tem já prevista, para 2027, a abertura de um novo complexo temático dedicado ao universo cinematográfico de Harry Potter.

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Turismo no Porto confirma crescimento em 2024

O turismo no Porto registou um crescimento assinalável em 2024, e a vereadora da Câmara Municipal com este pelouro, Catarina Santos Cunha, considera que “há todo um trabalho, em conjunto com o setor, para qualificar a oferta e para capitalizar as novas tendências, garantindo um crescimento sustentável e equilibrado, que beneficie tanto os visitantes como os residentes”.

O turismo no Porto continua a mostrar sinais de crescimento, com dados que apontam para um aumento sustentado em vários pontos chave do setor. De acordo com indicadores divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), interpretados pela autarquia, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico alcançaram os 492 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 12,8% face ao período homólogo, a que corresponde mais de seis milhões de dormidas nos alojamentos turísticos com mais de 10 camas (uma variação positiva de 6,9% em relação ao ano de 2023).

A média do RevPAR anual (receita por quarto disponível) foi de 80 euros, refletindo a valorização do setor, indica ainda nota da Câmara Municipal, que avança que, no que diz respeito ao consumo com cartões estrangeiros na cidade, o ano de 2024 atingiu 588 milhões de euros. O Aeroporto Francisco Sá Carneiro também registou um aumento no número de passageiros, com um total superior a 15 milhões passageiros em 2024, o que representa uma variação positiva de 4,9%. Os dados da taxa municipal turística acompanharam esta evolução, com uma receita de cerca de 20,9 milhões de euros.

Mais avança que, no ano que agora terminou, os estabelecimentos de alojamento turístico na cidade registaram um total de 6.276.074 dormidas, representando um crescimento de 6,9% em relação ao ano anterior. O número de hóspedes também subiu, atingindo os 2.967.090, segundo dados do INE, o que indica uma variação positiva de 6,9%.

A autarca destaca que a estratégia do Município do Porto tem sido no sentido de aposta na capacitação dos agentes do setor, através dos programas de formação que têm sido promovidos, como o Confiança Porto (nas áreas do alojamento, circuitos turísticos e agentes de equipamentos culturais) e outras em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, ou a estratégia de gestão da carga turística, com a descentralização dos fluxos turísticos para zonas periféricas da cidade, através dos oito quarteirões da cidade, que considera serem frutos destes resultados verificados o ano passado.

Catarina Santos Cunha realça ainda que “importa continuar a investir na melhoria da experiência do visitante e na promoção de iniciativas com vista à captação de novos perfis de turistas, como é o caso dos projetos Global Kitchen, o Curated Porto, e as atividades na rede Great Wine Capitals, que posicionam o Porto como destino de qualidade e diferenciador, mas que também beneficiam e contribuem para a qualidade de vida de quem está diariamente na cidade”.

Com base nas previsões da European Travel Commission, que indicam que, em 2025, os europeus planeiam viagens mais longas e com orçamentos mais elevados, e que cerca de 30% dos europeus planeiam gastar entre 1.501 e 2.500 euros por viagem, enquanto 17% considera gastar mais de 2.500 euros, “é expectável que a atividade turística no Porto possa continuar a crescer, impulsionada tanto por tendências internacionais quanto por iniciativas locais, como o aumento do investimento em novas unidades de alojamento turístico e a melhoria da experiência dos visitantes”, defende a vereadora .

 

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