“Lisboa não pode ser uma cidade lowcost”, diz José Luís Arnaut, presidente-adjunto da ATL
José Luís Arnaut, presidente da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), admitiu hoje, durante uma conferência realizada na BTL 2025, que “as [companhias] lowcost são importantes, mas Lisboa não pode ser uma cidade lowcost”, considerando ainda que as taxas turísticas são “necessárias”.

Victor Jorge
Durante CNN Summit, realizada no primeiro dia da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, José Luís Arnaut, presidente-adjunto da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), fez questão de lembrar a importância que o turismo tem para a cidade de Lisboa, referindo que o “PIB direto do Turismo em Lisboa é 13% e 37% indireto”, admitindo, ao contrário do que disse Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que o Turismo “não é um problema para a cidade de Lisboa”.
Por isso, frisou, “a aceitação do turismo é fundamental, porque é essencial para a economia”, considerando, no entanto, que “sem regulação vamos para o desastre”.
Quanto ao fluxo turístico que a cidade de Lisboa recebe, Arnaut referiu que “chega via aérea”, destacando o mercado dos EUA e o aumento dos voos do outro lado para o Atlântico para a capital portuguesa.
Fazendo referência ao trabalho que for feito anteriormente pela TAP com o mercado norte-americano e continuado “e bem” pela atual administração, José Luís Arnaut frisou que “será um mercado com grande procura, apesar da instabilidade política e volatilidade vivida pelo país”. De resto, explicou que “esse crescimento do mercado dos EUA é “fundamental para potenciar o crescimento da TAP e o crescimento do turismo em Portugal”.
Defendendo ainda que as taxas turísticas são “necessárias”, José Luís Arnaut considerou ainda que “nunca deixou de vir um turista a Lisboa por causa da taxa turística”.
O presidente-adjunto da ATL admitiu ainda que “as [companhias] lowcost são importantes, mas Lisboa não pode ser uma cidade lowcost”. E justificou esta ideia com os valores que os turistas deixam, em média, em Lisboa, 316 euros por dia, contra os 309 euros a nível nacional referindo o também presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal, que “hoje chegam a Lisboa 15 voos diários dos EUA” e, por isso, “é uma realidade nova”, detalhou José Luís Arnaut.