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Funchal, Loulé e Torres Vedras são os concelhos com melhor performance de negócios no Carnaval

Segundo um relatório da REDUNIQ sobre os concelhos nacionais com melhor performance de negócios durante o Carnaval, houve um aumento de faturação de 7,1% nos negócios destinos nacionais onde estas celebrações são mais expressivas

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Segundo um relatório da REDUNIQ sobre os concelhos nacionais com melhor performance de negócios durante o Carnaval, houve um aumento de faturação de 7,1% nos negócios destinos nacionais onde estas celebrações são mais expressivas

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Funchal, Loulé e Torres Vedras foram, segundo uma análise da REDUNIQ, os concelhos nacionais com melhor performance de negócios durante o Carnaval, que este ano se celebrou entre 1 e 4 de março.

De acordo com este relatório, que analisou a evolução dos pagamentos registados por cartão na rede da REDUNIQ, durante o período do Carnaval, houve um aumento de faturação de 7,1% nos negócios dos 10 concelhos do país onde estas celebrações são mais expressivas, concretamente Alcobaça, Estarreja, Funchal -Madeira, Loulé, Macedo de Cavaleiros, Mealhada, Ovar, Sesimbra, Sines e Torres Vedras.

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Foi na Mealhada e em Macedo de Cavaleiros que o crescimento da faturação atingiu os valores mais expressivos, registando-se subidas de 67,7% e 66,5%, respetivamente, com a REDUNIQ a sublinhar mesmo que a Mealhada foi mesmo onde se registou a maior evolução homóloga, com ao gasto médio por cartão a aumentar 26,7%, que chegou ao valor médio de 41,24 euros, enquanto o valor médio por compra cresceu 30,5%, para 31,78 euros.

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“No entanto, foi em Macedo de Cavaleiros que se verificou o maior valor médio por compra (43,19€) do grupo. No que toca ao gasto médio por cartão, este concelho, que totalizou uma média de 48,13€ é ultrapassado, expressivamente, pela Madeira (80,31€) e por Loulé (72,40€)”, acrescenta a REDUNIQ.

Entre os 10 concelhos analisados, a REDUNIQ diz que a liderança vai para o Funchal, que representa uma fatia de 44% do total faturado entre os concelhos tidos em conta, sendo o pódio composto ainda por Loulé e Torres Vedras, com 24% e 13% do total, respetivamente, seguidos de Sesimbra com 7%.

Quanto a picos de faturação, outro dos tópicos analisados por este relatório, o destaque foi para Macedo de Cavaleiros, que “obteve um forte crescimento de 142,5% da sua faturação na terça-feira de Carnaval face ao dia homólogo de 2024”, seguindo-se a Mealhada, que assistiu a um crescimento homólogo de 91,7% da sua faturação no sábado de Carnaval, enquanto Sines cresceu 67,4% na faturação no domingo de Carnaval comparativamente a 2024.

Além destes, a REDUNIQ destaca também os crescimentos homólogos de 45,9% em Sesimbra e de 25,7% em Loulé, ambos no sábado, assim como de 35,9% em Estarreja e 34,9% em Torres Vedras, os dois no domingo, e ainda de 23,7% em Alcobaça na terça-feira.

Quanto a transações estrangeiras, o relatório da REDUNIQ concluiu que o Reino Unido, Alemanha, França, Países Baixos e Espanha configuram o top 5 de nacionalidades com maior número de cartões a serem utilizados nos negócios destas regiões.

“Em concreto, um terço dos cartões que transacionaram na Madeira neste período foram estrangeiros, sendo o Carnaval com mais turistas estrangeiros do país, e o destino onde os ingleses, alemães, franceses e holandeses mais transacionaram”, lê-se no comunicado divulgado, que coloca Loulé como o segundo Carnaval “mais popular entre os turistas estrangeiros, sendo aquele onde os turistas espanhóis mais transacionaram”.

Já o Carnaval mais “nacional” foi o de Estarreja, onde apenas 3,35% dos cartões que transacionaram nos negócios locais foram estrangeiros, refere ainda o relatório da REDUNIQ.

O relatório incluiu ainda uma análise por setores de atividade, permitindo perceber que “a variação mais expressiva se deu no concelho de Macedo de Cavaleiros”, onde os setores da restauração e das gasolineiras, que representam 44,46% e 34,29% da faturação registada, respetivamente, obtiveram um crescimento do seu peso face a 2024, nomeadamente de 5,83 pontos percentuais para a restauração e de 11,56 pontos percentuais para as gasolineiras.

Em Ovar e em Torres Vedras também houve uma subida homóloga do peso da restauração no total da faturação na ordem dos três pontos percentuais, especificamente 3,69% para a primeira e 3,27% para a segunda.

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Mais de 55% dos turistas estrangeiros que visitam a Província de Huelva são portugueses

Portugal é o primeiro mercado internacional para a Província de Huelva, representando 56% de todos os turistas estrangeiros que visitam aquela região espanhola, revelaram ao Publituris, em Lisboa, Ana Delgado, deputada de Turismo, Mariam Gomez, gerente de promoção turística, e Luis Vasquez, coordenador da Agência Destino Huelva, durante um almoço de promoção do destino no nosso país.

A Província de Huelva, cuja capital, a cidade de Huelva, acolheu em outubro último, o 49º Congresso da APAVT, voltou a Lisboa para promover o destino, num almoço com jornalistas e com uma agenda repleta de contactos com o trade turístico e o público em geral, durante a BTL.

Ana Delgado, deputada de Turismo da Província de Huelva, Mariam Gomez, gerente de Turismo daquela região espanhola, e Luis Vasquez, coordenador da Agência Destino Huelva, deram conta aos jornalistas, num almoço que decorreu esta terça-feira, em Lisboa, que a proximidade com Portugal é um valor acrescentado que querem potenciar cada vez mais, já que Huelva tem uma panóplia de oferta turística para todos os públicos portugueses (famílias com crianças, grupos de amigos, jovens e terceira idade).

Com o mote “É o nosso momento, é o seu destino”, um filme promocional destaca os atrativos turísticos da Província de Huelva, que o Publituris visitou recentemente, na sequência da realização do 49º Congresso da APAVT. “Um destino muito especial pelas suas gentes, pelas suas praias (120kms de costa), 300 dias de sol, uma serra incrível, região que conquista com os seus vinhos e sua gastronomia, a cultura, a história, um grande património industrial e lugares únicos como a Gruta das Maravilhas, em Arecena, e as minas de Rio Tinto que podem ser percorridas num comboio a vapor, sem esquecer a natureza preservada cujo expoente máximo é o Parque Nacional Doñana , reserva da biosfera e património da humanidade”, foi referenciado no encontro com jornalistas.

Mas há também uma província de experiências ativas, de práticas de desportos náuticos e ao ar livre, mas também de tradições milenares contadas nas romarias de El Rocio.

Em português, o filme promocional destaca que “o nosso turismo tem um novo rumo, novas formas para os novos tempos”.

O turismo português é muito importante para Huelva, representando 56% de todos os estrangeiros que fazem férias naquela província espanhola. Sem revelar números de entradas, é o principal mercado emissor internacional, e justifica-se pela proximidade. Por isso, “estamos focados numa estratégia de promoção, não só no aeroporto de Faro, que é a grande porta de entrada para o destino, uma vez que a Província não tem aeroporto, mostrando que oferecemos muito mais do que sol a praia”, referiram os responsáveis ao Publituris.

No entanto, a maior parte dos turistas portugueses que fazem férias na Província de Huelva e devido à proximidade, vão de carro, reservam os hotéis diretamente, bem como todos os serviços, ou seja, não passam pelas agências de viagens. No entanto, após o congresso da APAVT e da famtrip que promoveu a agentes de viagens portugueses, a região espanhola pretende conhecer o retorno, “se estruturaram a sua oferta com produtos Huelva”, disseram os responsáveis ao Publituris, avançando que “o ideal é ter pacotes para vender”.

No entanto, salientaram, que tendo em conta ainda não há tour operação para a Província de Huelva, os responsáveis destacaram a importância de Tour10 na venda tanto de unidades hoteleiras, como também de experiências que se podem desfrutar no destino, que promete nova campanha e nova marca turística no verão.

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Hotel Mundial vai contar com 500M2 de área de MICE e novo restaurante

O Hotel Mundial está a ser sujeito a um processo de requalificação que arrancou há cerca de dois anos e que vai motivar um investimento total de 20 milhões de euros, que já inclui também a nova área de MICE da unidade.

O Hotel Mundial apresentou esta terça-feira, 11 de março, a primeira fase de requalificação que transformou toda a zona de receção e bar da unidade hoteleira de quatro estrelas, que vai agora passar por novas intervenções que a vão dotar de uma área de MICE com 500 metros quadrados e um novo restaurante, segundo Miguel Andrade, diretor-geral de Operações da PHC Hotels.

“Vamos ter cerca de 500 metros quadrados de área de MICE, com oito salas de reuniões e tecnologia de ponta. Vamos poder fazer, em simultâneo, reuniões para 300 pessoas”, explicou o responsável, durante a apresentação à imprensa da primeira fase de requalificação do Hotel Mundial.

A nova área de MICE do Hotel Mundial vai ficar localizada no primeiro piso da unidade hoteleira, com Miguel Andrade a explicar que, a nível estratégico, “é importante” que a unidade tenha “um mix que não seja só focado no lazer”, até porque a estada média e o gasto de um hóspede de MICE é superior ao de lazer.

Por outro lado, acrescentou o responsável, “Lisboa é cada vez mais uma cidade procurada para incentivos”, um dos segmentos do MICE que, em conjunto com as reuniões corporativas, o Hotel Mundial pretende atrair.

“Vamos também entrar no MICE porque é um segmento que faz sentido para nós em Lisboa”, referiu, explicando que estas intervenções vão arrancar em maio deste ano, devendo estar concluídas em novembro.

Além das salas de reuniões, o primeiro piso do Hotel Mundial vai também passar a contar com um novo restaurante, denominado 28, que vai contar com uma zona exterior e que vai servir de sala de pequenos-almoços, ao mesmo tempo que vai dar apoio aos eventos que esta zona vai passar a receber.

“É um hub de eventos que vai estar a funcionar a partir de novembro de 2025”, resumiu o responsável, revelando que, além das áreas de MICE, o piso 1 do Hotel Mundial vai também passar a contar com um fitness center.

Investimento de 20M€ para requalificar todo o hotel

A área de MICE será a segunda zona do Hotel Mundial a passar por obras de requalificação, depois do piso 0, onde se encontra a receção e o bar da unidade hoteleira, que foi recentemente intervencionada ao longo de oito meses, tendo reaberto em dezembro.

“É um investimento de cerca de 20 milhões de euros para a requalificação do Hotel Mundial, num projeto que começou há dois anos, com um concurso de ideias em que foi escolhido um gabinete de arquitetura”, explicou Miguel Andrade, revelando que a escolha recaiu no gabinete de arquitetura Broadway Malyan, que tem “um historial muito grande em requalificações”.

O diretor-geral de operações da PHC Hotels explicou que as intervenções no piso 0 do Hotel Mundial pretendiam dar mais “espaço, conforto e luz” a esta zona da unidade, numa mudança que está a agradar aos hóspedes.

“Estamos muito satisfeitos com esta dimensão que o bar vai ter. O cliente tem logo a visão de onde pode tomar uma bebida. Foi uma área que melhorámos e estamos a ter um ótimo feedback dos clientes”, revelou, indicando que o bar passou também a servir refeições quentes, num conceito que remete para a portugalidade do espaço e que vai ter também propostas gastronómicas que remetem para os Descobrimentos.

Já a receção do Hotel Mundial, além de estar mais moderna, passou a ter uma organização diferente, contando com balcões de atendimento para clientes individuais e para grupos.

Já o lobby vai passar a contar com mais espaço, já que o Hotel Mundial integrou uma loja de rua que existia nas suas arcadas, o que permite disponibilizar uma nova área, que vai ser também ideal para quem quer trabalhar ligado à internet.

Para mais tarde ficam as intervenções nos quartos do Hotel Mundial, com Miguel Andrade a revelar que essas devem acontecer apenas em 2026 e 2027, dotando a unidade hoteleira de um total de 315 quartos, incluindo 31 suítes e cerca de 30 quartos comunicantes.

Em 2028, será a vez do Restaurante Varanda de Lisboa, assim como do Rooftop da unidade serem requalificados, sendo que o valor destas intervenções não está incluídos nos 20 milhões de euros de investimento anunciado.

“Com isto, no final de 2027, o objetivo é termos um hotel requalificado, com um posicionamento muito diferente do atual, continuamos a ser um hotel de quatro estrelas mas vamos trabalhar para o mercado de lifestyle e de qualidade premium”, acrescentou.

Miguel Andrade revelou ainda que, em breve, a unidade vai também passar a contar com uma marca internacional, que deverá ser anunciada até ao final da semana.

“Ainda não posso partilhar o que vamos fazer do ponto de vista de marcas, mas temos uma negociação muito avançada e estamos a falar com essa marca em todo o processo de requalificação. Ou seja, todos os standards que estão a ver aqui, toda a proposta de valor que já é visível, já está alinhada com a marca”, indicou ainda.

 

 

Sobre o autorInês de Matos

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2024 foi “ano muito positivo” para a PHC Hotels com aumento de 60% nas receitas totais

Segundo Miguel Andrade, diretor- geral de Operações da PHC Hotels, as receitas totais cresceram cerca de 60%, o que se deveu ao bom desempenho das unidades do grupo mas, essencialmente, à introdução do Convent Square Hotel no seu portfólio.

A PHC Hotels faz um balanço positivo do ano passado, com Miguel Andrade, diretor-geral de Operações do grupo de hotelaria lisboeta, a revelar que as receitas totais cresceram cerca de 60%, o que se deveu ao bom desempenho das unidades do grupo mas, essencialmente, à introdução do Convent Square Hotel no seu portfólio.

“2024 foi um ano muito positivo, conseguimos, muito pela introdução do Convent Square no nosso portfólio e de termos o primeiro ano de faturação do Convent Square, aumentar as receitas totais do grupo em cerca de 60%”, explicou o responsável esta terça-feira, 11 de março, durante a apresentação à imprensa da primeira fase de requalificação do Hotel Mundial.

Miguel Andrade explicou que também o GOP – Gross Operating Profit assistiu a um aumento de 30% no ano passado, muito por culpa da elevada ocupação e preço médio que as quatro unidades da PHC Hotels apresentaram.

Segundo o responsável, o Hotel Mundial encerrou 2024 com uma ocupação de 83% de ocupação e um preço médio de 146 euros, enquanto o Portugal Boutique Hotel registou 88% de ocupação e um preço médio de 172 euros. Já o My Suite Lisbon encerrou o ano passado com 75% de ocupação e 152 euros de preço médio, com o Convent Square Hotel a apresentar ainda uma ocupação de 80% e um preço médio de 248 euros.

“Portanto, foi um ano muito positivo e estamos muito satisfeitos porque o esforço que fizemos e a aposta na qualidade do serviço, tem trazido valor e incremento de preços, com clientes satisfeitos que regressam”, congratulou-se Miguel Andrade.

Os resultados de 2024 dão também confiança quanto a 2025, com o diretor-geral de Operações da PHC Hotels a indicar que o grupo espera “crescer em preço em todas as unidades”.

“Vamos crescer em preço em todas as unidades mas vamos ficar em linha com as receitas totais porque o facto de entrarmos em obras no Hotel Mundial vai tirar-nos inventário e vamos diminuir as receitas no Hotel Mundial”, explicou, prevendo crescimentos de cerca de 11% no Convent Square e cerca de 5% no Portugal Boutique Hotel e no My Suite Lisbon.

Segundo o responsável, a expetativa é que exista um ligeiro decréscimo no “volume de vendas” no Hotel Mundial devido às intervenções previstas, que vão levar ao encerramento de vários quartos na unidade.

Oportunidades de negócio em Lisboa continuam na mira da PHC Hotels

Os bons resultados tão também força à PHC Hotels para continuar a sua missão de ser tornar num “player importante em Lisboa”, com Miguel Andrade a revelar que, por isso, o grupo continua à procura de novas oportunidades de negócio, sempre em Lisboa.

“Estamos a ver muito atentamente e em Lisboa. Somos naturais de Lisboa e queremos ser um player importante em Lisboa. Já o somos e com a aposta que estamos a fazer na qualidade mas vamos ser ainda mais”, indicou o responsável.

Miguel Andrade lembrou que, atualmente, a PHC Hotels já conta com 530 quartos na capital portuguesa, o que mostra que o grupo já é “um player com dimensão” na hotelaria lisboeta.

 

Sobre o autorInês de Matos

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TUREP ganha novas representações em Portugal

A TUREP – Turismo Único Representações, liderada por Luís Pinto, acaba de ganhar novas representações para Portugal de DMC no estrangeiro. Tratam-se da Asiana Travel – Indochina e Myanmar, e da Inday Travel das Filipinas.

A Asiana Travel é uma agência DMC vietnamita espacializada em programas para a Indochina, Tailândia e Myanmar, com escritórios no Vietnam, Laos e Camboja, e com um vasto leque de programas para cada um dos países e um mais completo para a Indochina.
Já a Inday Travel e uma agência de viagens DMC nas Filipinas, um arquipélago composto por 7107 ilhas e ilhéus.

Esta DMC cacteriza-se pela oferta de viagens à medida e de aventura em todo o arquipélago filipino, acrescentando-se que toda a sua equipa é local e profunda conhecedora do país.

Refira-se, segundo a TUREP, a Inday Travels tem como objetivo dar a conhecer a autêntica forma de vida dos diferentes locais e povos filipinos, praticado um turismo responsável, em colaboração com os projetos sociais e solidários e de sustentabilidade.

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“Sempre olhei historicamente para a presença do Alentejo e Ribatejo na BTL como uma área de negócio”

Destino Nacional convidado da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, lançou o que será a presença da região na maior feira de turismo em Portugal.

A região do Alentejo e Ribatejo registou, em 2024, o melhor ano turístico de sempre. Embora existam mercados a cair, nomeadamente, o espanhol e francês, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, acredita que será possível recuperar, com a promoção e comunicação certa. Adepto de “melhor em menos mercados”, José Santos salienta que o Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo.

A região do Alentejo/Ribatejo é Destino Nacional convidado da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025. Que iniciativas irão desenvolver nos cinco dias da feira e quais serão dedicadas especificamente aos profissionais e ao público geral?
Dividiria a nossa presença [Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo] na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market em três grandes dimensões: aquilo que vamos fazer no stand, aquilo que vamos fazer na BTL, mas fora do nosso stand, e aquilo que vamos fazer fora da BTL/FIL.

No stand, vamos ter uma atividade dividida entre os dias para profissionais e dias para público em que nas atividades B2B salientaria a nossa “Bolsa de Negócios”, iniciativa que iniciámos o ano passado e que este ano consolidámos através de três grandes temáticas que corporizam a nossa oferta: Enoturismo no dia 12, Náutica no dia 13 e a Cultura e a Natureza no dia 14. Vamos criar um momento de network entre a oferta e a procura, e estamos a convidar DMC e operadores para virem conhecer a oferta destas três áreas distintas da nossa oferta.

Estamos a falar de mais de 20 entidades e empresas que vão estar connosco nestes três dias. Portanto, dentro de um stand tipicamente B2C, um stand tipicamente para o público, temos uma área de excelência B2B.

Estas três áreas – Enoturismo, Náutico e Natureza – são, de facto, os pilares do Alentejo na sua promoção e na sua comunicação?
Sim. A Natureza e a Cultura são áreas mais tradicionais, mais consolidadas, mas que os provedores da oferta têm alguma dificuldade em ligar-se ao mercado e, portanto, estamos a fazer esse esforço para criar estes momentos de articulação.

O turismo náutico é uma área emergente da oferta, onde se tem feito um grande investimento, quer na costa, quer no Alqueva, até com muitos investimentos públicos na criação de infraestrutura, de equipamentos de apoio aos operadores, e é preciso ligar melhor essa oferta ao trade.

Relativamente ao Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo.

Que retorno efetivo tem esta participação para uma Entidade Regional de Turismo?
Sempre olhei historicamente para a presença do Alentejo e Ribatejo na BTL como uma área de negócio no stand. Começámos o ano passado, a reação foi muito boa e quem esteve do lado da oferta vai estar novamente. Posso dizer que no seguimento desta área empresarial, que este ano adquiriu este naming de “Bolsa de Negócios”, tivemos duas visitas educacionais de operadores à zona de Alqueva relacionadas com o turismo náutico.

Mas ainda nos dias profissionais destacaria três eventos que são muito importantes e que vão acontecer todos no dia 12: a apresentação da Cidade do Vinho dos Municípios da Serra D’Ossa, a apresentação da candidatura do Baixo Alentejo a Cidade Europeia do Vinho, e a apresentação de um evento muito relevante para o Alentejo e para o país, e para a Europa, que é Évora Capital Europeia da Cultura.

Além disso, nos dias profissionais vamos ter um conjunto de iniciativas ligadas ao facto de sermos Destino Convidado, dos quais destacaria o jantar com os “Hosted Buyers”, no dia 12, em que vamos fazer uma apresentação do destino a quase 200 compradores estrangeiros e onde a Agência Regional de Promoção Turística (ARPTA) também estará presente, porque esse é o momento de internalização do destino.

Estamos a trabalhar com a FIL para que o BTL Village, seja este ano um espaço menos agnóstico e mais ligado à marca Alentejo, a ideia é “brandizar” aquele espaço pelo Alentejo, onde teremos uma ativação dos Vinhos do Tejo no Welcome Drink. Nesse espaço vamos, igualmente, ativar a candidatura da Cidade Europeia do Vinho onde teremos um vinho específico da Vidigueira, com rótulo ligado à candidatura do Baixo Alentejo a Cidade Europeia do Vinho, que vai remeter para um QR Code, onde vamos ter os conteúdos relacionados com essa candidatura.

Sobre o autorVictor Jorge

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“Leiria define-se como destino inovador, autêntico e em crescimento”

O concelho de Leiria oferece uma combinação única de história, cultura e paisagens naturais, proporcionando uma experiência inesquecível a quem visita a região. A sua oferta cultural diversificada, com festivais de música, teatro e arte, aliada a uma gastronomia autêntica e aos trilhos naturais da Mata Nacional de Leiria, fazem deste território um ponto de encontro entre tradição e modernidade. Daí não ser de estranhar o facto do concelho ser o grande protagonista da 35.ª edição da BTL, na qualidade de Município Convidado.

Na sequência da escolha de Leiria como Município Convidado da BTL, o Publituris quis saber junto do seu presidente de Câmara, Gonçalo Lopes, que estratégia tem vindo a ser adotada com vista ao desenvolvimento do setor do turismo. “Queremos que Leiria esteja no radar dos turistas como um destino de paragem obrigatória. Isso passa por consolidar a nossa identidade como cidade vibrante, onde a cultura, a história e a inovação se cruzam. Apostamos na internacionalização da nossa oferta, atraindo novos públicos, e na valorização dos eventos e festivais que nos distinguem”, resumiu o autarca.

Que estratégia tem seguido a CM para posicionar Leiria como um destino de eleição, tanto para os portugueses como para os visitantes internacionais?
A Câmara Municipal de Leiria tem seguido uma estratégia integrada de valorização do território, assente na requalificação do património, na promoção da identidade local e na criação de uma agenda cultural e de eventos diferenciadora.

Apostamos na autenticidade da experiência que oferecemos, cruzando história, cultura, natureza e gastronomia. Além disso, temos reforçado a nossa presença em feiras internacionais, como a FITUR e agora a BTL, para captar novos públicos e consolidar Leiria como um destino turístico de referência.

Temos também vindo a fazer uma aposta especial na área do marketing territorial, com uma campanha irreverente e fora da caixa, direcionada para o público mais jovem. O conceito #leirianãoexiste tem-se desenvolvido de forma quase orgânica, mas com um sucesso assinalável, projetando o nome de Leiria a nível nacional e internacional. Esta campanha, além de cativar novos públicos, tem uma relação custo-benefício extraordinária, conseguindo um impacto muito significativo com um investimento reduzido.

A combinação destas abordagens tem permitido afirmar Leiria como um destino inovador, autêntico e em crescimento, reforçando a sua atratividade junto de públicos diversificados.

Riqueza patrimonial e cultural
Quais são os principais cartões de visita de Leiria?
Leiria destaca-se pela sua riqueza patrimonial e cultural. O Castelo de Leiria é um dos grandes ícones da cidade, um espaço que une história e vistas deslumbrantes sobre o território.

O Centro Histórico, com o seu dinamismo comercial e cultural, os Museus da cidade, são outros pontos de interesse que testemunham a identidade e evolução da cidade ao longo dos séculos.

A proximidade de locais como a Lagoa da Ervedeira e a Praia do Pedrógão, onde se pode experienciar a extraordinária oferta gastronómica local associada aos produtos do mar, reforça o nosso atrativo natural.

Somos também reconhecidos pela nossa oferta de eventos de referência, como os Festivais A Porta, Festival Nascentes, Festival Gótico Extramuralhas, Leiria Sobre Rodas, Leiria Natal ou o Festival Cidade Criativa da Música, que tornam a cidade e o concelho destinos vibrantes e autênticos, com uma programação cultural e artística diversificada ao longo do ano.

Além disso, a ligação de Leiria ao título de Cidade Criativa da Música da UNESCO reforça a sua identidade como um polo cultural dinâmico, atraindo artistas, criadores e visitantes à procura de experiências diferenciadoras.

 

O conceito #leirianãoexiste tem-se desenvolvido de forma quase orgânica, mas com um sucesso assinalável, projetando o nome de Leiria a nível nacional e internacional

 

Programação dinâmica ao longo do ano
Que produtos turísticos oferece o concelho? Que experiências proporcionam a quem o visita?
Leiria posiciona-se como um destino diversificado, oferecendo: Turismo cultural e patrimonial: Visitas ao Castelo, ao Museu de Leiria, ao mimo, ao Moinho do Papel, ao Banco das Artes e às igrejas históricas, em Leiria e nas freguesias, de que são exemplos a igreja de N. Sra da Encarnação e o Santuário dos Milagres.

Turismo de natureza e aventura: Praia fluvial da Lagoa da Ervedeira e experiências junto ao mar, na praia do Pedrógão.

Gastronomia e vinhos: Uma oferta rica que valoriza produtos locais e pratos tradicionais, como o arroz de marisco da Praia do Pedrógão, a morcela de arroz, o leitão da Boa Vista ou os doces conventuais.

Eventos e festivais: Desde o Festival A Porta, ao Nascentes, Leiria sobre Rodas, Leiria Cidade Natal, Leiria Medieval, ao Extramuralhas, a Feira de Leiria (no mês de maio) e aos concertos no Estádio (Andrea Bocelli a 31 de maio e Rockin’1000 dia 6 de setembro), passando pelo Leiria Cidade Criativa da Música, há uma programação dinâmica ao longo do ano.

 

Um dos focos é a melhoria das infraestruturas hoteleiras, incentivando novos investimentos que permitam responder à crescente procura, existindo diversos processos de investimento privado em desenvolvimento

 

Quem visita Leiria? O que procura fundamentalmente?
O perfil do visitante de Leiria é bastante diversificado. Temos um forte mercado interno, composto por turistas nacionais que procuram experiências culturais, de lazer e gastronómicas.

Em termos internacionais, assistimos a um crescimento de turistas oriundos de Espanha, França e Brasil, que descobrem em Leiria um destino surpreendente.

Há números do ano passado?
Não existem dados absolutos do número de visitantes, mas temos a convicção de que este é um setor em franco crescimento no concelho, um fenómeno que, de resto, pode ser comprovado junto dos operadores que trabalham neste setor.

Promoção integrada para manter
Onde e como é que o concelho de Leiria se tem promovido? A experiência na FITUR 2025 juntou a CIM Região de Leiria numa participação integrada que reuniu quatro Comunidades Intermunicipais da Região Centro, deu frutos na sua opinião? É para manter noutros fóruns?
A promoção de Leiria tem passado pela presença ativa em feiras e certames internacionais, mas também pelo reforço da comunicação digital, através de campanhas dirigidas a mercados estratégicos. A aposta em eventos de grande visibilidade tem sido determinante para consolidar a marca Leiria e ampliar o seu reconhecimento enquanto destino turístico de referência.

A experiência na FITUR 2025 foi muito positiva, permitindo-nos posicionar Leiria dentro de uma oferta integrada da Região Centro, o que fortalece o nosso impacto internacional. Esta estratégia conjunta revelou-se eficaz e faz todo o sentido mantê-la em futuras feiras, maximizando a atratividade da região e explorando novas oportunidades de captação de fluxos turísticos.

Temos vindo a fazer uma aposta crescente na BTL, um certame que consideramos estratégico para a promoção do destino Leiria. Encaramos esta feira sob duas perspetivas complementares: por um lado, a atração de visitantes, reforçando Leiria como um destino obrigatório para quem procura cultura, património, natureza e gastronomia; por outro, a captação de investimento, incentivando o desenvolvimento e a qualificação da oferta turística, nomeadamente ao nível do alojamento e das infraestruturas que sustentam o crescimento sustentável do setor.

A BTL, sendo a maior montra do turismo nacional, é uma oportunidade determinante para consolidar esta estratégia e afirmar Leiria como um território de experiências autênticas e de forte dinamismo económico.

 

A aposta em eventos de grande visibilidade tem sido determinante para consolidar a marca Leiria e ampliar o seu reconhecimento enquanto destino turístico de referência

 

Investimentos para qualificar oferta
Que novos investimentos estão em curso para melhorar a oferta turística?
A Câmara Municipal está a trabalhar em vários eixos de investimento para qualificar a oferta turística. Um dos focos é a melhoria das infraestruturas hoteleiras, incentivando novos investimentos que permitam responder à crescente procura, existindo diversos processos de investimento privado em desenvolvimento.

Paralelamente, continuamos a apostar na valorização do património, com projetos de recuperação de espaços históricos e no reforço da agenda cultural, que contribui diretamente para a atração de visitantes.

Também estamos a desenvolver iniciativas para potenciar o turismo de natureza, promovendo percursos pedestres e experiências ao ar livre.

Estar no radar dos turistas
Dizia recentemente que, “em 2025, a nossa meta é clara: queremos ser um destino obrigatório”, pode dar mais pormenores?
Queremos que Leiria esteja no radar dos turistas como um destino de paragem obrigatória. Isso passa por consolidar a nossa identidade como cidade vibrante, onde a cultura, a história e a inovação se cruzam. Apostamos na internacionalização da nossa oferta, atraindo novos públicos, e na valorização dos eventos e festivais que nos distinguem. A presença como Município Convidado na BTL 2025 é um passo decisivo para reforçar este posicionamento e consolidar Leiria como um destino turístico de referência.

Sobre o autorCarolina Morgado

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“Quando se chega à BTL, chega-se a um mundo de experiências”

Com um novo naming, agora BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, a maior feira de turismo em Portugal volta a ser o centro das atenções por cinco dias. Com um reforço do posicionamento internacional, Pedro Braga, diretor-geral da FCE Lisboa – Feiras Congressos e Eventos, admite que a BTL “é um reflexo da boa performance do turismo em Portugal”. Certo é que “não temos mais um metro quadrado disponível”, o que faz com que as próximas edições sejam desafiantes.

De 12 a 16 de março, a Feira Internacional de Lisboa (FIL) volta a ser o palco do turismo em Portugal. A BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, agora na sua 35.ª edição, contará com 1.500 expositores, mais de 100 destinos internacionais e 300 pontos de venda de agências. A par disso, há ainda o programa de “Hosted Buyers” que traz a Lisboa o maior número de compradores internacionais. Ou seja, “a BTL afirma-se cada vez mais como um grande centro de debate sobre as estratégias e as linhas orientadoras do turismo em Portugal”, destaca Pedro Braga, diretor-geral da FCE Lisboa – Feiras Congressos e Eventos.

Quanto ao futuro, é certo que terão de ser encontradas novas soluções para integrar a procura existente, além de se esperar um regresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) à BTL.

No arranque da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, em 2024, afirmava que a grande ambição era abrir a BTL ao mundo. Isso acontece ou vai acontecer com a BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025?
Julgo que mesmo antes de 2024, algures por volta de 2019, ou seja, antes da pandemia, já tínhamos afirmado o propósito de reforçar o posicionamento internacional da BTL. Era, aliás, um dos vetores estratégicos de crescimento da BTL e continua a sê-lo.

A pandemia veio baralhar um puco as coisas, ou melhor, atrasá-las?
A pandemia, obviamente, condicionou tudo aquilo que estava pensado. Tivemos um bom arranque em 2022 e, felizmente, temos vindo a retomar a dinâmica daquilo que era o plano estratégico de desenvolvimento da BTL.

A BTL 2025 já vai reforçar o que é o posicionamento internacional da BTL, mas isto faz-se através de um conjunto de peças e de medidas que vão sendo desenvolvidas de forma a ir consolidando ao longo do tempo esta ambição e este objetivo.

O rebranding da BTL é uma peça fundamental desta estratégia que estamos a desenvolver dentro de algo que foi muito pensado e que passa, sem dúvida, por um reforço daquilo que é a visibilidade e o posicionamento internacional da BTL.

A reboque da boa performance do turismo nacional
Concretamente, como é que isso se faz e que passos, além do naming, são dados para alcançar esse reforço ou posicionamento?
A BTL, hoje BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, é o reflexo daquilo que Portugal consegue fazer em termos da afirmação da sua oferta turística a nível internacional. O que é que eu quero dizer com isto? A BTL podia ter a maior ambição e a maior intenção de reforçar o seu posicionamento internacional, mas se o turismo português, em termos reputacionais, não tivesse o posicionamento que tem, esse objetivo, não diria que seria impossível, mas seria muito difícil de atingir.

Portanto, obviamente, a BTL, beneficiando daquilo que tem sido construído pelo setor do turismo nacional, aquilo que pretende é reforçar, em termos de visibilidade, este posicionamento.

Mas como é que isso se faz?
Faz-se apostando cada vez mais no nosso programa de compradores internacionais, em parceria com o Turismo de Portugal e com a TAP, e que hoje, sem falsas modéstias, podemos dizer que é, provavelmente, dos melhores programas que há no mundo no setor do turismo e dos eventos do turismo em termos de business meetings.

É um programa de elevadíssima qualidade em todas as suas dimensões e que grangeia uma avaliação muitíssimo positiva por parte dos participantes.

A segunda peça fundamental tem a ver com linhas de comunicação que estão a ser desenvolvidas e com posicionamentos em mercados internacionais que vamos ter de fazer. É provável que nos próximos tempos a BTL desenvolva como pilar desta estratégia de reforço de posicionamento internacional aquilo que é a sua presença em alguns eventos e nalgum roadshows internacional no sentido de reunir com um conjunto de stakeholders internacionais que permitam reforçar ao longo do tempo esta ambição da BTL.

Além do novo naming, o que muda, de facto, na estrutura da BTL e que, eventualmente, os expositores e os visitantes não têm perceção?
Quando se chega à BTL, chega-se a um mundo de experiências. A BTL repete, obviamente, um conjunto de conteúdos em cada uma das edições, porque, naturalmente, fazem parte das idiossincrasias que é a BTL.

Mas a BTL tem tido esta capacidade de todos os anos introduzir novos conteúdos que decorrem de novas necessidades que vamos identificando no mercado e isso permite introduzir fatores de rejuvenescimento e de novas ofertas na BTL que acabam sempre por permitir reforçar o valor do produto BTL.

A BTL afirma-se cada vez mais como um grande centro de debate sobre as estratégias e as linhas orientadoras do turismo em Portugal. Vamos ter mais de 300 conferencistas nos diferentes palcos que a BTL terá para discutir temas tão importantes e atuais como a Inteligência Artificial, a sustentabilidade, como tudo o que são as tecnologias que cada vez mais impactam a eficiência e a qualidade do serviço no setor do turismo.

Penso que estamos todos muito expectantes e a aprender todos os dias qual vai ser verdadeiramente o impacto da Inteligência Artificial, como vai trazer novos fatores de transformação da sociedade e dos negócios. Claro que vai trazer impactos positivos e impactos negativos e o turismo seguramente, um setor com uma capacidade de resiliência tão grande como tão bem foi demonstrado nos últimos anos, vai conseguir encontrar os melhores caminhos.

 

Nunca tivemos tantos pontos de venda numa BTL como vamos ter em 2025. Ou seja, se o número de pontos de venda, o número de expositores com oferta para este segmento do B2C cresce, é porque há procura

 

O Instituo Nacional de Estatística (INE) confirmou que 2024 foi o melhor ano turístico de sempre em Portugal em receitas, dormidas e hóspedes. O tal ano recorde. A BTL acompanha essa performance, esse crescimento, essa criação de valor?
A BTL, através da Fundação AIP, realiza todos os anos um estudo sobre o impacto que tem no Valor Acrescentado Bruto (VAB). O último estudo que fizemos indica valores acima dos 300 milhões de euros. Este ano, e não quero antecipar muito, porque ainda estamos em fase final de concretização, mas nos inquéritos que fazemos aos visitantes da BTL vamos introduzir um conjunto de questões que têm a ver um pouco com essa questão concreta. Uma coisa é o estudo que a Fundação AIP faz sobre o impacto global que a nossa atividade tem, outra coisa é, e queremos fazê-lo, medir de forma mais fina, é ter indicadores de qual é, efetivamente, o impacto que a própria BTL tem em tudo aquilo que tem a ver com a atividade turística no país e em Lisboa.

Sobre os indicadores do turismo no país, são indicadores extraordinários. Começa a ser quase que um lugar comum, porque todos os anos vamos superando os objetivos em termos de performance turística do país. E a BTL reflete isso mesmo. A BTL todos os anos vai crescendo, vai-se reinventando. Nesta edição de 2025 temos mais de 50 mil metros quadrados de área ocupada e começa, de facto, a ser um desafio, porque não temos, neste momento, nem mais um metro quadrado disponível na BTL para aceitar qualquer tipo de expositor ou qualquer tipo de conteúdo.

Temos, como não tínhamos há muito tempo, uma lista de espera muito grande em todas as áreas da BTL, com uma grande preponderância na área internacional, na área dos hotéis e dos serviços, na área das agências de viagens e dos operadores turísticos e também na área dos municípios e das comunidades intermunicipais.

Portanto, começamos a ter um problema, que é um problema bom …

Mas é um problema!
É um problema, sim. Perceber o que podemos fazer para acomodar novas necessidades no futuro é o grande desafio.

E isso tem de ser pensado a curto prazo?
Tem de ser pensado já e temos de ir acomodando, obviamente, essas novas necessidades, mas sempre a olhar para o mundo que nos rodeia e perceber quais as condições que temos para que estes resultados que o setor do turismo tem atingido, ano após ano, continuem a ser consistentes e continuem a ter condições em termos daquilo que são as dimensões internacionais que nos rodeiam e continuar a consolidar estes objetivos.

Mas dada a falta de espaço nas atuais instalações, poderá ser equacionada levar uma parte da BTL, fisicamente, para outro local, outro espaço? Tal com o Web Summit o fez, por exemplo.
É um dos drivers que pode ser considerado, sendo que, para além desse, há outros que, não gostaria agora de avançar muito, mas que têm a ver com a própria infraestrutura, com coisas que a própria Fundação AIP já foi anunciando ao longo do tempo, de que mais cedo ou mais tarde, haveria necessidade de se considerar ou se faz sentido avançarmos com um plano de expansão e em que condições.

Mas essa é uma matéria sobre a qual não quero ir muito mais além, até porque nada está definido ou pensado.

Mais mundo
Mas quando fala em internacionalização, e há pouco falou nos buyers que cá estão, na lista de espera que têm, também referiu que a grande missão era o mundo mostrar-se em Portugal na BTL. A minha pergunta é: temos uma BTL onde não só Portugal está a mostrar-se ao mundo, mas o mundo está a mostrar-se também em Portugal através da BTL?
Está, mas tem de ser um movimento sincronizado e temos de ter um conjunto de stakeholders que façam isso connosco. Uma das medidas que implementamos este ano, que vai ser testada, mas que, para já, identificámos que está a ter impactos muito positivos, é o facto de o programa de “Hosted Buyers”, que está essencialmente dimensionado para vender o destino Portugal, e vai continuar a ser assim, mas que da parte da tarde se abra a janela de oportunidade para que, já que os buyers estão em Portugal, possam contratar outros destinos que não Portugal. E isto tem, obviamente, uma vantagem para o ecossistema que a BTL pretende gerar, nomeadamente em termos do seu posicionamento internacional, e que gera maior capacidade de atração junto de destinos internacionais que passam a ver Lisboa, passam a ver Portugal como um mercado onde, para além do posicionamento que assumem para tentar captar fluxo turístico de portugueses para visitar os seus países, comecem a identificar um reforço do valor do marketplace BTL, porque esse mesmo marketplace também lhes permite contratarem através dos buyers internacionais que trazemos.

Mas que mundo falta à BTL? Faltam turismos internacionais, empresas internacionais, companhias aéreas internacionais, cadeias de hotéis internacionais?
Falamos de tudo um pouco, mas vamos por partes. Turismos internacionais, ou seja, uma presença institucional dos países? Claro que esse é um dos grandes objetivos para a BTL, ter turismos internacionais na feira para tentarem captar fluxo de turistas.

Portanto, ou a BTL se diferencia de outra forma e esses turismos nos veem com outros fatores distintivos, e esta é uma narrativa que temos tido e na qual acreditamos desde 2019, ou se for só para alavancar a captação de turistas nacionais, eventualmente, o nosso mercado não é, digamos, suficientemente atrativo.

Por isso, o que temos de fazer? Temos de criar dinâmicas para que esses países possam contratar outros fluxos de turistas, com a plataforma de negócios que se gera em Lisboa ou através de uma outra coisa que tem a ver com a qualidade do ecossistema.

Mais não quer dizer melhor.
Encontramo-nos muitas vezes em alguns fóruns internacionais e digo isto e repito, nós como país, nós como oferta turística, nós BTL, por reflexo, comparando com outras feiras internacionais de referência, somos seguramente mais pequena, mas, em termos de qualidade, a BTL em muitos fatores, é muito melhor do que as suas congéneres internacionais.

Sim, são feiras com uma massa crítica maior, mas em termos da qualidade e do resultado daquilo que se gera no marketplace, a BTL entrega um valor muito elevado.

Somos 10 milhões ponto final. E como não é previsível que a nossa demografia cresça de forma substantiva nos próximos anos, a nossa diferenciação tem de ser sempre por fazer diferente e fazer melhor.

 

Se conseguirmos, em conjunto, passar uma mensagem internacional de que a BTL, apesar da sua dimensão, é um produto de altíssima qualidade, isso vai gerar uma atratividade que vai ter um valor muito importante para a BTL, para o turismo e para o país

 

O marketplace que refere, e que já está em andamento há algum tempo, continua a ser de forma física, digital, híbrida, de forma a posicionar a BTL em todas as vertentes e dar conteúdos diferenciados e de qualidade aos expositores e ao mercado?
Sim, e a nossa ambição passa também por a BTL ser mais do que aquilo que já é. Ou seja, de não estar circunscrita a um conjunto de dias no ano.

Por isso, um dos grandes objetivos é, de facto, que a BTL consiga entregar valor ao longo de todo o ano aos seus expositores, parceiros, visitantes através de um conjunto de atividades e dinâmicas.

Daí a participação nos tais roadshows internacionais?
Sim, passa por essa presença em roadshows internacionais, mas passa também por mais e posso dizê-lo em primeira mão. Nós vamos assinar um protocolo com a Porto Business School e com a Universidade Nova para fazermos um estudo sobre aquilo que são os desafios no mercado de trabalho no setor do turismo e como é que vamos ultrapassar estes desafios. Será um protocolo que será assinado durante a BTL e que vai permitir que, ao longo do ano, voltemos a ter mais um momento em que entregamos valor ao ecossistema do turismo e com o qual podemos contribuir para valorizar o setor.

Mas vamos seguramente identificar outras iniciativas onde a BTL possa ter um posicionamento em que reforce a entrega desse mesmo valor ao longo do ano.

Um dos programas mais relevantes da BTL é, de facto, o programa dos “Hosted Buyers”. Que diferença existe de 2025 para 2024?
Existe, sobretudo, no que diz respeito ao crescimento que é um fenómeno muito interessante. Para além daquilo que é o programa “Hosted Buyers”, que desde há muitos anos tem vindo a ser melhorado, em parceria com a TAP e com o Turismo de Portugal, começámos a desenvolver, paralelamente, um programa de “Buyers”. Ou seja, compradores internacionais, que não são selecionados pela BTL, pelo Turismo de Portugal ou pela TAP, para virem como convidados, mas que querem vir à BTL, investindo o seu tempo e os seus recursos porque entendem que há valor no marketplace.

E posso dizer que o número de compradores internacionais que não “Hosted Buyers” tem crescido de forma exponencial nos últimos anos.

É mais interessante ter mais “Hosted Buyers” do que “Buyers” ou vice-versa?
Estamos muito satisfeitos com o programa que temos de “Hosted Buyers”, mas não deixa de ser interessante perceber que há “Buyers” que estão disponíveis a virem à BTL por iniciativa e com recursos próprios. Ou seja, o nível de compromisso é diferente, vêm por iniciativa própria, investem o seu tempo e os seus recursos, porque entendem que há um valor no marketplace e querem marcar presença.

E posso dizer-lhe que, além do trabalho árduo que é feito quer pelo Turismo Portugal, quer pela TAP, na identificação dos melhores “Buyers” para trazer a Portugal, temos recebido contactos de compradores internacionais que muitas vezes o próprio Turismo Portugal nos diz “excelente comprador vamos trazê-lo porque é muito importante que cá esteja”.

Ora, isso comprova o valor que o programa possui para este tipo de compradores.

BTL do futuro
E como é que inova, renova uma feira como a BTL? Ainda para mais um evento que não tem mais um metro quadrado para oferecer aos expositores e/ou parceiros?
Com duas coisas: com imaginação, abrindo-nos ao exterior e, por outro lado, ouvindo pessoas de fora da BTL, obviamente muitos stakeholders que participam, mas até pessoas que não participam na BTL.

Muitas vezes, e pode parecer um cliché, é preciso sair fora da caixa, conseguir ter outros olhos que não estão tão viciados, se quiser, naquilo que é o programa habitual de um evento como a BTL. Pessoas que nos possam trazer novas sugestões. E a propósito disso, como sabe, a Fundação AIP, teve a honra de convidar Rita Marques [ex-secretária de Estado do Turismo] para ser presidente do Conselho Estratégico. Haverá, brevemente, novidades, mas posso adiantar que, de facto, uma das novidades desse Conselho Estratégico passa por ter uma abrangência e uma dimensão que permita sair de portas e ter gente de fora olhar para nós e a fazer, de alguma forma, uma crítica construtiva.

Mas também pessoas fora do setor do turismo?
Sim, também pessoas de fora do setor do turismo. Essa é uma responsabilidade que está cometida à Rita Marques, em articulação connosco, com a Fundação AIP, e que, quando foi pensada, foi pensada com este desígnio e objetivo, que é pensar que BTL vamos ter dentro de 10 anos. Temos de começar a trabalhar nessa BTL agora e não dentro de 10 anos.

Quando digo trabalhar agora, é pensarmos que, se já não temos espaço, como é que colocamos mais conteúdos que o mercado entende que fazem sentido ter na BTL?

Este ano, por exemplo, lançamos um novo conteúdo, BTL Weddings.

E o Wellness …
Sim, o Wellness também é novidade este ano. Mas começando pelo BTL Weddings, teve a ver com a necessidade de um conjunto de players que operam neste setor de quererem ter um espaço de visibilidade na BTL. E aqui está um desafio que é, como é que a BTL consegue encontrar espaço quando não tem espaço para colocar mais conteúdos.

Aqui entra o facto de conhecermos bem o nosso produto e percebermos que o BTL Village, que funciona em termos corporativos durante os dias profissionais, no fim de semana não é utilizado. Ora, não sendo utilizado, vamos transformá-lo. Durante a noite de sexta-feira, as equipas de operação da FIL e da BTL vão transformar aquele espaço e no sábado de manhã, quando os visitantes, o público final, chegarem à BTL, vão ter um novo conteúdo e um novo espaço dentro da BTL.

O BTL Wellness decorre também do facto de este ser um segmento do turismo que começa a ter uma procura crescente e que importava mais do que ter esta oferta dispersa pela BTL, sem visibilidade, encontrarmos, juntamente com o nosso parceiro da CIM das Beiras e da Serra da Estrela, um novo posicionamento.

 

Não foi por razões financeiras que a APAVT não está na BTL. Podemos não ter chegado a acordo sobre o conjunto das contrapartidas que as partes entregavam uma à outra. Agora, reduzir isto a condições financeiras? Não e não.

 

É importante ter estes vários ”B’s” como os designam?
É muito importante.

E isto pode levar ao surgimento de mais “B’s” ou “B’s” em substituição de outros menos interessantes?
A BTL é, necessariamente, um evento dinâmico e que tem de refletir, em cada momento, aquilo que são as necessidades do setor e do mercado. Portanto, se houver setores de atividade dentro do turismo que ganham um novo empowerment, provavelmente vamos ter de acompanhar e vamos ter de dar posicionamento a esse setor. Ou ao contrário, se infelizmente houver setores que vão perdendo tração e deixam de ter tanta procura ou tanta notoriedade, vamos ter de repensar se faz sentido continuar a estar na BTL.

Dentro do universo BTL, Fundação AIP, e em função da expertise, já alguma vez foi pensado levar esta experiência, este conhecimento para fora e organizar a feira noutro país, por exemplo, nos PALOP?
Com toda a transparência e sinceridade, é uma coisa que pode ser analisada, mas não é, neste momento, o nosso foco. Vou ser muito transparente e muito honesto na resposta que lhe vou dar: as organizações defrontam-se hoje em dia com um problema que tem a ver com a escassez de recursos. E, portanto, neste momento estamos absolutamente empenhados em consolidar o crescimento e a estratégia da BTL que organizamos aqui em Lisboa.

Nunca digo não a nada e, portanto, não digo que um dia não se pode colocar essa questão, mas neste momento a prioridade estratégica é a BTL, é Lisboa, é Portugal.

Diálogo para um regresso da APAVT
E continua a ser importante o B2C. Quanto vale, de facto, este B2C na BTL?
Tenho de estribar a minha resposta naquilo que é a informação que me é passada pelos nossos clientes e parceiros. Até há dois anos, eventualmente, não tínhamos a noção da dimensão do mercado B2C que é gerado pela BTL. E leia-se, BTL durante os dias da feira, uma semana antes, uma semana depois. Há todo um ecossistema e um conjunto de campanhas de oferta, pacotes turísticos, férias, etc. que é criado à volta da BTL.

Mas isso depois não esgota a oferta da BTL naqueles dois dias aberto ao público?
Não. Há indicadores que posso partilhar e que validam que nunca tivemos tantos pontos de venda numa BTL como vamos ter em 2025. Ou seja, se o número de pontos de venda, o número de expositores com oferta para este segmento do B2C cresce, é porque há procura. E se cresce é porque há a noção destes investidores, destes clientes, que a BTL lhes oferece um retorno seguro e que faz sentido eles reforçarem o seu investimento na feira.

Mas a BTL também acarinha este ecossistema e reflexo disto é a campanha específica que desenvolvemos este ano para o segmento do B2C, muito alinhada com o reposicionamento e o rebranding da BTL e que representa um forte investimento no sentido de criar condições para que essa oferta B2C conheça um retorno ainda maior daquele que era oferecido e que soma várias e várias dezenas de milhões de euros.

Falando em pontos de venda e parceiros, qual será o impacto da ausência da APAVT na BTL 2025? Como disse, nunca tiveram tantos pontos de venda numa BTL como em 2025. Isso quer dizer que os parceiros, expositores reconhecem a importância da BTL com ou sem APAVT?
Isso é incontornável e deixe-me dizer duas coisas. A primeira é que temos uma política de não falarmos, publicamente, das relações com os nossos clientes e com os nossos parceiros.

Mas sabe que é um tema que tem de ser abordado?
Sim, mas acho que a BTL já disse o que tinha a dizer sobre isso. Vou só adiantar mais uma coisa. Obviamente, e reforço, continuamos a achar que faz todo o sentido a APAVT estar na BTL. Não vou tecer nenhuma consideração sobre coisas que li e que vi publicadas. Mas esperamos, sinceramente, que haja condições para a APAVT regressar à BTL.

Mas há uma coisa que acho que é importante dizer-se. Não foi por razões financeiras que a APAVT não está na BTL. Podemos não ter chegado a acordo sobre o conjunto das contrapartidas que as partes entregavam uma à outra. Agora, reduzir isto a condições financeiras? Não e não.

 

Não havia uma BTL muito boa enquanto a APAVT cá estava, e agora não há uma BTL muito má porque a APAVT deixou de estar cá. Não, a BTL continua seguramente a ser o ecossistema que reúne os players do setor do turismo

 

Portanto, em termos de área, o que era ocupado pela APAVT, que eram cerca de 1.300 m², está ocupada com expositores do setor da APAVT?
Sim, mas vou dizer outra coisa para desmistificar isto. Se houvesse algum racional economicista por trás desta situação, era um racional em que a BTL ficava a perder em termos económicos.

Explique, por favor.
Uma coisa é ter um stand de 1.300 m², que não está atravessado por ruas. O espaço útil que é colocado é muito maior do que eu pegar nesses 1.300 m2 e ter de o dividir.

Portanto, aquilo que dizemos é, esperamos que no futuro volte a haver condições para a APAVT estar na BTL. Agora, também há uma coisa que é importante dizer, é que não havia uma BTL muito boa enquanto a APAVT cá estava, e agora não há uma BTL muito má porque a APAVT deixou de estar cá. Não, a BTL continua seguramente a ser o ecossistema que reúne os players do setor do turismo e no qual eles se reveem.

Estas coisas, infelizmente, às vezes acontecem e continuo a ser uma pessoa que entende que através do diálogo as coisas se ultrapassam. E espero que num futuro próximo seja possível que esse diálogo seja retomado e que esta situação seja ultrapassada.

Medir o sucesso
A BTL voltará a ser um palco político?
Sinceramente, não tenho resposta para isso, porque, obviamente, não controlamos os calendários eleitorais. Há uma coisa que eu sei e gosto de ver as coisas pelo lado positivo. O facto de termos um número de políticos, uma presença institucional muito grande na BTL, é um reconhecimento transversal por parte das várias figuras e dos vários partidos políticos, de que o turismo desempenha, de facto, um papel muitíssimo relevante na economia nacional.

O setor do turismo era desvalorizado?
O setor do turismo comunica melhor hoje do que comunicava no passado e consegue, hoje, mostrar de uma forma mais efetiva o valor que tem. Havia bons profissionais no turismo no passado e há bons profissionais agora. O país como um todo e cada um dos setores que opera no setor do turismo comunica melhor e de forma mais organizada. E conseguiu-se conjugar uma coisa que me parece fundamental e que nem sempre se faz em Portugal, que é, comunicar sem sobreposição, consegue haver articulação na comunicação.

 

O facto de termos um número de políticos, uma presença institucional muito grande na BTL, é um reconhecimento transversal por parte das várias figuras e dos vários partidos políticos, de que o turismo desempenha, de facto, um papel muitíssimo relevante na economia nacional

 

E uma linha orientadora a ser seguida?
Sem dúvida, uma linha orientadora que, apesar de partidos diferentes, tem sido seguida e com os resultados que se veem.

Há alguma forma nova ou distinta de avaliar o sucesso da organização de uma BTL?
Se não temos mais um metro quadrado, significa que houve uma procura muito grande. Portanto, diria que há razões para estarmos otimistas com a forma como o ecossistema que vamos oferecer a quem nos visita, sejam profissionais, seja público.

A seguir, há indicadores que têm a ver com alguns instrumentos que temos para medir a adesão dos visitantes. Diria que também estamos otimistas quanto a esses indicadores. Mas o verdadeiro KPI é no dia em que encerramos as portas e depois de termos auscultado a opinião de quem nos visitou e de quem investiu para cá estar.

Temos um ecossistema de expositores diverso, as entidades que vêm cá, não vêm todas com o mesmo objetivo. Ou melhor, todas elas vêm com um objetivo que é o da afirmação do seu destino turístico, da sua oferta turística. Mas há uns que têm um valor transacional e outros não têm um valor transacional imediato.

E se tivesse de mudar, acrescentar, retirar, inovar alguma coisa na BTL para edições futuras, o que é que seria?
Vamos ter de ter a capacidade de fazer isso passo a passo. A BTL é maior, gera um retorno financeiro maior para todos os que cá estão, e para nós também, mas assim como os nossos expositores e parceiros estão a investir mais, nós BTL estamos a investir muito mais.

Isto significativa que nos próximos anos, dentro deste alinhamento, deste reforço internacional da BTL, vamos ter de conseguir que alguns players internacionais vejam in loco o que é a BTL.

Isso dará músculo ou mais músculo à BTL?
Acho que reforçará a BTL, nomeadamente numa dimensão, que é conseguir ultrapassar o facto de sermos um país com a dimensão que temos, com o número de habitantes que temos e, por consequência, com o potencial de emissão de turistas que temos. Mas há uma coisa que sei, é que se nós, enquanto ecossistema, e já o fazemos muito no dia-a-dia, os diferentes atores no setor turístico fazem-no, conseguirmos, em conjunto, passar uma mensagem internacional de que a BTL, apesar da sua dimensão, é um produto de altíssima qualidade, isso vai gerar uma atratividade que vai ter um valor muito importante para a BTL, para o turismo e para o país.

Nós estamos em ciclos de crescimento contínuos no turismo, mas há uma coisa que qualquer gestor deste mercado dirá, é que isto não vai durar para sempre. E não durando para sempre, temos de começar a pensar como é que vamos gerir o futuro e ter fluxos turistas de mercados que têm valor acrescentado para o nosso país.

Importa começar a trabalhar agora para garantir que vamos ter esse resultado no futuro e não trabalhar mais tarde para depois sermos surpreendidos.

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EUA estimam mais de 77 milhões de turistas internacionais este ano

O National Travel and Tourism Office (NTTO) prevê que cerca de 77,1 milhões de viajantes internacionais visitarão os Estados Unidos da América este ano, um aumento de 6,5% em relação a 2024. Dados agora divulgados fornecem uma visão ano a ano, desde 2019 e previsões até 2029.

A estimativa é alta, com 85 milhões previstos para 2026 e 90,1 milhões de visitantes esperados para 2027, atingindo a meta de cinco anos definida pela Estratégia Nacional de Viagens e Turismo de 2022. Até 2029, espera-se que os EUA recebam quase 97 milhões de viajantes internacionais, destacando o crescimento e a recuperação de longo prazo no setor de viagens.

Noventa milhões de viajantes gastariam 279 bilhões de dólares nos Estados Unidos. Espera-se que eventos globais significativos como o Campeonato do Mundo de Futebol de 2026, a ser realizada nos Estados Unidos, México e Canadá, e as Olimpíadas e Paralimpíadas de 2028, sediadas em Los Angeles, aumentem os totais de visitantes do país.

De 2023 a 2024, as entradas internacionais subiram 9,1%, com 72,4 milhões de viajantes. Este ano não se espera que atinja o total pré-pandemia de 79,4 milhões. Os Estados Unidos levaram muito mais tempo para recuperar da pandemia do que os países europeus e grande parte do mundo.

Viajantes de alguns países, ou mercados de origem, têm visitado os Estados Unidos mais do que antes da pandemia, como a Índia e a Itália que cresceram, respetivamente, 552% desde 2020, e 7,5% o ano passado. A previsão é que em 2025, os mercados de origem que devem crescer incluem o México, Brasil e Canadá. No entanto, a US Travel Association alerta que as tarifas sobre o Canadá, que fizeram com que o país proibisse a venda de certos produtos americanos e promovesse o boicote ao turismo para os EUA, podem cair este ano.

O Reino Unido, a Austrália, a China, a Coreia do Sul e o Japão levarão mais tempo, com projeções de recuperação total até 2027 ou depois.

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Solférias promove nova campanha Disneyland Paris

O mês de março é todo dedicado a uma nova campanha do operador turístico Solférias para a Disneyland Paris, com as melhores ofertas.

Com um período de vendas até 30 de março e um preço de referência de 137 euros por pessoa e noite, para chegadas de 5 a 22 de julho de 2025, baseado numa estadia de quatro noites e cinco dias de entradas, no Disney Hotel Cheyenne, num quarto Woody Standard para dois adultos e duas crianças, entre 3 e 11 anos de idade, este é, segundo o operador turístico um momento ideal para que os viajantes portugueses descubram ou regressem aos dois parques de diversões junto à cidade de Paris. Juntam-se preços especiais em voos TAP e Air France, e os transferes regulares Magical Shuttle grátis para crianças até aos 11 anos inclusive.

Será igualmente ocasião para assistir ao Disney Music Festival, de 19 de abril a 7 de setembro de 2025, que celebra os grandes êxitos da Disney desde os clássicos intemporais aos sucessos de hoje, com atuações de Personagens Disney e Pixar, para além de todas as atrações e hotéis incríveis.

A não perder ainda o novo espetáculo noturno Disney Tales of Magic, com efeitos de última geração mais vanguardistas e fogo-de-artifício sobre o Castelo da Bela Adormecida e Main Street, U.S.A.

 

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“Projeto Açores – Turismo Todo o Ano em Todas as Ilhas” vai ser conhecido na BTL

A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, vai apresentar, esta quarta-feira, dia 12, na BTL, o “Projeto Açores – Turismo Todo o Ano em Todas as Ilhas”, às 16h00, no Pavilhão 1 da FIL – Feira Internacional de Lisboa, no stand 1AO1, da Visit Azores.

A Visit Azores apresenta-se na edição deste ano da BTL – Better Tourism Lisbon, com uma promoção conjunta dos 19 municípios, mais de 30 associados e projetos que contribuem para a afirmação da região como referência mundial, procurando impor-se como um destino com oferta para todo o ano e em todas as ilhas do arquipélago.

Durante os quatro dias do evento, o destino mostrará toda a sua vasta e diversificada oferta, cimentando o seu estatuto como referência mundial no turismo de aventura e de natureza.

Entre as apresentações previstas contam-se, ainda, o Congresso da APECATE, o Azores Trails Fest, a candidatura das Ilhas do Triângulo a primeira Bio-região dos Açores, a Cidade Europeia do Vinho, Ponta Delgada Capital Nacional da Cultura e os festivais de verão.

 

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