Companhias aéreas preveem 246 milhões de assentos para o verão em Espanha
As companhias aéreas estimam um aumento de 6% nos assentos para este verão de 2025, em Espanha. Isto fará com que o número suba para 246 milhões de assentos.

Victor Jorge
A Associação das Linhas Aéreas (ALA) espanhola prevê um verão de recordes, com uma oferta prevista de assentos entre abril e outubro de 246 milhões, um aumento de 6% face ao operado no verão de 2024, que já tinha sido um recorde.
A evolução positiva do tráfego aéreo ao longo do ano até agora, com 39,8 milhões de passageiros acumulados nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, representando um aumento de 5% face ao mesmo período do ano anterior, antecipa um ano “muito favorável”, admite a ALA.
No entanto, o presidente da ALA, Javier Gándara, mostrou-se cauteloso face aos fatores externos que poderiam influenciar o bom desempenho do tráfego aéreo, como a evolução da atual situação económica e geopolítica instável, marcada por conflitos bélicos.
“Levamos dois anos consecutivos de crescimento, batendo sucessivos recordes. Este ano começámos com números superiores aos de 2024 e esperamos um verão com mais tráfego do que no ano passado”, refere Javier Gándara no site da ALA.
Assim, reconhece o presidente da associação espanhola, “se nenhum fator externo alterar esta tendência, poderemos terminar o ano com um novo recorde. Esta tendência ascendente do tráfego demonstra a vontade das pessoas de viajar e de recuperar os anos perdidos devido à crise sanitária”, salientou Gándara.
Entre as regiões espanholas, destacam-se as Canárias, com um aumento de 11% na capacidade, quase o dobro da média.
Relativamente às operações previstas para a época de verão, estima-se um total de 1,4 milhões de voos, um acréscimo de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Um dos riscos apontados por Gándara para não se alcançar os números previstos é a “possível congestão na gestão do tráfego aéreo a nível europeu”, com as consequentes demoras nos voos. Nesse sentido, o presidente da ALA explica que se prevê um verão “complicado” devido à recuperação dos níveis de tráfego pré-pandemia nos países vizinhos.
“No verão passado, os atrasos em rota devido à congestão do tráfego aéreo na Europa aumentaram mais de 50%. É imperativo que esta situação não se repita este verão”, concluiu Gándara.