O grupo Hoti Hotéis faturou 112 milhões de euros em 2024, um aumento de 9% face às receitas que gerou em 2023.

Já o lucro operacional bruto situou-se nos 47 milhões de euros em 2024, um valor que representa uma subida de 11% em relação ao ano anterior.

De acordo com Miguel Proença, CEO da Hoti Hotéis, estes valores foram conseguidos “acima de tudo pelo aumento do preço médio”, que subiu 8% no ano passado em relação a 2023 – aliás, 2024 foi o primeiro ano em que o grupo superou os 100 euros de preço médio, de acordo com o CEO.

Do total de receitas, 25% coube ao mercado nacional e 8% ao norte-americano, cuja quota era de 4% em 2019.

Apesar de representar 9% das receitas do grupo em 2024, o mercado espanhol foi o que protagonizou a maior queda face a 2019, altura em que assumia 12,5% das receitas. Seguiram-se os mercados do Reino Unido (6% das receitas em 2024 e 4,5% em 2019); França (5% das receitas em 2024 e 6% em 2019) e o Brasil (4,5% em 2024).

Para este ano, a Hoti Hotéis estima uma receita entre os 123 e os 125 milhões de euros.

Grupo investe 250 milhões de euros em novos hotéis

Para os próximos três anos, o grupo prepara-se para investir 250 milhões de euros em 12 novos hotéis, num total de cerca de 1.500 quartos.

Para meados deste ano é esperada a abertura do Meliá São João da Madeira, um quatro estrelas de 100 quartos situado no Palacete do Conde Dias Garcia, alvo de um investimento de 15 milhões de euros.

Do pipeline hoteleiro do grupo para os próximos três anos fazem também parte o Meliá Viana do Castelo, de 130 quartos, cuja primeira pedra será lançada este ano; o Meliá Famalicão; o Meliá Guimarães; o Meliá Viana do Castelo; o Meliá Porto Boavista; um hotel Star Inn em Aveiro e um hotel em Coimbra.

Ainda em território nacional, o grupo tem projetos assinados para um Meliá em Monte Gordo e um hotel Innside em Lisboa, no Largo do Rato, sendo que este último se encontra no Tribunal Administrativo desde 2016.

Lá fora, é esperada a abertura do Meliá Luanda, um cinco estrelas de 250 quartos situado no complexo Luanda Waterfalls.

O ano de 2025 vai ser ainda marcado pelo lançamento do segmento residence na Hoti Hotéis, segundo o administrador do grupo, Ricardo Gonçalves. Com abertura prevista para o primeiro semestre de 2025, o primeiro projeto residencial do grupo ficará situado na Avenida da Boavista, no Porto, com um total de 127 unidades de alojamento e cinco espaços comerciais, fruto de um investimento entre os 45 e os 50 milhões de euros.

A este juntar-se-á um outro projeto residencial em Aveiro, junto ao Meliá Ria, com 300.000 metros quadrados.

Fundada com a missão de oferecer experiências únicas que respeitam o ambiente e enriquecem as comunidades locais, a Portugal Green Travel, que agora celebra o seu sexto aniversário, tem-se destacado pela criação de programas turísticos que não só revelam a beleza e a cultura de Portugal, mas também promovem práticas de turismo responsável e sustentável.

Especializada em Operação Turística e DMC (Destination Management Company), a Portugal Green Travel oferece um vasto leque de serviços que incluem consultoria estratégica em turismo, formação especializada, organização de eventos de teambuilding e gestão de ativos turísticos. Com um foco claro na inovação e na qualidade, a empresa tem contribuído significativamente para o desenvolvimento turístico da Região Centro de Portugal, além de estabelecer parcerias estratégicas em várias outras regiões do país, tendo sido reconhecido em 2024 como Melhor DMC Sustentável de Portugal nos European Travel Awards.

João Daniel Ramos revela que “estes últimos seis anos foram uma viagem excecional de desafios superados e sucessos contínuos”, salientando que, em 2025, “alcançámos um marco significativo ao consolidar as nossas quatro principais áreas de negócio: Operação Turística e DMC, Consultoria Estratégica em Turismo e Formação, Eventos de Teambuilding e Gestão de Ativos Turísticos”.

Por sua vez, Hugo Teixeira Francisco realça que “2025 será um ano de expansão notável. A partir de 22 de janeiro, estaremos presentes na FITUR em Madrid com a marca Coimbra Experience HUB, destacando a singularidade da Região Centro de Portugal”, observando que, esta participação “é uma oportunidade vital para reforçar a nossa presença no mercado internacional e mostrar ao mundo o que Portugal tem de melhor para oferecer.”

Sobre os planos futuros, Hugo Francisco acrescenta que “o nosso compromisso em 2025 é fortalecer ainda mais a nossa liderança no mercado”, para apontar que “continuaremos a investir na estruturação de oferta turística e operação turística, bem como na consultoria estratégica em turismo, áreas que são fundamentais para o nosso desenvolvimento e para a promoção de um turismo sustentável e responsável.”

Em nota de imprensa, a empresa realça que à celebra este marco, o foco permanece em inovar e em expandir as suas fronteiras, elevando a experiência do turismo sustentável a novos patamares.

Assim, todos os viajantes portugueses que continuam a preferir o destino Ilha do Sal, em Cabo Verde, passam a contar, entre as várias opções que o operador turístico propõe, também com o novíssimo Hotel Royal Horizon Ponta Sino na lista.

Com data de abertura prevista para 1 de junho de 2025, trata-se, segundo a Solférias, de um excelente hotel resort que vai funcionar em regime de “Tudo Incluído”.

A unidade dispõe de 572 quartos, várias opções de restauração e bares, quatro piscinas, sendo uma para crianças e uma localização privilegiada, ideal quer para famílias quer para casais.

As companhias aéreas pagarão um custo adicional de 234,2 milhões de euros, em 2025, pela utilização de 2% de combustível de aviação sustentável (SAF), em Espanha, apelando a Asociación de Líneas Aéreas (ALA) a “incentivos à produção para aumentar o seu desenvolvimento e reduzir o seu diferencial de preço em relação ao combustível convencional”.

“Estamos empenhados no SAF como a solução mais eficaz a curto prazo para promover a sustentabilidade no setor da aviação, mas atualmente é um produto subdesenvolvido e o seu preço é elevado, entre 3 e 6 vezes mais caro do que o combustível convencional, pelo que a sua utilização aumentará consideravelmente os custos das companhias aéreas”, afirma o presidente da ALA, Javier Gándara, no site da associação.

Assim, Gándara exige a criação de “incentivos à sua produção [SAF] o mais rapidamente possível” para atenuar este aumento nos preços.

Recorde-se que este ano de 2025 marca o início da implementação do mandato de Bruxelas conhecido como “ReFuelEU Aviation”, que estabelece quotas para a utilização de SAF que variam entre 2%, em 2025, e 70%, em 2050.

Só neste ano de 2025, a fatura total pela utilização de 2% de SAF em Espanha será, pelas contas da ALA, de pouco mais de 332 milhões de euros, um valor que aumentará à medida que a quota deste combustível sustentável for progressivamente aumentada, especialmente quando for introduzida a utilização de SAF sintético ou eSAF, criado a partir de energias renováveis.

E, de acordo com as contas efetuadas pela ALA, o custo adicional para as companhias aéreas da UE, em 2030, quando a quota de SAF aumentar para 6% e for introduzido 1,2% de SAF sintético, ascenderá a cerca de 9,5 mil milhões de euros.

“É necessário que o governo apoie o transporte aéreo na sua transição ecológica, uma vez que se trata de um setor difícil de descarbonizar. É por isso que devem ser encorajadas as soluções que tornam possível esta transição, entre as quais a SAF”, refere Gándara.

Além disso, o presidente da ALA conclui que “o desenvolvimento do SAF é uma oportunidade para o país que vai para além do setor do transporte aéreo, uma vez que favorecerá a reindustrialização, a independência energética de Espanha e, se for bem feito, poderá tornar-se um país exportador global”.

“Iniciar o ano de forma ambiciosa”. É desta forma que André Gomes, presidente do Turismo do Algarve define o início deste ano de 2025 que levará a Associação Turismo do Algarve (ATA) a participar numa dezena de eventos internacionais em janeiro.

A começar, a ATA participa feira Vakantiebeurs, de 8 a 12 de janeiro, a maior feira de turismo dos Países Baixos, direcionada a viajantes que procuram informações e inspiração para planear as suas férias.

Dos Países Baixos, e coincidindo com a Vakantiebeurs, a ATA, em colaboração com as regiões da Madeira e Açores, volta a participar em mais uma edição do Adventure Travel Show, em Londres, um evento exclusivamente dedicado ao turismo ativo e de aventura. Esta presença será feita na companhia de duas empresas associadas, especializadas neste segmento – BikeTours Portugal e Megasport -, que irão contribuir para promover o Algarve como um destino privilegiado para a prática de atividades ao ar livre e para atrair viajantes que procuram experiências autênticas em contacto com a natureza.

De 16 a 19 de janeiro, é a vez da Matka Nordic Travel, na Finlândia, feira que se destaca como uma montra para o setor de viagens e turismo na região nórdica, e da Ferien-Messe Wien, na Áustria, onde a participação tem como objetivo não só promover a diversidade da oferta do destino junto dos visitantes austríacos, mas também fomentar novas parcerias comerciais relevantes.

Dirigida ao consumidor final e uma das maiores feiras de turismo e lazer do mundo, a CMT, na Alemanha, irá contar com a presença do Algarve, de 18 a 26 de janeiro. E de 22 a 23 do primeiro mês do ano, será a vez da 45.ª FITUR, em Madrid, onde pela proximidade e pelo papel fundamental que desempenha ao nível da conectividade e da colaboração entre profissionais de turismo, a feira é estratégica para o Algarve.

De Madrid, a ATA segue rumo à Irlanda para participar na gala de prémios dos Irish Travel Industry Awards, fazendo-se acompanhar, a 23 de janeiro, de alguns associados, numa oportunidade considerada relevante para reforçar a ligação do Algarve ao mercado irlandês e para proporcionar um importante momento de networking com operadores turísticos e jornalistas especializados.

Também na Irlanda, mas de 24 a 26 de janeiro, será a vez da Holiday World Show receber um espaço dedicado à promoção da diversidade da oferta turística da região do Algarve. E ao mesmo tempo que participa na FESPO & Golfmesse Zürich 2025, de 30 de janeiro a 2 de fevereiro, a ATA marca presença no workshop Break the ICE, em Bruxelas. Se no segundo caso o Break the ICE é um workshop para profissionais do setor que vai reunir fornecedores especializados e potenciais clientes europeus e onde o Turismo do Algarve vai ter a possibilidade de reunir com 25 potenciais clientes de mercados como o Benelux, entre outros, no último evento do mês, a região levará o que de melhor tem para oferecer no golfe, turismo de natureza e nas atividades ao ar livre até Zurique.

“Estas iniciativas, focadas na promoção da diversidade e qualidade da oferta da região, refletem a nossa estratégia e compromisso contínuo de posicionar o Algarve como um destino versátil e atrativo, capaz de superar as expectativas dos viajantes e de atender às exigências dos mercados globais”, destaca André Gomes.

No dia 17 de janeiro, o CIBT – Centro de Incubação de Base Tecnológica do Turismo e a Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril serão palco do BOOST – The Experience, promovido pelo NEST – Centro de Inovação do Turismo, trazendo um foco renovado nas tendências tecnológicas que irão transformar o setor turístico.

Sob o tema “The Experience,” o evento reunirá líderes, especialistas e visionários para explorar, entre outros temas, o impacto da Inteligência Artificial (IA) no turismo, prometendo ainda um dia de imersão em tecnologia, aprendizagem e networking, com painéis de especialistas, keynotes de renome e experiências interativas focadas em inovação e transformação digital.

O grande destaque do BOOST 2025 será o papel da IA na redefinição do turismo. Desde a criação de experiências mais personalizadas para viajantes até à otimização de operações no setor, a IA será tema central de várias sessões, com destaque para “IA para Construção de Marcas”, apresentada por Álvaro Meléndez, cofundador da startup CRANT; e “A IA a Fomentar a Cultura, Apoiada pela Microsoft”, com Manuel Dias, diretor nacional de tecnologia e membro da comissão executiva da Microsoft Portugal.

O evento contará com workshops práticos e apresentações de casos de estudo, incluindo iniciativas de destinos como a cidade de Bergen e o PortAventura World, que ilustram como a IA está a criar novas formas de interagir com viajantes.

Entre os nomes internacionais que irão marcar presença, encontram-se Barry Rogers, chefe da Unidade de Turismo da Cidade de Dublin – cidade que foi recentemente eleita como a Capital Europeia do Turismo Inteligente para o ano de 2024; Álvaro Meléndez, criativo e storyteller que co-fundou a startup de IA CRANT; e inúmeros nacionais como António Sacavém e Ana Sacavém, partners, training managers e consultores na Leadership and Communication Academy, cofundadores da marca Linguagem Corporal; Patrícia Araújo, representante da Biosphere Portugal, entre outros por anunciar.

Além disso, o BOOST 2025 oferece uma agenda abrangente para participantes com diferentes interesses. Na parte da manhã realizar-se-ão sessões sobre tendências futuras, como o impacto da IA e da economia da experiência, além de insights de empresas globais como Google e Mastercard. Na parte da tarde terão lugar painéis sobre destinos sustentáveis, workshops de IA aplicados ao turismo, e experiências imersivas promovidas pela CASMI.

“Com os olhos postos nas tendências atuais, o BOOST pretende, mais uma vez, apoiar o progresso do setor do turismo pela aceleração e reinvenção, discutir caminhos de crescimento e captar bons exemplos nacionais e internacionais para aplicação no tecido empresarial português, afirmando-se como o maior fórum de discussão sobre inovação no setor alguma vez realizado em Portugal”, refere Roberto Antunes, diretor executivo do NEST. “

“O BOOST vai levar-nos numa viagem pelos vários estágios de criação da experiência do consumidor, desde a ideação e comunicação, até à ativação de touch-points phygitais, pesquisa e relações com clientes”, conclui ainda Roberto Antunes.

As inscrições para o evento já estão abertas no site oficial.

A Pipadouro, operadora duriense de turismo fluvial de luxo, atingiu máximos históricos em 2024, registando um aumento de 42% no número de passageiros ao longo dos últimos 12 meses. Pelo segundo ano consecutivo, a operadora celebra um recorde de ocupação, com mais de dois milhares (2.064) de clientes a bordo dos dois iates vintage dos anos 50 e 60: Friendship I e do Pipadouro II.

Relativamente aos mercados, a Pipadouro continua a distinguir-se nos mercados nacionais e internacionais, recebendo turistas de 26 nacionalidades distintas em 2024. Os clientes internacionais garantem predominância (80%) nas viagens a partir do cais do Pinhão, em rotas que podem ir do Porto a Barca D’Alva, e os turistas norte-americanos reforçam a clara posição de liderança, passando de um terço em 2023 para mais de 40% (43,4%) de ocupação no último ano, nos dois iates da operadora, valorizados pelas agências de viagens que trabalham com o mercado de alto rendimento dos Estados Unidos da América.

Norte-americanos, portugueses (20%) e brasileiros (12,9%) ocuparam o pódio entre os clientes dos programas de Vintage Wine Travel da Pipadouro em 2024, destacando-se igualmente a presença de turistas de Reino Unido, Espanha, México, Suíça, Canadá, Índia, França, África do Sul, Austrália, Polónia, Itália, Equador, Rússia, Bélgica, China, Jordânia, Áustria, Alemanha, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, República Checa, Noruega e Singapura.

“2024 foi um ano extraordinário”, admite Ana Clara Silva, diretora de Operações da Pipadouro, salientando, ainda que, ao longo dos últimos meses, “garantimos o aumento de lotação do Friendship I e introduzimos novos programas, sempre com a intenção de oferecer experiências personalizadas, associadas a um serviço de alta qualidade”.

Assim, Ana Clara Silva refere que “continuaremos a inovar em 2025, com sentido de responsabilidade e um desejo inabalável de mostrar ao mundo a incomparável beleza e riqueza do Douro Valley”.

De referir que a Pipadouro realizou um total de 415 programas ao longo do último ano, mais 116 que em 2023, apresentando uma variação positiva de 39%. Os programas exclusivos tailor-made, ao gosto e medida de cada cliente (34%), as partidas regulares (27%) e “Um Dia no Douro” (18%), que consiste em duas horas de navegação com visita e almoço harmonizado em quintas emblemáticas, foram os mais procurados pelos clientes em 2024, cumprindo o propósito de divulgação e valorização dos melhores vinhos e produtos regionais.

No arranque de 2025, os portugueses revelam as principais intenções de consumo para o ano que agora começa, destacando-se a forte aposta nas viagens, que lideram as prioridades de quase metade da população (46%), revelam as conclusões do mais recente inquérito realizado pelo Observador Cetelem sobre as tendências de consumo para os próximos 12 meses.

O estudo revela uma preferência transversal pela ideia de viajar, com especial ênfase entre os mais jovens (18 a 24 anos), que se destacam com uma intenção de 49%. Em termos geográficos, a Área Metropolitana de Lisboa regista a maior proporção de inquiridos com planos de viagens para 2025 (54%), apresentando a região Sul & Ilhas 48% de adeptos desta tendência, seguida da Zona Centro (44%).

De referir que, em segundo lugar nas intenções de consumo dos portugueses para 2025, surge o investimento em renovações e remodelações domésticas, apontado por 29% dos inquiridos, e, em terceiro, a compra de equipamentos eletrónicos e tecnológicos, com 18% dos portugueses a manifestarem este interesse.

Nas posições seguintes surgem intenções de redecorar a casa (14%) e de retomar estudos ou realizar formações (13%).

Ainda de acordo com o estudo, as expetativas para este ano, revelam uma maior confiança e otimismo por parte dos portugueses. A previsão de que 2025 será melhor que 2024 é mencionada por 36% dos inquiridos, enquanto 10% têm uma expectativa ainda mais positiva, acreditando que será “muito melhor”. Este é o resultado mais otimista dos últimos três anos, refletindo um aumento de 5% comparativamente a 2023 e um crescimento de 23% face a 2022.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Espanha, o país recebeu, até novembro de 2024, 88,5 milhões de visitantes que geraram 118 mil milhões de euros de receitas para a economia espanhola, ultrapassando, assim, os resultados alcançados em todo o ano de 2023, exercício em que o setor atingiu 85 milhões de turistas e 108 mil milhões de euros de receitas.

Estes valores representam uma subida de 10,7% face aos números alcançados no acumulado (janeiro – novembro) de 2023, enquanto ao nível das receitas a evolução é de 16,7% face ao período homólogo em análise.

Só em novembro, os dados divulgados pelo INE espanhol mostram que o país vizinha recebeu 5,6 milhões de turistas internacionais, correspondendo a uma subida de 10,3% face ao 11.º mês de 2023, sendo que nas receitas, estas totalizaram 7.709 milhões de euros, ou seja, um crescimento de 16% relativamente a novembro de 2023.

Em novembro, cada visitante gastou, em média, 1.361 euros, mais 5,2% do que no ano passado, refletindo a despesa por dia este crescimento, atingindo 178 euros, um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior. A estada média foi de 7,6 dias, ligeiramente superior à de há um ano, que foi de 7,4.

Em termos de mercados emissores, destaque para o Reino Unido que, em novembro, aumentou 5,5% face a igual mês de 2023, totalizando mais de um milhão de turistas. França aparece em segundo lugar, com mais de 750 mil turistas (+17,4%), seguindo-se a Alemanha com 650 mil turistas (+4,4%).

Na análise mensal, destaque para as subidas de mercados como a Itália (+22%, para 369 mil turistas) e Portugal (+21,4%, para 176 mil turistas) e as descidas da Bélgica (-20,8%).

Já no acumulado do ano (janeiro – novembro 2024), também é o Reino Unido que lidera o ranking, com 17,5 milhões de turistas (+7,1%), seguindo-se a França com 12,2 milhões (+11,5%) e Alemanha com 11,3 milhões (+8,5%).

Portugal aparece, nesta análise anual, com um crescimento de 7,5%, o que perfaz um total de 2,76 milhões de turistas portugueses a visitarem Espanha neste período.

Por gastos, os cidadãos do Reino Unido gastaram 1.161 milhões de euros, em novembro, um aumento de 8,7% face a igual mês de 2023. O segundo país em termos de gastos foi a Alemanha, cujos nacionais gastaram 957 milhões de euros nas suas férias em Espanha, um aumento de 20,2% em relação a novembro de 2023. Em terceiro lugar aparece a França, com uma despesa de 582 milhões de euros e um crescimento homólogo de 22%, o que coloca o país como o mercado com o maior aumento percentual de gastos neste mês entre os principais países.

As Ilhas Canárias foram o principal destino dos turistas, em novembro, com 25,6% do total. Seguiram-se a Catalunha (22,2%) e a Andaluzia (13,7%). As Ilhas Canárias receberam mais 8,6% de turistas do que em novembro de 2023, totalizando no mês 1,4 milhões de turistas. O número de turistas que visitaram a Catalunha aumentou 9,7%, totalizando 1,3 milhões de turistas, e mais 8,7% de turistas viajaram até à Andaluzia, perfazendo um total de mais de 777 mil turistas.

Já nos primeiros 11 meses de 2024, a liderança pertence à Catalunha, com 18,7 milhões de turistas (´9,9%), seguindo-se as Ilhas Baleares, com 15,1 milhões (+6,1%) e as Ilhas Canárias, com 13,8 milhões (+9,6%).

Profissionais do setor do turismo discutiram a importância da participação tunisina em exposições e feiras internacionais, a fim de promover o destino Tunísia, impulsionar os investimentos no setor do turismo e divulgar novos programas turísticos que visam o desenvolvimento de um turismo sustentável e responsável. Estas incluem, nomeadamente, a Rota Culinária, a Rota Cinematográfica, a Rota da UNESCO.

Além disso, apelaram à melhor coordenação possível com todas as partes interessadas, incluindo as delegações diplomáticas e as estruturas tunisinas no estrangeiro, a fim de garantir a influência da imagem da Tunísia no estrangeiro.

No entanto, a recuperação do setor do turismo tunisino continua a surpreender. A progressão observada pode ser explicada por vários fatores. A nova estabilidade política, combinada com uma campanha agressiva de promoção do turismo internacional, deu frutos visivelmente. Os turistas, seduzidos pelas riquezas culturais e naturais da Tunísia, responderam em número crescente.

Os profissionais do setor acolhem favoravelmente os indicadores encorajadores do turismo, embora permaneçam cautelosos quanto ao futuro. Os desafios continuam a ser numerosos, incluindo o aumento da concorrência de destinos turísticos rivais e a incerteza económica global. No entanto, as perspectivas a médio prazo parecem bastante favoráveis.

Ahmed Bettaieb, presidente da Federação Tunisina de Agências de Viagens (FTAV) especificou em entrevista ao Africanmanager que a maioria das zonas turísticas registou uma recuperação notável, coincidindo nomeadamente com as férias escolares e o final do ano administrativo, voltando a garantir que o sul da Tunísia está a registar afluxos significativos.

No mesmo contexto, Bettaieb sublinhou que várias outras zonas turísticas, seja em Hammamet, Mahdia, Sousse ou Monastir também registam um aumento no número de chegadas, o que confirma a boa recuperação do setor do turismo tunisino.