Reclamações de transporte aéreo aumentam mas companhias nacionais somam menos queixas
De acordo com a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), no primeiro semestre do ano passado, as reclamações dos passageiros do transporte aéreo aumentaram 1,5%, totalizando 9.493 queixas, ainda que as relativas a companhias aéreas nacionais tenham diminuído.
Publituris
No primeiro semestre do ano passado, as reclamações dos passageiros do transporte aéreo aumentaram 1,5%, totalizando 9.493 queixas, de acordo com a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que assinala que, apesar de terem estabilizado, estas reclamações têm “diferenças nas suas naturezas”.
No relatório das reclamações relativo ao primeiro semestre do ano passado, a ANAC indica que as 9.493 queixas recebidas representam um aumento de 1,5% face ao mesmo período de 2023, o que foi “consistente com o aumento registado a nível de passageiros (5,5%)”.
Quanto às diferenças face a outros anos, o regulador assinala que as companhias aéreas nacionais registaram uma diminuição de 21,1% no número de reclamações em comparação com os primeiros seis meses de 2023, enquanto as reclamações de companhias aéreas estrangeiras aumentaram 24,5% em termos homólogos.
A ANAC aponta igualmente um crescimento mais acentuado nas reclamações relativas aos gestores aeroportuários e aos prestadores de serviços de assistência em escala, que subiram 95,2% e 208%, respetivamente.
No que diz respeito às companhias aéreas, a TAP liderou no número de reclamações, contabilizando 3.691 queixas, o que traduz uma descida de 36,2% face às 5.781 reclamações apuradas em período homólogo de 2023.
Tal como a TAP, também a Ryanair registou uma diminuição no total de queixas contabilizadas, somando 984 queixas, o que indica uma descida de 15,2% face ao mesmo período do ano anterior.
Em sentido contrário esteve a easyJet, que registou um aumento de 58,6% no número de queixas apresentadas no primeiro semestre de 2024, para um total de 839 reclamações.
Já o Aeroporto de Lisboa motivou 346 reclamações, o que indica um aumento de 64,8% face às 210 queixas apresentadas no mesmo período de 2023, enquanto no Aeroporto do Porto houve um aumento de 180,6%, de 31 para 87 reclamações.
Os serviços de handling foram igualmente responsáveis por várias reclamações, com a Portway e a Groundforce a apresentarem ambas um aumento das queixas, que chegou aos 389,3% no caso da Portway, que contabilizou 504 reclamações, e aos 68,7% na Groundforce, cujo total de queixas foi de 226.
A ANAC destaca ainda que, em termos homólogos, as queixas por cancelamento ou atrasos e perda de ligação de voos e reembolso diminuíram 29,8%, ainda que as reclamações relacionadas com atrasos de voos, problemas com bagagem e recusa de embarque tenham apresentado aumentos entre os 26,8% e os 47,8%.
As reclamações relacionadas com os controlos de segurança, serviço a bordo ou condições de segurança também aumentaram 134,4%, 46,7% e 118,8%, respetivamente, ainda que continuem a ter, segundo a ANAC, um peso reduzido no total de reclamações registadas.