Companhias aéreas pagarão mais 234 milhões de euros pelo uso de SAF em Espanha
De acordo com as contas efetuadas pela Asociación de Líneas Aéreas (ALA) espanhola, as companhias aéreas terão, em 2025, um custo suplementar de 234 milhões de euros devido à utilização de SAF.
Victor Jorge
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As companhias aéreas pagarão um custo adicional de 234,2 milhões de euros, em 2025, pela utilização de 2% de combustível de aviação sustentável (SAF), em Espanha, apelando a Asociación de Líneas Aéreas (ALA) a “incentivos à produção para aumentar o seu desenvolvimento e reduzir o seu diferencial de preço em relação ao combustível convencional”.
“Estamos empenhados no SAF como a solução mais eficaz a curto prazo para promover a sustentabilidade no setor da aviação, mas atualmente é um produto subdesenvolvido e o seu preço é elevado, entre 3 e 6 vezes mais caro do que o combustível convencional, pelo que a sua utilização aumentará consideravelmente os custos das companhias aéreas”, afirma o presidente da ALA, Javier Gándara, no site da associação.
Assim, Gándara exige a criação de “incentivos à sua produção [SAF] o mais rapidamente possível” para atenuar este aumento nos preços.
Recorde-se que este ano de 2025 marca o início da implementação do mandato de Bruxelas conhecido como “ReFuelEU Aviation”, que estabelece quotas para a utilização de SAF que variam entre 2%, em 2025, e 70%, em 2050.
Só neste ano de 2025, a fatura total pela utilização de 2% de SAF em Espanha será, pelas contas da ALA, de pouco mais de 332 milhões de euros, um valor que aumentará à medida que a quota deste combustível sustentável for progressivamente aumentada, especialmente quando for introduzida a utilização de SAF sintético ou eSAF, criado a partir de energias renováveis.
E, de acordo com as contas efetuadas pela ALA, o custo adicional para as companhias aéreas da UE, em 2030, quando a quota de SAF aumentar para 6% e for introduzido 1,2% de SAF sintético, ascenderá a cerca de 9,5 mil milhões de euros.
“É necessário que o governo apoie o transporte aéreo na sua transição ecológica, uma vez que se trata de um setor difícil de descarbonizar. É por isso que devem ser encorajadas as soluções que tornam possível esta transição, entre as quais a SAF”, refere Gándara.
Além disso, o presidente da ALA conclui que “o desenvolvimento do SAF é uma oportunidade para o país que vai para além do setor do transporte aéreo, uma vez que favorecerá a reindustrialização, a independência energética de Espanha e, se for bem feito, poderá tornar-se um país exportador global”.