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Em setembro, proveitos no turismo sobem a duplo dígito face 2019

A atividade turística em Portugal continua a recuperar. Prova disso, são os números avançados pelo INE relativamente ao mês de setembro, colocando-o acima de 2021 e, mais importante, de 2019. Mas não é somente na comparação mensal que Portugal apresenta bons números. No trimestre e no acumulado dos nove meses de 2022, os proveitos também estão acima do melhor ano na atividade turística no nosso país.

Victor Jorge
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Em setembro, proveitos no turismo sobem a duplo dígito face 2019

A atividade turística em Portugal continua a recuperar. Prova disso, são os números avançados pelo INE relativamente ao mês de setembro, colocando-o acima de 2021 e, mais importante, de 2019. Mas não é somente na comparação mensal que Portugal apresenta bons números. No trimestre e no acumulado dos nove meses de 2022, os proveitos também estão acima do melhor ano na atividade turística no nosso país.

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De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, 14 de novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os proveitos totais da atividade turística aumentaram, em setembro, 70,3% face a igual período de 2021, atingindo 608,2 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento atingiram 469,2 milhões de euros, refletindo um crescimento de 74,5% face a período homólogo do ano passado.

Comparando com setembro de 2019, o INE aponta aumentos de 21,3% e 22,5%, nos proveitos totais e de aposento, respetivamente.

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O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 78 euros, em setembro, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 115,6 euros (+62,6% e +26,5% face a setembro de 2021, respetivamente). Em relação a setembro de 2019, o RevPAR aumentou 17,7% e o ADR cresceu 18,9%.

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Estes valores vêm na sequência de no nono mês de 2022, o setor do alojamento turístico ter registado 2,9 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas, correspondendo a variações, face ao mesmo mês de 2021, de +41,3% e +37,4%, respetivamente (+33,2% e +32,3% em agosto, pela mesma ordem).

Já comparando com setembro de 2019, o INE indica crescimentos de 0,2% e 0,7%, respetivamente.

Trimestre (também) acima de 2019
Na análise trimestral, o INE refere que no 3.º trimestre deste ano as dormidas aumentaram 48,8% face a igual trimestre de 2021. Já comparado com o 3.º trimestre de 2019, o crescimento foi de 2,9%.

As dormidas de residentes diminuíram 3,6% em comparação com igual período de 2021, para, face ao 3.º trimestre de 2019, a evolução apontada ser de 10,8%. As dormidas de não residentes, por sua vez, cresceram 108,3% face a igual período de 2021, mas desceram 0,8% quando comparadas com o 3.º trimestre de 2019.

Neste trimestre, os proveitos totais aumentaram 78,1% (+24,4% em relação ao 3.º trimestre de 2019) e os relativos a aposento cresceram 81,2% (+25,2% comparando com o 3.º trimestre de 2019).

Já no acumulado dos primeiros nove meses de 2022, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), o INE contabiliza 22,6 milhões de hóspedes e 61,3 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 105,1% e 103,7%, respetivamente, face a igual período de 2021.

Quando comparado com os primeiros nove meses de 2019, os números de 2022 mostram que as dormidas diminuíram 2,6% (+4,6% nos residentes e -6,3% nos não residentes).

Mercado externo regressa em força, mas fica abaixo de 2019
Em setembro, o mercado interno contribuiu com 2,4 milhões de dormidas, tendo diminuído 3,1% face a igual período de 2021, enquanto os mercados externos predominaram (peso de 68,2%) e totalizaram 5,2 milhões de dormidas, correspondendo a uma subida de 70,7% face a período homólogo de 2021.

Comparando com setembro de 2019, as dormidas de residentes aumentaram 10% enquanto as de não residentes diminuíram 3,2%.

Já no 3.º trimestre de 2022, as dormidas de residentes diminuíram 3,6% face ao mesmo trimestre de 2021, mas subiram 10,8% em relação ao 3.º trimestre de 2019), enquanto as de não residentes cresceram 108,3% face ao terceiro trimestre 2021, ficando, contudo, 0,8% abaixo das do 3.º trimestre de 2019.

No conjunto dos primeiros nove meses de 2022, as dormidas em alojamento turístico aumentaram 113face a 2021% (+27,3% nos residentes e +222,3% nos não residentes). Já comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 2,4%, como consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-7%), dado que as de residentes cresceram 8%.

Não residentes penalizam dormidas no Algarve, Alentejo e Centro face a 2019
Em setembro, o Algarve concentrou 30,4% das dormidas, seguindo-se Lisboa (24,5%) e o Norte (16,2%).

Registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões, mais expressivos em Lisboa (+77,6%), no Norte (+48,8%) e no Centro (+28,6%).

Contudo, quando comparado com setembro de 2019, apenas o Algarve e o Centro registaram decréscimos (-9,2% e -3,3%, respetivamente). Os maiores aumentos ocorreram na Madeira (+17,0%), seguindo-se o Norte (+8,7%) e os Açores (+8,2%). Relativamente às dormidas de residentes, observaram-se aumentos em todas as regiões, destacando-se a Madeira (+64,3%), Lisboa (+13%) e Alentejo (+11%).

As dormidas de não residentes aumentaram nos Açores (+12,5%), Madeira (+8,8%), Norte (+8,6%) e Lisboa (+0,8%), tendo-se observado diminuições no Centro (-15,4%), Algarve (-13,2%) e Alentejo (-5,9%).

Por municípios, em setembro de 2022, Lisboa atingiu 1,4 milhões de dormidas (quota de 18% do total). Comparando com setembro de 2019, as dormidas aumentaram 3,6% (+11,4% nos residentes e +2,4% nos não residentes).

Em Albufeira, registaram-se 886,6 mil dormidas (peso de 11,6% do total), o que representa uma redução de 13,8% face a setembro de 2019 (-5,8% nos residentes e -16,4% nos não residentes).

O Funchal representou 7% do total de dormidas (540,7 mil), um acréscimo de 16,5% (+77,5% nos residentes e +8,9% nos não residentes) em comparação com setembro de 2019.

No Porto (6,8% do total), registaram-se 518,3 mil dormidas em setembro, que se traduziram num crescimento de 9,7% face ao mesmo mês de 2019 (+7,5% nos residentes e +10,1% nos não residentes).

No conjunto dos primeiros nove meses de 2022, face a igual período de 2019, o município de Lisboa registou uma diminuição de 7% (-0,6% nos residentes e -8,1% nos não residentes). No município de Albufeira, as dormidas decresceram 16,5% (-10,2% nos residentes e -18,4% nos não residentes), enquanto no Funchal verificou-se um aumento de 9,5% (+77% nos residentes e +1,3% nos não residentes) e no Porto uma evolução de 2,9% (+6,4% nos residentes e +2,2% nos não residentes).

Acumulado do ano em alta
Nos proveitos totais, o terceiro trimestre de 2022 dita um aumento de 78,1% face a mesmo trimestre de 2021, registando-se uma subida de 24,4% em relação ao 3.º trimestre de 2019). Relativamente aos aposentos, os proveitos aumentaram 81,2% em comparação com igual período de 2021, e +25,2% face ao 3.º trimestre de 2019).

No conjunto dos primeiros nove meses de 2022, o INE revela que os proveitos totais cresceram 143% e os relativos a aposento aumentaram 144,1% face aos mesmos nove meses de 2021.

Comparando com igual período de 2019, verificaram-se aumentos de 14,3% e 15,4%,

respetivamente.

Nos primeiros nove meses de 2022, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.

Comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 13% e os de aposento cresceram 14,2% (pela mesma ordem, pesos de 87,2% e 85,5% no total do alojamento turístico).

Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,7% e 10,3%), registaram-se subidas de 11,6% e 12,6%, e no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 4% e 4,2%, respetivamente) os aumentos atingiram 62,8% e 60,5%, pela mesma ordem.

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Lucros da Delta Air Lines caem 25% em 2024

Os resultados líquidos consolidados da Delta Air Lines caíram 25% para 3.457 milhões de dólares (cerca de 3.354 milhões de euros) em 2024.

Em comunicado, a Delta deu conta de que, no ano passado, as suas receitas totalizaram cerca de 61,6 mil milhões de dólares (cerca de 59,7 mil milhões de euros), aumentando 6% em relação a 2023.

“Durante os meses de novembro e dezembro, a Delta teve quatro dos 10 melhores dias de receita da história da empresa e um crescimento de dois dígitos em reservas em dinheiro, impulsionado por viajantes a lazer e corporativos”, indicou a companhia aérea.

Assim, os lucros da companhia aérea norte-americana registaram uma quebra de 25% para 3.457 milhões de dólares (3.354 milhões de euros) em 2024, apesar de um último trimestre que assistiu a uma retoma do negócio, revela a Delta Air Lines.

No último trimestre do ano passado, os lucros da Delta foram de 843 milhões de dólares (cerca de 818 milhões de euros), uma redução de 59% em relação ao mesmo período de 2023.

“À medida que avançamos para 2025, esperamos que a forte procura por viagens continue, com os consumidores em busca cada vez mais dos produtos e experiências ‘premium’ [de alto valor] que a Delta oferece”, refere o CEO da companhia, Ed Bastian.

O grupo espera crescer, no primeiro trimestre deste ano, entre 7% e 9% em termos de receitas.

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IA, inovação e sustentabilidade no centro da FITURTechY

A FITURTechY, área especializada na tecnologia na feira de Madrid, centrar-se-á em temas como a Inteligência Artificial, a inovação e a sustentabilidade, com a presença de diversos especialistas mundiais.

tagsFITUR

De 22 a 24 de janeiro, a FITURTechY irá explorar a forma como os avanços tecnológicos estão a moldar o futuro do turismo, destacando o papel da Inteligência Artificial (IA) e da inovação na transformação das experiências de viagem. A 17.ª do fórum analisará também a forma como a tecnologia permite manter viva a “magia” do turismo, criando experiências memoráveis que perduram para sempre.

Este fórum centrar-se-á em fornecer as chaves para uma gestão inovadora dos destinos, explorando o modo como a tecnologia pode transformar a forma como se promove, gere e vive os destinos do futuro. “Através da integração da tecnologia com os serviços, serão analisadas estratégias para criar destinos mais eficientes, amigos do turista e sustentáveis”, refere a organização da feira, em comunicado.

O espaço apresentará discussões sobre como a tecnologia pode contribuir para a criação de um turismo mais sustentável, abordando questões-chave, como a eficiência na gestão de recursos, a redução da pegada ambiental e a geração de impactos positivos nas comunidades locais. Os diversos especialistas irão analisar estratégias como a circularidade e a gestão de resíduos alimentares no setor, bem como o papel crucial das empresas e dos viajantes na condução de uma mudança para práticas mais responsáveis.

Além disso, serão debatidos os Smart Tourism Destinations (STD) e as oportunidades oferecidas pela tecnologia para enriquecer a experiência do viajante, explorando-se, igualmente, os desafios do marketing turístico e a forma como a inovação digital e a IA podem dar visibilidade à riqueza cultural e social de cada destino.

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FlyAngola deixa de voar para São Tomé

Menos de um ano após o início da operação, a FlyAngola anuncia o fim dos voos entre Luanda e São Tomé.

Com 1.700 passageiros transportados e 56 voos realizados em 2024, a FlyAngola anunciou o final da sua rota entre Luanda e São Tomé.

Inaugurada em vevereiro de 2024 com duas frequências semanais, esta ligação simbolizou um passo importante para a expansão internacional da companhia e na união entre os países-irmãos Angola e São Tomé e Príncipe.

No entanto, a companhia informa que “o aumento recente das taxas aeroportuárias em São Tomé, somado a outros custos operacionais elevados e muito acima da média, impossibilitaram a comercialização de tarifas competitivas entre as duas capitais”.

Perante esta nova conjuntura, a FlyAngola diz-se “obrigada” a tomar a “difícil decisão” de suspender a operação da rota Luanda-São Tomé.

A companhia revela que irá “redirecionar os seus esforços para a expansão internacional no sul do continente africano, com destaque para a certificação e abertura do aeroporto da Catumbela, em Benguela, às ligações internacionais”.

O primeiro destino desta nova fase será Windhoek, capital da Namíbia, um país que, segundo a FlyAngola, “tem investido significativamente na criação de condições favoráveis para as companhias aéreas operarem, promovendo o turismo e o desenvolvimento económico”.

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CTP apresenta nova campanha transversal que dá voz às pessoas

“Eu Conto com o Turismo” é a nova campanha da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que conta com o apoio do Turismo de Portugal, e que pretende dar voz às pessoas “anónimas” que beneficiam da atividade do turismo.

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) lançou, com o apoio do Turismo de Portugal, a campanha “Eu Conto com o Turismo”, projeto que pretende dar voz a pessoas, mais e menos conhecidas, das mais variadas atividades e regiões, que, de alguma forma, beneficiam do turismo.

Na apresentação da campanha, que decorrerá até 13 de março, Francisco Calheiros, presidente da CTP começou por referir a importância do setor para a economia nacional, recordando que as estatísticas apontam para que, em 2024, “mais de metade do crescimento do Produto Interno Brito (PIB) se deveu exclusivamente ao turismo”.

O presidente da CTP recordou estes números, admitindo que, face aos mesmos, “não seria necessário realizar uma campanha destas”, frisando que, no país, “gostamos muito de enaltecer as partes negativas”, reforçando que “esta campanha nasce da necessidade de informar a sociedade sobre a relevância do Turismo para o nosso país, apresentando testemunhos reais que ilustram como o setor transforma vidas e comunidades”.

Francisco Calheiro aproveitou ainda para referir que a campanha agora apresentada já tinha sido aprovada pelo anterior Governo que, entretanto, caiu e que, após a tomada de posse do novo Executivo, foi apresentada ao mesmo que, “desde a primeira hora, a apoiou”, concluindo que “isto mostra a transversalidade da campanha”.

Francisco Calheiros aproveitou ainda para salientar que é “importante desmitificar a ideia de que existe excesso de Turismo no nosso país. Não há Turismo a mais. Há sim economia a menos e a necessidade de uma gestão mais eficaz do território”.

Já Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal (TdP), referiu que a campanha, desenvolvida pela consultora BDC-Empower to Lead, se foca “verdadeiramente naquilo que é essencial para o turismo, ou seja, nas pessoas”. Nas palavras do presidente do TdP, “o turismo é tão bom quanto melhor for para as pessoas, porque o turismo, enquanto atividade económica, o fim último que tem é ver a capacidade de entregar valor à economia e às pessoas”.

Por isso, Carlos Abade considera esta iniciativa “particularmente importante”, porque “dá voz a quem vê no turismo uma forma de construir a sua vida e de criar valor”, combatendo, ao mesmo tempo, “algumas perceções erradas que existem relativamente ao turismo”.

Por fim, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), iniciou a sua intervenção salientando que “Eu Conto com o Turismo” é “mais do que um statement, é mais do que uma comunicação, é um grande desafio para um país perceber e saber que pode e deve contar com o turismo para não só crescer e desenvolver-se, mas mais do que isso, para ser um país mais justo, mais moderno, mais contemporâneo, mais competitivo e mais atrativo”.

Pedro Machado fez ainda referência ao que o presidente da CTP admitira ser “a melhor Parceria Público-Privada do país”, recordando que a apresentação da atual campanha é a segunda iniciativa entre o público e o privado, depois de a 19 de dezembro ter sido lançado um programa que pretende preparar a comunidade imigrante para uma melhor integração no setor do turismo, envolvendo o Turismo de Portugal, Agência para a Integração, Migrações e Asilo(AIMA) e Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

Pedro Machado salientou ainda que “a característica única que Portugal tem nos seus ativos estratégicos, que são 10, está na hospitalidade dos portugueses e portuguesas talvez uma das melhores e mais poderosas características de um destino que pretende ser cada vez mais global”.

No final houve ainda tempo para ver e ouvir uma mensagem do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que frisou que “o turismo é uma exportação e as pessoas muitas vezes não têm noção disso”. Por isso, concluiu que “precisamos de investir mais e exportar mais, e o turismo é uma forma de o fazer”.

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“É importante equilibrar os fluxos turísticos entre regiões e melhorar as infraestruturas de transporte”, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal 

Terminado 2024 e iniciado 2025, é tempo de fazer balanços e “tentar” prever o que será um novo ano. O presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, afirma que, em 2024, “consolidámos a posição de Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos a nível internacional”. Para 2025, antevendo “mais um ano de crescimento no turismo”, os principais desafios para o setor do turismo, a nível global, estão centrados na “sustentabilidade ambiental”, enquanto a nível nacional incluem a “mobilidade e a coesão territorial”.

Na opinião do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, 2024 foi um ano de consolidação da posição de Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos a nível internacional, embora reconheça que “há sempre mais a fazer”. Além da sustentabilidade ambiental, Carlos Abade aponta ainda a mobilidade e a coesão territorial como principais desafios para o ano que agora começa. Certo é que “Portugal está a posicionar-se como um destino de excelência” e que, em breve, se conhecerá a nova Estratégia 2035.

Que balanço faz do ano 2024 e o que faltou concretizar no setor do turismo neste ano que terminou?
O setor do turismo, é um setor dinâmico, onde a melhoria contínua é essencial para manter a competitividade e responder às novas exigências dos mercados e dos visitantes.

Em 2024, o Turismo de Portugal reforçou o compromisso com áreas prioritárias, mas há sempre mais a fazer. A valorização da formação turística é um exemplo claro disso: temos de continuar a capacitar os nossos profissionais, proporcionando-lhes ferramentas para oferecer um serviço de excelência e adaptado às novas tendências. Formação, sempre mais e melhor, é fundamental para garantir que Portugal continua a liderar enquanto destino de referência.

A transição digital no setor do turismo também é uma prioridade que exige atenção constante. A integração de tecnologia na experiência do visitante, na gestão das operações e na promoção do destino é uma jornada em curso, que tem o potencial de nos posicionar ainda melhor no cenário global.

Por fim, a sustentabilidade ambiental é um compromisso que atravessa todas as nossas ações. É um processo contínuo, que exige trabalho contínuo para equilibrar o crescimento do setor com a preservação do nosso património natural e cultural. É uma jornada para os próximos anos, mas estamos determinados a fazer a diferença.

Portanto, o que faltou concretizar não é um ponto final, mas sim uma lembrança de que há sempre mais para melhorar e inovar, com os olhos postos num futuro cada vez mais sustentável e inclusivo, com o qual o Turismo de Portugal está comprometido.

O que destacaria neste ano de 2024 no setor do turismo em termos de posicionamento de Portugal a nível internacional?
Em 2024, consolidámos a posição de Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos a nível internacional, continuando a demonstrar a nossa capacidade de atrair visitantes de diferentes geografias. O foco do Turismo de Portugal esteve em diversificar tanto os produtos turísticos como os mercados emissores, reforçando a nossa oferta com experiências únicas como são os casos do Enoturismo, do turismo desportivo, do turismo literário e muitos outros.

Portugal foi ainda distinguido com importantes prémios internacionais, como o caso do Melhor destino de Golfe, Praia e Enoturismo do mundo. Estes prémios reconhecem a qualidade do nosso destino, a hospitalidade portuguesa e o compromisso com a sustentabilidade, reforçando o trabalho do Turismo de Portugal e reafirmando Portugal como uma referência no turismo global.

Como antevê o ano de 2025 em termos económicos e turísticos?
O ano de 2025 será mais um ano de crescimento no turismo, apesar dos desafios que seguramente vão existir, como existem todos anos.

Face às incertezas, os dados económicos apontam para que 2025 seja um ano de crescimento, o que também se refletirá no setor turístico.

Quais os principais desafios para o setor do turismo em 2025 a nível global e, particularmente, a nível nacional?
Os principais desafios para o setor do turismo em 2025, a nível global, estão centrados na sustentabilidade ambiental. As mudanças climáticas e a necessidade de reduzir o impacto ambiental do turismo são questões prementes que exigem ações coordenadas a nível global. A transição para práticas mais sustentáveis, tanto em termos de gestão de resíduos como de energias renováveis, será essencial para garantir que o crescimento do setor não prejudique o meio ambiente e as comunidades locais.

A nível nacional, os principais desafios incluem a mobilidade e a coesão territorial. Apesar de Portugal se destacar como destino turístico, é importante equilibrar os fluxos turísticos entre regiões e melhorar as infraestruturas de transporte. O objetivo é contribuir para que o crescimento do turismo possa beneficiar de forma equitativa todas as regiões, todos os territórios. Refiro estes aspetos porque foram alguns dos que foram discutidos nas sete sessões já promovidas pelo Turismo de Portugal e que reuniram contributos para a concretização da Estratégia do Turismo em Portugal para a próxima década, 2025-2035.

Que acontecimentos poderão impactar ou ter mais influência (positiva e/ou negativa) na performance do turismo em Portugal?
No contexto volátil em que nos inserimos, programas estratégicos que o Turismo de Portugal tem vindo a implementar assumem um papel essencial e que influenciam diretamente na indústria do turismo. O PET 360, por exemplo, promove a transição ecológica e digital no setor, apoiando empresas turísticas na redução de emissões e na adoção de práticas mais sustentáveis. Outro programa de destaque é o Revive, que requalifica património histórico, gerando novas experiências turísticas de qualidade e aumentando o valor cultural associado ao destino.

As diversas linhas de apoio ao turismo têm permitido incentivar projetos que fortalecem a coesão territorial e a diversificação da oferta, contribuindo para o desenvolvimento equilibrado de todas as regiões. Estas iniciativas ajudam a equilibrar os fluxos turísticos, promovendo regiões menos exploradas e garantindo que os benefícios do turismo se espalhem por todo o país.

Com uma estratégia clara e integrada, Portugal está a posicionar-se como um destino de excelência, bem como um exemplo de sustentabilidade e inovação no setor turístico global. Estes esforços são essenciais para enfrentar os desafios futuros e consolidar a reputação do país como um dos principais destinos mundiais.

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Nova Edição: O que foi 2024 e o que será 2025

A primeira edição do jornal Publituris do ano faz um extenso balanço de 2024 e perspectiva 2025 com a colaboração de diversos profissionais do setor do turismo em Portugal. Além disso, viajámos até Huelva e Maria Valcarce, diretora da FITUR, fala sobre o que esperar da 45.ª edição da feira que realiza de 22 a 26 de janeiro, em Madrid.

Embora ainda não sejam conhecidos os dados oficiais finais, as perspectivas apontam para que 2024 termine com os objetivos da “Estratégia 2027” alcançados e (mais) um ano de novos recordes.

Certo é que os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao mês de novembro, colocam o turismo português com 29.733.143 hóspedes e 76.143.476 de dormidas. Ou seja, caso se alcancem, em dezembro de 2024, os números de igual mês de 2023, o turismo, em Portugal, terminará o ano com mais de 31 milhões de hóspedes e ultrapassar-se-á as 80 milhões de dormidas.

Assim, 2025 conhecerá uma nova definição da estratégia para o turismo em Portugal.

Os/As profissionais do setor ouvidos pelo Publituris para este “Balanço 2024 e Perspectivas 2025” apontam o bom ano que a atividade turística teve no nosso país, reconhecendo que os desafios permanecem, mantendo-se otimistas quanto ao ano que agora se inicia, apesar de alguns fatores externos que podem vir a impactar o turismo em Portugal.

Ouvidos foram Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal; Francisco Calheiros, presidente da CTP; Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT; Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP; António Marques Vidal, presidente da APECATE; Berta Cabral, secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores; José Santos, presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo; André Gomes, presidente do Turismo do Algarve; Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo do Centro; Carla Salsinha, presidente do Turismo de Lisboa; Eduardo Jesus, secretário Regional de Economia, Turismo e Cultura da Madeira; Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte; Jorge Costa, presidente do IPDT; Vasco Pinheiro, CEO da Go4Travel; Jon Arriaga, presidente da DITGéstion; Ricardo Teles, diretor Operacional da Bestravel; Paulo Mendes, diretor de Contratação e Produto do Grupo GEA; Luís Henriques, que respondeu ainda como diretor-geral da Airmet; Adriano Portugal, diretor-geral do Mercado das Viagens; Paulo Geisler, presidente da RENA; Nikos Mertzanidis, diretor para os Assuntos Governamentais e Europeus da CLIA; Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da ARAC; TAP Air Portugal; José Lopes, country manager da easyJet para Portugal; David Quito, country manager da Emirates em Portugal; Laurent Perrier, diretor-geral da Air France-KLM para Espanha e Portugal; Nicolas Henin, Chief Commercial Officer da Transavia France; Matteo Curcio, Vice-Presidente sénior para a região EMEAI da Delta Air Lines; Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros Portugal; Francisco Teixeira, diretor-geral da Melair Cruzeiros; Jorge Serrano, diretor Comercial da Costa Cruzeiros para Espanha e Portugal; Duarte Guedes, CEO da Hertz Portugal; e Isabel Martinez, Head of Country em Portugal, Iberia Deputy Manager Director e Iberia Commercial Director da Europcar.

Ainda em 2024 e depois da realização do 49.º Congresso da APAVT, o jornal Publituris foi convidado para se juntar a uma famtrip pela província de Huelva que, por estar mesmo juntinha ao Algarve, passa muitas vezes despercebida. No entanto, tem muito para oferecer em termos turísticos. A viagem foi curta, durou apenas três dias, no entanto, tanto os agentes de viagens como os jornalistas que aceitaram o convite do Turismo da Província de Huelva, com o apoio da APAVT, ficaram surpreendidos com a diversidade das propostas.

Antes do arranque da 45.ª edição da FITUR, que se realiza de 22 a 26 de janeiro, em Madrid, o Publituris conversou com Maria Valcarce, diretora da Feira, que admitiu que “o setor do turismo está a passar por uma transformação e qualquer mudança é uma oportunidade para crescer e inovar”. Por isso, além de salientar que a feira “tem um papel fundamental na definição do futuro da indústria global de viagens e turismo”, o objetivo da FITUR é “dar algumas respostas”.

Além do “Check-in”, as opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Ricardo Bonacho (Faculdade de Ciências Sociais e Tecnologia da Universidade Europeia), Sílvia Dias (Savoy Signature) e João Ferreira da Silva (cleanup).

Leia a edição completa aqui.

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Portugal com um dos passaportes mais fortes em 2025

Todos os anos, o Henley Passport Index analisa os passaportes mais “poderosos” do mundo que permitem viajar sem necessidade de visto. Portugal continua numa posição de topo.

O “Passport Index 2025” da Henley & Partners volta a classificar os 199 passaportes com base no número de destinos a que dão acesso sem visto, utilizando dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).

Singapura volta a liderar o ranking com o passaporte a dar acesso, sem visto, a 195 de um total de 227 países.

Portugal surge em 5.º lugar no ranking, indicando o índice que o passaporte português dá acesso a 190 países sem necessidade de visto, ocupando o nosso país este lugar ex aequo com a Bélgica, Nova Zelândia, Suíça e Reino Unido.

À frente de Portugal surge uma lista de 15 países liderado por Singapura, com o Top 3 a incluir ainda o Japão (2.º lugar), Finlândia, França, Alemanha, Itália, Coreia do Sul e Espanha (3.º lugar).

Refira-se que os Estados Unidos da América (EUA) ocupam o 9.º lugar a nível mundial – atrás de países como Malta, Chéquia ou Hungria – com acesso a 186 destinos sem necessidade de visto. O índice revela que os EUA registaram a segunda maior queda (depois da Venezuela) entre 2015 e 2025. Em 2015, ocupava o segundo lugar.

Apenas os passaportes de 22 países desceram na classificação durante a última década.

Curiosamente, os cidadãos dos EUA são o maior grupo demográfico a candidatar-se a residência alternativa e cidadania, representando 21% de todas as candidaturas a programas de migração de investimento, salientando a Henley & Partners que a migração de património é uma tendência crescente a nível mundial, prevendo que aumente em 2025.

“Mesmo antes do advento de uma segunda presidência Trump, as tendências políticas americanas tinham-se tornado notavelmente viradas para dentro e isolacionistas”, refere Annie Pforzheimer, Senior partner do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

“Embora a saúde económica dos EUA dependa fortemente da imigração, do turismo e do comércio, os eleitores durante a campanha presidencial de 2024 foram alimentados com uma narrativa de que a América pode (e deve) ficar sozinha. Em última análise, se as tarifas e as deportações forem os instrumentos políticos por defeito da administração Trump, não só os EUA continuarão a diminuir no índice de mobilidade numa base comparativa, como provavelmente também o farão em termos absolutos. Esta tendência, em conjunto com a maior abertura da China, dará provavelmente origem a um maior domínio do soft power da Ásia a nível mundial”, conclui Pforzheimer.

Do lado oposto, o Afeganistão ocupa o último lugar da lista global, em 106º lugar, podendo visitar apenas 26 destinos sem visto. Ou sejam, em comparação, os cidadãos de Singapura, no topo da lista, podem visitar mais 169 destinos sem visto do que os afegãos.

A Síria ocupa o 105º lugar, com acesso a 27 destinos; o Iraque é o penúltimo, com 31 destinos; o Iémen e o Paquistão partilham o 103º lugar, com acesso a 33 destinos sem visto; e em 102º lugar está a Somália, com acesso sem visto a 35 destinos.

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Lisboa em destaque como um dos “destinos tendência” para 2025, diz a Mabrian

Para o primeiro semestre de 2025, a Mabrian aponta a região da Ásia como a mais procurada pelo turismo internacional. Apesar de a Europa ser das regiões a registar crescimentos mais modestos, a procura por Lisboa mantém-se em alta.

De acordo com uma análise recente da Mabrian, no primeiro semestre de 2025, o Sudeste e o Sul da Ásia, bem como os principais pontos em África e nas Américas, são os destinos mais procurados pelos turistas internacionais.

Os dados da consultora também indicam o regresso da Oceânia, impulsionada pela Austrália e Nova Zelândia, enquanto na Europa, Madrid, Roma e Lisboa mostram um crescimento notável na procura internacional.

Os destinos do Sul, Sudeste e Leste da Ásia deverão registar o maior crescimento no primeiro semestre de 2025. O Sudeste Asiático, que inclui destinos como as Filipinas, a Indonésia, a Tailândia, Singapura e o Vietname, representa 13,5% da procura internacional no semestre analisado. Já a Ásia Oriental, que inclui o Japão, a Coreia do Sul e a China, equivale a 12,6%, enquanto a região vizinha do Sul da Ásia, onde se encontram destinos como a Índia, as Maldivas, o Nepal e o Sri Lanka, representa 6,5%.

Assim, considerando o volume de pesquisas de voos e o crescimento interanual, os destinos que registam um aumento mais acentuado da procura a nível mundial nos primeiros seis meses de 2025 situam-se precisamente no Sul e Sudeste Asiático, colocando Banguecoque e Phuket, na Tailândia em primeiro e terceiro lugares, respetivamente. Outros destinos destacados na análise da Mabrian incluem Deli (5.º) e Bombaim (10.º), na Índia; Manila, nas Filipinas (9.º); a ilha indonésia de Bali (7.º); e Hanói, no Vietname (11.º). Colombo, no Sri Lanka, e as Maldivas (12.º e 13.º, respetivamente) registam igualmente uma forte tendência de crescimento no período analisado.

Já na Ásia Oriental, os destaques vão para Tóquio (Japão), que surge como segundo destino com maior crescimento, bem com Seul (Coreia do Sul) que aparece em 6.º lugar entre as pesquisas.

Esta análise leva Carlos Cendra, partner e diretor de Marketing e Comunicação da Mabrian, a referir que “as regiões asiáticas mostram uma forte tendência de pesquisa para o primeiro semestre deste ano, mais forte do que outras regiões do mundo, o que antecipa números robustos de chegadas para os próximos meses”.

A análise da Mabrian indica, igualmente, que o primeiro semestre de 2025 constituirá um “marco significativo” para a Oceânia em termos de potenciais chegadas internacionais ao longo do ano, com a procura para a região a aumentar para mais de 3% do total global. As perspectivas são particularmente positivas para a Austrália e a Nova Zelândia, que ocupam o terceiro lugar entre as regiões de crescimento mais rápido em termos de quota de pesquisa global.

De acordo com o especialista da Mabrian, a Oceânia tem estado “no caminho da recuperação pós-pandemia nos últimos dois anos”, destacando o aumento da procura internacional para as cidades australianas de Sydney, Melbourne e Brisbane, bem como para Auckland (Nova Zelândia), em comparação com o mesmo semestre do ano passado.

Os resultados da análise da Mabrian para as Américas, para o primeiro semestre de 2025, também indicam uma tendência de procura positiva para destinos-chave em todo o continente. A América do Norte ocupa o quinto lugar entre as regiões de crescimento mais rápido em termos de procura internacional, representando 5,6% do total global, enquanto a América Latina e as Caraíbas captam 2,5% da procura internacional durante o período analisado.

Olhando especificamente para as cidades norte-americanas, Los Angeles, Miami e Orlando (EUA) estão entre os destinos mais procurados do mundo e também registam um aumento do interesse internacional em viajar durante a primeira metade de 2025. No caso da América Latina e das Caraíbas, o crescimento não é uniforme em toda a região, mas é impulsionado pela procura particularmente forte de cinco destinos: Cancun (México), Buenos Aires (Argentina), Rio de Janeiro (Brasil), Punta Cana (República Dominicana), e San José (Costa Rica).

Já no continente africano, a África Subsariana regista um aumento da procura, em comparação com o primeiro semestre de 2024, impulsionada principalmente por destinos na África do Sul, em particular a Cidade do Cabo ou Joanesburgo, juntamente com outros locais africanos emblemáticos, como as ilhas Maurícias, as Seychelles, o Sal (em Cabo Verde) ou o Kilimanjaro na Tanzânia.

Finalmente, na Europa, que representa 17,2% da procura internacional a nível mundial, embora não esteja entre as regiões com maior crescimento, a análise da Mabrian destaca três pontos urbanos que estão entre os destinos com maior crescimento a nível mundial. Assim, Lisboa, Madrid e Roma são as cidades que partilham as tendências de aumento das chegadas nos primeiros seis meses de 2025.

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Barómetro IPDT: 33 milhões de hóspedes, 81 milhões de dormidas e proveitos de 6,5 MM€ para 2025

Para 2025, o Barómetro do Turismo IPDT revela que o setor se encontra confiante, com previsões otimistas para os principais indicadores, mas também evidencia desafios que exigem respostas estratégicas. No entanto, as estimativas apontam para 33 milhões de hóspedes, 81 milhões de dormidas e proveitos de 6,5 mil milhões de euros.

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Depois de um ano que se estima ser o melhor ano de sempre do turismo em Portugal, a 72.ª edição do Barómetro do IPDT revelam uma expectativa otimista para o desempenho do setor em 2025, apontando para um “crescimento sustentado” nos principais indicadores quando comparados aos valores alcançados em 2023.

Assim, no que diz respeito ao número de hóspedes, 56% dos inquiridos para este barómetro antecipam valores entre 30,1 e 33 milhões, superando os 30 milhões registados no ano de 2023 ano de comparação desta análise.

As dormidas, por sua vez, apresentam um cenário igualmente “promissor”, com 78% dos inquiridos a projetarem entre 75,1 e 81 milhões, superando as 77,2 milhões registadas em 2023. Este aumento sugere “não apenas uma maior procura, mas também uma possível extensão na duração média das estadias”.

Já no que respeita aos proveitos globais, 80% dos especialistas esperam valores entre 5,6 e 6,5 mil milhões de euros, ou seja, acima dos 5,7 mil milhões alcançados em 2023.

Os membros do Barómetro (44%) destacam “a melhoria contínua da oferta e dos serviços como o mais relevante, refletindo, assim, “a importância de continuar a investir na qualidade das experiências turísticas, adaptando-as às exigências crescentes dos viajantes”.

Outro ponto destacado neste barómetro prende-se com a “segurança e a estabilidade política e social”, em que num contexto global marcado por incertezas, Portugal continua a “beneficiar da perceção de ser um destino seguro e acolhedor, o que se traduz num ativo estratégico para atrair turistas internacionais”.

As infraestruturas, acessibilidades e a mobilidade aérea foram igualmente valorizadas, destacando 36% dos inquiridos “a necessidade de modernizar e melhorar as redes de transporte e promover uma mobilidade eficiente e sustentável”.

As “condições económicas e financeiras favoráveis”, também mencionadas por 36% dos especialistas, refletem “a importância de um contexto macroeconómico estável para a atratividade do setor turístico”.

Os desafios
E embora o cenário turístico nacional seja “encorajador e positivo”, o barómetro refere que o setor enfrenta “desafios” que podem “condicionar o seu desenvolvimento” em 2025. Desde logo, a “escassez de recursos humanos qualificados” destaca-se como o principal desafio, referido por 51% dos inquiridos, além do “aumento dos preços e a inflação” (apontados por 40%) que representam outro obstáculo importante.

A nível global, “a recessão económica e a conjuntura internacional”, os “conflitos internacionais e a instabilidade geopolítica” evidenciam o impacto de fatores externos no desempenho do turismo. Estes desafios são considerados “especialmente críticos” num setor tão dependente da mobilidade e das relações globais.

Por isso, a “segurança e a estabilidade política” são consideradas como uma “força de Portugal” e ganham ainda mais relevância como uma “salvaguarda num ambiente internacional marcado por incertezas”.

As apostas
Entre as prioridades, os inquiridos do barómetro, destacam a “promoção turística segmentada e a consolidação da imagem de Portugal como destino de excelência”, bem como a “diversificação e requalificação da oferta turística, com foco na sustentabilidade”.

Estas apostas refletem a necessidade de continuar a atrair “públicos qualificados”, enquanto se “amplia e melhora” a oferta para responder às tendências globais, como o “interesse em experiências autênticas e responsáveis”.

No capítulo dos recursos humanos, o aspeto transversal que surge entre as prioridades é a “captação e valorização” dos profissionais do setor, apontando-se a necessidade de

“melhorar as condições de trabalho e aumentar a competitividade dos serviços”, além de se defender “a formação e qualificação dos recursos humanos”.

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Convidados de honra presidem à cerimónia de anúncio da “Cimeira da ECTAA 2025 em Macau” e “Macau: Destino Prefefrido da ECTAA 2025”

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Macau é “Destino Preferido” da ECTAA em 2025

A ECTAA e a Direção dos Serviços de Turismo de Macau (DST) lançaram uma campanha conjunta com a duração de um ano, apresentando Macau como um destino de viagem aos membros da ECTAA e à indústria europeia de viagens em geral.

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A Associação Europeia de Agentes de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA) e a Direção dos Serviços de Turismo de Macau (DST) iniciaram uma cooperação para promover Macau como o “Destino Preferido” da ECTAA para 2025. Esta parceria sublinha a importância estratégica do reforço dos laços comerciais e turísticos entre a Europa e a Ásia, promovendo o crescimento mútuo e a colaboração no sector global das viagens.

“O atrativo de Macau reside na sua capacidade de combinar perfeitamente a tradição com a modernidade, ao mesmo tempo que oferece uma porta de entrada para o mercado asiático em geral”, afirma Eric Drésin, secretário-geral da ECTAA. “A designação de Macau como o nosso ‘Destino Preferido’ para 2025 reflete a importância renovada das relações Europa-Ásia e o nosso compromisso em promover parcerias significativas para as empresas de viagens nestas regiões.”

Ao longo de 2025, a ECTAA e a DST irão aumentar a visibilidade do destino no mercado europeu. Isto inclui a partilha de promoções e informações, e viagens de familiarização com o objetivo de mostrar as diversas ofertas turísticas de Macau e o seu potencial estratégico como destino.

No âmbito desta parceria, a ECTAA irá realizar a sua reunião semestral em Macau, em junho, encontro que irá realçar a posição de Macau como “um centro dinâmico de turismo e negócios, servindo de ponte entre os mercados europeu e asiático”.

No comunicado, a ECTAA realça ainda o papel influente que a APAVT desempenhou nas ações que levaram à confirmação desta reunião bi-anual da ECTAA. Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destaca a “relação absolutamente especial” que a associação tem vindo a desenvolver com Macau, que culminará com a realização do 50.º Congresso nesta região em dezembro deste ano, num ano que a APAVT comemora o seu 75.º aniversário.

Por isso, Pedro Costa Ferreira reconhece que tal facto “inspirou-nos a fazer mais, trabalhando ativamente no reforço dos laços entre o Oriente e a Europa”.

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