Versatilidade define atuação da Boost Portugal
“Orgulha-nos ter uma panóplia de programas muito vasta, os quais acabam por se desdobrar em infinitas aplicações tendo em conta a adaptabilidade a cada cliente”. É esta versatilidade e flexibilidade que definem a atuação da empresa, segundo Tiago Monteiro, general manager da Boost Portugal.
Carolina Morgado
Os eventos corporativos e de teambuilding desenvolvidos pela Boost focam-se maioritariamente “em duas tipologias de clientes: as DMC, e uma minoria cada vez mais expressiva, as empresas nacionais, estas maioritariamente do ramo de IT e saúde”, explicou-nos Tiago Monteiro, general manager da empresa, que tem presença física com lojas e escritório em Lisboa e Porto, mas com atuação em todo o território nacional. O gestor acrescenta que os eventos que realizam “têm como ponto de partida os temas abraçados pelo conceito de teambuilding, ao qual juntamos temática, descoberta do destino e personalização”.
No setor do MICE em concreto, conforme destaca, “as nossas experiências e eventos corporativos têm sempre como base desfrutar a cidade e das diferentes formas da nossa Portugalidade” para indicar que, “em cima destas camadas assentam depois muitas possibilidades de adaptação das atividades”.
Considera ainda que tanto os eventos nacionais, como os internacionais “estão em franca recuperação”. Se janeiro e fevereiro, os colocou um pouco mais apreensivos em relação ao ritmo de retoma, em março “levámos um autêntico abanão de volume de trabalho”, com “o aumento de cotações incrível, tendo começado a sentir um aumento muito significativo de grupos a confirmarem numa tipologia mais de last-minute, ao contrário do que acontecia pré-pandemia”.
Segundo o gestor “sentimos um crescimento da procura mais imediata nos FIT, depois surgiram mais timidamente os grupos nacionais, e em abril as empresas nacionais começaram a chegar de forma expressiva. Agora sentimos que todos os mercados turísticos estão com níveis de procura perto de 2019”, realçou.
Ainda em final de 2021, segundo Tiago Monteiro “criámos estratégia e orçamento de 2022 a projetar algures entre 70% a 80% de 2019, sentindo que poderia ser ambicioso”, mas ao dia de hoje “acreditamos que este ano consigamos chegar aos valores anuais de 2019”.
Foi preciso reinventar
Mas nem tudo são rosas neste setor. De todas as dores, “a contratação tem sido cada mais vez difícil, as candidaturas recebidas às posições divulgadas não têm tido uma procura significativa do ponto de vista qualitativo”, sublinhou.
Felizmente, disse, a Boost “desde o início da pandemia que decidiu reter talento, reter o seu bem mais precioso que são os seus colaboradores”, mas confessa que “os esforços foram grandes para reter e manter motivada uma equipa tão grande”, no entanto “hoje sentimos que foi a aposta correta”.
Tiago Monteiro conta que “a nossa decisão imediata foi de reter talento, de manter postos de trabalho para num pós-pandemia estarmos preparados da melhor forma para continuar a fornecer eventos com a qualidade Boost aos nossos clientes”.
Por outro lado, as soluções que a empresa encontrou foram duas: ”teríamos de desenvolver soluções de eventos empresariais e ações de teambuilding no formato digital. Dotamos a estrutura de meios e conhecimento para realizar estas atividades virtuais, criámos uma oferta diversificada para os nossos clientes e a aceitação foi incrível”. Tiago Monteiro acredita que estas soluções se vão manter no futuro, especialmente para equipas compostas por elementos descentralizados.
Paralelamente, para colmatar a falta de receita durante a pandemia também “alargámos o nosso raio de alcance e exposição a uma vertente de micro-mobilidade, em que somos provedores de soluções para estas empresas. Felizmente mais uma vez graças a colaboradores com imenso talento, conseguimos destacar-nos da restante concorrência pela qualidade de serviço e capacidade de entrega, e desde a pandemia que se mantém como uma área de negócio com muita relevância”.
Os apoios do Governo, na opinião do executivo, “não foram suficientes para fazer face à violenta descapitalização a que as empresas de turismo foram sujeitas”. Acredita que seria possível encontrar mais formas de apoiar a retoma, como por exemplo apoios à contratação ou transformação digital, e revela que “existe um caminho que a Boost iniciou por si mesma, no que respeita ao tema ESG o qual está no topo das nossas prioridades e existe muito espaço para apoios às empresas”.