Altice Arena com agenda cheia
Os eventos presenciais estão de regresso à Altice Arena, assegura o administrador executivo da emblemática infraestrutura de Lisboa e do país, Jorge Vinha da Silva.
Carolina Morgado
Especial MICE
“A relevância do segmento MICE para a região é hoje inquestionável”, João Fernandes
Desafios à criatividade
Eventos corporativos em crescendo
Versatilidade define atuação da Boost Portugal
Hotelaria otimista
A agenda da Altice Arena está já bastante preenchida até ao verão e muito mais de setembro a dezembro, confirmou Jorge Vinha da Silva, administrador-executivo da Altive Arena, em declarações ao Publituris. E focando apenas nos fatores que pode controlar, ou seja, no que respeita à atividade comercial, a Altice Arena pode já, no final de 2022 e em 2023 retomar os resultados pré pandemia.
O mercado de eventos está a recuperar?
Sim, o mercado está a recuperar progressivamente. À medida que o tempo passa os índices de confiança também aumentam e após um período tão longo quase sem eventos presenciais, é natural que as associações ou ordens profissionais responsáveis por congressos ou conferências, bem como, as empresas queiram realizar eventos para comunicar com os seus membros ou clientes. Também do ponto de vista dos eventos ao vivo as digressões nacionais, e no nosso caso, internacionais estão de regresso.
Prova desta situação foi o congresso “ECMID (32nd European Congress of Clinical Microbiology & Infectious Diseases)” que se realizou em Lisboa no passado mês de abril com quase 13 mil inscritos, sendo o primeiro grande congresso internacional pós-pandemia ou a Conferência dos Oceanos, um evento das Nações Unidas, que se realizará na Altice Arena no próximo mês de junho.
A agenda está já bastante preenchida até ao verão e muito mais preenchida de setembro a dezembro, onde entre muitos outros continuaremos a contar com eventos como a “Web Summit” ou a “Comic Com”. Em setembro acolheremos o “Association World Congress 2022”, o evento na Europa com um maior número de presenças de decisores de associações internacionais e executivos de topo, pessoas responsáveis por eventos em toda a Europa, e que acreditamos será um excelente contributo para ajudar a nossa indústria no processo de recuperação.
Quais são ainda os grandes constrangimentos?
Alguns constrangimentos que ainda se verificam, são, como referi, a necessidade da reposição dos índices de confiança e a degradação da situação económica a nível global, fruto não só da pandemia, mas também da situação de conflito que se vive na Ucrânia. Existe de facto um aumento generalizado de preços e de custos e até algumas questões relacionadas com a disponibilidade de equipamentos e matérias-primas.
Como é que a Altice Arena se reinventou para enfrentar estes tempos conturbados da pandemia?
A Altice Arena, tal como todos os operadores da indústria dos eventos, uma das mais afetadas na pandemia, passou por tempos difíceis e em que as soluções como os eventos digitais e os eventos presenciais, ainda que com muitas limitações não foram claramente a solução ideal, mas a possível. Assim, com muita resiliência, apoio dos nossos parceiros e um forte espírito de equipa mantivemos todas as nossas pessoas, o nosso ativo mais importante, e continuámos com foco a trabalhar nos projetos futuros, facto que nos permite agora recuperar mais rapidamente das perdas sofridas nesse período.
Que espaços para o MICE oferece a Altice Arena com vista a satisfazer este segmento de mercado?
A Altice Arena, possui um conjunto de salas, de variadas dimensões como sejam a Sala Altice, Tejo, Moche, Centro de Negócios, auditórios e outras, que nos permite funcionar também como um Centro de Congressos e acolher eventos das 20 às 20 mil pessoas, como são os casos dos grandes congressos ou conferências Internacionais. Investimos, por exemplo, em equipamento que nos permite dividir estas salas em auditórios mais pequenos com material de insonorização dos espaços, caraterística que é muito valorizada pelos nossos clientes.
Quando pensa ser possível voltar aos resultados da pré-pandemia?
Se me focar apenas nos fatores que podemos controlar, ou seja, a nossa atividade comercial, podemos já no final de 2022 e em 2023 retomar os resultados pré-pandemia.