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“Quando se chega à BTL, chega-se a um mundo de experiências”

Com um novo naming, agora BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, a maior feira de turismo em Portugal volta a ser o centro das atenções por cinco dias. Com um reforço do posicionamento internacional, Pedro Braga, diretor-geral da FCE Lisboa – Feiras Congressos e Eventos, admite que a BTL “é um reflexo da boa performance do turismo em Portugal”. Certo é que “não temos mais um metro quadrado disponível”, o que faz com que as próximas edições sejam desafiantes.

Victor Jorge
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“Quando se chega à BTL, chega-se a um mundo de experiências”

Com um novo naming, agora BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, a maior feira de turismo em Portugal volta a ser o centro das atenções por cinco dias. Com um reforço do posicionamento internacional, Pedro Braga, diretor-geral da FCE Lisboa – Feiras Congressos e Eventos, admite que a BTL “é um reflexo da boa performance do turismo em Portugal”. Certo é que “não temos mais um metro quadrado disponível”, o que faz com que as próximas edições sejam desafiantes.

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De 12 a 16 de março, a Feira Internacional de Lisboa (FIL) volta a ser o palco do turismo em Portugal. A BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, agora na sua 35.ª edição, contará com 1.500 expositores, mais de 100 destinos internacionais e 300 pontos de venda de agências. A par disso, há ainda o programa de “Hosted Buyers” que traz a Lisboa o maior número de compradores internacionais. Ou seja, “a BTL afirma-se cada vez mais como um grande centro de debate sobre as estratégias e as linhas orientadoras do turismo em Portugal”, destaca Pedro Braga, diretor-geral da FCE Lisboa – Feiras Congressos e Eventos.

Quanto ao futuro, é certo que terão de ser encontradas novas soluções para integrar a procura existente, além de se esperar um regresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) à BTL.

No arranque da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, em 2024, afirmava que a grande ambição era abrir a BTL ao mundo. Isso acontece ou vai acontecer com a BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025?
Julgo que mesmo antes de 2024, algures por volta de 2019, ou seja, antes da pandemia, já tínhamos afirmado o propósito de reforçar o posicionamento internacional da BTL. Era, aliás, um dos vetores estratégicos de crescimento da BTL e continua a sê-lo.

A pandemia veio baralhar um puco as coisas, ou melhor, atrasá-las?
A pandemia, obviamente, condicionou tudo aquilo que estava pensado. Tivemos um bom arranque em 2022 e, felizmente, temos vindo a retomar a dinâmica daquilo que era o plano estratégico de desenvolvimento da BTL.

A BTL 2025 já vai reforçar o que é o posicionamento internacional da BTL, mas isto faz-se através de um conjunto de peças e de medidas que vão sendo desenvolvidas de forma a ir consolidando ao longo do tempo esta ambição e este objetivo.

O rebranding da BTL é uma peça fundamental desta estratégia que estamos a desenvolver dentro de algo que foi muito pensado e que passa, sem dúvida, por um reforço daquilo que é a visibilidade e o posicionamento internacional da BTL.

A reboque da boa performance do turismo nacional
Concretamente, como é que isso se faz e que passos, além do naming, são dados para alcançar esse reforço ou posicionamento?
A BTL, hoje BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, é o reflexo daquilo que Portugal consegue fazer em termos da afirmação da sua oferta turística a nível internacional. O que é que eu quero dizer com isto? A BTL podia ter a maior ambição e a maior intenção de reforçar o seu posicionamento internacional, mas se o turismo português, em termos reputacionais, não tivesse o posicionamento que tem, esse objetivo, não diria que seria impossível, mas seria muito difícil de atingir.

Portanto, obviamente, a BTL, beneficiando daquilo que tem sido construído pelo setor do turismo nacional, aquilo que pretende é reforçar, em termos de visibilidade, este posicionamento.

Mas como é que isso se faz?
Faz-se apostando cada vez mais no nosso programa de compradores internacionais, em parceria com o Turismo de Portugal e com a TAP, e que hoje, sem falsas modéstias, podemos dizer que é, provavelmente, dos melhores programas que há no mundo no setor do turismo e dos eventos do turismo em termos de business meetings.

É um programa de elevadíssima qualidade em todas as suas dimensões e que grangeia uma avaliação muitíssimo positiva por parte dos participantes.

A segunda peça fundamental tem a ver com linhas de comunicação que estão a ser desenvolvidas e com posicionamentos em mercados internacionais que vamos ter de fazer. É provável que nos próximos tempos a BTL desenvolva como pilar desta estratégia de reforço de posicionamento internacional aquilo que é a sua presença em alguns eventos e nalgum roadshows internacional no sentido de reunir com um conjunto de stakeholders internacionais que permitam reforçar ao longo do tempo esta ambição da BTL.

Além do novo naming, o que muda, de facto, na estrutura da BTL e que, eventualmente, os expositores e os visitantes não têm perceção?
Quando se chega à BTL, chega-se a um mundo de experiências. A BTL repete, obviamente, um conjunto de conteúdos em cada uma das edições, porque, naturalmente, fazem parte das idiossincrasias que é a BTL.

Mas a BTL tem tido esta capacidade de todos os anos introduzir novos conteúdos que decorrem de novas necessidades que vamos identificando no mercado e isso permite introduzir fatores de rejuvenescimento e de novas ofertas na BTL que acabam sempre por permitir reforçar o valor do produto BTL.

A BTL afirma-se cada vez mais como um grande centro de debate sobre as estratégias e as linhas orientadoras do turismo em Portugal. Vamos ter mais de 300 conferencistas nos diferentes palcos que a BTL terá para discutir temas tão importantes e atuais como a Inteligência Artificial, a sustentabilidade, como tudo o que são as tecnologias que cada vez mais impactam a eficiência e a qualidade do serviço no setor do turismo.

Penso que estamos todos muito expectantes e a aprender todos os dias qual vai ser verdadeiramente o impacto da Inteligência Artificial, como vai trazer novos fatores de transformação da sociedade e dos negócios. Claro que vai trazer impactos positivos e impactos negativos e o turismo seguramente, um setor com uma capacidade de resiliência tão grande como tão bem foi demonstrado nos últimos anos, vai conseguir encontrar os melhores caminhos.

 

Nunca tivemos tantos pontos de venda numa BTL como vamos ter em 2025. Ou seja, se o número de pontos de venda, o número de expositores com oferta para este segmento do B2C cresce, é porque há procura

 

O Instituo Nacional de Estatística (INE) confirmou que 2024 foi o melhor ano turístico de sempre em Portugal em receitas, dormidas e hóspedes. O tal ano recorde. A BTL acompanha essa performance, esse crescimento, essa criação de valor?
A BTL, através da Fundação AIP, realiza todos os anos um estudo sobre o impacto que tem no Valor Acrescentado Bruto (VAB). O último estudo que fizemos indica valores acima dos 300 milhões de euros. Este ano, e não quero antecipar muito, porque ainda estamos em fase final de concretização, mas nos inquéritos que fazemos aos visitantes da BTL vamos introduzir um conjunto de questões que têm a ver um pouco com essa questão concreta. Uma coisa é o estudo que a Fundação AIP faz sobre o impacto global que a nossa atividade tem, outra coisa é, e queremos fazê-lo, medir de forma mais fina, é ter indicadores de qual é, efetivamente, o impacto que a própria BTL tem em tudo aquilo que tem a ver com a atividade turística no país e em Lisboa.

Sobre os indicadores do turismo no país, são indicadores extraordinários. Começa a ser quase que um lugar comum, porque todos os anos vamos superando os objetivos em termos de performance turística do país. E a BTL reflete isso mesmo. A BTL todos os anos vai crescendo, vai-se reinventando. Nesta edição de 2025 temos mais de 50 mil metros quadrados de área ocupada e começa, de facto, a ser um desafio, porque não temos, neste momento, nem mais um metro quadrado disponível na BTL para aceitar qualquer tipo de expositor ou qualquer tipo de conteúdo.

Temos, como não tínhamos há muito tempo, uma lista de espera muito grande em todas as áreas da BTL, com uma grande preponderância na área internacional, na área dos hotéis e dos serviços, na área das agências de viagens e dos operadores turísticos e também na área dos municípios e das comunidades intermunicipais.

Portanto, começamos a ter um problema, que é um problema bom …

Mas é um problema!
É um problema, sim. Perceber o que podemos fazer para acomodar novas necessidades no futuro é o grande desafio.

E isso tem de ser pensado a curto prazo?
Tem de ser pensado já e temos de ir acomodando, obviamente, essas novas necessidades, mas sempre a olhar para o mundo que nos rodeia e perceber quais as condições que temos para que estes resultados que o setor do turismo tem atingido, ano após ano, continuem a ser consistentes e continuem a ter condições em termos daquilo que são as dimensões internacionais que nos rodeiam e continuar a consolidar estes objetivos.

Mas dada a falta de espaço nas atuais instalações, poderá ser equacionada levar uma parte da BTL, fisicamente, para outro local, outro espaço? Tal com o Web Summit o fez, por exemplo.
É um dos drivers que pode ser considerado, sendo que, para além desse, há outros que, não gostaria agora de avançar muito, mas que têm a ver com a própria infraestrutura, com coisas que a própria Fundação AIP já foi anunciando ao longo do tempo, de que mais cedo ou mais tarde, haveria necessidade de se considerar ou se faz sentido avançarmos com um plano de expansão e em que condições.

Mas essa é uma matéria sobre a qual não quero ir muito mais além, até porque nada está definido ou pensado.

Mais mundo
Mas quando fala em internacionalização, e há pouco falou nos buyers que cá estão, na lista de espera que têm, também referiu que a grande missão era o mundo mostrar-se em Portugal na BTL. A minha pergunta é: temos uma BTL onde não só Portugal está a mostrar-se ao mundo, mas o mundo está a mostrar-se também em Portugal através da BTL?
Está, mas tem de ser um movimento sincronizado e temos de ter um conjunto de stakeholders que façam isso connosco. Uma das medidas que implementamos este ano, que vai ser testada, mas que, para já, identificámos que está a ter impactos muito positivos, é o facto de o programa de “Hosted Buyers”, que está essencialmente dimensionado para vender o destino Portugal, e vai continuar a ser assim, mas que da parte da tarde se abra a janela de oportunidade para que, já que os buyers estão em Portugal, possam contratar outros destinos que não Portugal. E isto tem, obviamente, uma vantagem para o ecossistema que a BTL pretende gerar, nomeadamente em termos do seu posicionamento internacional, e que gera maior capacidade de atração junto de destinos internacionais que passam a ver Lisboa, passam a ver Portugal como um mercado onde, para além do posicionamento que assumem para tentar captar fluxo turístico de portugueses para visitar os seus países, comecem a identificar um reforço do valor do marketplace BTL, porque esse mesmo marketplace também lhes permite contratarem através dos buyers internacionais que trazemos.

Mas que mundo falta à BTL? Faltam turismos internacionais, empresas internacionais, companhias aéreas internacionais, cadeias de hotéis internacionais?
Falamos de tudo um pouco, mas vamos por partes. Turismos internacionais, ou seja, uma presença institucional dos países? Claro que esse é um dos grandes objetivos para a BTL, ter turismos internacionais na feira para tentarem captar fluxo de turistas.

Portanto, ou a BTL se diferencia de outra forma e esses turismos nos veem com outros fatores distintivos, e esta é uma narrativa que temos tido e na qual acreditamos desde 2019, ou se for só para alavancar a captação de turistas nacionais, eventualmente, o nosso mercado não é, digamos, suficientemente atrativo.

Por isso, o que temos de fazer? Temos de criar dinâmicas para que esses países possam contratar outros fluxos de turistas, com a plataforma de negócios que se gera em Lisboa ou através de uma outra coisa que tem a ver com a qualidade do ecossistema.

Mais não quer dizer melhor.
Encontramo-nos muitas vezes em alguns fóruns internacionais e digo isto e repito, nós como país, nós como oferta turística, nós BTL, por reflexo, comparando com outras feiras internacionais de referência, somos seguramente mais pequena, mas, em termos de qualidade, a BTL em muitos fatores, é muito melhor do que as suas congéneres internacionais.

Sim, são feiras com uma massa crítica maior, mas em termos da qualidade e do resultado daquilo que se gera no marketplace, a BTL entrega um valor muito elevado.

Somos 10 milhões ponto final. E como não é previsível que a nossa demografia cresça de forma substantiva nos próximos anos, a nossa diferenciação tem de ser sempre por fazer diferente e fazer melhor.

 

Se conseguirmos, em conjunto, passar uma mensagem internacional de que a BTL, apesar da sua dimensão, é um produto de altíssima qualidade, isso vai gerar uma atratividade que vai ter um valor muito importante para a BTL, para o turismo e para o país

 

O marketplace que refere, e que já está em andamento há algum tempo, continua a ser de forma física, digital, híbrida, de forma a posicionar a BTL em todas as vertentes e dar conteúdos diferenciados e de qualidade aos expositores e ao mercado?
Sim, e a nossa ambição passa também por a BTL ser mais do que aquilo que já é. Ou seja, de não estar circunscrita a um conjunto de dias no ano.

Por isso, um dos grandes objetivos é, de facto, que a BTL consiga entregar valor ao longo de todo o ano aos seus expositores, parceiros, visitantes através de um conjunto de atividades e dinâmicas.

Daí a participação nos tais roadshows internacionais?
Sim, passa por essa presença em roadshows internacionais, mas passa também por mais e posso dizê-lo em primeira mão. Nós vamos assinar um protocolo com a Porto Business School e com a Universidade Nova para fazermos um estudo sobre aquilo que são os desafios no mercado de trabalho no setor do turismo e como é que vamos ultrapassar estes desafios. Será um protocolo que será assinado durante a BTL e que vai permitir que, ao longo do ano, voltemos a ter mais um momento em que entregamos valor ao ecossistema do turismo e com o qual podemos contribuir para valorizar o setor.

Mas vamos seguramente identificar outras iniciativas onde a BTL possa ter um posicionamento em que reforce a entrega desse mesmo valor ao longo do ano.

Um dos programas mais relevantes da BTL é, de facto, o programa dos “Hosted Buyers”. Que diferença existe de 2025 para 2024?
Existe, sobretudo, no que diz respeito ao crescimento que é um fenómeno muito interessante. Para além daquilo que é o programa “Hosted Buyers”, que desde há muitos anos tem vindo a ser melhorado, em parceria com a TAP e com o Turismo de Portugal, começámos a desenvolver, paralelamente, um programa de “Buyers”. Ou seja, compradores internacionais, que não são selecionados pela BTL, pelo Turismo de Portugal ou pela TAP, para virem como convidados, mas que querem vir à BTL, investindo o seu tempo e os seus recursos porque entendem que há valor no marketplace.

E posso dizer que o número de compradores internacionais que não “Hosted Buyers” tem crescido de forma exponencial nos últimos anos.

É mais interessante ter mais “Hosted Buyers” do que “Buyers” ou vice-versa?
Estamos muito satisfeitos com o programa que temos de “Hosted Buyers”, mas não deixa de ser interessante perceber que há “Buyers” que estão disponíveis a virem à BTL por iniciativa e com recursos próprios. Ou seja, o nível de compromisso é diferente, vêm por iniciativa própria, investem o seu tempo e os seus recursos, porque entendem que há um valor no marketplace e querem marcar presença.

E posso dizer-lhe que, além do trabalho árduo que é feito quer pelo Turismo Portugal, quer pela TAP, na identificação dos melhores “Buyers” para trazer a Portugal, temos recebido contactos de compradores internacionais que muitas vezes o próprio Turismo Portugal nos diz “excelente comprador vamos trazê-lo porque é muito importante que cá esteja”.

Ora, isso comprova o valor que o programa possui para este tipo de compradores.

BTL do futuro
E como é que inova, renova uma feira como a BTL? Ainda para mais um evento que não tem mais um metro quadrado para oferecer aos expositores e/ou parceiros?
Com duas coisas: com imaginação, abrindo-nos ao exterior e, por outro lado, ouvindo pessoas de fora da BTL, obviamente muitos stakeholders que participam, mas até pessoas que não participam na BTL.

Muitas vezes, e pode parecer um cliché, é preciso sair fora da caixa, conseguir ter outros olhos que não estão tão viciados, se quiser, naquilo que é o programa habitual de um evento como a BTL. Pessoas que nos possam trazer novas sugestões. E a propósito disso, como sabe, a Fundação AIP, teve a honra de convidar Rita Marques [ex-secretária de Estado do Turismo] para ser presidente do Conselho Estratégico. Haverá, brevemente, novidades, mas posso adiantar que, de facto, uma das novidades desse Conselho Estratégico passa por ter uma abrangência e uma dimensão que permita sair de portas e ter gente de fora olhar para nós e a fazer, de alguma forma, uma crítica construtiva.

Mas também pessoas fora do setor do turismo?
Sim, também pessoas de fora do setor do turismo. Essa é uma responsabilidade que está cometida à Rita Marques, em articulação connosco, com a Fundação AIP, e que, quando foi pensada, foi pensada com este desígnio e objetivo, que é pensar que BTL vamos ter dentro de 10 anos. Temos de começar a trabalhar nessa BTL agora e não dentro de 10 anos.

Quando digo trabalhar agora, é pensarmos que, se já não temos espaço, como é que colocamos mais conteúdos que o mercado entende que fazem sentido ter na BTL?

Este ano, por exemplo, lançamos um novo conteúdo, BTL Weddings.

E o Wellness …
Sim, o Wellness também é novidade este ano. Mas começando pelo BTL Weddings, teve a ver com a necessidade de um conjunto de players que operam neste setor de quererem ter um espaço de visibilidade na BTL. E aqui está um desafio que é, como é que a BTL consegue encontrar espaço quando não tem espaço para colocar mais conteúdos.

Aqui entra o facto de conhecermos bem o nosso produto e percebermos que o BTL Village, que funciona em termos corporativos durante os dias profissionais, no fim de semana não é utilizado. Ora, não sendo utilizado, vamos transformá-lo. Durante a noite de sexta-feira, as equipas de operação da FIL e da BTL vão transformar aquele espaço e no sábado de manhã, quando os visitantes, o público final, chegarem à BTL, vão ter um novo conteúdo e um novo espaço dentro da BTL.

O BTL Wellness decorre também do facto de este ser um segmento do turismo que começa a ter uma procura crescente e que importava mais do que ter esta oferta dispersa pela BTL, sem visibilidade, encontrarmos, juntamente com o nosso parceiro da CIM das Beiras e da Serra da Estrela, um novo posicionamento.

 

Não foi por razões financeiras que a APAVT não está na BTL. Podemos não ter chegado a acordo sobre o conjunto das contrapartidas que as partes entregavam uma à outra. Agora, reduzir isto a condições financeiras? Não e não.

 

É importante ter estes vários ”B’s” como os designam?
É muito importante.

E isto pode levar ao surgimento de mais “B’s” ou “B’s” em substituição de outros menos interessantes?
A BTL é, necessariamente, um evento dinâmico e que tem de refletir, em cada momento, aquilo que são as necessidades do setor e do mercado. Portanto, se houver setores de atividade dentro do turismo que ganham um novo empowerment, provavelmente vamos ter de acompanhar e vamos ter de dar posicionamento a esse setor. Ou ao contrário, se infelizmente houver setores que vão perdendo tração e deixam de ter tanta procura ou tanta notoriedade, vamos ter de repensar se faz sentido continuar a estar na BTL.

Dentro do universo BTL, Fundação AIP, e em função da expertise, já alguma vez foi pensado levar esta experiência, este conhecimento para fora e organizar a feira noutro país, por exemplo, nos PALOP?
Com toda a transparência e sinceridade, é uma coisa que pode ser analisada, mas não é, neste momento, o nosso foco. Vou ser muito transparente e muito honesto na resposta que lhe vou dar: as organizações defrontam-se hoje em dia com um problema que tem a ver com a escassez de recursos. E, portanto, neste momento estamos absolutamente empenhados em consolidar o crescimento e a estratégia da BTL que organizamos aqui em Lisboa.

Nunca digo não a nada e, portanto, não digo que um dia não se pode colocar essa questão, mas neste momento a prioridade estratégica é a BTL, é Lisboa, é Portugal.

Diálogo para um regresso da APAVT
E continua a ser importante o B2C. Quanto vale, de facto, este B2C na BTL?
Tenho de estribar a minha resposta naquilo que é a informação que me é passada pelos nossos clientes e parceiros. Até há dois anos, eventualmente, não tínhamos a noção da dimensão do mercado B2C que é gerado pela BTL. E leia-se, BTL durante os dias da feira, uma semana antes, uma semana depois. Há todo um ecossistema e um conjunto de campanhas de oferta, pacotes turísticos, férias, etc. que é criado à volta da BTL.

Mas isso depois não esgota a oferta da BTL naqueles dois dias aberto ao público?
Não. Há indicadores que posso partilhar e que validam que nunca tivemos tantos pontos de venda numa BTL como vamos ter em 2025. Ou seja, se o número de pontos de venda, o número de expositores com oferta para este segmento do B2C cresce, é porque há procura. E se cresce é porque há a noção destes investidores, destes clientes, que a BTL lhes oferece um retorno seguro e que faz sentido eles reforçarem o seu investimento na feira.

Mas a BTL também acarinha este ecossistema e reflexo disto é a campanha específica que desenvolvemos este ano para o segmento do B2C, muito alinhada com o reposicionamento e o rebranding da BTL e que representa um forte investimento no sentido de criar condições para que essa oferta B2C conheça um retorno ainda maior daquele que era oferecido e que soma várias e várias dezenas de milhões de euros.

Falando em pontos de venda e parceiros, qual será o impacto da ausência da APAVT na BTL 2025? Como disse, nunca tiveram tantos pontos de venda numa BTL como em 2025. Isso quer dizer que os parceiros, expositores reconhecem a importância da BTL com ou sem APAVT?
Isso é incontornável e deixe-me dizer duas coisas. A primeira é que temos uma política de não falarmos, publicamente, das relações com os nossos clientes e com os nossos parceiros.

Mas sabe que é um tema que tem de ser abordado?
Sim, mas acho que a BTL já disse o que tinha a dizer sobre isso. Vou só adiantar mais uma coisa. Obviamente, e reforço, continuamos a achar que faz todo o sentido a APAVT estar na BTL. Não vou tecer nenhuma consideração sobre coisas que li e que vi publicadas. Mas esperamos, sinceramente, que haja condições para a APAVT regressar à BTL.

Mas há uma coisa que acho que é importante dizer-se. Não foi por razões financeiras que a APAVT não está na BTL. Podemos não ter chegado a acordo sobre o conjunto das contrapartidas que as partes entregavam uma à outra. Agora, reduzir isto a condições financeiras? Não e não.

 

Não havia uma BTL muito boa enquanto a APAVT cá estava, e agora não há uma BTL muito má porque a APAVT deixou de estar cá. Não, a BTL continua seguramente a ser o ecossistema que reúne os players do setor do turismo

 

Portanto, em termos de área, o que era ocupado pela APAVT, que eram cerca de 1.300 m², está ocupada com expositores do setor da APAVT?
Sim, mas vou dizer outra coisa para desmistificar isto. Se houvesse algum racional economicista por trás desta situação, era um racional em que a BTL ficava a perder em termos económicos.

Explique, por favor.
Uma coisa é ter um stand de 1.300 m², que não está atravessado por ruas. O espaço útil que é colocado é muito maior do que eu pegar nesses 1.300 m2 e ter de o dividir.

Portanto, aquilo que dizemos é, esperamos que no futuro volte a haver condições para a APAVT estar na BTL. Agora, também há uma coisa que é importante dizer, é que não havia uma BTL muito boa enquanto a APAVT cá estava, e agora não há uma BTL muito má porque a APAVT deixou de estar cá. Não, a BTL continua seguramente a ser o ecossistema que reúne os players do setor do turismo e no qual eles se reveem.

Estas coisas, infelizmente, às vezes acontecem e continuo a ser uma pessoa que entende que através do diálogo as coisas se ultrapassam. E espero que num futuro próximo seja possível que esse diálogo seja retomado e que esta situação seja ultrapassada.

Medir o sucesso
A BTL voltará a ser um palco político?
Sinceramente, não tenho resposta para isso, porque, obviamente, não controlamos os calendários eleitorais. Há uma coisa que eu sei e gosto de ver as coisas pelo lado positivo. O facto de termos um número de políticos, uma presença institucional muito grande na BTL, é um reconhecimento transversal por parte das várias figuras e dos vários partidos políticos, de que o turismo desempenha, de facto, um papel muitíssimo relevante na economia nacional.

O setor do turismo era desvalorizado?
O setor do turismo comunica melhor hoje do que comunicava no passado e consegue, hoje, mostrar de uma forma mais efetiva o valor que tem. Havia bons profissionais no turismo no passado e há bons profissionais agora. O país como um todo e cada um dos setores que opera no setor do turismo comunica melhor e de forma mais organizada. E conseguiu-se conjugar uma coisa que me parece fundamental e que nem sempre se faz em Portugal, que é, comunicar sem sobreposição, consegue haver articulação na comunicação.

 

O facto de termos um número de políticos, uma presença institucional muito grande na BTL, é um reconhecimento transversal por parte das várias figuras e dos vários partidos políticos, de que o turismo desempenha, de facto, um papel muitíssimo relevante na economia nacional

 

E uma linha orientadora a ser seguida?
Sem dúvida, uma linha orientadora que, apesar de partidos diferentes, tem sido seguida e com os resultados que se veem.

Há alguma forma nova ou distinta de avaliar o sucesso da organização de uma BTL?
Se não temos mais um metro quadrado, significa que houve uma procura muito grande. Portanto, diria que há razões para estarmos otimistas com a forma como o ecossistema que vamos oferecer a quem nos visita, sejam profissionais, seja público.

A seguir, há indicadores que têm a ver com alguns instrumentos que temos para medir a adesão dos visitantes. Diria que também estamos otimistas quanto a esses indicadores. Mas o verdadeiro KPI é no dia em que encerramos as portas e depois de termos auscultado a opinião de quem nos visitou e de quem investiu para cá estar.

Temos um ecossistema de expositores diverso, as entidades que vêm cá, não vêm todas com o mesmo objetivo. Ou melhor, todas elas vêm com um objetivo que é o da afirmação do seu destino turístico, da sua oferta turística. Mas há uns que têm um valor transacional e outros não têm um valor transacional imediato.

E se tivesse de mudar, acrescentar, retirar, inovar alguma coisa na BTL para edições futuras, o que é que seria?
Vamos ter de ter a capacidade de fazer isso passo a passo. A BTL é maior, gera um retorno financeiro maior para todos os que cá estão, e para nós também, mas assim como os nossos expositores e parceiros estão a investir mais, nós BTL estamos a investir muito mais.

Isto significativa que nos próximos anos, dentro deste alinhamento, deste reforço internacional da BTL, vamos ter de conseguir que alguns players internacionais vejam in loco o que é a BTL.

Isso dará músculo ou mais músculo à BTL?
Acho que reforçará a BTL, nomeadamente numa dimensão, que é conseguir ultrapassar o facto de sermos um país com a dimensão que temos, com o número de habitantes que temos e, por consequência, com o potencial de emissão de turistas que temos. Mas há uma coisa que sei, é que se nós, enquanto ecossistema, e já o fazemos muito no dia-a-dia, os diferentes atores no setor turístico fazem-no, conseguirmos, em conjunto, passar uma mensagem internacional de que a BTL, apesar da sua dimensão, é um produto de altíssima qualidade, isso vai gerar uma atratividade que vai ter um valor muito importante para a BTL, para o turismo e para o país.

Nós estamos em ciclos de crescimento contínuos no turismo, mas há uma coisa que qualquer gestor deste mercado dirá, é que isto não vai durar para sempre. E não durando para sempre, temos de começar a pensar como é que vamos gerir o futuro e ter fluxos turistas de mercados que têm valor acrescentado para o nosso país.

Importa começar a trabalhar agora para garantir que vamos ter esse resultado no futuro e não trabalhar mais tarde para depois sermos surpreendidos.

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Inscrições abertas para o RoadShow das Viagens do Publituris

Já abriram as inscrições para a 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris que se realiza nos dias 25, 26 e 27 de março nas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, respetivamente.

Já se pode inscrever na 10.ª do RoadShow das Viagens do Publituris, evento que percorre as cidades de Porto, Coimbra e Lisboa.

O arranque da 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris acontecerá na cidade do Porto, no dia 25 de março, com o workshop a decorrer no Porto Palácio Hotel.

O segundo dia, 26 de março, terá como palco o Vila Galé, em Coimbra, para o evento terminar no Clube Tazte Secret Spot, no dia 27 de março, em Lisboa.

Para inscrever-se, aceda a https://gr8events.live/130PubliturisRoadShow/

Para esta edição estão confirmadas as seguintes empresas e entidades:

AçorSonho Hotéis
Air Canada
APG Portugal
Avis
Barceló Hotel Group
Be Live Hotels
Bedsonline
Casa de Campo Resort Villas
Civitatis
Consolidador
Europcar
Hotel Continental Angola
Ilha Verde
In Sure Broker
Madeira
Mawdy
MSC Cruzeiros Portugal
Mundomar Cruzeiros
RailClick
Regent Seven Seas Cruises
Republica Dominicana
Royal Air Maroc
SATA Air Azores
Saudi Arabia Tourism Authority
Sixt
Soltrópico
TAAG – Linhas Aéreas de Angola
TAP Air Portugal
The Editory Hotels
Tivoli Estela Golf & Lodges Porto
Transavia
Turismo Alentejo e Ribatejo
Turismo da Gran Canaria
Turismo da Polónia
Turismo de Formentera
Turismo do Centro de Portugal
Turismo do Porto e Norte de Portugal
Turismo Marrocos
Um Mundo de Cruzeiros
United Airlines
Unlock Boutique Hotels
Viajar Tours
Vila Galé
Visit Benidorm – Tourism Board
Wotels

O evento conta com o apoio de: Visit Portugal, Turismo do Centro de Portugal, Turismo do Porto e Norte de Portugal, APAVT, The Editory Hotels, Vila Galé, Tazte, GR8 events, IVU.

Dirigido aos agentes de viagens de todo o país, o evento é uma oportunidade para Operadores Turísticos, Companhias Aéreas, GSA, Cruzeiros, Hotéis e Delegações Oficiais de Turismo mostrarem a sua oferta num evento que potencia o conhecimento, o negócio e o networking.

Além do habitual workshop, a 10.ª edição do Roadshow das Viagens do Publituris terá, também, um programa social, com jantares exclusivos e animação que promovem o networking entre os participantes.

Os workshops decorrem entre as 18h00 e 21h00, seguindo-se os jantares com os agentes de viagem inscritos.

Para qualquer informação, por favor, contacte Margarida Magalhães mmagalhaes@workmedia.pt

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“Açores são exemplo de turismo sustentável”, reafirma o presidente do Governo Regional na BTL

“O nosso compromisso não é apenas atrair visitantes, mas afirmar os Açores como um destino turístico sustentável, onde o desenvolvimento do setor beneficia tanto quem nos visita como quem cá vive”, declarou o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, na sua deslocação à BTL.

Na BTL, acompanhado pela secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, onde recebeu o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, José Manuel Bolieiro expressou orgulho pelo reconhecimento dos Açores como um destino turístico de excelência, realçando que o arquipélago se distingue pela qualidade da experiência que proporciona e pelas suas boas práticas ambientais.

Na ocasião, o líder do executivo regional reforçou que os Açores foram o primeiro arquipélago do mundo certificado como “Destino Sustentável” com Nível Ouro, resultado de um trabalho contínuo na preservação ambiental e na promoção de um turismo responsável.

Para o Governo dos Açores, a sustentabilidade não é apenas uma meta, mas um princípio orientador do crescimento económico e social da Região.

A estratégia dos Açores para o turismo assenta na diferenciação e na valorização da autenticidade do destino, apostando na inovação e na digitalização para melhorar a experiência dos visitantes e a qualidade de vida da população local.

“Queremos um turismo que valorize os nossos recursos naturais e culturais, que respeite o equilíbrio ambiental e que contribua para o desenvolvimento harmonioso das nossas comunidades”, sublinhou José Manuel Bolieiro.

Nos últimos anos, a taxa de crescimento dos proveitos turísticos tem sido superior à taxa de crescimento das dormidas, o que demonstra que os Açores estão a apostar na qualidade em vez da quantidade. Esta abordagem visa garantir um modelo de turismo sustentável e preparar a Região para um futuro cada vez mais competitivo e exigente no panorama internacional, foi sublinhado.

Por outro lado, na sua intervenção na CNN Portugal Summit – Portugal Tour, à margem da BTL, o executivo regional defendeu também uma estratégia de turismo assente na sustentabilidade e na valorização das especificidades do arquipélago.

No evento, dedicado ao tema “Segmentação e estratégias diferenciadas para o território”, José Manuel Bolieiro lembrou que a Região foi classificada como melhor destino de aventura do mundo por dois anos consecutivos, reforçando o reconhecimento global do arquipélago.

O impacto do turismo na economia açoriana tem sido notável, representando 17% do PIB regional e contribuindo com 19,6% do Valor Acrescentado Bruto (VAB), segundo um estudo da EY. Além disso, 16,6% do emprego regional está ligado ao setor, refletindo um crescimento significativo.

“O crescimento quantitativo deve ser um crescimento que potencia e exponencia o crescimento qualitativo”, afirmou José Manuel Bolieiro, que destacou também o aumento de 27% no número de dormidas e passageiros desembarcados e um crescimento de 46% no rendimento gerado pelo turismo, demonstrando a evolução positiva do setor.

No entanto, apontou a necessidade de melhorar a acessibilidade interilhas e fortalecer as ligações aéreas, garantindo uma oferta que respeite a identidade e vocação de cada ilha. “”Temos de identificar as nossas vocações e capacitá-las”, afirmou, referindo-se à diversificação da oferta turística como um meio para impulsionar o desenvolvimento regional.

Outro desafio destacado foi a sazonalidade, que, apesar de ser uma característica estrutural da indústria turística, pode ser mitigada através de estratégias que distribuam melhor a procura ao longo do ano. “Somos um destino de ano inteiro, com excelentes condições para férias longas ou visitas mais curtas, com ligações diretas rápidas e regulares ao continente europeu e ao continente americano”, frisou José Manuel Bolieiro.

Turismo dos Açores tem novo portal

O novo portal do Turismo dos Açores (https://turismo.azores.gov.pt/) procura tornar mais acessível a pesquisa da informação turística na região e agilizar a experiência do utilizador, surgindo como uma plataforma inovadora que centraliza, num único website oficial, uma vasta gama de serviços e conteúdos relacionados com a atividade turística.

Além de concentrar toda a informação institucional relevante, desde a legislação em vigor relativa ao licenciamento de atividades e a incentivos financeiros, aos serviços e recursos turísticos da responsabilidade da Direção Regional do Turismo

(tais como as Rotas Açores e os percursos pedestres), o novo website disponibiliza para consulta os instrumentos estratégicos de desenvolvimento do turismo regional, entre eles o PEMTA 2030 – Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores e a Política de Sustentabilidade dos Açores.

Ponta Delgada será a Capital Portuguesa da Cultura em 2026

Ponta Delgada será a Capital Portuguesa da Cultura em 2026, um reflexo da candidatura finalista da cidade a Capital Europeia da Cultura. A Câmara Municipal vai investir três milhões de euros para projetar os municípios e as suas 24 freguesias no plano cultural. A fadista Katia Guerreiro é a comissária do projeto de Ponta Delgada 2026 – Capital Portuguesa da Cultura.

“Queremos que a cultura e a arte aconteçam em todo o lado, com toda a gente e pelas 24 freguesias, abrangendo diversas áreas como a música, a literatura, o teatro, a dança, as artes inclusivas, as artes plásticas, a arquitetura, a arte urbana, o cinema, a etnografia, a religiosidade e a gastronomia”, salienta a fadista.

Candidatura da 1.ª Bio-região dos Açores

As Ilhas do Triângulo (São Jorge, Pico e Faial) preparam-se para ser a primeira Bio-região dos Açores, na sequência da candidatura apresentada pela Associação de Municípios do Triângulo (AMT), em parceria com a Trybio e com apoio do Governo Regional dos Açores.

As Bio-regiões (existem mais de 1.300 espalhadas pelo mundo) consistem em áreas geográficas onde agricultores, cidadãos, operadores turísticos, associações e o poder local estabelecem uma parceria para a gestão sustentável dos recursos locais, dando centralidade à produção e consumo alimentar de base biológica e agro-ecológica.

Candidatura integrada a Cidade Europeia do Vinho em 2026

Sete municípios dos Açores anunciaram uma candidatura conjunta à Cidade Europeia do Vinho de 2026, destacando o potencial dos eventos organizados na promoção internacional do vinho produzido na região e do destino enoturístico, cujo mote é “Azores, The Best Reason to Toast”

Integram a candidatura sete municípios açorianos membros da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV): Madalena, Lajes e São Roque, da ilha do Pico, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, da Terceira, Santa Cruz, da Graciosa, e Vila do Porto, de Santa Maria.

 

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Maioria são brasileiros mas rota da LATAM Airlines entre Fortaleza e Lisboa também atrai franceses e italianos

Presente na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa e Oceânia, revelou ao Publituris que a nova rota Fortaleza-Lisboa, que arranca a 7 de abril, com um voo por semana, tem registado “uma resposta muito boa”, com “vendas de Portugal e também do resto da Europa”.

Inês de Matos

A LATAM Airlines está satisfeita com a procura que a nova rota entre Fortaleza, no Brasil, e Lisboa está a registar, com Thibaud Morand, diretor-geral da companhia aérea para a Europa e Oceânia, a explicar ao Publituris que “a procura é maior entre os brasileiros que vêm a Lisboa”, mas que o Nordeste brasileiro também é atrativo para portugueses, franceses e italianos.

“O Nordeste do Brasil é muito atrativo para os portugueses, mas também é muito atrativo em França e Itália, por exemplo, que são mercados que vemos a usar esta rota”, revelou o responsável, que esteve em Lisboa para participar na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025.

O diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa e Oceânia explicou que a companhia aérea tem registado “uma resposta muito boa” para a nova rota, com “vendas de Portugal e também do resto da Europa”, o que deixa o responsável “muito satisfeito”.

Os voos entre Fortaleza e Lisboa abrem a 7 de abril, com uma ligação aérea por semana, o que, segundo o responsável, torna “fácil montar pacotes de uma semana com esta frequência”, pelo que a companhia aérea contratou já uma nova responsável comercial para promover a rota junto das agências e operadores turísticos portugueses.

Caso o bom comportamento se mantenha, Thibaud Morand admite que a rota possa ganhar frequências adicionais, ainda que isso também esteja dependente da disponibilidade de aparelhos, o que se torna mais difícil com os atuais atrasos nas entregas de aviões por parte dos fabricantes aeronáuticos.

“Vamos ver como se comporta a rota, vamos fazer o melhor possível e esperamos mantê-la e crescer”, acrescentou.

“Não temos nenhuma dúvida de que vamos encher voos adicionais” de São Paulo

Um reforço de voos ganhou a rota que a companhia aérea opera há vários anos entre São Paulo e Lisboa, que vai passar a contar com nove ligações aéreas por semana, em vez das sete do verão passado.

“Estamos muito contentes porque já sabemos que a temporada de verão é sempre a mais complicada no aeroporto de Lisboa, devido à elevada procura que tem o destino mas, este ano, por fim conseguimos crescer. Aumentámos duas frequências na rota de São Paulo, passámos das sete que tínhamos no ano passado para nove este ano”, explicou Thibaud Morand.

Apesar de considerar que a procura na Europa estabilizou e de revelar que a companhia aérea não está a assistir aos “crescimentos do ano passado ao nível da procura”, o responsável da LATAM Airlines diz que os fatores de ocupação continuam “robustos”, esperando-se, por isso, que a procura acompanhe o aumento da oferta.

“A procura está um pouco mais contida, mas os fatores de ocupação continuam a ser muito robustos e, atualmente, são realmente incríveis. E não temos nenhuma dúvida de que vamos encher estes dois voos adicionais”, concluiu.

 

 

 

 

 

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Madeira trabalha, atualmente, com 54 companhias, 114 aeroportos, 32 países e 139 rotas

O secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, destacou num pequeno-almoço com a imprensa, à margem da BTL 2025, os números que a Região Autónoma atingiu nos últimos 10 anos. Além das 11,7 milhões dormidas e 756 milhões de euros, alcançados em 2024, o também presidente da Associação de Promoção da Madeira (APM) salientou, igualmente, o aumento em 30% do número de pessoas a trabalhar no alojamento.

Victor Jorge

O balanço que Eduardo Jesus, secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira, fez, num encontro com a imprensa, à margem da BTL 2025, relativamente à última década turística na Madeira é “francamente positiva”. E os números comprovam-no: um crescimento de 67,5% nas dormidas e de 133% nos proveitos totais, chegando, no ano de 2024, aos 756 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 133% ao que se registava há 10 anos.

Ou seja, “em 10 anos crescemos mais do dobro em valor relativamente ao crescimento da quantidade. E este é o grande propósito de sustentabilidade deste setor, que é criar valor”.

Uma década a criar valor
E o que se faz com esta criação de valor? “Investe-se nas infraestruturas”, lembrando Eduardo Jesus que, “durante a pandemia, cerca de 96% da oferta hoteleira da Madeira foi intervencionada, modernizou-se, atualizou-se, incorporou tecnologia, recuperou, adaptou-se”.

Contudo, à medida que esta modernização foi feita, Eduardo Jesus lembrou que “simultaneamente olhou-se para as pessoas e a Madeira pode orgulhar-se de, nos últimos 10 anos, os colaboradores do setor do alojamento registarem um aumento do seu poder de compra real em mais 12,6%”.

E isto justifica, segundo o secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira também o “interesse das pessoas trabalharem no setor do alojamento, já que passámos de 6.100 para mais de 8.000 pessoas, o que significa um crescimento de 30%”.

Uma Madeira ligada e tática
Relativamente aos números atuais do turismo, Eduardo Jesus revelou que a Madeira trabalha, atualmente, com 54 companhias aéreas, 114 aeroportos, 32 países e 139 rotas, frisando que “estes quatro indicadores cresceram todos à volta de 40% em 10 anos”.

Não querendo apelidar a apresentação dos números com o fim de um ciclo, mas como um “simples balanço”, frisando que “superamos já os indicadores de 2027”, reconhecendo que esta realidade “poderia acelerar uma tendência para antecipar uma nova estratégia” que, no entanto, admite, “não deve ser alterada, porque a atual continua focada no mais importante que é criar valor”.

Repetindo que “temos de ter uma gestão muito equilibrada sobre o território”, Eduardo Jesus destacou o facto de na atual estratégia se continua a “não permitir a construção de novos hotéis com mais de 80 quartos até 2027”, reconhecendo que se trata de uma forma de gerar valor que permite subir patamares de qualidade e de excelência na oferta, que é o caminho que julgamos neste momento adequado”.

Assim, Eduardo Jesus admite que o trabalho para uma nova estratégia possa vir a ser iniciado “no segundo semestre de 2025” ou seja, um ano e meio antes do final da atual, “tal como fizemos com a que está em vigor”.

E aí, destaque para o trabalho conjunto feito com a Associação de Promoção e a Direção Regional, cujo orçamento foi reforçado e está, atualmente, nos 16 milhões de euros por ano, bem como no trabalho e parcerias com o Observatório de Transporte Aéreo, criado em 2021, e Universidade da Madeira que permitem ter dados que se revelaram e revelam “extraordinariamente importantes”.

“Há uma monitorização permanente da evolução do setor e esse conhecimento do dia-a-dia permite a tomada de decisões, muitas vezes que táticas”. Até porque, disse Eduardo Jesus, “basta uma origem ter um determinado comportamento e temos de reagir”, reconhecendo que “essa não é uma gestão estratégica, é uma gestão tática, é de momento, substituir, apostar ou investir nessa ou noutra origem”.

“Face à instabilidade de alguns mercados, que são chave, este taticismo é essencial”, admitiu Eduardo Jesus.

Certo, no entanto, estão, para o verão IATA, “dois milhões de assentos”, representando um aumento de 18% face a igual período de 2024, indicando ainda Eduardo Jesus que “vamos ter 11 mil frequências”, aqui um crescimento de 14,7%”. E

Quanto a novos voos, o secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira referiu o voo direto de Nova Iorque para a Madeira, três vezes por semana, da United, mas também os voos de Bruxelas, Luton, Bournemouth, Milão, Nantes, Shannon, Edimburgo ou Reiquiavique, operados pela easyJet, Jet2, Ryanair e Play.

Eduardo Jesus destacou ainda a boa performance do mercado polaco que já atingiu o Top 5, com a Europa a representar 97% do incoming, com os restantes 3% a pertencerem aos EUA.

Madeira diz “sim” aos casamentos
“Um reforço na diferenciação com a criação de novos produtos é essencial para colocarmos a Madeira no mapa do turismo”. Por isso, a Madeira trouxe à BTL 2025 um novo produto turístico com o qual pretende “trazer e criar mais valor para a Madeira”.

Esse produto gira à volta do universo ligado aos casamentos, focado no mercado internacional, principalmente no segmento de luxo. “o mercado dos casamentos gera muito valor, não só com os casamentos, mas com as despedidas de solteiros, as cerimónias, as festas”, referiu Sara Marote , diretora executiva da Associação de Promoção.

Assim, o objetivo é ir mostrar este novo produto pelo mundo, até porque, segundo Sara Marote, “não é possível fazer um trabalho como deve ser se não tivermos todos articulados”. Por isso, também foi feito um trabalho de levantamento do que existe, da capacidade de oferta, de forma a “não se defraudar as expectativas”.

Expectativas essas que assentam em trazer para a Madeira casamentos que possui uma maior duração, o que significa mais dormidas, mais gastos, logo mais valor para a comunidade.

Um bom arranque
Bom foi, também o arranque deste ano de 2025, explicando Eduardo Jesus que a Madeira registou o melhor mês de janeiro de sempre, atingindo 50 milhões de euros de proveitos totais.

Ao nível das dormidas, a Madeira contabilizou 780 mil dormidas (+12%), como mercado nacional a crescr 37%, enquanto nos hóspedes o crescimento foi de 11%, a estadia média chegou aos 4,95 dias, e o RevPAR atingiu os 62,9 euros por quarto disponível, correspondendo a um aumento de 24,5% face a período homologo de 2024.

“Antes da pandemia, nunca tínhamos tido um mês em que os proveitos totais do setor atingissem 50 milhões de euros num só um mês” recordando que “o primeiro mês em que isto aconteceu foi em agosto de 22, ainda na pandemia”.

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Tunísia celebra recorde histórico de turistas portugueses e dedica esta sexta-feira a Djerba na BTL

Todas as cores vibrantes da Tunísia voltam a estar presentes na BTL, destino turístico que veio uma vez mais promover-se em Portugal com o objetivo de reforçar os laços históricos com o mercado português, destacando uma das suas joias mais apreciadas pelos viajantes lusitanos: a ilha de Djerba, que terá o seu dia especial, esta sexta-feira na Feira.

A Tunísia tem sido um destino de eleição para os turistas portugueses, e o crescimento sustentado das chegadas confirma esta forte ligação. Em 2024, o número de visitantes portugueses alcançou um recorde histórico de 50 mil turistas, um feito notável desde que a Tunísia iniciou as suas operações a partir do mercado português.

Ano após ano, esta evolução reflete, dizem os responsáveis pela promoção do destino no nosso país, o entusiasmo crescente dos viajantes portugueses, o compromisso dos operadores turísticos e a confiança das redes de venda, consolidando a Tunísia como uma escolha incontornável para os portugueses.

Naoufel Hdia, embaixador da Tunísia em Portugal, que desde que chegou a Lisboa também tem contribuído e apoiado o desenvolvimento deste fluxo turístico  sublinha a importância desta evolução: “O crescimento do fluxo turístico português para a Tunísia é um testemunho do dinamismo e da confiança mútua entre os dois países, avançando que “com um crescimento superior a 17% em relação à média europeia e um impressionante aumento de 77% comparado a 2019, a Tunísia reafirma o seu estatuto de destino incontornável para os viajantes portugueses”.

Por sua vez,, Leila Tekaia, diretora da Delegação Nacional do Turismo Tunisino em Portugal, destaca a estratégia de promoção renovada para 2024: “Este ano, reforçamos o nosso compromisso com o mercado português através do lançamento de uma nova campanha digital programática, a primeira em cinco anos”, para sublinhar que esta iniciativa “visa manter a Tunísia nos radares dos viajantes portugueses e fortalecer o trabalho dos operadores turísticos e das suas redes de distribuição, conferindo que “estamos confiantes que esta campanha impulsionará ainda mais o entusiasmo pelo nosso destino”.

A ilha de Djerba, uma aposta cada vez mais dos operadores turísticos portugueses, que para este verão reforçaram a sua programação dada à procura cada vez maior do destino, será a rainha esta sexta-feira, 14 de março, na BTL, com ligações em direto para revelar, em tempo real, o clima, as paisagens e a atmosfera única deste paraíso mediterrânico.

Além disso, o stand tunisino proporcionará uma imersão nos sentidos, com degustações de sabores, demonstrações de artesanato e uma homenagem ao património cultural de Djerba, reconhecido pela UNESCO. Durante o fim de semana, a tradição e a arte estarão unidas em momentos especiais, com apresentações musicais ao som da cítara, um dos símbolos da identidade tunisina.

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Meeting Industry

Holiday Inn Beja aposta no segmento de reuniões e eventos

O hotel Holiday Inn Beja está a apostar cada vez no segmento de reuniões e eventos, já que dispõe de duas salas com diferentes capacidades, equipadas com tecnologia, versáteis, modulares e multifacetadas, preparadas para receber qualquer tipo de evento com conforto, privacidade e acessibilidade.

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Com uma localização privilegiada, o Holiday Inn Beja assume uma aposta cada vez maior na sua componente corporate, respondendo, assim, às atuais e principais exigências do mercado.

É no piso -1 do hotel de quatro estrelas que estão localizadas duas salas com diferentes valências e características, batizadas com nomes de artistas nascidos na região, e pensadas para receber qualquer tipo de eventos e iniciativas, com garantia de todas as comodidades, tendo disponíveis equipamentos tecnológicos de som e imagem, rede de wi-fi, ar condicionado, acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e ainda um serviço de catering com menus personalizados de almoço, jantar, coffee-breaks, coffee station, cocktails e canapés.

A Sala Florbela Espanca tem 25 m2 e capacidade para receber 12 pessoas, dispõe de uma mesa central e vários pontos de rede elétricos, já a Sala Mário Beirão, com 250 metros quadrados, pode apresentar-se em diferentes formatos, da plateia ao banquete, tem capacidade para receber até 200 pessoas e contempla infraestruturas de som e projeção de imagem.

A unidade hoteleira oferece 95 quartos distribuídos por quatro pisos, um restaurante especializado na gastronomia tradicional – Chaparro Alentejano – ginásio, serviço de lavandaria e engomadoria, rooftop e uma piscina exterior. Na decoração das várias zonas da unidade, saltam à vista algumas obras que homenageiam e celebram os dois poetas alentejanos que dão nome às anteriormente referidas salas – Florbela Espanca e Mário Beirão – da fachada assinada pelo artista Vhils às tapeçarias artesanais no lobby, da autoria da artista plástica Silvia Maria Perloiro.

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TAP retoma voos para Porto Alegre a 1 de abril e quer “continuar a crescer em termos de frequências”

Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, revelou que a procura destes voos “está muito boa” e “acima das expectativas”, até porque “a única ligação internacional para a Europa direta é da TAP”, sendo, por isso, “uma rota muito importante” para a companhia aérea.

Inês de Matos

A TAP assinalou esta quinta-feira, 13 de março, na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, o regresso dos voos diretos para Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Brasil, que voltam a operar a 1 de abril e que Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, espera que possam “continuar a crescer em termos de frequências”.

“A ideia é continuar a crescer em termos de frequências”, revelou o responsável, que esteve presente na apresentação do regresso dos voos que a TAP promoveu na BTL e durante a qual se brindou com espumante gaúcho, original do Rio Grande do Sul, um produto que vai ser servido a bordo do primeiro voo para Porto Alegre.

Segundo o responsável, a TAP regressa com três ligações por semana, às terças, quintas e sábados, mas “a expectativa é sempre aumentar” a operação, ainda que, para isso, seja necessário “ir construindo e consolidando o produto”.

“Quanto mais frequências colocamos, mais atendemos as necessidades de viagens de passageiros e reduzimos custos”, acrescentou, lembrando que, antes de encerrar os voos em maio do ano passado, na sequência das cheias que assolaram a região sul do Brasil e encerraram o aeroporto de Porto Alegre, a TAP operava quatro voos por semana para a cidade.

Carlos Antunes revelou que a procura destes voos “está muito boa” e “acima das expectativas”, até porque “a única ligação internacional para a Europa direta é da TAP”, sendo, por isso, “uma rota muito importante” para a companhia aérea.

Voos com “significado muito importante” para o Rio Grande do Sul

Presente na apresentação na BTL esteve também Ronaldo Santini, secretário de Turismo do Rio Grande do Sul, que agradeceu o regresso do voo da TAP, que disse ter um “significado muito importante” para a região.

“A retomada do voo da TAP tem um significado muito importante para todos nós, muito mais do que a ligação com os portugueses, o que por si só já justificava, mas existe toda esta conexão do nosso povo, da nossa história, da nossa gente que teve um papel muito importante na construção do estado do Rio Grande do Sul”, afirmou.

Por isso, o governante gaúcho reafirmou também o compromisso do Rio Grande do Sul “para que este voo se torne cada vez mais viável” e seja possível “ampliar essa oportunidade de voos”.

“Queremos esse voo lotado, não só de portugueses e europeus, mas queremos que ele chegue lá também com toda a energia que o povo português traz consigo”, acrescentou.

Já Marcelo Freixo, presidente da Embratur, sublinhou que a TAP é, atualmente, “um dos principais parceiros” do Brasil, uma vez que a “livre conexão” do “Brasil com a Europa deve-se fundamentalmente à TAP”.

O presidente da Embratur considera que a TAP é também responsável pelos recordes que o turismo brasileiro bateu nos dois primeiros meses do ano, em que registou um crescimento de 57% nas visitas de turistas internacionais e lembrou que o Rio Grande do Sul foi um dos três destinos mais visitados nesse período.

“Posso dizer que, nestes dois primeiros meses, o Rio Grande do Sul está entre os três estados que mais receberam turistas internacionais. O Rio Grande do Sul venceu essa tragédia”, congratulou-se o responsável.

 

 

 

 

 

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Soltour assina acordo estratégico com Cuba

A Soltour assinou, durante a BTL, um acordo estratégico com o Ministério de Turismo de Cuba, que visa reforçar a relação entre as entidades cubanas e o operador turístico, bem como potenciar e alavancar o desempenho do turismo local.

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A assinatura do acordo decorreu no stand de Cuba e contou com a presença do primeiro vice-ministro do Turismo de Cuba, Jorge Alberto García Domínguez, da conselheira de Turismo da Embaixada de Cuba em Espanha, Niurka Pérez Denis, do especialista nos mercados de Portugal e Espanha do Ministério do Turismo de Cuba, Gildineys Arredondo Castillo, bem como do CEO da Soltour, Tomeu Bennasar, e da CMO da Soltour, Teresa Arizti.

De lembrar que, ao longo dos anos, o compromisso da Soltour com Cuba tem sido contínuo, posicionando-se como um dos principais operadores a assegurar ligações diretas de Portugal e Espanha para este destino caribenho, e através deste acordo estratégico, a Soltour pretende fortalecer a promoção do destino nos mercados português e espanhol e contribuir para o crescimento sustentável da indústria turística cubana.

“A Soltour tem um histórico sólido na promoção de Cuba como destino turístico junto dos mercados português e espanhol, e este acordo vem reafirmar o nosso compromisso com o país”, realçou Tomeu Bennasar, para reforçar que “queremos continuar a ser um parceiro de referência, não só para os viajantes portugueses e espanhóis que escolhem Cuba como destino para as suas férias, mas também para o desenvolvimento do setor turístico nacional”, assegurou.

A programação da Soltour para este ano tem em Cuba um dos seus protagonistas, tanto a partir de Portugal como de Espanha. Ao longo de 2025, a Soltour vai operar voos diretos para vários destinos dentro do país, mantendo forte o compromisso com a diversificação e a promoção de diferentes dimensões da oferta turística cubana.

A partir de Lisboa, durante o verão, a Soltour irá operar voos diretos para Varadero e Cayo Santa María, com frequências semanais, e terá ainda voos ocasionais para Havana. Já a partir de Madrid, o operador contará com voos diretos para a capital cubana com quatro frequências semanais, nas temporadas de inverno, verão e outono de 2025, com os pacotes já em venda nos dois mercados.

 

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Unlock Boutique Hotels passam a contar com selo da Casa Real Portuguesa

A celebração do protocolo entre a Unlock Boutique Hotels e a Casa Real Portuguesa foi anunciado esta quinta-feira, 13 de março, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Market. Este foi também o momento para o grupo de gestão hoteleira dar a conhecer o seu mais recente hotel no Douro, o Palacete Barão Forrester.

Carla Nunes

Os hotéis da Unlock Boutique Hotels passam a contar com o selo da Casa Real Portuguesa, após a celebração de um protocolo entre as duas entidades.

O anúncio foi feito esta quinta-feira, 13 de março, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Market, num momento em que estiveram presentes D. Duarte, Duque de Bragança; Miguel Velez, CEO da Unlock Boutique Hotels e Pedro Marques da Costa, diretor de operações e desenvolvimento da empresa de gestão hoteleira.

Créditos: Just Frame It

Sobre o protocolo, Miguel Velez refere que este “permite-nos chegar a um segmento específico dentro dos nossos hotéis boutique e de charme, alguns dos quais representam em muito a história de Portugal e a conservação do património português”.

Já D. Duarte reforçou o seu apoio a “tudo o que sejam iniciativas de trabalhos que ajudam a preservar a nossa memória, cultura e identidade”.

Um novo hotel no Douro

Além do novo selo, a Unlock Boutique Hotels acrescentou mais um hotel ao seu portefólio, o Palacete Barão Forrester.

Localizada em Alijó, em Vila Real, a nova unidade a integrar a Unlock Boutique Hotels conta com 21 quartos e será alvo de dois projetos de remodelação: uma durante o verão, e uma outra em outubro, altura em que o hotel fecha portas para a fase final de remodelações.

“É um complemento na nossa oferta, um esforço para estarmos cada vez mais presentes na região do Douro”, afirma Miguel Velez, que explica que o intuito de expansão da empresa passa por “criar uma rede de hotéis que permita conhecer Portugal de lés-a-lés, de norte a sul do país”.

Sobre a parceria com a Fauchon para a abertura do primeiro hotel da marca em Portugal, Miguel Velez admite que continuam à procura de uma unidade em Porto e em Lisboa.

Sobre o autorCarla Nunes

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Portugal é o país convidado de honra do Festuris 2025

Os CEO do Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, Eduardo Zorzanello e Marta Rossi, confirmaram, esta quinta-feira, que Portugal é o país convidado de honra da 37ª edição, que decorre este ano de 6 a 9 de novembro.

Publituris

A formalização ocorreu durante um encontro na BTL, com o com o secretário de Estado do Turismo de Portugal, Pedro Machado, a vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, Lídia Monteiro, e o diretor de Turismo de Portugal no Brasil, Bernardo Cardoso.

“Estamos muito felizes e honrados em ser o país convidado de honra do Festuris”, disse Lídia Monteiro, para lembrar que, nos últimos três anos “participamos ativamente do Festuris, e sentimos, sempre que somos recebidos como família e as famílias, quando se encontram, partilham, e nossa vontade é estar em Gramado partilhando aquilo que Portugal tem de melhor para ser visitado”.

A responsável do Turismo de Portugal assegurou que a presença portuguesa será “muito agregada, e que muitas empresas portuguesas também atenderão esse chamamento para estarem conosco””.

Bernardo Cardoso manifestou a importância do Festuris como feira de turismo no sul do Brasil, e exaltou a relevância dos voos internacionais entre Lisboa e Porto Alegre, que terão três frequências semanais com a TAP Air Portugal a partir de 1 de abril.

Este é o 4º ano que o Festuris faz reverência a um país. A escolha de Portugal justifica-se pela sua importância histórica e a sua relação turística e económica com o Brasil, sobretudo com a região sul brasileira. “Portugal é arte e a arte está em todos os lados: No saber fazer, na valorização de território, no produto com valor acrescentado, na inovação, na sustentabilidade. E Portugal dá aula em tudo isso”, destacou Eduardo Zorzanello.

Refira-se que, nas edições anteriores, os países de honra do Festuris foram República Dominicana em 2024, Uruguai em 2023 e Argentina em 2022. Para este ano, o Festuris vai contar com a presença de mais de 50 destinos internacionais a mostrar as suas potencialidades para os profissionais do turismo que estarão em Gramado entre 6 e 9 de novembro de 2w025. Serão mais de 15 mil profissionais e 2.500 marcas presentes. Em negócios gerados entre os players, o montante deve chegar a 500 milhões de reais, estima a organização da Feira.

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