easyJet anuncia aumento de 8% face à capacidade pré-pandemia para 2022
Companhia aérea low cost apresentou esta quarta-feira, 15 de dezembro, na Madeira, os seus planos para 2022, considerando que este já deverá ser “um ano positivo e de retoma”.
Inês de Matos
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A easyJet conta operar, no próximo ano, mais 8% da capacidade que disponibilizava antes da chegada da COVID-19, o que representa um aumento de 117% face à capacidade que a companhia aérea disponibilizou este ano, revelou esta quarta-feira, 15 de dezembro, José Lopes, diretor geral da easyJet em Portugal.
“Em 2022, no que diz respeito a Portugal, esperamos operar mais 8% da capacidade que tínhamos antes da pandemia, em 2019, e isso é algo que nos orgulha bastante. Pode parecer pouco apresentar números de crescimento de 8% relativamente ao período pré-pandemia mas, se olharmos para aquilo que operamos no ano passado [o ano fiscal da easyJet terminou em setembro], estamos a falar num aumento de 117% da capacidade comparativamente com aquilo que operámos em 2021”, revelou o responsável, durante uma conferência de imprensa na Madeira.
De acordo com José Lopes, este crescimento de 8% representa “mais do dobro” face à capacidade disponibilizada este ano e significa “um esforço enorme” para a easyJet, mas que deverá ajudar a companhia aérea a consolidar a sua posição no mercado nacional e a crescer em contraciclo com a realidade atual da indústria da aviação.
José Lopes explicou que a companhia aérea estima, a nível global, “voar cerca de 74%” da capacidade pré-pandemia no terceiro trimestre e mostra-se confiante que “a capacidade do quarto trimestre se aproxime dos níveis de 2019”, até porque o período entre o Natal e o Fim de Ano costuma ser forte em procura, como se tem registado este ano, com o responsável a indicar que esse aumento de procura abrange também as viagens de negócios.
“Temos dados interessantes dos últimos seis meses e creio que ajudam a comprovar isso”, acrescentou o responsável, revelando que, nesse período, a easyJet cresceu 46% na Madeira face a igual período de 2019, ainda que o aeroporto do Funchal tenha perdido 16% de tráfego nesses seis meses, enquanto no Porto a companhia aérea low cost registou uma subida de 9%, num período em que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro assistiu a uma descida de 40% no tráfego.
Já no aeroporto de Lisboa, onde a questão da falta de liberalização dos slots continua a ser um problema para a easyJet, José Lopes revela que a companhia aérea também regista “uma performance superior à média do mercado”.
“É este o nosso compromisso para 2022, vamos ter mais de oito milhões de lugares à venda e esperamos que, em breve, possamos ter novas surpresas, caso se venha a concretizar a liberalização de slots em Lisboa e, se isso, acontecer, vamos adicionar ainda mais capacidade do que estamos agora a anunciar”, rematou.
O diretor geral da easyJet em Portugal espera que, ao nível de restrições adotadas para conter a pandemia, 2022 também seja um ano melhor do que foi 2021 e revela que os dados que a companhia aérea possui assim o indicam.
“Com os dados que temos, pensamos e perspetivamos que o próximo ano será mais positivo do que aquele que passou. É verdade que há novas variantes que parecem ser mais perigosas em termos de contágios mas com um impacto hospitalar não tão massivo, o que nos permite ter confiança que o transporte aéreo é seguro e que o ambiente dentro do avião é o mais seguro possível”, explicou, acrescentando que, apesar das novas variantes, a easyJet acredita que “2022 vai ser um ano positivo e de retoma”.
Ano histórico na Madeira
A conferência de imprensa em que a easyJet deu a conhecer as suas expetativas para 2022 aconteceu no Mercado dos Lavradores, no Funchal, Madeira, e contou com a presença de Pedro Calado, presidente da Câmara Municipal do Funchal, bem como de Eduardo Jesus, secretário regional de Turismo e Cultura da Madeira.
Durante o evento, José Lopes explicou que a companhia aérea decidiu fazer este evento na região autónoma porque este foi um “ano histórico” para a easyJet na Madeira, que se tornou na primeira companhia aérea na região, ultrapassando a TAP, tendo mesmo registado um crescimento de 46% nos últimos seis meses, face a 2019.
“Voar 46% mais que em 2019 é um grande feito e uma prova de que a easyJet acredita no mercado da Madeira e que mostra que a pandemia acabou por se transformar numa oportunidade”, considerou, revelando que a easyJet passou a liderar na rota Porto-Funchal, onde era terceira antes da pandemia, contando agora com uma quota de mercado de 42%, enquanto nas ligações entre Lisboa e o Funchal é segunda e assim deverá continuar mesmo com a abertura de uma nova base da Ryanair na Madeira.
A Madeira, acrescentou ainda o diretor geral da easyJet em Portugal, é também um dos destinos mais procurados na easyJet Holiday, que disponibiliza mais de 300 hotéis, “muitos também na Região Autónoma da Madeira.
“Portugal é um dos destino mais procurados na easyJet Holidays, essencialmente por britânicos. Faro é o destino número um, mas a madeira tem evidenciado um grande crescimento”, revelou o responsável, que passou ainda em revista as conquistas da easyJet em Portugal durante 2021, com destaque para a abertura de uma nova base em Faro e para a abertura de novas rotas.