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“Turismo da ONU tem de trabalhar de forma mais transparente, eficiente e relevante”

Ministro do Turismo da Grécia, entre 2019 e 2021, Harry Theoharis apresenta-se como candidato a secretário-geral do Turismo da ONU (UN Tourism), juntamente com outras cinco personalidades. Em entrevista ao Publituris, Harry Theoharis admite que a experiência que viveu durante os anos da pandemia funcionará como um “espelho” do que poderá e deverá fazer à frente da organização que, segundo o próprio, “tem de trabalhar de forma mais transparente, eficiente e relevante”.

Victor Jorge
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“Turismo da ONU tem de trabalhar de forma mais transparente, eficiente e relevante”

Ministro do Turismo da Grécia, entre 2019 e 2021, Harry Theoharis apresenta-se como candidato a secretário-geral do Turismo da ONU (UN Tourism), juntamente com outras cinco personalidades. Em entrevista ao Publituris, Harry Theoharis admite que a experiência que viveu durante os anos da pandemia funcionará como um “espelho” do que poderá e deverá fazer à frente da organização que, segundo o próprio, “tem de trabalhar de forma mais transparente, eficiente e relevante”.

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Candidato a substituir o atual secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, o grego Harry Theoharis, quer que “os Estados-Membros compreendam e reconheçam o valor e queiram envolver-se para reforçar a relevância do Turismo da ONU [UN Tourism]”. Para tal, referiu ao Publituris, “é preciso que a organização crie mais valor para os seus Estados-Membros”. No que diz respeito à problemática dos recursos humanos, o candidato admite que “não podemos fazer uma coisa de cada vez, mas encontrar uma solução para que todas estas questões possam ser abordadas de forma conjunta”. Já quanto à tecnologia e, mais concretamente, à Inteligência Artificial, o engenheiro de software de formação salienta que, “utilizando-a, pode remover a incerteza”. Relativamente ao excesso de turismo, admite que a “Europa turística até tem medo de mencionar a palavra overtourism”.

É candidato a secretário-geral do Turismo da ONU (UN Tourism). Qual é a sua visão global para o turismo no mundo, especialmente depois de sairmos de uma pandemia e com o turismo e as viagens a registarem uma recuperação?

O que vemos, se olharmos para o panorama global, é uma comunidade que tem de lidar com várias forças externas. Forças como a instabilidade geopolítica, guerras que interrompem, claro, o turismo.

Temos, após a COVID, um problema agudo de pessoal, de recursos humanos. Existem ainda problemas relacionados com garantias de que os benefícios do turismo chegam aos níveis mais baixos da sociedade e que todos recebam uma parte justa no setor turístico e para que, ao viajar, o dinheiro gasto pelos turistas chegue também à comunidade local, e não fique apenas fora do país ou limitado às grandes empresas.

Assim, enfrentamos desafios que vêm do passado, bem como novos desafios que parecem ser moldados por eventos inesperados. Além disso, há que contar, igualmente, com as mudanças de longo prazo, relacionadas com o digital, o ambiente, os imperativos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, que moldam o nosso pensamento e que, cada vez mais, devem moldar as nossas ações nos anos vindouros.

Mas há que relembrar, também os desafios da resiliência que ainda nos assombram. Talvez porque avançámos muito lentamente na transição que precisávamos de fazer. Agora, vemos um risco crescente de colapso das comunidades, cheias, incêndios, entre outros desastres.

E, como resultado, precisamos de mobilizar financiamento e redes de apoio para reativar as comunidades e os negócios.

Mas aprendemos alguma coisa com a pandemia?
Sim, que não conseguimos fazer isto sozinhos, que temos de nos unir. A menos que nos unamos, não conseguiremos crescer.

Mas quem tem de se unir? O setor público e o privado? Dentro do país, dentro de continentes, entre continentes?
Bem, tudo o que mencionou. São apenas diferentes dimensões de unidade. No que diz respeito ao Turismo da ONU (UN Tourism), temos de unir os Estados-Membros, perceber as economias de escala e os benefícios da cooperação em oposição aos benefícios da concorrência, e temos de enfatizar isso. Precisamos de unir o setor privado e o público.

Durante muito tempo houve um desfasamento entre ambos. Precisamos de unir as indústrias. As indústrias da saúde e do turismo, por exemplo, tiveram de unir forças e encontrar soluções para problemas que nunca imaginaram enfrentar.

Porque estão interligados.
Sim, podem estar e deveriam estar. Ou seja, se não estão, porque não é necessário, tudo bem. Mas quando surge o risco e se concretiza, quando o inimigo está à porta, temos de nos unir e enfrentá-lo. Estou certo de que enfrentaremos problemas semelhantes no futuro. Por isso, precisamos, pelo menos, de encontrar modos de discutir, concordar e cooperar e tê-los prontos para quando for necessário.

Mas trata-se de uma questão de dinheiro ou apoio financeiro?
O apoio financeiro é um dos aspetos, claro. Durante a COVID, a Grécia, por exemplo, apoiou as Pequenas e Médias Empresas (PME), pagou os salários dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, não permitiu que as empresas despedissem.

Agora, isso pode ser criticado por alguns, mas quando reabrimos, essas empresas – desde os aeroportos até às PME – não estavam à procura de funcionários como outros países. Assim, quando viajava para Atenas, tínhamos pessoas a trabalhar no turismo, nos hotéis, nos aeroportos. Estavam de prevenção e não podiam ser despedidos, por isso foram retomados imediatamente, ao contrário do que aconteceu, por exemplo em Schiphol [aeroporto de Amsterdão] ou Heathrow [aeroporto de Londres]. E esta foi uma das razões pelas quais a Grécia recuperou muito mais rapidamente do que outros países.

Portanto, uma das coisas que precisamos de fazer é perceber que tivemos uma grande “experiência natural” com a COVID e que muitos países usaram modelos diferentes. Vamos avaliar o que funciona melhor e o que funciona pior para formar o nosso pensamento e visão. Além disso, precisamos de cooperar com a academia que nos poderá ajudar enormemente.

 

Precisamos de unir o setor privado e o público. Durante muito tempo houve um desfasamento entre ambos. Precisamos de unir as indústrias. As indústrias da saúde e do turismo, por exemplo, tiveram de unir forças e encontrar soluções para problemas que nunca imaginaram enfrentar

 

Antes de abordar pontos sobre comunidades locais e tecnologia, a sustentabilidade também é uma grande preocupação para o turismo. Que políticas específicas propõe para promover mais sustentabilidade ou práticas sustentáveis no setor do turismo?
Temos de cooperar com a academia, os praticantes, os consultores, os implementadores no terreno, e com os Estados-Membros para encontrar as melhores práticas. Precisamos de criar centros de conhecimento específicos e hubs de excelência e, em torno desses hubs, desenvolver um ecossistema de pessoas que copiem e adaptem os modelos bem-sucedidos, os transformem em produtos, porque precisam de os vender.

Precisamos de convencer um hoteleiro de que, se implementar práticas sustentáveis em todos os aspetos, terá algo a ganhar.

Mas é preciso agir. Ou seja, menos teoria e mais prática?
Exatamente. E, para isso, precisamos de disponibilizar às empresas os meios para beneficiarem financeiramente desta transição e deixar de fazer o que temos vindo a fazer que é dar prémios, dizer que este é melhor, aquele é pior. Chegámos ao momento de ganhar escala, de copiar e transferir conhecimento e know-how. No fundo agir e como disse deixar a teoria e passar à prática.

Falando de ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança), um grande fator na sustentabilidade é o transporte.
Sim, claro. É fundamental.

Então concordará que, por exemplo, no que diz ao transporte aéreo, existe um problema. Todos querem ser sustentáveis, ou pelo menos, mostrar que cumprem as regras da sustentabilidade, mas depois as companhias aéreas são confrontadas com a realidade de não conseguirem porque não há SAF?
Pois viajar sem transportes é impossível. De facto, precisamos de cooperar com instituições multilaterais. Estamos numa fase em que o SAF (combustível sustentável para aviação) pode ser viável se as políticas públicas o permitirem. Se criarmos um mercado, ele encontrará formas de ser eficiente e, eventualmente, tornar-se-á mais eficiente do que o atual regime. Isso exige políticas públicas que incentivem investimentos em infraestrutura para atingir essas metas a médio e longo prazo.

Então, como é que se cria o mercado?
Bem, estabelece-se uma obrigação e determina-se que 1%, 5%, 10% do combustível tem de ser SAF. A partir do momento que se define que dentro de 10 anos, uma certa percentagem do combustível tem de ser SAF, posso investir numa refinaria para que, dentro de 10 anos, consiga fornecer o necessário.

Cria-se a infraestrutura para isso. Assim que essa infraestrutura está pronta, tenho clientes garantidos pela política pública.

Portanto, nesse sentido, este é um campo que não se pode enfrentar sozinho. Terá de haver, obrigatoriamente, uma colaboração e cooperação entre a IATA, a ICAO, a UE e outras instituições, para que se possa discutir as implicações e perceber como introduzir essas iniciativas.

E quanto ao papel da tecnologia, da digitalização e da Inteligência Artificial (IA), que agora estão a transformar todos os setores, incluindo o turismo?
Bem, sou engenheiro de software de formação e trabalhei como tal durante 20 anos no setor privado antes de “acidentes” me levarem para a política. Por isso, gosto muito dessa área e tento ser um pensador positivo.

Na verdade, implementámos uma das melhores utilizações de IA durante a COVID na Grécia. Usámos a IA para direcionar os nossos testes. O que fizemos foi o seguinte: os viajantes tinham de preencher um formulário digital no dia anterior à sua viagem, indicando o meio de transporte – avião, carro, barco, etc. Com base nas respostas do formulário e nos dados públicos do país de origem, como as taxas de positividade, decidíamos se seriam testados ou não. Recebiam um código QR que indicava se estavam “verdes” [não precisavam de teste] ou “vermelhos” [precisavam de teste] e conseguimos ultrapassar esse desafio enorme. Entender as tendências dos países dois dias antes de as vermos refletidas nos dados públicos foi fulcral para não sermos confrontados com realidades difíceis vividos por outros países.

Ou seja, usámos a IA de uma forma muito positiva para permitir que o turismo existisse. Começámos em 2020 e conseguimos abrir o turismo nesse ano porque tínhamos confiança suficiente para convencer o nosso Primeiro-Ministro de que seria seguro fazê-lo.

Mas isso foi em 2020. Agora estamos em 2025 e temos de olhar para o futuro.
Olhando para o futuro, vejo muitas coisas a acontecer. A IA pode remover a incerteza, os problemas, as filas, todas as partes difíceis de viajar, permitindo que o foco esteja na essência da experiência, que é a interação humana.

Mas pode também reduzir postos de trabalho?
É verdade, esse é o lado negativo da questão. Mas deixe-me ser mais específico. A IA não vai reduzir o número de pessoas que trabalham, por exemplo, num spa, mas pode reduzir o número de agentes de viagens, porque basta dizer o que se pretende, e a IA cria um itinerário, reserva os bilhetes e apresenta opções personalizadas ao máximo – seja para crianças, seja para outra necessidade específica.

No entanto, existe um risco. Atualmente, o turismo beneficia tanto os países de origem como os de destino. Os países de origem têm agentes de viagens que trabalham para levar turistas da Dinamarca para a Grécia, Itália, França, Espanha ou Portugal. Por outro lado, países como a Grécia, França ou Espanha têm trabalhadores na indústria do turismo para receber esses viajantes.

O que acontece se a maioria das pessoas que perde o emprego for dos países de origem? Esses países podem, além de perder divisas, deixar de beneficiar económica ou fiscalmente com o turismo. Nesse caso, corremos o risco de que esses países fiquem hostis à ideia de promover o turismo, pois já não veem vantagens.

 

A IA pode remover a incerteza, os problemas, as filas, todas as partes difíceis de viajar, permitindo que o foco esteja na essência da experiência, que é a interação humana

 

E nos destinos?
Os destinos são muito mais imunes, porque a natureza do produto tem um toque pessoal.

A IA ou a robótica, que até pode ser utilizada, como a Internet of Things, poderá até substituir um empregado de mesa para nos trazer o prato à mesa, mas a IA não substituirá o chef, o sommelier, os profissionais de um spa. Ou seja, tudo o que são funções onde o toque humano, a personalização, são relevantes, estarão mais imunes.

A inclusão e a diversidade são também grandes questões no setor do turismo?
Bem, depende de onde estamos. Europa e EUA têm agora um grande diferencial nesse ponto.

Mas sim, são questões que estão a tornar-se cada vez mais importantes para o turismo.

Então quais as estratégias que propõe para estes aspetos?
Mais uma vez, penso que o Turismo da ONU (UN Tourism) precisa de ser um repositório de ideias. O que precisamos de fazer é observar os modelos dos diferentes países e analisar o quão bem-sucedidos são em garantir que a riqueza criada pela indústria do turismo – o valor do produto turístico – chegue aos níveis mais baixos das comunidades.

Com isso em mente, precisamos de avaliar o que funciona e o que não funciona, em todas as suas dimensões, os lucros, os salários, tudo.

Prefiro falar das coisas positivas e não das negativas em relação aos países. Por exemplo, na Grécia, temos uma oferta turística que vem de algumas grandes empresas, mas na sua grande maioria vem de PME. Como resultado, os habitantes das ilhas, por exemplo, onde estão essas PME, sentem os benefícios do turismo. Se fosse apenas um setor controlado por grandes empresas, seria necessário encontrar outra forma de abordar as preocupações.

E quanto ao overtourism? Como é que os diversos destinos podem e devem lidar com esta questão? Ou antes de mais, é mesmo uma questão?
É uma questão simples que merece uma resposta simples: sim.

Contudo, existem dois aspetos nessa questão. Um é o das filas intermináveis, demasiadas pessoas, esperas para visitar um museu, um local cultural, simplesmente passear numa cidade ou vila. Isto é algo que já existia no passado, não é novo. Pode ser gerido melhor ou pior, e às vezes fazemos isso bem, outras vezes nem tanto. Mas não penso que isto tenha mudado significativamente.

Existem ferramentas para minimizar esses efeitos, mas é preciso utilizá-las e utilizá-las bem. Podemos usar proibições administrativas diretas, podemos aplicar taxas, podemos investir em infraestruturas. Mas uma coisa é certa, hoje temos várias ferramentas para gerir melhor os fluxos e os destinos.

O que acho que mudou realmente nos últimos meses e anos, especialmente após a COVID, é que, com o advento do Alojamento Local, o mercado imobiliário estreitou a sua ligação ao mercado turístico. Antes, eram mercados desconectados. Tinha-se um terreno e decidia-se: construo um hotel ou casas? Se fossem casas, eram casas. Se fosse um hotel, era um hotel. Agora, pode-se ter um apartamento no centro de Atenas e escolher: alugo-o a longo prazo (para habitação) ou alugo-o a curto prazo para Alojamento Local? Neste último caso, pode mudar-se essa escolha várias vezes ao longo do ano. O mercado da habitação é social e politicamente sensível, e afeta questões que muitos países regulam.

Penso que esta mudança recente fez com que as pessoas começassem a ver o produto turístico e os turistas como rivais da população local. E precisamos de encontrar formas de resolver isso.

Neste momento, a Europa turística até tem medo de mencionar a palavra overtourism (excesso de turismo). Precisamos de olhar para as questões, resolvê-las e geri-las.

Se não se falar do problema, não se pode resolver?
Não, e o problema é que será resolvido por outros que não pertencentes ao setor do turismo. Isto porque qualquer Governo não vai esperar pela ONU Turismo para fazer alguma coisa ou esperar por qualquer sugestão ou conselho. E isto acontecerá na Grécia, em França, Portugal, onde também já existe este problema, ou outro qualquer destino confrontado com esta realidade.

Há que agir para que o turismo seja algo presente e relevante ou um problema, mas a solução irá surgir. Por isso, é melhor que os decisores do turismo se tornem relevantes nesta solução e que evitem passar muito tempo com manobras de “tentativa e erro” até que encontrem uma solução.

 

Neste momento, a Europa turística até tem medo de mencionar a palavra overtourism (excesso de turismo). Precisamos de olhar para as questões, resolvê-las e geri-las

 

Há pouco abordou outra questão problemática que está relacionada com o emprego e os recursos humanos. Todos sabemos que a pandemia retirou pessoas ao turismo que, em muitos casos, não regressarão. Como atrair essas pessoas que saíram e novas pessoas para o turismo? Melhores salários, melhores condições de trabalho?
Bem, em parte está a dar a resposta, mas há muito mais a considerar. Uma das coisas fundamentais a fazer é olhar um pouco para trás e perceber que não demos as melhores condições às pessoas que trabalhavam no turismo. É um facto, temos de reconhecê-lo e não escondê-lo.

Não tenho dados para me pronunciar sobre Portugal, mas de certeza aconteceu o mesmo que no meu país [Grécia], em Espanha, Itália ou França.

Em segundo lugar, é preciso encontrar formas de resolver esta questão e rapidamente. Até porque sabemos que esta questão está intimamente ligada ao problema da imigração.

É difícil encontrar pessoas nos próprios países para trabalhar no setor e isso estrangula os negócios que, no fim, se viram para outros países para colmatar essas lacunas de pessoal.

Depois temos o problema grave de todas estas questões se misturarem ao nível da discussão política, na maioria das vezes, de forma incorreta. Por isso, precisamos de encontrar soluções inovadoras. Tenho algumas ideias que, neste momento, ainda não estou em condições de partilhar, uma vez que precisamos de desenvolvê-las e necessitam de uma abordagem cuidada, mas efetiva, com os Estados-Membros.

O que posso dizer é que precisamos de delinear planos de carreira para os mais jovens em muitas regiões do mundo para que possam ter sucesso no turismo no seu próprio país em vez de se verem obrigados a emigrar para outros países. Além disso, é preciso controlar e gerir a migração das pessoas para encontrar melhores condições em destinos desenvolvidos.

Uma coisa é fazê-lo em destinos emergentes, outra é fazê-lo em destinos consolidados e maduros. Assim, penso que não podemos fazer uma coisa de cada vez, mas encontrar uma solução para que todas estas questões possam ser abordadas de forma conjunta.

E como é que a sua experiência como ministro do Turismo da Grécia moldou a sua abordagem para liderar a ONU Turismo? Quais lições de carreira aplicaria na nova função?
Fui um ministro muito ativo, por isso, compreendo como é que as coisas funcionam. Fui ministro do Turismo entre 2019 e 2021 e a experiência que tive durante esses anos, principalmente, durante as dificuldades e desafios da pandemia funcionam como um “espelho” do que poderei fazer no Turismo da ONU.

Além disso, liderei a Comissão da ONU Turismo para a Europa e renovei a posição do meu país no Conselho Executivo. As discussões sobre a Carta dos Direitos dos Turistas estavam bloqueadas até que pedi para liderar as discussões. E foram desbloqueadas e finalmente chegámos a uma solução comum e a um acordo entre todos os países.

Como presidente dessa Comissão, fiz parte do comité de crise da COVID, pedi a criação de um comité técnico de crise para a COVID e tracei um plano para encontrar soluções. O certificado digital e todas as iniciativas que tivemos na Europa também foram apoiadas pelo trabalho do LabCom.

Portanto, vi como as funcionam e penso que tenho uma boa ideia do como devem funcionar. Em segundo lugar, tenho uma grande experiência em reformas no meu país, fui chefe da administração fiscal e consegui levar a cabo um processo de reformas, tornando-a independente do Ministério das Finanças durante os anos mais difíceis da Troika, de modo a transformá-la, digitalizá-la e torná-la mais eficiente de modo a combater a evasão fiscal.

O que quero dizer com isto é que tenho uma grande experiência na gestão de crises.

Finalmente, trabalhei com diversas instituições do setor público, trabalhei com o universo privado durante 20 anos, em pequenas start-ups, grandes empresas, em Londres. Por isso, toda esta experiência acumulada servirá e será posta em prática para reformar a organização [UN Tourism].

 

O principal indicador de sucesso (KPI) é que os Estados-Membros compreendam e reconheçam o valor e queiram envolver-se para reforçar a relevância da organização [Turismo da ONU]

 

É essa a grande questão: reformar o Turismo da ONU?
Sim, sem dúvida. O Turismo da ONU tem de trabalhar de forma mais transparente, eficiente e relevante.

Nestes três aspetos, é preciso desenvolver muito trabalho. Fundamentalmente, é preciso que a organização crie mais valor para os seus Estados-Membros.

A organização não deve existir apenas para sua própria existência, mas pelo valor que cria para os membros.

Se for eleito, que indicadores-chave de sucesso gostaria de ver avaliados, por exemplo, no final do primeiro mandato?
A esperança é que, no final do primeiro mandato, vejamos todos os 160 Estados-Membros mais envolvidos, que todos eles se candidatem a integrar o Conselho Executivo, que todos queiram fazer parte desta organização. Penso que esse será o principal indicador de sucesso (KPI): que os Estados-Membros compreendam e reconheçam o valor e queiram envolver-se para reforçar a relevância da organização [Turismo da ONU].

Para isso, o primeiro passo é a transparência. É necessário que haja capacidade de voto. Sou político, tenho de responder às críticas dos meus eleitores. Eles votaram e uma das coisas que querem saber é se o dinheiro – o dinheiro deles – que damos à ONU Turismo está a ser bem gasto e a produzir resultados. Caso contrário, não vale a pena o investimento, mais vale sair da organização. Não acredito que seja esse o caso [o de existirem Estados-Membros que queiram sair], mas tenho de ser capaz de explicar isto tudo com números aos meus eleitores e aos países-membros que apoiam a próxima liderança do Turismo da ONU.

A mensagem que quero deixar é que acredito que, em pouco tempo, podemos reconstruir uma organização da qual nos orgulhamos e estou comprometido em concretizar isso. Acredito que não haverá um único país, entre os Estados-Membros, que não concorde que é isto que querem: fazer parte de uma organização de que se orgulham. E estou disposto a dedicar a minha resistência, a minha energia, a minha capacidade intelectual e todas as minhas competências para concretizar esse sonho, porque acredito nele.

Nota: Os candidatos oficialmente proclamados são Muhammad Adam, do Gana; Shaikha Al Nowais, dos Emirados Árabes Unidos; Habib Ammar, da Tunísia; Gloria Guevara, do México; Harry Theoharis, da Grécia; e o atual secretário-geral, Zurab Pololikashvili, da Geórgia.

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Arabian Travel Market 2025 vai dar destaque à IA e ao seu impacto no setor do turismo

À medida que o setor de turismo global passa por uma rápida transformação digital, a edição de 2025 do Arabian Travel Market (ATM), que acontece no Dubai World Trade Centre, entre 28 de abril e 1 de maio vai dar destaque à inteligência artificial (IA) e ao seu impacto revolucionário em todo o setor de turismo.

A Inteligência Artificial (IA) não vai ser apenas uma questão de adoção de tecnologia na edição de 2025 do Arabian Travel Market (ATM), no Dubai, mas um tema definidor do evento de viagens mais influente da região.

O ATM deste ano não será apenas uma montra de inovação em viagens, mas um fórum de liderança inovadora dedicado a explorar como a inteligência artificial está a revolucionar profundamente o turismo como o conhecemos.

De experiências hiperpersonalizadas para hóspedes e análise preditiva de dados a operações aeroportuárias inteligentes e automação do planeamento de eventos, a ATM 2025 vai refletir como a inteligência artificial está a impulsionar a evolução do setor de turismo em todos os níveis. O evento contará com palestrantes de alto nível, incluindo pioneiros em IA, cientistas de decisão, futuristas e executivos de companhias aéreas, oferecendo insights práticos sobre como a IA pode impulsionar o crescimento estratégico, a eficiência operacional e o engajamento do cliente. O propósito é preparar profissionais para a próxima onda de disrupção, transformação e crescimento em destinos globais.

À medida que o Arabian Travel Market continua a expandir a sua influência globalmente, o seu profundo foco em inteligência artificial no setor de turismo envia um sinal claro: a IA não é mais um conceito do futuro; é a espinha dorsal presente e futura das soluções inteligentes de viagens. Para as marcas de viagens, a lição é imediata: adapte-se ou fique para trás. À medida que a IA se torna mais sofisticada, as empresas que a adotarem com cuidado definirão a próxima década do turismo global.

Segundo a Statista, desde 2020, quase dois terços dos investimentos globais em tecnologia em viagens e mobilidade envolveram IA. Esta revelação por si só define o tom da narrativa centrada em IA na ATM 2025, oferecendo aos profissionais de viagens globais uma plataforma única para navegar pela disrupção e obter vantagem competitiva através de tecnologia transformadora.

O papel de Dubai como anfitrião não é acidental. O emirado está a emergir como a capital da tecnologia e do turismo do Oriente Médio, combinando infraestrutura ambiciosa, regulamentação inovadora e um ambiente de negócios favorável à inovação. A ATM 2025 capitaliza essa vantagem, reunindo mais de 150 países, milhares de expositores e dezenas de milhares de participantes sob o mesmo teto para colaborar, cocriar e comercializar o futuro das viagens globais.

 

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WTTC acusa Reino Unido de ‘sabotar’ turismo com impostos sobre passageiros aéreos

Um recente estudo do WTTC apurou que, no ano passado, os gastos turísticos no Reino Unido caíram 5,3%, para 40,3 mil milhões de libras, o que é atribuído aos aumentos de impostos e aos cortes no orçamento do VisitBritain.

O Conselho Mundial das Viagens e Turismo (WTTC) veio esta terça-feira, 22 de abril, acusar o Reino Unido de “sabotar” o turismo com políticas de aumentos de impostos sobre os passageiros aéreos, que estão a levar a uma significativa redução dos gastos turísticos no país.

De acordo com o WTTC, os gastos turísticos no Reino Unido caíram 5,3% no ano passado, o que indica gastos de menos dois mil milhões de libras face ao período anterior à pandemia da COVID-19.

De acordo com um novo estudo do WTTC, no ano passado, os turistas que visitaram o Reino Unido realizaram gastos no valor de 40,3 mil milhões de libras, menos 5,3% do que em 2019, numa descida que, segundo o conselho, se deve às “escolhas políticas deliberadas” do governo britânico, que criaram “barreiras às viagens”.

A ausência de compras isentas de impostos, o aumento de impostos sobre passageiros aéreos e a introdução de autorizações eletrónicas de viagem são, segundo o WTTC, as principais políticas que ditaram a redução dos gastos turísticos.

“Ainda não voltamos ao ponto que precisávamos, enquanto o resto do mundo voltou”, disse Julia Simpson, presidente do WTTC, ex-assessora de Sir Tony Blair durante seu mandato como primeiro-ministro.

Segundo a responsável, o atual governo britânico está a sabotar o próprio país, uma vez o setor das viagens e turismo, que contribui para cerca de 10% do PIB do Reino Unido, não tem sido uma prioridade para o executivo.

O fim do IVA turístico é visto como uma das principais “desvantagens competitivas” para o Reino Unido, assim como o corte de mais de 40% no orçamento do VisitBritain, que conta agora com uma verba de 10,57 milhões de libras, quando no ano passado este montante tinha chegado aos 18,85 milhões de libras.

Além destas políticas, o Reino Unido decidiu também aumentar a taxa de embarque cobrada aos passageiros aéreos, bem como o preço dos vistos eletrónicos, que custam agora 16 libras, sendo que apenas os turistas irlandeses estão isentos deste pagamento.

O estudo do WTTC, que foi realizado em colaboração com a consultoria Oxford Economics, apurou ainda que a indústria das viagens e turismo contribuiu com 286 mil milhões de libras para a economia britânica em 2024, num aumento de 3,9% em relação a 2019.

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The Cooking Nook chega a Matosinhos para experiências enogastronómicas

A Lazy Flavors, empresa especializada na criação de experiências gastronómicas em Portugal há mais de 10 anos, abre as portas do The Cooking Nook Matosinhos no próximo dia 29 de abril, com um Open Day das 11h às 17h, na Avenida Menéres 834.

Este novo espaço foi pensado para acolher todos os que vivem e respiram gastronomia, sobretudo viajantes estrangeiros que querem mergulhar nos sabores autênticos de Portugal, mas no futuro também todos os foodies nacionais.

No The Cooking Nook, que só abre por marcação, vão acontecer aulas de culinária práticas e privadas, provas de vinhos, jantares vínicos temáticos, lançamentos de produtos gastronómicos e apresentação de vinhos e muito mais. A ideia é simples: criar um ponto de encontro para quem gosta de comer bem, aprender, partilhar e brindar aos bons momentos.

“Queríamos criar um espaço que fosse uma extensão natural do que temos feito com a Lazy Flavors: experiências com alma, sabor e sentido de lugar, e o The Cooking Nook é isso mesmo — um refúgio onde a cozinha é o centro e tudo acontece à volta da mesa”, partilha a equipa fundadora.

Durante o Open Day de abertura, os visitantes poderão conhecer o espaço, conversar com os anfitriões sobre as potencialidades do espaço e, claro, provar alguns petiscos e vinhos portugueses.

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TAP lança nova promoção para viagens entre setembro e março

A nova promoção da TAP, que é válida para viagens entre 15 de setembro de 2025 e 22 de março de 2026, inclui destinos nacionais, na Europa, EUA, Brasil e África. As reservas decorrem até 4 de maio.

A TAP lançou uma nova promoção “com preços e ofertas irrecusáveis”, que se aplica a viagens que decorram entre setembro de 2025 e março de 2026, cujas vendas tenham lugar entre 22 de abril e 4 de maio.

Segundo a companhia aérea de bandeira nacional, com esta promoção, os preços começam nos 49 euros para voos de ida e volta em Portugal e na Europa, enquanto as viagens para África apresentam valores desde 139 euros. Já os voos para os EUA têm preços desde 429 euros e o Brasil está disponível desde 619 euros.

A TAP explica que as viagens no âmbito desta promoção devem decorrer entre 15 de setembro de 2025 e 22 de março de 2026, com exceção do período entre 15 de dezembro de 2025 e 12 de janeiro de 2026.

Mas a promoção da TAP contempla também preços especiais para a bagagem, já que oferece um desconto de 15% na primeira bagagem para viagens com destinos nos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Angola e Moçambique, redução que se aplica também aos equipamentos de surf, windsurf, longboard, kitesurf e bike em viagens na Europa, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

A TAP diz ainda que, ao abrigo desta promoção, também os Boost Packs, que incluem acesso a lounges, embarque premium e fast track (nos aeroportos disponíveis), têm descontos especiais.

Todas as informações e condições da nova campanha da TAP podem ser consultadas aqui.

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Portalegre debate Turismo e Património criativo e industrial a 28 e 29 de maio

O HART – Heritage Adaptive Reuse in Tourism é um evento científico internacional que promove a reflexão sobre as intersecções entre património cultural e turismo, e que vai contar com a participação de especialistas internacionais, decorrendo em Portalegre, a 28 e 29 de maio.

A cidade de Portalegre vai ser palco, a 28 e 29 de maio, do HART – Heritage Adaptive Reuse in Tourism, evento científico internacional que promove a reflexão sobre as intersecções entre património cultural e turismo, e que vai contar com a participação de especialistas internacionais oriundos de vários cantos do mundo.

“O programa desta primeira edição foca-se no património e turismo criativo e industrial”, indica o Turismo do Alentejo e Ribatejo, que é um dos organizadores da iniciativa, num comunicado enviado à imprensa.

O HART conta com um programa composto por diversas conferências com especialistas internacionais do Reino Unido, Grécia, Roménia, Espanha e Itália, além de sessões de showcase de boas práticas e workshops temáticos, aliando o conhecimento científico com a prática, em sessões que vão realizar-se em espaços diferentes, que remetem para as temáticas em análise.

“O Turismo e o Património são indissociáveis e vale a pena refletir sobre as abordagens de adaptação dos sítios patrimoniais às atividades turística, com a perspectiva de desenvolvimento sustentável dos ativos e das comunidades. Com este evento, pretendemos analisar e discutir os modelos atuais e refletir sobre o futuro”, adianta José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.

O evento destina-se a académicos, investigadores e também a profissionais dos setores do turismo e património e decisores.

O programa completo do HART pode ser consultado aqui, onde é também possível realizar as inscrições para o evento.

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Acesso ao centro histórico de Veneza volta a pagar taxa turística

Este ano, a taxa turística de Veneza vai ser cobrada ao longo de 54 dias, com um preço de cinco euros para quem reservar a visita até quatro dias antes da chegada, valor que sobe para 10 euros caso a reserva seja feita a partir do terceiro dia antes da visita.

A Câmara Municipal de Veneza reintroduziu a taxa turística de acesso ao centro histórico da cidade italiana, cujo preço varia entre os cinco e os 10 euros consoante a antecedência da reserva da visita.

Segundo a Lusa, a taxa turística para acesso ao centro histórico de Veneza está de regresso depois de ter estado suspensa, e vai ter um preço de cinco euros para quem reservar a visita até quatro dias antes da chegada, num valor que sobe para 10 euros caso a reserva seja feita a partir do terceiro dia antes da visita.

“A medida visa definir um novo sistema de gestão dos fluxos turísticos e desincentivar o turismo quotidiano em Veneza durante determinados períodos, tendo em conta a delicadeza e a singularidade da cidade”, referiu o presidente da Câmara de Veneza, Luigi Brugnaro.

A taxa turística de Veneza vai ser cobrada ao longo de 54 dias e apenas para visitar o centro histórico da cidade, não incluindo as ilhas mais pequenas, nem a Piazzale Roma, Tronchetto ou a Estação Marítima.

Os visitantes deverão registar-se numa plataforma própria criada para o efeito para obterem um código de acesso QR que deve ser apresentado em caso de controlo, sendo por isso pedido aos visitantes que mantenham o bilhete consigo, já que este certifica o pagamento da contribuição ou a condição de isenção.

A taxa visa também desencorajar o turismo diário e incentivar os visitantes a escolherem períodos de menor movimento.

A Lusa recorda que esta taxa surgiu em 2022 e foi aplicada aos turistas que visitam o centro histórico da cidade apenas por um dia, tendo sido reintroduzida no ano seguinte por um período mais longo.

No ano passado, a taxa turística de Veneza foi cobrada ao longo de 29 dias de grande fluxo turístico, entre abril e julho, prevendo-se que, este ano, se mantenha por um período de 54 dias.

A Lusa lembra ainda que, no ano passado, esta taxa turística rendeu 2,2 milhões de euros, tendo sido aplicada ao longo de um período de 29 dias.

Além da taxa, Veneza adotou várias outras medidas para reduzir o impacto do turismo no centro histórico, a exemplo da limitação da dimensão dos grupos de turistas a 25 pessoas e da proibição do uso de altifalantes.

 

 

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Padrão dos Descobrimentos reabre sexta-feira depois de quatro meses em obras

Segundo a EGEAC, responsável pela gestão do Padrão dos Descobrimentos, as intervenções motivaram um investimento de 150 mil euros e tiveram como objetivo “melhorar as condições de visita, o acolhimento e a qualidade das instalações disponibilizadas ao público”.

O Padrão dos Descobrimentos vai reabrir ao público sexta-feira, 25 de abril, depois de ter estado encerrado ao longo de quatro meses para obras de reabilitação, avança a Lusa, que cita o espaço, que é gerido pela EGEAC.

“Os trabalhos tiveram como objetivo melhorar as condições de visita, o acolhimento e a qualidade das instalações disponibilizadas ao público”, explica um comunicado divulgado pelo Padrão dos Descobrimentos.

As intervenções incluíram a “remodelação das instalações sanitárias e sua adaptação para pessoas com mobilidade reduzida”, assim como pela “reabilitação dos tetos acústicos da sala de exposições”.

O encerramento do Padrão dos Descobrimentos tinha sido anunciado em dezembro do ano passado, pela EGEAC, que avançou que as intervenções implicavam um investimento de 150 mil euros.

 

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Transavia aumenta voos de Portugal para Paris-Orly no inverno e mantém rota Funchal-Marselha

No próximo inverno, a Transavia vai reforçar as ligações desde Portugal para Paris-Orly e manter a nova rota Funchal-Marselha, oferecendo um total de 17 rotas entre Portugal, França, Países Baixos e Bélgica.

A Transavia já divulgou a sua oferta para o próximo inverno, no qual vai contar com um reforço das rotas desde Portugal para Paris-Orly e manter a nova rota Funchal-Marselha, informou a companhia aérea low cost do grupo Air France-KLM.

“Com 39 voos/semana a partir do Porto e 31 voos/semana de Lisboa, Paris-Orly será o principal destino operado nas rotas portuguesas este inverno. No total, a companhia franco-neerlandesa vai operar 17 rotas entre Portugal e França, Países Baixos e Bélgica”, lê-se na informação divulgada pela Transavia esta terça-feira, 22 de abril.

No caso de Paris-Orly, a Transavia vai realizar sete voos adicionais face ao inverno passado desde o Porto, enquanto Lisboa ganha mais quatro ligações aéreas à capital francesa e o Funchal passa a contar com mais um voo este inverno.

Já “a rota Funchal-Marselha está também a ser estendida do verão para o inverno”, refere a Transavia, lembrando que esta rota, que conta com voos aos domingos, começa a ser operada a 7 de julho e deveria manter-se até setembro, mas vai afinal ter voos também durante o período de inverno.

Além de Paris-Orly e Marselha, a Transavia vai contar também com voos desde Faro, Funchal, Lisboa e Porto para Amesterdão; Faro e Lisboa para Eindhoven; Funchal, Lisboa e Porto para Nantes; Faro e Lisboa para Roterdão; e Faro para Bruxelas.

“No total, vamos oferecer opções de viagem adicionais através das nossas 17 rotas entre Portugal, França, Países Baixos e Bélgica. Globalmente, com nada menos do que 168 rotas este inverno, estamos empenhados em continuar a nossa expansão regional oferecendo ligações internacionais diretas a preços acessíveis”, afirma Nicolas Hénin, vice-presidente executivo de vendas e marketing da Transavia France.

Os bilhetes para os voos da Transavia durante a próxima temporada de inverno já estão à venda e apresentam preços desde 37 euros por pessoa, para voos só de ida, e podem ser adquiridos aqui.

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SkyUp Airlines Lisboa
Aviação

SkyUp Airlines inaugura voos entre Lisboa e Chisinau

Segundo o Aeroporto de Lisboa, a nova rota da SkyUp Airlines, que conta com um voo semanal às sextas-feiras, vem reforçar a “conectividade entre Portugal e o Leste Europeu”, com benefícios para o turismo.

A SkyUp Airlines inaugurou na passada sexta-feira, 18 de abril, a sua operação regular entre Lisboa e Chisinau, capital da Moldova, que conta com um voo por semana, realizado às sextas-feiras, informou o Aeroporto de Lisboa, em comunicado.

“É com grande satisfação que damos as boas-vindas à SkyUp Airlines neste regresso da sua operação regular entre a Moldávia e Portugal. O regresso da SkyUp, companhia aérea com raízes ucranianas, vem diversificar o portfolio de companhias no Aeroporto de Lisboa, e reflete o nosso compromisso no desenvolvimento de rotas que reforçam a conectividade do país, tanto para quem nos visita como para quem se liga ao mundo a partir de Lisboa”, congratula-se Nuno Costa, diretor Comercial Aviação da ANA|VINCI Airports.

A nova rota vem reforçar a “conectividade entre Portugal e o Leste Europeu”, com benefícios para o turismo, uma vez que permite “viagens de visita a familiares e amigos”, assim como “viagens de negócios, além de oferecer uma alternativa conveniente para passageiros que viajam de e para a Ucrânia, dada a proximidade geográfica do Aeroporto Internacional de Chisinau com a fronteira ucraniana”.

Recorde-se que a nova rota da SkyUp Airlines foi anunciada durante a BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, em março, por Viktor Puharskyy, CEO da ASL Partners, que representa a companhia aérea em Portugal, que revelou ao Publituris que as ligações pretendem “ajudar os ucranianos que fugiram da guerra e que estão agora a regressar para visitar os familiares que ficaram por lá”.

De acordo com o responsável, a SkyUp Airlines voava entre Lisboa, Funchal e a Ucrânia antes da guerra começar, mas com o conflito armado suspendeu as operações, retomando agora os voos para Lisboa com o objetivo de aumentar as ligações até três por semana e de, mais tarde, regressar também à Madeira.

“Vamos começar com voos uma vez por semana, cada sexta-feira, com potencial de, se correr tudo bem, aumentar para três voos semanais. Queremos também recomeçar os voos para a Madeira, mas isso só deverá acontecer no final do ano ou no próximo ano. E, se a guerra acabar, voltamos a operar para a Ucrânia”, explicou na ocasião Viktor Puharskyy ao Publituris.

Os voos da SkyUp Airlines são realizados em aviões Boeing 737, com Viktor Puharskyy a explicar que, numa primeira fase, a transportadora vai usar a versão mais pequena, o B737-700, com 149 lugares, contando passar para o B737-800, com 189 assentos, durante a temporada de verão.

 

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Bernardo Trindade reeleito como presidente da AHP para o triénio 2025-2027

Bernardo Trindade foi reeleito como presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) para o triénio 2025-2027, em lista única votada por unanimidade. A Assembleia Geral decorreu esta segunda-feira, 21 de abril, na Pousada de Lisboa.

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“A lista eleita reflete uma continuidade do trabalho desenvolvido no último mandato, com enfoque no reforço da representatividade da AHP em todas as regiões, e num compromisso claro com a qualificação do alojamento turístico, a competitividade da oferta hoteleira, a formação, valorização dos recursos humanos e o reforço do papel do Turismo nas agendas política e económica nacionais”, refere a associação em nota de imprensa.

Desta forma, os novos órgãos sociais da AHP para o próximo triénio são compostos por:

Mesa da Assembleia Geral

  • Presidente: Vitor Paranhos Pereira (Ritz Four Seasons Lisbon Hotel);
  • Vice-presidente: Romão Braz (Hotéis Azoris);
  • Secretários efetivos: João Diniz (Grande Hotel de Luso) e Carla Maximino (Hotel Mundial);
  • Secretário suplente: José Armando Ferrinha (Sea Porto Hotel) e Felipe França (Hotel Príncipe Lisboa).

Conselho Fiscal

  • Presidente: Manuel Violas (Hotéis Solverde);
  • Vice-presidente: Jorge Heleno (Dom Gonçalo Hotel);
  • Vogais efetivos: João Tomás (Casa das Penhas Douradas), Luís Cruz (MH Hotels);
  • Vogais suplentes: José Humbria Brazão (Hotel 3HB Faro) e Pedro Silva Pereira (Hotel Miraparque).

O Conselho Geral, presidido por Raul Martins, dos Altis Hotels, conta com uma lista de 23 conselheiros e integra representantes de grupos e unidades hoteleiras de norte a sul do país e ilhas.

Já o Conselho Diretivo, além de Bernardo Trindade, enquanto presidente, e Cristina Siza Vieira, como vice-presidente executiva, é composto por Margarida Almeida (Placid Village – Amazing Evolution); Andreia Pavão (Hotel Canadiano); Alexandre Marto Pereira (Hotel Estrela de Fátima, Lda. – Fatima Hotels); Miguel Proença (Hoti Hotéis); e Frederico Costa (Pestana Hotels & Resorts).

Por fim, a lista de representantes regionais da AHP inclui os seguintes membros:

  • Grande Lisboa e Península de Setúbal: Alexandre de Almeida (Hotéis Alexandre de Almeida);
  • Porto e Norte: Frederico Teixeira (Stay Hotels);
  • Centro – Aveiro, Coimbra e Viseu: Jorge Costa (Montebelo Hotel & SPA);
  • Centro – Beiras, Serra da Estrela e Beira Baixa: Luís Veiga (H2otel Congress & Medical SPA);
  • Centro – Leiria, Oeste e Vale do Tejo: Alexandre Marto Pereira (Fatima Hotels);
  • Alentejo Litoral: Luís Leote (Herdade do Touril);
  • Alentejo Centro e Interior: Lino Pereira Coelho (Évora Hotel);
  • Algarve: João Soares (Dom José Beach Hotel);
  • Madeira: Roberto Santa Clara (Hotéis Savoy);
  • Açores: Andreia Pavão (Hotel Canadiano).
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