O setor do alojamento turístico registou 2,2 milhões de hóspedes e mais de 5 milhões de dormidas em novembro de 2024, correspondendo a subidas de 14% e 9,8%, respetivamente (+3,7% e +2,5% em outubro de 2024, pela mesma ordem), avançaram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados no último dia de 2024.
Isto faz com que no 11.º mês de 2024 se tenham atingido os 29.733143 hóspedes e 76.143.476 de dormidas. Ou seja, caso se alcancem, em dezembro de 2024, os números de igual mês de 2023, o turismo, em Portugal, terminará o ano com mais de 31 milhões de hóspedes e ultrapassar-se-á a 80 milhões de dormidas.
Mais 3 milhões dormidas e temos novo recorde
As dormidas de residentes alcançaram, em novembro, um aumento expressivo (+22,2%, após +0,9% em outubro), correspondendo a 1,7 milhões, enquanto as dos não residentes registaram um crescimento mais modesto (+4,6%, após +3,1% em outubro), totalizando 3,4 milhões.
Em novembro, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, tendo os maiores aumentos ocorrido no Centro (+24,6%), na Península de Setúbal (+19,3%), no Norte (+18,3%) e nos Açores (+16,4%). O Algarve e a Grande Lisboa registaram os crescimentos mais modestos (+3,5% e +4,1%, respetivamente).
Assim, Lisboa alcançou mais de 1,4 milhões de dormidas, seguindo-se o Norte com 960 mil e o Algarve com perto de 850 mil.
As dormidas de residentes registaram aumentos em todas as regiões, tendo sido mais expressivos na Madeira (+46,8%), no Centro (+29,9%), no Alentejo (+24,7%) e no Norte (+24,3%).
Nos residentes, a liderança nas dormidas pertenceu ao Norte com 414 mil, seguindo-se Lisboa com 304 mil e Centro com 267 mil.
As dormidas de não residentes registaram crescimentos em todas as regiões, com exceção do Alentejo (-2,5%). Os aumentos mais expressivos foram observados na Península de Setúbal (+21,9%) e nos Açores (+20,5%).
Em termos de totais, Lisboa alcançou as 1,1 milhões de dormidas de não residentes, seguindo-se o Algarve com 691 mil e o Norte com 543 mil.
No acumulado do ano, é o Algarve que lidera com mais de 20 milhões dormidas, seguido por Lisboa com mais de 18 milhões e o Norte com mais de 13 milhões, sendo estas as únicas regiões a duplo dígito.
Nesta análise das dormidas nos primeiros 11 meses de 2024, o Norte lidera com 4,8 milhões de dormidas de residentes, seguindo-se o Algarve com 4,5 milhões e Centro com 3,2 milhões.
Já nas dormidas de não residentes, no período em análise, a liderança pertence ao Algarve com 15,6 milhões, enquanto o top 3 é fechado com Lisboa com 15 milhões e Norte com 8,5 milhões.
Os 10 principais mercados emissores, em novembro, representaram 71,2% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico a manter-se com o maior peso (14,7% do total das dormidas de não residentes em novembro) e a registar um ligeiro aumento de 0,3% face ao mês homólogo para 497 mil, o que no acumulado do ano totaliza quase 10 milhões de dormidas de não residentes.
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em novembro (12,5% do total), aumentaram 2,1%, totalizando, no 11.º mês de 2024, mais de 422 mil dormidas, e mais de 6 milhões no acumulado do ano. Seguiu-se o mercado norte americano, na 3.ª posição (quota de 9,9%), com um crescimento de 11,2%, o que em novembro perfez quase 334 mil de dormidas, para nos 11 meses totalizar quase 5 milhões, sendo que neste ranking dos 11 meses, Espanha ultrapassa os EUA com 5,1 milhões de dormidas.
No grupo dos 10 principais mercados emissores em novembro, o mercado polaco foi o que registou o maior crescimento (+15,9%), seguido do canadiano (12,4%) e o dos Países Baixos (+11,9%). Em sentido contrário, o mercado francês registou o maior decréscimo (-3,6%).
Faltam 300 mil para novo recorde nos hóspedes
Em termos de hóspedes, dos 2,2 milhões no mês de novembro de 2024, Lisboa concentrou 660 mil, seguindo-se o Norte com 528 mil e o Algarve com 245 mil.
No acumulado dos 11 meses de 2024, a liderança pertence a Lisboa com mais de 7,9 milhões de hóspedes, seguindo-se o Porto com perto de 7 milhões e o Algarve que ultrapassou a barreira dos 5 milhões.
Do total de 29,7 milhões de hóspedes recebidos pelo alojamento turístico nacional, 11,3 milhões foram residentes, com o Norte a ficar muito perto dos 3 milhões, seguindo-se o Centro com 1,9 milhões e Lisboa com 1,8 milhões.
Os hóspedes não residentes contabilizaram, por sua vez, 18,4 milhões, sendo que é Lisboa que lidera com 5,7 milhões, seguindo-se o Norte com quase 4 milhões e o Algarve com 3,7 milhões.
Na contabilização dos hóspedes não residentes, o Reino Unido mantém a liderança nos 11 meses de 2024, com perto de 2,4 milhões de britânicos a ficarem alojados em Portugal, seguindo-se a Espanha com mais de 2,2 milhões e os EUA muito perto dos 2,2 milhões.
De resto, somente seis mercados ultrapassaram a fasquia do milhão, além dos já referidos: Alemanha (1,7milhões,) França (1,6 milhões) e Brasil (1 milhão).
Relativamente à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico, em novembro, esta continuou a diminuir, fixando-se nas 2,32 noites) (-3,6%, após -1,2% em outubro). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na
Madeira (4,66 noites) e no Algarve (3,47 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,68 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,69 noites).
Em novembro, a estada média dos residentes (1,75 noites) aumentou 0,3% e a dos não residentes (2,76 noites) decresceu 3,6%.
A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões. A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,13 noites) quer dos residentes (3,16 noites).
Finalmente, relativamente à taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (37,7%) aumentou em novembro (+1,4 p.p., após -0,2 p.p. em outubro). A taxa líquida de ocupação-quarto (49%) registou um aumento de 2 p.p. (+1,1 p.p. em outubro).
Em novembro, os crescimentos de maior magnitude registaram-se na Península de Setúbal (+5,4 p.p.) e no Centro (+4%). O Algarve foi a única região que apresentou decréscimo neste indicador (-0,8 p.p.). As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (63,5%), seguida da Grande Lisboa (51%), enquanto as mais baixas ocorreram no Alentejo (26,3%) e no Algarve (27,1%).