Constantino Pinto, diretor de Vendas do grupo Ávoris em Portugal, deu conta, em entrevista ao Publituris das operações de risco para 2025, que estão ainda com a marca Jolidey, no caso das Caraíbas, e Travelplan, com tudo o resto. No entanto, conforme já foi noticiado, a marca Jolidey vai desaparecer do mercado, passando a estar integrada na Travelplan.
“Vamos ter uma programação significativa no próximo ano, praticamente todo o produto já está à venda, e felizmente, bem”, revelou Constantino Pinto, avançando que “é muito importante para nós conseguir que o agente de viagens tenha acesso, o mais rapidamente possível, a essa programação, e que a possa colocar no mercado”.
Maurícias é novidade no longo curso
Em termos de Caraíbas não há grande novidade, a não ser as Maurícias. De acordo com o responsável, “vamos manter todas as operações que tivemos o ano passado”, nomeadamente, o Cancun (México), que no inverno estão a operar com a TAP, mas que a partir de 6 de abril começa a operação própria, no dia 7 de abril iniciam-se os voos de Punta Cana (República Dominicana) e no dia 8, terça-feira, para Cayo Santa Maria (Cuba). Constantino Pinto realça que a novidade, em relação a estes destinos nas Caraíbas é que “antecipamos a operação de junho, que aconteceu o ano passado, para abril, ou seja, para a Páscoa. Isto aumenta significativamente o número de lugares disponíveis para vender”, disse. “Depois, o Varadero é para continuar, mas também o vamos antecipar praticamente um mês”, numa operação que começa na segunda quinzena de junho, altura em que entra também o La Romana (República Dominicana), que já aconteceu no verão de 2024.
“São estas as operações para as Caraíbas que vamos ter em plena temporada ou seja, em julho por exemplo, nós vamos ter a operar um voo ao domingo para Cancun, um à segunda para Punta Cana, à terça para Cayo Santa Maria, à quarta para La Romana e um voo ao sábado para Varadero”, esclareceu. Com a marca Travelplan, a novidade, no que diz respeito ao longo curso, é as Maurícias. “Não é uma operação muito extensa em termos de rotações. Vai ter sete rotações, a partir de 17 de julho, e todas as quintas-feiras”. Portanto, “vai haver apenas um dia da semana em que o avião não estará a voar para nós, mas por uma razão simples, porque o voo das Maurícias obriga, pela distância, a uma disponibilidade de tempo maior”.
De qualquer forma, continuou o diretor Comercial da Ávoris em Portugal, “vamos ter, em termos de longo curso à partida de Lisboa, uma operação forte com muitos lugares disponíveis. O avião que vai operar, estamos a tentar que seja o que operou o ano passado a maior parte do tempo, o A330neo, que é o de cabine dupla, com classe executiva e económica. Se não conseguirmos este avião, iremos operar à mesma com um A330neo, que já cá está, é até um aparelho mais recente, mas que é full economy”. Refira-se que estas operações são realizadas com aviões da Iberojet, que pertence igualmente ao grupo Ávoris.
Gâmbia é novidade do médio curso
Depois, no que diz respeito ao médio curso, que será todo realizado com o operador turístico Travelplan, segundo Constatino Pinto, a operação vai estar toda sediada no Porto, à exceção de uma para as Baleares, à partida de Lisboa, em charter. “De Lisboa vamos ter o charter apenas para Palma de Mallorca, que é a única operação charter de médio curso. Tudo o resto é feito, com saídas de Lisboa, serão em voos regulares da TAP, para Maiorca, Menorca, e as Canárias, enquanto, a partir do Porto, vamos ter muito mais operações charters, para as Baleares (Maiorca e Menorca) e para as Canárias, como Gran Canaria e Fuerteventura, como já tivemos em anos anteriores, e que tem sido um êxito, uma operação que não agita as ondas, muito tranquila, mas de facto dá-nos uma ocupação muito boa, e comum cliente muito característico, os hotéis são belíssimos, as ilhas são espetacular, e as praias fabulosas”.
Por outro lado, a Travelplan vai voltar a operar a Tunísia, tendo como destinos como Djerba e Monastir, também à partida do Porto, bem como Saidia, em Marrocos, e “vamos ter uma novidade este ano importante que é uma incursão à África negra, que será a Gâmbia com saídas do Porto. A operação já está lançada já está à venda e vai ser uma aposta importante, acreditamos que pode ter pernas para andar, por isso é que a lançámos”, apontou o responsável, assegurando que “tem uma hotelaria boa, não são hotéis grandes, mas bastante bons, com um ambiente muito familiar, alguns em estilo boutique hotel, por isso acredito que a Gâmbia tem características para poder ser um destino de eleição para os portugueses, pois em termos de segurança é uma maravilha. Depois há os circuitos que se podem fazer, há toda aquela componente cultural e histórica importantíssima para descobrir”. Relativamente ainda à operação charter de médio curso, Constantino Pinto destacou Cabo Verde com a Nortravel, a única em charter realizada por este operador turístico do grupo Ávoris, mas que também vai ser reforçada, e terá saídas do Porto, enquanto, a partir de Lisboa são lugares de risco com a TAP. “É a partir do Porto que vamos ter uma operação sólida, com dois aviões baseados naquela cidade, e com um segundo aparelho alguns dias da semana”, observou o nosso entrevistado, explicando que quem vai operar o médio curso é a Enter Air, enquanto algumas operações, designadamente, os reforços, serão feitos com avião da AlbaStar, como já aconteceu este verão.
Catai adequa-se cada vez mais ao mercado português
Constantino Pinto destacou ainda a Catai, “uma marca também muito importante para nós e está a afirmar-se em Portugal. Já tem neste momento praticamente todo o produto que comercializa em Portugal disponível para venda. O catálogo de venda antecipada já está em distribuição, portanto já está online, aliás é sobre esse catálogo que incidiu a campanha Black Friday do operador turístico.
O responsável realçou que é através deste operador turístico que o grupo consegue ter muito mais programação à partida de Lisboa com ligações em linha regular. “Antigamente, quase tudo era feito no modelo espanhol, Madrid é que era a placa giratória, agora deixa de ser, passa a ser Lisboa, o cliente sai de Lisboa em voo de qualquer companhia aérea, para qualquer hub” frisando que “esta adequação da programação à realidade portuguesa é um esforço e prioritário neste momento por parte da Catai, e estamos a trabalhar neste sentido”.
A especialidade da Catai são grandes viagens, bem como outro tipo de operações por exemplo, em que aposta muito os cruzeiros fluviais. “Temos dois barcos, no Reno e no Danúbio, a navegar em exclusivo para a Catay, portanto, que falam espanhol e português. Há também uma aposta muito forte na Lapónia durante dezembro e janeiro, para a Lapónia, e além disso, toda uma diversidade de destinos na Ásia, Extremo Oriente, Japão, Indochina e safaris em África, que são uma das grandes especialidades da Catai, produtos muito experimentados, testados e que vão sendo aperfeiçoados todos os anos”, revelou, precisando que “para alguns destinos basta ter a marca Catai e não precisa de mais nada.
Em relação a Portugal, há ainda muito caminho por fazer, mas esse caminho está a ser feito. Portanto, a breve trecho, vão ser introduzidas grandes alterações na parte operativa e no atendimento que é feito ao cliente ou ao agente de viagens em Portugal. Tudo vai mudar e vamos ter aqui a Catai em plena força”.
As Disney continuam a ser as rainhas
Quando se fala no LePlan vêm-nos logo à memória a Dsineyland Paris e a Diney Orlando. “Estamos a crescer, estamos a querer afirmar-nos ainda mais no mercado, temos uma concorrência de grande qualidade e de grande nível, que é a Solférias, mas pensamos que o crescimento do mercado está a acontecer, e é esse o objetivo. Portanto, estar mais um player na operação da Disneyland Paris em Portugal, vai permitir que ambos possamos ter a nossa quota de mercado”, precisou o diretor Comercial do grupo Ávoris no nosso país.
E concretizou que “a nossa aposta na Disneyland Paris é muito forte, o nosso site é extraordinariamente intuitivo, o nosso sistema ataca em tempo real o sistema de reservas, o inventário da Disney, portanto, aquilo que a pessoa está a ver em tempo real é a possibilidade dos transferes, incluímos o pacote já com transferes ou a venda de produto a produto e temos a possibilidade ainda de vender também os hotéis associados do parque de diversões, mas também podemos vender hotéis em Paris, portanto tudo isso está contemplado no nosso site, bem como diversas opções de voo, a partir de Lisboa e a partir do Porto, com a Air France ou com a TAP”. Constantino Pinto reconhece que este é “um produto extraordinariamente competitivo, no qual estamos a apostar, e queremos, paulatinamente, ganhar alguma quota de mercado”, revelando que “vamos apostar ainda mais, na Disney de Orlando, temos um voo charter direto à partida de Madrid, que opera todo o ano para Orlando. Portanto, também em Portugal estamos a apostar bastante e iremos reforçar a nossa programação muito em breve”.
Longo curso a partir de Madrid
O responsável fez questão de lembrar que, em relação ao longo curso, o grupo Ávoris também está a apostar muito na sua programação charter a partir de Madrid, como é o caso do produto Tailândia. “Neste momento está em curso uma operação com voo semanal para Bangkok, no nosso avião A350, iremos ter uma segunda rotação semanal, o que nos vai permitir alterar completamente a programação aumentar, bem como permitir uma série de variáveis, como combinar o circuito com praia.
Havendo duas rotações semanais vai permitir aos clientes fazer um programa muito mais completo”. Mas há mais “vamos começar também, em março, um charter para a Índia, direto de Madrid com destino a Deli, igualmente no A350 da Iberojet, enquanto mantemos o Costa Rica, isto com marca Traveplan”, evidenciou.
Explica o responsável que, “com o acordo que temo com a Air Europa permite-nos, principalmente para clientes individuais, tanto do Porto como de Lisboa, fazerem um via Madrid com o check-in e bagagem parao destino final, de maneira que é muito cómodo, e as ligações são boas em termos de horários”, para reforçar que “estamos a falar de produtos com preços muito acessíveis para os destinos que são, uma vez que são realizados em operações charter. De maneira que estão a ter um êxito de vendas”.
Refira-se que em termos de volume, o grupo Ávoris, e tendo em conta que a grande operação charter de longo curso, com partidas diretas de Portugal inicia-se em abril de 2025, haverá um aumento em média, de 10%. “Há de facto um incremento importante, devidamente calculado, devidamente pensado e continuamos a achar que o mercado o comporte”, defendeu o diretor Comercial do grupo de viagens, acrescentando que “o objetivo é conseguir comercializar todas estas operações com o seu custo real. O que é que eu quero dizer com isto? Portanto, garantir que não vamos ter um comportamento no mercado em que as operações de longo curso acabam por ser vendidas ao preço das operações de médio curso, pulverizando as respetivas operações. E o mesmo não aconteça, das de médio curso em relação às de proximidade”, observou, avançando que no verão passado, diga-se em abono da verdade, conseguiu-se já haver algum equilíbrio. O preço médio de lugares para as operações das Caraíbas, este ano irá subir mais um bocadinho, até ver se conseguimos aproximar-nos o mais possível do custo real.
Haverá um aumento de preços eu diria que talvez nem seja tão significativo como foi o de 23 para 24 agora as coisas estão mais caras, no geral o combustível está mais ou menos em valores do ano passado, mas também não sabemos o que nos espera, tendo em conta as duas guerras no mundo”.
Objetivos propostos em 2024 foram atingidos
Para o diretor Comercial “reforçar as nossas operações, aumentar o leque e a variedade dos destinos que proporcionamos ao mercado, mas fazê-lo com segurança, tendo a certeza que o passo que estamos a dar é seguro, e que temos condições para garantir que as operações vão avante e que as agências as podem vender, são os nossos objetivos”.
Em relação ao ano passado, e referente à operação de risco, Constantino Pinto disse-nos que “no longo curso tivemos ocupações, surpresa, 92%, e no médio curso algumas andaram mesmo a roçar os 100%. Cuba correu excecionalmente bem, nomeadamente à aposta no Cayo Santa Maria, por isso é que voltamos a apostar no destino que excelente, e não padece dos problemas que encontramos em Varadero ou Havana, e um destino em que as autoridades cubanas se empenharam-se seriamente na sua promoção, na sua requalificação e na qualidade do serviço que é prestado, de maneira que tivemos um grau de satisfação fantástico. por isso fazemos esta aposta, porque Cuba merece, e o mercado português também merece ter acesso a um produto qualificado em Cuba. Em relação ao Varadero também temos garantia de que as coisas este ano vão melhorar em relação ao ano anterior, ou seja, há uma preocupação por parte das autoridades em conseguir mitigar aqueles problemas de abastecimento que normalmente afetam os hotéis”, para reforçar que “é muito importante gerir bem essa expectativa junto ao cliente final para que saiba o que o espera”.
E as vendas, será que já estão a acontecer? “Fiz uma consulta das reservas que já estão em carteira para 2025 e tem havido um crescimento constante. Regista-se muito no produto longo curso, mas também se está a registar muito no produto Nortravel, que diversificou a antecipou a sua programação para 2025, nomeadamente com as diversas opções de longo e médio curso, apoiada em linha regular, um produto de grande qualidade que a Notravel já teve durante muitos anos, depois reduziu, por motivos vários, entre eles por causa da pandemia, e que agora está a retomar em força”. Saliente-se que “esse produto, que já está disponível, tem sido um êxito em termos de vendas.
Neste momento tudo indica que vamos continuar nesta linha de crescimento moderado”, referenciou Constantino Pinto para acrescentar que, “no geral, a nossa programação teve muito boa aceitação no mercado e conseguimos atingir plenamente os objetivos que tínhamos propostos e que eram ambiciosos”.
Para ter o pulso do mercado, o responsável acredita em dois momentos, “a Black Friday é um primeiro indicador e depois a grande confirmação é a BTL. O ano passado chegámos à BTL já com uma carteira bastante recheada conseguimos esgotar algumas partidas” para concluir que “acreditemos que vai ser um bom ano e esperemos que tudo isto tenda a acalmar, ou pelo menos que não se agrave”.