Monarch está de regresso depois da falência há seis anos
A imprensa internacional avança que a Monarch Airlines tem atualmente um novo proprietário e um novo modelo de negócio, que promete fazer voltar a voar a companhia aérea que desapareceu há seis anos, depois de um processo de insolvência.

Inês de Matos
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A Monarch Airlines vai voltar a operar, avança a imprensa internacional, que diz que a marca tem atualmente um novo proprietário e um novo modelo de negócio, que promete fazer voltar a voar a companhia aérea que desapareceu há seis anos, depois de um processo de insolvência.
Apesar da informação sobre os planos para a Monarch Airlines ser ainda escassa, Daniel Ellingham foi recentemente nomeado presidente da companhia aérea e deu uma entrevista ao portal britânico Timeout, na qual se mostrou honrado por ser o escolhido para liderar o regresso da Monarch, 55 anos depois da sua fundação.
“É imensamente gratificante saber que, em breve, lançaremos uma empresa nova e sólida para o setor turístico do Reino Unido”, acrescentou o responsável, revelando que, nesta nova vida, a Monarch Airlines pretende prestar um serviço Premium, que se diferencie das companhias aéreas low cost britânicas pela qualidade.
O regresso da Monarch Airlines acontece numa altura em que a aviação está ainda a recuperar do impacto da pandemia da COVID-19, que parou os aviões em todo o mundo, mas Daniel Ellingham mostra-se confiante e acredita que existem oportunidades para todos os operadores aéreos.
“Existem inúmeras oportunidades que ainda não foram aproveitadas por outros operadores. Muitos deles cobrem alguns dos principais mercados da antiga Monarch, o que significa que há uma oportunidade para recém-chegados como nós avançarem e satisfazerem a procura”, acrescentou o presidente da Monarch Airlines.
A Monarch Airlines terá conseguido reunir investimento proveniente da União Europeia e Reino Unido, encontrando-se ainda numa fase inicial do seu regresso à operação, apesar de já ter reativado o seu website e ter começado a promover-se nas redes sociais, nomeadamente no Instagram, Twitter e Facebook.
Já o jornal espanhol HostelTur diz que a Monarch Airlines está, atualmente, a tentar estabelecer um domicílio fiscal no Aeroporto de Luton, em Londres, Reino Unido, onde se encontrava a sede da companhia aérea antes da falência, em 2017, e deverá também pedir licenças à autoridade britânica de aviação civil dentro de poucas semanas.
Para voltar a voar, a companhia aérea precisa também de aviões e tudo indica que estará já em negociações com outra empresa britânica para adquirir até 15 aparelhos A320, uma vez que, antes da insolvência, este era o modelo de avião em maior número na frota da companhia aérea.
Recorde-se que a Monarch Airlines entrou em insolvência em outubro de 2017, deixando mais de 110 mil passageiros sem voo de regresso, num processo que foi desencadeado depois da transportadora não ter conseguido renovar a licença de venda de pacotes turísticos por não ser possível fazer prova da sua sustentabilidade financeira.
Os problemas financeiros da companhia aérea começaram depois da instabilidade vivida no Norte de África com a Primavera Árabe, que afetou fortemente países como a Tunísia e o Egito, que eram dois dos principais destinos operados pela Monarch Airlines.
Em Portugal, a Monarch voava para Lisboa, Porto, Funchal e Faro, mas a maior parte da operação da companhia aérea concentrava-se no Algarve, para onde a transportadora contava com voos desde Leeds Bradford às terças, quartas, quintas, sábados e domingos, enquanto Gatwick, Luton, Birmingham e Manchester tinham voos diários.