Carlos Moedas admite aumento da taxa turística de Lisboa
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, defende que “aumentar a taxa turística será poder trazer para aquilo que é a vida da cidade um benefício em ter mais recursos para limpar o lixo na cidade”.
Inês de Matos
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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, admite que, no futuro, a taxa turística que os turistas pagam pelo alojamento em Lisboa venha a aumentar, disse o autarca, durante o podcast Geração 70, do Expresso e da SIC.
“Quando olhamos para aquilo que estamos hoje a viver em Lisboa, há uma altura em que vamos ter de pensar, e a decisão não dependerá só de mim, que vamos ter de aumentar a taxa turística”, disse Carlos Moedas.
De acordo com o autarca de Lisboa, “aumentar a taxa turística será poder trazer para aquilo que é a vida da cidade um benefício em ter mais recursos para limpar o lixo na cidade”.
A questão relativa ao aumento da taxa turística surgiu quando Carlos Moedas falava do problema da habitação na capital, cujos preços dispararam, o que tem gerado um discurso contra o turismo por parte de alguns responsáveis políticos, o que levou o responsável a admitir que “o turismo tem de ser regulado”, de forma a que a cidade não perca a sua identidade.
“Se perdermos a identidade, também perdemos o turismo. Por isso é que Lisboa tem de encontrar novas centralidades para as pessoas irem visitar e não estarem sempre nos mesmos sítios, e conseguir fazer com que o turismo tenha capacidade de utilizar a taxa do turismo para limpar a cidade e trazer o bem aos cidadãos. O turismo só pode ser bem visto se conseguir trazer para as pessoas mais benefícios”, considerou o autarca.
Em relação à habitação, Carlos Moedas reconheceu que é um “gravíssimo problema” na cidade de Lisboa, mas indicou que a autarquia está a “investir 20 ou 30 vezes mais em habitação do que em turismo”, numa verba que chega aos 800 milhões de euros.
Recorde-se que a taxa turística de Lisboa tem atualmente um valor de dois euros por noite, valor que é cobrados aos hóspedes com idade superior a 13 anos, até um máximo de sete noites, em estabelecimentos de hotelaria e alojamento turístico.