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Pedro Moita, pró-presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE)
Emprego e Formação

Turismo vai sofrer uma nova revolução e formação tem de a acompanhar

Pedro Moita, desde que o setor o conhece, é um formador nato na área do turismo, e apesar de ser um académico, sempre defendeu a formação para além da tradicional sala de aula, agregando vários projetos que podem trazer mais-valias aos futuros profissionais desta indústria, que acredita que vai sofrer uma nova revolução e que a formação tem, inevitavelmente, de a acompanhar.

Carolina Morgado
Pedro Moita, pró-presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE)
Emprego e Formação

Turismo vai sofrer uma nova revolução e formação tem de a acompanhar

Pedro Moita, desde que o setor o conhece, é um formador nato na área do turismo, e apesar de ser um académico, sempre defendeu a formação para além da tradicional sala de aula, agregando vários projetos que podem trazer mais-valias aos futuros profissionais desta indústria, que acredita que vai sofrer uma nova revolução e que a formação tem, inevitavelmente, de a acompanhar.

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Carolina Morgado
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O turismo vai sofrer uma nova revolução, defendeu, em entrevista ao Publituris, Pedro Moita, pró-presidente, coordenador da licenciatura em direção e gestão hoteleira e coordenador da área científica de ciências da informação e informática da ESHTE (Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril). Se no início deste século, as tecnologias revolucionaram a atividade, se a distribuição turística, os operadores, as agências de viagens, a gestão hoteleira se reinventaram, se as companhias aéreas intermediaram grande parte do seu negócio, também a formação em turismo tem de acompanhar essas transformações, tendo Pedro Moita apontado que fatores como a inteligência artificial, e o data science, que trazem um panorama completamente novo para a nossa sociedade, “também vão ter muitas implicações no turismo. Este setor sempre esteve na ribalta do IT, e agora, com a indústria 4.0, com esta ciência dos dados, com a inteligência artificial, também o turismo vai ser charneira de muitos projetos de IT”.

Remodelação das licenciaturas
Tendo esta visão, o docente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, instituição de ensino superior público, revelou ao Publituris que “já o ano passado submetemos à tutela uma proposta de remodelação das nossas licenciaturas, onde para além das componentes técnicas, juntar a componente prática aplicada, por isso temos os principais players do turismo connosco”.

Portanto “para além das atualizações normais de 10, 12 anos, que os planos de estudo já teriam, que já fazíamos nos conteúdos, e que agora repercutimos nas unidades curriculares, desde a gestão de comidas e bebidas, ao alojamento, à área de gestão de eventos, animação turística, à segurança alimentar, “colocámos este pormenor da indústria 4.0 e do data science, com grande destaque e relevo”.

Aí, quer nos mestrados, quer nas licenciaturas, a ESHTE está em processo de reformulação, já aprovado pelo Conselho Técnico-Científico da escola, e que aguarda agora a avaliação da Agência de Avaliação do Ensino Superior, no âmbito dos novos planos de estudo.

Em paralelo, “criámos há pouco tempo, eu e a minha equipa de IT da ESHTE, o Núcleo de Investigação Tecnológica em Turismo (NIT), e temos já várias candidaturas, uma aprovada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o nosso primeiro projeto aprovado em termos científicos e de investigação, que é na área de Data Science e Inteligência Artificial aplicada à formação”.

 

“Já o ano passado submetemos à tutela uma proposta de remodelação das nossas licenciaturas, onde para além das componentes técnicas, juntar a componente prática aplicada, por isso temos os principais players do turismo connosco”

Além disso “contactámos já as agências regionais de turismo para projetos, basicamente, com muita Inteligência Artificial, com apps, chatbots, e aqui temos duas visões, quer a do turista, para melhorar a sua experiência do turista, quer a visão para melhorar a distribuição, a promoção do destino, do equipamento e do produto”, avançou o formador.

Pedro Moita concorda que “todos os equipamentos turísticos vão ter de se adaptar a esta nova realidade, não são só os players de serviços, como as agências de viagens e a hotelaria em que, por exemplo, os revenue management já começam a ser híbridos, com agentes de inteligência artificial a auxiliar, também os restantes equipamentos e destinos vão sofrer remodelações profundas porque, a forma como se vão prestar as experiências aos turistas nos destinos, nos eventos, nos equipamentos, vai evoluir consideravelmente”.

Assim, avançou que “este pacote de dados que temos, de estarmos sempre conectados, este Big Data, esta transformação fácil que a IA faz em modelos preditivos, em modelos de análise, vai ter implicações muito fortes”.

Igualmente, na componente imersiva “também estamos a trabalhar em alguns projetos”, deu conta, para apontar que, com realidade virtual e com experiências imersivas “acreditamos que podemos explodir com projetos muito interessantes para a experiência do turista. Hoje em dia, podemos ter asas com as experiências imersivas, permitindo que os nossos equipamentos fiquem com muito mais valor acrescentado para a experiência do turista, que pode ser colocado no centro da mensagem, ou seja, aquilo que aquele equipamento pretenda”.

Sempre perto dos players
Voltando à formação propriamente dita, o pró-presidente da ESHTE destacou que “temos o nosso PRR a funcionar, com várias parcerias, em que vamos tentando também suprir necessidades do mercado, nas áreas de alimentos e bebidas, de eventos, da hotelaria, do turismo cultural, bem como uma nova pós-graduação nessa área, subsidiada pelo PRR”.

Daí que, Pedro Moita acredita que a formação turística tem de evoluir. “Não será bem uma mudança radical, mas tem de evoluir. Não haverá mutação, pelo menos a curto prazo, mas a inteligência artificial vai trazer implicações. O turismo evoluiu sempre muito e se nós, no ensino, não o fizermos, não chegamos lá”.

Observou que a nível médio, o Turismo de Portugal, nas suas escolas, tem feito um bom trabalho, tem preparado bem os seus profissionais para a atividade técnica, mais do serviço hoteleiro e da restauração, do que propriamente noutras áreas, mas tem também tocado nessas.

 

“A formação turística tem de evoluir. Não será bem uma mudança radical, mas tem de evoluir. Não haverá grande mutação, pelo menos a curto prazo, mas a inteligência artificial vai trazer implicações. O turismo evoluiu sempre muito e se nós, no ensino, não o fizermos, não chegamos lá”

A nível do ensino superior, referiu que “o nosso trabalho é um pouco mais complexo, porque os nossos docentes têm, não só de dominar a área técnica, como igualmente de saber gerir, saber aprender, saber evoluir, saber estudar, de resolver problemas, e nós procuramos muito isso. O nosso ensino procura muito isso, e temos de evoluir sem dúvida alguma, porque se não estivermos perto dos players, se não os formos ouvindo, se não fizermos parcerias, corremos o risco de os alunos saírem das faculdades para o mercado de e pensarem que agora é que vão aprender a atividade real, e que até então tinham estado num ginásio mental, que também é importante, mas não chega”, reconheceu, sublinhando que “a ideia é que saibam pensar, liderar, gerir equipas, que saibam pesquisar/investigar”. Portanto, “se a nossa formação fosse meramente softwares e componentes técnicas, estava obsoleta ao fim de poucos anos, e não valiam nada no mercado”.

Ainda em termos de ensino, “acho que vai haver uma forte revolução porque começam a aparecer também algumas ferramentas muito interessantes que vão permitir revolucionar o nosso modelo, mas também requer que o aluno do ensino superior mude um bocado a sua perspectiva, deixando apenas de chegar lá, ouvir o que temos para dar e estudar o que mandamos, sem se pré-preparar para a aula. Portanto, às vezes, se calhar, temos de começar a treiná-los também no secundário e a pré-prepará-los para este tipo de abordagens”.

Tornar a Escola interessante
Se o ensino evoluiu, a própria escola também o deve fazer, defendeu Pedro Moita, para apontar que “nós temos de agarrar nestas ferramentas e saber transformar-se para que própria escola seja interessante, e acho que estamos a fazê-lo, e estou a falar de Portugal inteiro. Em geral, as universidades portuguesas e os institutos politécnicos estão a conseguir ir acompanhando esta evolução”.

Sendo um formador há muito anos, o coordenador da licenciatura em direção e gestão hoteleira e coordenador da área científica de ciências da informação e informática da ESHTE consegue dar-nos, igualmente, a perspectiva do aluno, e porque escolhe um curso de turismo. “Há alguns que vêm porque já conhecem a realidade da profissão, aqueles cujos pais ou familiares têm negócios turísticos ou trabalham no turismo, esses já têm de facto esse gosto e procuram-nos nesse sentido. Há depois os outros que consideram o turismo “sexy”, atrativo e optam por este tipo de formação, mas existem ainda os que não sabem porque escolheram esta área. No entanto, de um modo geral reagem bem e temos muito poucas desistências por mudança de área, e quando chegam ao ciclo dos mestrados muitos deles optam por se especializar na área que gostaram mais”.

E a própria ESHTE mantem, no geral, uma estreita relação com os seus ex-alunos, embora muitos deles estejam lá fora, o que, no entanto, “não impede, hoje em dia, com as tecnologias, que façamos alguns contactos, disse Pedro Moita.

O docente ressalvou que os alunos que passaram por esta instituição de ensino superior “têm muita procura, completam a sua formação e depois voam, porque se calhar formamos bem, apesar de haver muita coisa a melhorar”, reconheceu, mas “acho que o produto é bom, daí terem muitas portas abertas no mercado de trabalho”. Do ponto de vista dos estágios, que são obrigatórios, também “os nossos alunos estagiam nas melhores instituições e, depois têm uma grande facilidade de evolução para as chefias intermédias e direção de cadeias hoteleiras no estrangeiro”.

 

“Temos o nosso PRR a funcionar, com várias parcerias, em que vamos tentando também suprir necessidades do mercado nas áreas de alimentos e bebidas, de eventos, da hotelaria, do turismo cultural, bem como uma nova pós-graduação nessa área, subsidiada pelo PRR”

 

Fuga de talentos… como colmatar!
Igualmente, como formador, como é que vê essa questão da escassez de mão de obra e de retenção de talentos. Como é que esta situação pode ser resolvida? O docente considera que “a imigração tem-nos ajudado, principalmente na restauração e hotelaria, mas precisamos de dar formação a essas pessoas, porque corremos o risco de perder a qualidade e excelência que caracteriza o destino Portugal”.

Adiantou que “não compete diretamente à ESHTE dar essa formação média, não é a nossa praia, uma vez que nós temos de dar as competências de um licenciado ou de um mestre, mas fazemo-la quando nos pedem, no âmbito dos projetos aplicados que já referi”.

Pedro Moita avança que essa formação aos migrantes não deve ser só técnica, mas do próprio português, bem como na área de atendimento e acolhimento, fatores que muitas vezes divergem dos nossos porque são culturas distintas.

“Em termos de ensino superior, a fuga de talentos é preocupante. As chefias intermédias e os diretores começam a ser bem valorizados, mas depois, eles próprios, também não implementam políticas corretas em relação aos seus subordinados, e isto não dá muita estabilidade a estes jovens que, como é óbvio, não saem das universidades diretamente para diretores gerais”, confidenciou, sem esquecer de mencionar que, por exemplo, “se formos ver os RevPars e os ADRs da hotelaria, têm subido de forma exponencial nos últimos anos, e as taxas de ocupação são boas, não se percebe muito bem que não se consiga conquistar estas pessoas”.

A ESHTS também tem tido um papel importante a nível internacional. O docente revela que “temos muitas parcerias, os nossos cursos são todos certificados pela ONU Turismo, bem como vários projetos com instituições de ensino superior estrangeiras, muitos alunos a fazer Erasmus no exterior ou a estagiarem lá fora em muitas unidades hoteleiras, ou seja, cerca de 20% dos nossos alunos fazem estágio internacional”.

Mas, continuou: “Onde ainda não estamos como queríamos é na captação de alunos internacionais, porque, neste momento, arranjar casa no Estoril ou em Cascais, é muito difícil, e daí termos vários candidatos que depois acabam por desistir, aliás, também alunos nacionais de outros pontos do país, pois muitos referem que não conseguem o alojamento, e a ESHTE não dispõe nas suas instalações”.

Refira-se que na base da criação do ESHTE, que foi no âmbito do Inftur e do Ministério da Economia, o Turismo de Portugal é o dono dessas instalações e isso “limitou-nos no nosso PRR. O nosso PRR só pode ser formativo, enquanto outras faculdades, como a Nova, conseguiram investir em alojamento para alunos, nós não porque não somos os donos”. Mesmo assim, “temos um projeto de novas instalações para sermos os proprietários”.

Na opinião de Pedro Moita, “o PRR foi um bom projeto de alojamento estudantil, e que abriu muitas hipóteses às faculdades, mas nós não nos podemos candidatar por aí, o que é pena porque somos a única instituição de ensino superior 100% dedicada a turismo e todos os nossos professores se preocupam por turismo, querem ser sempre um pouco especialistas, vão aos fóruns e investigam esta área, porque nós só temos cursos e formação para turismo, mas paralelamente não conseguimos responder a uma necessidade que temos, que é de construir alojamento próprio para os nossos alunos”, concluiu.

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Créditos: Just Frame It
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A expansão da oferta MICE no Interior em debate na BTL

As oportunidades e desafios na expansão da oferta no Interior de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE, na sua sigla em inglês) estiveram em debate esta sexta-feira, 14 de março, na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market.

Carla Nunes

Num primeiro momento, Rui Ochôa, diretor da Event Point e moderador na sessão, referiu que o debate surge numa altura em que “apesar de se falar em distribuir o turismo em todo o território, ao longo de todo o ano, sentimos que ainda há muito para fazer”.

Em termos de acessibilidades e capacidade de alojamento, Danilo Cerqueira, CEO da Tempovip DMC, destaca que há cerca de três anos existem várias unidades hoteleiras com qualidade a deslocarem-se para fora dos centros urbanos. Por essa razão, é da opinião de que “cabe a nós, agregadores de oferta, estimular para que mais projetos possam ser deslocados para o interior”.

Do lado da Detours, que na região do interior opera sobretudo no Norte, o fundador, Tiago Veloso, refere que em termos de acessibilidades existem dois pontos. Se, por um lado, existe uma rede de estradas “muito boa” a fazer a ligação entre o Porto e as cidades no interior no norte do país, bem como recetividade por parte dos municípios, por outro lado o cliente “não quer ir para lá”. Por essa razão, “há que vender o destino”.

Da sua experiência com grupos de MICE, zonas como o Gerês e Arouca têm feito sucesso por constituírem um tipo de turismo “que ainda não é tão industrial – são experiências mais exclusivas, que não se conseguem ter sem ir para o Interior”. Nesse sentido, aponta para a importância de apostar em parceiros locais, “se queremos que as coisas corram bem”.

Com 95% do mercado da Detours centrado no segmento internacional, Tiago Veloso refere que, pela sua experiência, o mercado MICE nacional “está motivado a ir para o Interior”, com alguns clientes a pedir para sair fora dos grandes centros.

Transformar património em experiências

Sobre este tema, Carlos Picanço, diretor de vendas, marketing e impacto na Futurismo Azores Adventures, é da opinião de que “um dos problemas em Portugal passa por desenharmos mal experiências”. No caso da Futurismo, o cliente vai desde o segmento de luxo, com famílias reais, ao backpacker, razão pela qual afirma ser necessário perceber em primeiro lugar o que os clientes “querem, o que procuram e o que querem alcançar” e, a partir daí, ser criativo na construção da oferta.

“Tentamos aplicar um modelo único que não funciona de forma alguma. Os eventos devem emergir de um território porque há ali algo de diferente que queremos captar”, afirma Carlos Picanço, que aponta para a necessidade de os territórios “controlarem a sua narrativa”.

Sobre este ponto, as Aldeias Históricas de Portugal, representadas na sessão por Dalila Dias, diretora-executiva desta rede, pretendem posicionar-se como um destino sustentável. Se ao início “toda a oferta ligada ao turismo foi pensada na área da cultura”, a rede “foi agregando valor”, criando espaços próprios ou dentro dos alojamentos que permitissem uma oferta MICE.

Contudo, e dada a dimensão das localidades em que se inserem, Dalila Dias indica que têm encetado esforços no sentido de equilibrar “a quantidade de pessoas que vêm em proposta de MICE e a sustentabilidade do local”. Com as DMC’s a demonstrarem cada vez mais interesse em trabalhar com as Aldeias Históricas de Portugal, Dalila refere que neste momento “somos nós que escolhemos os que trabalham connosco, que respeitem este equilíbrio”.

A profissional explica que a rede encontra-se a transferir o conceito das Aldeias Históricas de Portugal para Cáceres, estando já a trabalhar a área de MICE em conjunto com Espanha nas indústrias culturais e criativas, bem como nas indústrias de outdoor, numa lógica de visita a ambos os países num espaço de três dias.

Diferenciação face à concorrência

Defensor da construção de redes de parceiros locais, Tiago Veloso defende que é fundamental incluir associações regionais nestas experiências, quer revertendo parte dos lucros a estes parceiros locais, quer incluindo as mesmas nos produtos a oferecer ao cliente.

“Temos uma rede de parceiros que tentamos incluir para dinamizar locais onde trabalhamos. Percebemos que ao fazer este tipo de eventos no interior as pessoas tendem a fixar-se mais”, refere o fundador da Detours.

Já Dalila Dias aponta para a necessidade de trabalhar “densamente com as comunidades, incluí-las no processo, e não apenas como figurantes”. Aponta ainda para a necessidade de criar estímulos de empreendorismo local, atraindo jovens para abrirem negócios, mas também valorizar “quem já está presente”, ajudando empresas mais antigas “a fazer a diferença no âmbito da transição digital e verde”.

“Não nos interessa estar em todo o lado, em termos de estratégia. Interessa-nos trabalhar em quem reconhece o valor do que estamos a fazer. Primeiro trabalhamos o posicionamento da marca, o ativo que dá o nome e com as pessoas. E a partir daí conseguimos trabalhar um MICE diferenciador, porque com 12 aldeias históricas tem pelo menos 12 experiências diferentes”, refere.

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Inscrições abertas para o RoadShow das Viagens do Publituris

Já abriram as inscrições para a 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris que se realiza nos dias 25, 26 e 27 de março nas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, respetivamente.

Publituris

Já se pode inscrever na 10.ª do RoadShow das Viagens do Publituris, evento que percorre as cidades de Porto, Coimbra e Lisboa.

O arranque da 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris acontecerá na cidade do Porto, no dia 25 de março, com o workshop a decorrer no Porto Palácio Hotel.

O segundo dia, 26 de março, terá como palco o Vila Galé, em Coimbra, para o evento terminar no Clube Tazte Secret Spot, no dia 27 de março, em Lisboa.

Para inscrever-se, aceda a https://gr8events.live/130PubliturisRoadShow/

Para esta edição estão confirmadas as seguintes empresas e entidades:

AçorSonho Hotéis
Air Canada
APG Portugal
Avis
Barceló Hotel Group
Be Live Hotels
Bedsonline
Casa de Campo Resort Villas
Civitatis
Consolidador
Europcar
Hotel Continental Angola
Ilha Verde
In Sure Broker
Madeira
Mawdy
MSC Cruzeiros Portugal
Mundomar Cruzeiros
RailClick
Regent Seven Seas Cruises
Republica Dominicana
Royal Air Maroc
SATA Air Azores
Saudi Arabia Tourism Authority
Sixt
Soltrópico
TAAG – Linhas Aéreas de Angola
TAP Air Portugal
The Editory Hotels
Tivoli Estela Golf & Lodges Porto
Transavia
Turismo Alentejo e Ribatejo
Turismo da Gran Canaria
Turismo da Polónia
Turismo de Formentera
Turismo do Centro de Portugal
Turismo do Porto e Norte de Portugal
Turismo Marrocos
Um Mundo de Cruzeiros
United Airlines
Unlock Boutique Hotels
Viajar Tours
Vila Galé
Visit Benidorm – Tourism Board
Wotels

O evento conta com o apoio de: Visit Portugal, Turismo do Centro de Portugal, Turismo do Porto e Norte de Portugal, APAVT, The Editory Hotels, Vila Galé, Tazte, GR8 events, IVU.

Dirigido aos agentes de viagens de todo o país, o evento é uma oportunidade para Operadores Turísticos, Companhias Aéreas, GSA, Cruzeiros, Hotéis e Delegações Oficiais de Turismo mostrarem a sua oferta num evento que potencia o conhecimento, o negócio e o networking.

Além do habitual workshop, a 10.ª edição do Roadshow das Viagens do Publituris terá, também, um programa social, com jantares exclusivos e animação que promovem o networking entre os participantes.

Os workshops decorrem entre as 18h00 e 21h00, seguindo-se os jantares com os agentes de viagem inscritos.

Para qualquer informação, por favor, contacte Margarida Magalhães mmagalhaes@workmedia.pt

Sobre o autorPublituris

Publituris

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Destinos

“Açores são exemplo de turismo sustentável”, reafirma o presidente do Governo Regional na BTL

“O nosso compromisso não é apenas atrair visitantes, mas afirmar os Açores como um destino turístico sustentável, onde o desenvolvimento do setor beneficia tanto quem nos visita como quem cá vive”, declarou o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, na sua deslocação à BTL.

Na BTL, acompanhado pela secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, onde recebeu o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, José Manuel Bolieiro expressou orgulho pelo reconhecimento dos Açores como um destino turístico de excelência, realçando que o arquipélago se distingue pela qualidade da experiência que proporciona e pelas suas boas práticas ambientais.

Na ocasião, o líder do executivo regional reforçou que os Açores foram o primeiro arquipélago do mundo certificado como “Destino Sustentável” com Nível Ouro, resultado de um trabalho contínuo na preservação ambiental e na promoção de um turismo responsável.

Para o Governo dos Açores, a sustentabilidade não é apenas uma meta, mas um princípio orientador do crescimento económico e social da Região.

A estratégia dos Açores para o turismo assenta na diferenciação e na valorização da autenticidade do destino, apostando na inovação e na digitalização para melhorar a experiência dos visitantes e a qualidade de vida da população local.

“Queremos um turismo que valorize os nossos recursos naturais e culturais, que respeite o equilíbrio ambiental e que contribua para o desenvolvimento harmonioso das nossas comunidades”, sublinhou José Manuel Bolieiro.

Nos últimos anos, a taxa de crescimento dos proveitos turísticos tem sido superior à taxa de crescimento das dormidas, o que demonstra que os Açores estão a apostar na qualidade em vez da quantidade. Esta abordagem visa garantir um modelo de turismo sustentável e preparar a Região para um futuro cada vez mais competitivo e exigente no panorama internacional, foi sublinhado.

Por outro lado, na sua intervenção na CNN Portugal Summit – Portugal Tour, à margem da BTL, o executivo regional defendeu também uma estratégia de turismo assente na sustentabilidade e na valorização das especificidades do arquipélago.

No evento, dedicado ao tema “Segmentação e estratégias diferenciadas para o território”, José Manuel Bolieiro lembrou que a Região foi classificada como melhor destino de aventura do mundo por dois anos consecutivos, reforçando o reconhecimento global do arquipélago.

O impacto do turismo na economia açoriana tem sido notável, representando 17% do PIB regional e contribuindo com 19,6% do Valor Acrescentado Bruto (VAB), segundo um estudo da EY. Além disso, 16,6% do emprego regional está ligado ao setor, refletindo um crescimento significativo.

“O crescimento quantitativo deve ser um crescimento que potencia e exponencia o crescimento qualitativo”, afirmou José Manuel Bolieiro, que destacou também o aumento de 27% no número de dormidas e passageiros desembarcados e um crescimento de 46% no rendimento gerado pelo turismo, demonstrando a evolução positiva do setor.

No entanto, apontou a necessidade de melhorar a acessibilidade interilhas e fortalecer as ligações aéreas, garantindo uma oferta que respeite a identidade e vocação de cada ilha. “”Temos de identificar as nossas vocações e capacitá-las”, afirmou, referindo-se à diversificação da oferta turística como um meio para impulsionar o desenvolvimento regional.

Outro desafio destacado foi a sazonalidade, que, apesar de ser uma característica estrutural da indústria turística, pode ser mitigada através de estratégias que distribuam melhor a procura ao longo do ano. “Somos um destino de ano inteiro, com excelentes condições para férias longas ou visitas mais curtas, com ligações diretas rápidas e regulares ao continente europeu e ao continente americano”, frisou José Manuel Bolieiro.

Turismo dos Açores tem novo portal

O novo portal do Turismo dos Açores (https://turismo.azores.gov.pt/) procura tornar mais acessível a pesquisa da informação turística na região e agilizar a experiência do utilizador, surgindo como uma plataforma inovadora que centraliza, num único website oficial, uma vasta gama de serviços e conteúdos relacionados com a atividade turística.

Além de concentrar toda a informação institucional relevante, desde a legislação em vigor relativa ao licenciamento de atividades e a incentivos financeiros, aos serviços e recursos turísticos da responsabilidade da Direção Regional do Turismo

(tais como as Rotas Açores e os percursos pedestres), o novo website disponibiliza para consulta os instrumentos estratégicos de desenvolvimento do turismo regional, entre eles o PEMTA 2030 – Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores e a Política de Sustentabilidade dos Açores.

Ponta Delgada será a Capital Portuguesa da Cultura em 2026

Ponta Delgada será a Capital Portuguesa da Cultura em 2026, um reflexo da candidatura finalista da cidade a Capital Europeia da Cultura. A Câmara Municipal vai investir três milhões de euros para projetar os municípios e as suas 24 freguesias no plano cultural. A fadista Katia Guerreiro é a comissária do projeto de Ponta Delgada 2026 – Capital Portuguesa da Cultura.

“Queremos que a cultura e a arte aconteçam em todo o lado, com toda a gente e pelas 24 freguesias, abrangendo diversas áreas como a música, a literatura, o teatro, a dança, as artes inclusivas, as artes plásticas, a arquitetura, a arte urbana, o cinema, a etnografia, a religiosidade e a gastronomia”, salienta a fadista.

Candidatura da 1.ª Bio-região dos Açores

As Ilhas do Triângulo (São Jorge, Pico e Faial) preparam-se para ser a primeira Bio-região dos Açores, na sequência da candidatura apresentada pela Associação de Municípios do Triângulo (AMT), em parceria com a Trybio e com apoio do Governo Regional dos Açores.

As Bio-regiões (existem mais de 1.300 espalhadas pelo mundo) consistem em áreas geográficas onde agricultores, cidadãos, operadores turísticos, associações e o poder local estabelecem uma parceria para a gestão sustentável dos recursos locais, dando centralidade à produção e consumo alimentar de base biológica e agro-ecológica.

Candidatura integrada a Cidade Europeia do Vinho em 2026

Sete municípios dos Açores anunciaram uma candidatura conjunta à Cidade Europeia do Vinho de 2026, destacando o potencial dos eventos organizados na promoção internacional do vinho produzido na região e do destino enoturístico, cujo mote é “Azores, The Best Reason to Toast”

Integram a candidatura sete municípios açorianos membros da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV): Madalena, Lajes e São Roque, da ilha do Pico, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, da Terceira, Santa Cruz, da Graciosa, e Vila do Porto, de Santa Maria.

 

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Aviação

Maioria são brasileiros mas rota da LATAM Airlines entre Fortaleza e Lisboa também atrai franceses e italianos

Presente na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa e Oceânia, revelou ao Publituris que a nova rota Fortaleza-Lisboa, que arranca a 7 de abril, com um voo por semana, tem registado “uma resposta muito boa”, com “vendas de Portugal e também do resto da Europa”.

Inês de Matos

A LATAM Airlines está satisfeita com a procura que a nova rota entre Fortaleza, no Brasil, e Lisboa está a registar, com Thibaud Morand, diretor-geral da companhia aérea para a Europa e Oceânia, a explicar ao Publituris que “a procura é maior entre os brasileiros que vêm a Lisboa”, mas que o Nordeste brasileiro também é atrativo para portugueses, franceses e italianos.

“O Nordeste do Brasil é muito atrativo para os portugueses, mas também é muito atrativo em França e Itália, por exemplo, que são mercados que vemos a usar esta rota”, revelou o responsável, que esteve em Lisboa para participar na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025.

O diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa e Oceânia explicou que a companhia aérea tem registado “uma resposta muito boa” para a nova rota, com “vendas de Portugal e também do resto da Europa”, o que deixa o responsável “muito satisfeito”.

Os voos entre Fortaleza e Lisboa abrem a 7 de abril, com uma ligação aérea por semana, o que, segundo o responsável, torna “fácil montar pacotes de uma semana com esta frequência”, pelo que a companhia aérea contratou já uma nova responsável comercial para promover a rota junto das agências e operadores turísticos portugueses.

Caso o bom comportamento se mantenha, Thibaud Morand admite que a rota possa ganhar frequências adicionais, ainda que isso também esteja dependente da disponibilidade de aparelhos, o que se torna mais difícil com os atuais atrasos nas entregas de aviões por parte dos fabricantes aeronáuticos.

“Vamos ver como se comporta a rota, vamos fazer o melhor possível e esperamos mantê-la e crescer”, acrescentou.

“Não temos nenhuma dúvida de que vamos encher voos adicionais” de São Paulo

Um reforço de voos ganhou a rota que a companhia aérea opera há vários anos entre São Paulo e Lisboa, que vai passar a contar com nove ligações aéreas por semana, em vez das sete do verão passado.

“Estamos muito contentes porque já sabemos que a temporada de verão é sempre a mais complicada no aeroporto de Lisboa, devido à elevada procura que tem o destino mas, este ano, por fim conseguimos crescer. Aumentámos duas frequências na rota de São Paulo, passámos das sete que tínhamos no ano passado para nove este ano”, explicou Thibaud Morand.

Apesar de considerar que a procura na Europa estabilizou e de revelar que a companhia aérea não está a assistir aos “crescimentos do ano passado ao nível da procura”, o responsável da LATAM Airlines diz que os fatores de ocupação continuam “robustos”, esperando-se, por isso, que a procura acompanhe o aumento da oferta.

“A procura está um pouco mais contida, mas os fatores de ocupação continuam a ser muito robustos e, atualmente, são realmente incríveis. E não temos nenhuma dúvida de que vamos encher estes dois voos adicionais”, concluiu.

 

 

 

 

 

Sobre o autorInês de Matos

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Destinos

Madeira trabalha, atualmente, com 54 companhias, 114 aeroportos, 32 países e 139 rotas

O secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, destacou num pequeno-almoço com a imprensa, à margem da BTL 2025, os números que a Região Autónoma atingiu nos últimos 10 anos. Além das 11,7 milhões dormidas e 756 milhões de euros, alcançados em 2024, o também presidente da Associação de Promoção da Madeira (APM) salientou, igualmente, o aumento em 30% do número de pessoas a trabalhar no alojamento.

Victor Jorge

O balanço que Eduardo Jesus, secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira, fez, num encontro com a imprensa, à margem da BTL 2025, relativamente à última década turística na Madeira é “francamente positiva”. E os números comprovam-no: um crescimento de 67,5% nas dormidas e de 133% nos proveitos totais, chegando, no ano de 2024, aos 756 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 133% ao que se registava há 10 anos.

Ou seja, “em 10 anos crescemos mais do dobro em valor relativamente ao crescimento da quantidade. E este é o grande propósito de sustentabilidade deste setor, que é criar valor”.

Uma década a criar valor
E o que se faz com esta criação de valor? “Investe-se nas infraestruturas”, lembrando Eduardo Jesus que, “durante a pandemia, cerca de 96% da oferta hoteleira da Madeira foi intervencionada, modernizou-se, atualizou-se, incorporou tecnologia, recuperou, adaptou-se”.

Contudo, à medida que esta modernização foi feita, Eduardo Jesus lembrou que “simultaneamente olhou-se para as pessoas e a Madeira pode orgulhar-se de, nos últimos 10 anos, os colaboradores do setor do alojamento registarem um aumento do seu poder de compra real em mais 12,6%”.

E isto justifica, segundo o secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira também o “interesse das pessoas trabalharem no setor do alojamento, já que passámos de 6.100 para mais de 8.000 pessoas, o que significa um crescimento de 30%”.

Uma Madeira ligada e tática
Relativamente aos números atuais do turismo, Eduardo Jesus revelou que a Madeira trabalha, atualmente, com 54 companhias aéreas, 114 aeroportos, 32 países e 139 rotas, frisando que “estes quatro indicadores cresceram todos à volta de 40% em 10 anos”.

Não querendo apelidar a apresentação dos números com o fim de um ciclo, mas como um “simples balanço”, frisando que “superamos já os indicadores de 2027”, reconhecendo que esta realidade “poderia acelerar uma tendência para antecipar uma nova estratégia” que, no entanto, admite, “não deve ser alterada, porque a atual continua focada no mais importante que é criar valor”.

Repetindo que “temos de ter uma gestão muito equilibrada sobre o território”, Eduardo Jesus destacou o facto de na atual estratégia se continua a “não permitir a construção de novos hotéis com mais de 80 quartos até 2027”, reconhecendo que se trata de uma forma de gerar valor que permite subir patamares de qualidade e de excelência na oferta, que é o caminho que julgamos neste momento adequado”.

Assim, Eduardo Jesus admite que o trabalho para uma nova estratégia possa vir a ser iniciado “no segundo semestre de 2025” ou seja, um ano e meio antes do final da atual, “tal como fizemos com a que está em vigor”.

E aí, destaque para o trabalho conjunto feito com a Associação de Promoção e a Direção Regional, cujo orçamento foi reforçado e está, atualmente, nos 16 milhões de euros por ano, bem como no trabalho e parcerias com o Observatório de Transporte Aéreo, criado em 2021, e Universidade da Madeira que permitem ter dados que se revelaram e revelam “extraordinariamente importantes”.

“Há uma monitorização permanente da evolução do setor e esse conhecimento do dia-a-dia permite a tomada de decisões, muitas vezes que táticas”. Até porque, disse Eduardo Jesus, “basta uma origem ter um determinado comportamento e temos de reagir”, reconhecendo que “essa não é uma gestão estratégica, é uma gestão tática, é de momento, substituir, apostar ou investir nessa ou noutra origem”.

“Face à instabilidade de alguns mercados, que são chave, este taticismo é essencial”, admitiu Eduardo Jesus.

Certo, no entanto, estão, para o verão IATA, “dois milhões de assentos”, representando um aumento de 18% face a igual período de 2024, indicando ainda Eduardo Jesus que “vamos ter 11 mil frequências”, aqui um crescimento de 14,7%”. E

Quanto a novos voos, o secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira referiu o voo direto de Nova Iorque para a Madeira, três vezes por semana, da United, mas também os voos de Bruxelas, Luton, Bournemouth, Milão, Nantes, Shannon, Edimburgo ou Reiquiavique, operados pela easyJet, Jet2, Ryanair e Play.

Eduardo Jesus destacou ainda a boa performance do mercado polaco que já atingiu o Top 5, com a Europa a representar 97% do incoming, com os restantes 3% a pertencerem aos EUA.

Madeira diz “sim” aos casamentos
“Um reforço na diferenciação com a criação de novos produtos é essencial para colocarmos a Madeira no mapa do turismo”. Por isso, a Madeira trouxe à BTL 2025 um novo produto turístico com o qual pretende “trazer e criar mais valor para a Madeira”.

Esse produto gira à volta do universo ligado aos casamentos, focado no mercado internacional, principalmente no segmento de luxo. “o mercado dos casamentos gera muito valor, não só com os casamentos, mas com as despedidas de solteiros, as cerimónias, as festas”, referiu Sara Marote , diretora executiva da Associação de Promoção.

Assim, o objetivo é ir mostrar este novo produto pelo mundo, até porque, segundo Sara Marote, “não é possível fazer um trabalho como deve ser se não tivermos todos articulados”. Por isso, também foi feito um trabalho de levantamento do que existe, da capacidade de oferta, de forma a “não se defraudar as expectativas”.

Expectativas essas que assentam em trazer para a Madeira casamentos que possui uma maior duração, o que significa mais dormidas, mais gastos, logo mais valor para a comunidade.

Um bom arranque
Bom foi, também o arranque deste ano de 2025, explicando Eduardo Jesus que a Madeira registou o melhor mês de janeiro de sempre, atingindo 50 milhões de euros de proveitos totais.

Ao nível das dormidas, a Madeira contabilizou 780 mil dormidas (+12%), como mercado nacional a crescr 37%, enquanto nos hóspedes o crescimento foi de 11%, a estadia média chegou aos 4,95 dias, e o RevPAR atingiu os 62,9 euros por quarto disponível, correspondendo a um aumento de 24,5% face a período homologo de 2024.

“Antes da pandemia, nunca tínhamos tido um mês em que os proveitos totais do setor atingissem 50 milhões de euros num só um mês” recordando que “o primeiro mês em que isto aconteceu foi em agosto de 22, ainda na pandemia”.

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Destinos

Tunísia celebra recorde histórico de turistas portugueses e dedica esta sexta-feira a Djerba na BTL

Todas as cores vibrantes da Tunísia voltam a estar presentes na BTL, destino turístico que veio uma vez mais promover-se em Portugal com o objetivo de reforçar os laços históricos com o mercado português, destacando uma das suas joias mais apreciadas pelos viajantes lusitanos: a ilha de Djerba, que terá o seu dia especial, esta sexta-feira na Feira.

A Tunísia tem sido um destino de eleição para os turistas portugueses, e o crescimento sustentado das chegadas confirma esta forte ligação. Em 2024, o número de visitantes portugueses alcançou um recorde histórico de 50 mil turistas, um feito notável desde que a Tunísia iniciou as suas operações a partir do mercado português.

Ano após ano, esta evolução reflete, dizem os responsáveis pela promoção do destino no nosso país, o entusiasmo crescente dos viajantes portugueses, o compromisso dos operadores turísticos e a confiança das redes de venda, consolidando a Tunísia como uma escolha incontornável para os portugueses.

Naoufel Hdia, embaixador da Tunísia em Portugal, que desde que chegou a Lisboa também tem contribuído e apoiado o desenvolvimento deste fluxo turístico  sublinha a importância desta evolução: “O crescimento do fluxo turístico português para a Tunísia é um testemunho do dinamismo e da confiança mútua entre os dois países, avançando que “com um crescimento superior a 17% em relação à média europeia e um impressionante aumento de 77% comparado a 2019, a Tunísia reafirma o seu estatuto de destino incontornável para os viajantes portugueses”.

Por sua vez,, Leila Tekaia, diretora da Delegação Nacional do Turismo Tunisino em Portugal, destaca a estratégia de promoção renovada para 2024: “Este ano, reforçamos o nosso compromisso com o mercado português através do lançamento de uma nova campanha digital programática, a primeira em cinco anos”, para sublinhar que esta iniciativa “visa manter a Tunísia nos radares dos viajantes portugueses e fortalecer o trabalho dos operadores turísticos e das suas redes de distribuição, conferindo que “estamos confiantes que esta campanha impulsionará ainda mais o entusiasmo pelo nosso destino”.

A ilha de Djerba, uma aposta cada vez mais dos operadores turísticos portugueses, que para este verão reforçaram a sua programação dada à procura cada vez maior do destino, será a rainha esta sexta-feira, 14 de março, na BTL, com ligações em direto para revelar, em tempo real, o clima, as paisagens e a atmosfera única deste paraíso mediterrânico.

Além disso, o stand tunisino proporcionará uma imersão nos sentidos, com degustações de sabores, demonstrações de artesanato e uma homenagem ao património cultural de Djerba, reconhecido pela UNESCO. Durante o fim de semana, a tradição e a arte estarão unidas em momentos especiais, com apresentações musicais ao som da cítara, um dos símbolos da identidade tunisina.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Meeting Industry

Holiday Inn Beja aposta no segmento de reuniões e eventos

O hotel Holiday Inn Beja está a apostar cada vez no segmento de reuniões e eventos, já que dispõe de duas salas com diferentes capacidades, equipadas com tecnologia, versáteis, modulares e multifacetadas, preparadas para receber qualquer tipo de evento com conforto, privacidade e acessibilidade.

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Com uma localização privilegiada, o Holiday Inn Beja assume uma aposta cada vez maior na sua componente corporate, respondendo, assim, às atuais e principais exigências do mercado.

É no piso -1 do hotel de quatro estrelas que estão localizadas duas salas com diferentes valências e características, batizadas com nomes de artistas nascidos na região, e pensadas para receber qualquer tipo de eventos e iniciativas, com garantia de todas as comodidades, tendo disponíveis equipamentos tecnológicos de som e imagem, rede de wi-fi, ar condicionado, acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e ainda um serviço de catering com menus personalizados de almoço, jantar, coffee-breaks, coffee station, cocktails e canapés.

A Sala Florbela Espanca tem 25 m2 e capacidade para receber 12 pessoas, dispõe de uma mesa central e vários pontos de rede elétricos, já a Sala Mário Beirão, com 250 metros quadrados, pode apresentar-se em diferentes formatos, da plateia ao banquete, tem capacidade para receber até 200 pessoas e contempla infraestruturas de som e projeção de imagem.

A unidade hoteleira oferece 95 quartos distribuídos por quatro pisos, um restaurante especializado na gastronomia tradicional – Chaparro Alentejano – ginásio, serviço de lavandaria e engomadoria, rooftop e uma piscina exterior. Na decoração das várias zonas da unidade, saltam à vista algumas obras que homenageiam e celebram os dois poetas alentejanos que dão nome às anteriormente referidas salas – Florbela Espanca e Mário Beirão – da fachada assinada pelo artista Vhils às tapeçarias artesanais no lobby, da autoria da artista plástica Silvia Maria Perloiro.

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Foto: Frame It
Aviação

TAP retoma voos para Porto Alegre a 1 de abril e quer “continuar a crescer em termos de frequências”

Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, revelou que a procura destes voos “está muito boa” e “acima das expectativas”, até porque “a única ligação internacional para a Europa direta é da TAP”, sendo, por isso, “uma rota muito importante” para a companhia aérea.

Inês de Matos

A TAP assinalou esta quinta-feira, 13 de março, na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, o regresso dos voos diretos para Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Brasil, que voltam a operar a 1 de abril e que Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, espera que possam “continuar a crescer em termos de frequências”.

“A ideia é continuar a crescer em termos de frequências”, revelou o responsável, que esteve presente na apresentação do regresso dos voos que a TAP promoveu na BTL e durante a qual se brindou com espumante gaúcho, original do Rio Grande do Sul, um produto que vai ser servido a bordo do primeiro voo para Porto Alegre.

Segundo o responsável, a TAP regressa com três ligações por semana, às terças, quintas e sábados, mas “a expectativa é sempre aumentar” a operação, ainda que, para isso, seja necessário “ir construindo e consolidando o produto”.

“Quanto mais frequências colocamos, mais atendemos as necessidades de viagens de passageiros e reduzimos custos”, acrescentou, lembrando que, antes de encerrar os voos em maio do ano passado, na sequência das cheias que assolaram a região sul do Brasil e encerraram o aeroporto de Porto Alegre, a TAP operava quatro voos por semana para a cidade.

Carlos Antunes revelou que a procura destes voos “está muito boa” e “acima das expectativas”, até porque “a única ligação internacional para a Europa direta é da TAP”, sendo, por isso, “uma rota muito importante” para a companhia aérea.

Voos com “significado muito importante” para o Rio Grande do Sul

Presente na apresentação na BTL esteve também Ronaldo Santini, secretário de Turismo do Rio Grande do Sul, que agradeceu o regresso do voo da TAP, que disse ter um “significado muito importante” para a região.

“A retomada do voo da TAP tem um significado muito importante para todos nós, muito mais do que a ligação com os portugueses, o que por si só já justificava, mas existe toda esta conexão do nosso povo, da nossa história, da nossa gente que teve um papel muito importante na construção do estado do Rio Grande do Sul”, afirmou.

Por isso, o governante gaúcho reafirmou também o compromisso do Rio Grande do Sul “para que este voo se torne cada vez mais viável” e seja possível “ampliar essa oportunidade de voos”.

“Queremos esse voo lotado, não só de portugueses e europeus, mas queremos que ele chegue lá também com toda a energia que o povo português traz consigo”, acrescentou.

Já Marcelo Freixo, presidente da Embratur, sublinhou que a TAP é, atualmente, “um dos principais parceiros” do Brasil, uma vez que a “livre conexão” do “Brasil com a Europa deve-se fundamentalmente à TAP”.

O presidente da Embratur considera que a TAP é também responsável pelos recordes que o turismo brasileiro bateu nos dois primeiros meses do ano, em que registou um crescimento de 57% nas visitas de turistas internacionais e lembrou que o Rio Grande do Sul foi um dos três destinos mais visitados nesse período.

“Posso dizer que, nestes dois primeiros meses, o Rio Grande do Sul está entre os três estados que mais receberam turistas internacionais. O Rio Grande do Sul venceu essa tragédia”, congratulou-se o responsável.

 

 

 

 

 

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Distribuição

Soltour assina acordo estratégico com Cuba

A Soltour assinou, durante a BTL, um acordo estratégico com o Ministério de Turismo de Cuba, que visa reforçar a relação entre as entidades cubanas e o operador turístico, bem como potenciar e alavancar o desempenho do turismo local.

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A assinatura do acordo decorreu no stand de Cuba e contou com a presença do primeiro vice-ministro do Turismo de Cuba, Jorge Alberto García Domínguez, da conselheira de Turismo da Embaixada de Cuba em Espanha, Niurka Pérez Denis, do especialista nos mercados de Portugal e Espanha do Ministério do Turismo de Cuba, Gildineys Arredondo Castillo, bem como do CEO da Soltour, Tomeu Bennasar, e da CMO da Soltour, Teresa Arizti.

De lembrar que, ao longo dos anos, o compromisso da Soltour com Cuba tem sido contínuo, posicionando-se como um dos principais operadores a assegurar ligações diretas de Portugal e Espanha para este destino caribenho, e através deste acordo estratégico, a Soltour pretende fortalecer a promoção do destino nos mercados português e espanhol e contribuir para o crescimento sustentável da indústria turística cubana.

“A Soltour tem um histórico sólido na promoção de Cuba como destino turístico junto dos mercados português e espanhol, e este acordo vem reafirmar o nosso compromisso com o país”, realçou Tomeu Bennasar, para reforçar que “queremos continuar a ser um parceiro de referência, não só para os viajantes portugueses e espanhóis que escolhem Cuba como destino para as suas férias, mas também para o desenvolvimento do setor turístico nacional”, assegurou.

A programação da Soltour para este ano tem em Cuba um dos seus protagonistas, tanto a partir de Portugal como de Espanha. Ao longo de 2025, a Soltour vai operar voos diretos para vários destinos dentro do país, mantendo forte o compromisso com a diversificação e a promoção de diferentes dimensões da oferta turística cubana.

A partir de Lisboa, durante o verão, a Soltour irá operar voos diretos para Varadero e Cayo Santa María, com frequências semanais, e terá ainda voos ocasionais para Havana. Já a partir de Madrid, o operador contará com voos diretos para a capital cubana com quatro frequências semanais, nas temporadas de inverno, verão e outono de 2025, com os pacotes já em venda nos dois mercados.

 

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Créditos: Just Frame It
Alojamento

Unlock Boutique Hotels passam a contar com selo da Casa Real Portuguesa

A celebração do protocolo entre a Unlock Boutique Hotels e a Casa Real Portuguesa foi anunciado esta quinta-feira, 13 de março, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Market. Este foi também o momento para o grupo de gestão hoteleira dar a conhecer o seu mais recente hotel no Douro, o Palacete Barão Forrester.

Carla Nunes

Os hotéis da Unlock Boutique Hotels passam a contar com o selo da Casa Real Portuguesa, após a celebração de um protocolo entre as duas entidades.

O anúncio foi feito esta quinta-feira, 13 de março, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Market, num momento em que estiveram presentes D. Duarte, Duque de Bragança; Miguel Velez, CEO da Unlock Boutique Hotels e Pedro Marques da Costa, diretor de operações e desenvolvimento da empresa de gestão hoteleira.

Créditos: Just Frame It

Sobre o protocolo, Miguel Velez refere que este “permite-nos chegar a um segmento específico dentro dos nossos hotéis boutique e de charme, alguns dos quais representam em muito a história de Portugal e a conservação do património português”.

Já D. Duarte reforçou o seu apoio a “tudo o que sejam iniciativas de trabalhos que ajudam a preservar a nossa memória, cultura e identidade”.

Um novo hotel no Douro

Além do novo selo, a Unlock Boutique Hotels acrescentou mais um hotel ao seu portefólio, o Palacete Barão Forrester.

Localizada em Alijó, em Vila Real, a nova unidade a integrar a Unlock Boutique Hotels conta com 21 quartos e será alvo de dois projetos de remodelação: uma durante o verão, e uma outra em outubro, altura em que o hotel fecha portas para a fase final de remodelações.

“É um complemento na nossa oferta, um esforço para estarmos cada vez mais presentes na região do Douro”, afirma Miguel Velez, que explica que o intuito de expansão da empresa passa por “criar uma rede de hotéis que permita conhecer Portugal de lés-a-lés, de norte a sul do país”.

Sobre a parceria com a Fauchon para a abertura do primeiro hotel da marca em Portugal, Miguel Velez admite que continuam à procura de uma unidade em Porto e em Lisboa.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

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