AHP diz que é “urgente” e “imprescindível” acordo entre Governo e PSD sobre novo aeroporto
Bernardo Trindade, presidente da AHP, antevê que, “se tudo correr dentro dos tempos normais, só teremos um novo aeroporto em 2033”.
Publituris
Mercado nacional é mais de 50% do turismo nos Açores, diz Berta Cabral na convenção da Airmet
SET quer sentar à mesa APAVT e ANAV para discutir se vale a pena duas figuras de Provedor do Cliente das agências de viagens
Turismo do Centro quer saber o impacto do turismo na região
“O cliente português é mais exigente que o espanhol”, admite José Luis Lucas (Hyatt Inclusive Collection)
Espanha multa cinco low cost em 179M€ por cobrança indevida de bagagem de mão [Atualizada]
600 aeroportos certificados na gestão do carbono a nível mundial
Museus e monumentos com novos preços de entrada a partir de 1 de janeiro
Ryanair ameaça retirar voos de dez aeroportos em França
São Tomé e Príncipe aumenta taxas aeroportuárias a partir de 1 de dezembro
Aviação brasileira vive melhor outubro da história
Em vésperas do encontro agendado entre o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, sobre o novo aeroporto, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) espera que a reunião corresponda a um “ponto de partida para ser rapidamente aprovada uma solução realista e definitiva que sirva Lisboa e o país”.
Em comunicado, a AHP diz acreditar que “ambos os líderes políticos irão encontrar o consenso para responder a uma situação extremamente preocupante para o crescimento económico do país”, recordando que não só o primeiro-ministro informou que só seria tomada uma decisão sobre a localização do novo aeroporto em 2023, como a mesma teria de sair do consenso entre os dois principais líderes, destacando que, “se tudo correr dentro dos tempos normais, só teremos um novo aeroporto em 2033.
Bernardo Trindade, presidente da AHP, sublinha: “como já nos cansámos de ver, sem consenso entre as principais forças políticas, qualquer que seja a decisão tomada só por um é posta em causa logo no momento seguinte. Ora, é fundamental que haja uma decisão definitiva e a sua execução. Lamentavelmente o tempo político e o tempo da economia não estão alinhados”.
A AHP recorda ainda o estudo da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) realizado pela EY, onde se conclui que o atraso na construção do novo aeroporto representa uma perda potencial de 6,8 mil milhões de euros até 2027 e menos 28 mil empregos.
Por isso, Bernardo Trindade reforça que, em 2022, “vivemos situações caóticas no aeroporto de Lisboa, que comprovaram o seu esgotamento a vários níveis” Considerando que esta situação foi agravada por “várias circunstâncias excecionais”, o responsável da AHP reforça que, “não havendo capacidade aeroportuária em Lisboa estamos a perder quota de mercado e oportunidades de crescer sustentadamente, trazendo até nós viajantes que gastam e geram valor no país”.
De resto, Bernardo Trindade frisa que esta será uma realidade que “vai acontecer já nos próximos anos, se não forem encontradas soluções alternativas” e que “só se vai agravar, se não for dado início quanto antes à construção do há 50 anos reclamado novo aeroporto”.
O presidente da AHP salienta ainda que, neste momento, a única alternativa é “avançar já com as obras conferindo mais estacionamentos, mais qualidade para prestadores e clientes do aeroporto”. E conclui que “é urgente, imprescindível, que haja acordo” e que o Governo “permita arrancar já com estes melhoramentos na Portela”.