Em janeiro de 2025, o turismo em Portugal registou 1,6 milhões de hóspedes e 3,7 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 8,3% e 6,3%, respetivamente (+3,4% e +2,6% em dezembro de 2024, pela mesma ordem), avançam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No que diz respeito aos hóspedes, os não residentes continuam a ser predominantes, totalizando 857 mil, representando um crescimento de 6,8% face aos 802 mil de período homólogo de 2024.

Os números referentes aos hóspedes nacionais registaram um crescimento ainda maior (+10,1%), somando no final do primeiro mês de 2025 perto de 749 mil.

Destaque para o facto de todas as regiões terem registado aumentos no número de hóspedes, em janeiro. Península de Setúbal (+17,3%), Açores (+15%) e Alentejo (+10,7%) foram as regiões que cresceram a duplo dígito, verificando-se que a região que mais hóspedes recebeu foi Lisboa com 504 mil (+7,5%), seguindo-se o Porto e Norte com 390 mil (+8,5%).

Dos 857 mil hóspedes que Portugal recebeu no primeiro mês de 2025, Espanha liderou com mais de 104 mil, seguindo-se o Reino Unido co 84 mil e o Brasil com quase 78 mil.

No que diz respeito às dormidas, o INE indica, tal como já referido, um aumento de 6,3% face a janeiro de 2024, com as dormidas de não residentes a totalizarem quase o dobro das dos residentes. Assim, as dormidas de estrangeiros somaram 2,4 milhões, correspondendo a uma subida de 3,8% face a período homólogo de 2024, enquanto as dormidas de residentes aumentaram 11,3% para 1,270 milhões.

Também neste parâmetro, destaque para o facto de todas as regiões somarem crescimentos nas dormidas, com Lisboa a ser a única a ultrapassar a fasquia do milhão (1,071 milhões, ou seja, +5,5%).

As regiões que mais cresceram, face a janeiro de 2024, foram a Península de Setúbal (+14,4%), Alentejo (+11,4%) e Açores (+10,2%).

Nas dormidas, tal como na soma dos hóspedes, a liderança também pertence ao Reino Unido com mais de 352 mil dormidas, seguido Alemanha com 269 mil e Espanha com mais de 202 mil.

O INE indica que os 10 principais mercados emissores, em janeiro, representaram 70,5% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico a manter-se com o maior peso (14,6% do total das dormidas de não residentes em janeiro), apesar do decréscimo de 3,3% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em janeiro (11,2% do total), cresceram 5,1%. Seguiu-se o mercado espanhol, na 3.ª posição (quota de 8,4%), com um crescimento de 0,8%.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em janeiro, o mercado polaco registou o maior crescimento (+16,6% para 97 mil dormidas), seguindo-se os Estados Unidos da América (+10,3%, para 173 mil dormidas). Em sentido contrário, destacaram-se os decréscimos dos mercados francês (-9,6%, para 138 mil) e brasileiro (-8,8%, para 174 mil).

Proveitos crescem a duplo dígito
Os proveitos totais atingiram 262 milhões de euros e os de aposento ascenderam a 188,9 milhões de euros em janeiro, refletindo crescimentos de 13,8% nos proveitos totais e de 14,2% nos relativos a aposento face a janeiro de 2024 (+9,3% e +9,2% em dezembro, pela mesma ordem).

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (35,1% dos proveitos totais e 37,2% dos proveitos de aposento), seguida da Madeira (19,1% e 18,1%, respetivamente) e do Norte (16,4% e 16,5%, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, que foram mais expressivos na Madeira (+29% nos proveitos totais e +28,3% nos de aposento) e no Alentejo (+20,2% e +19,9%, respetivamente).

Estadia média contradiz crescimentos
Ao contrário das dormidas, hóspedes e proveitos, em janeiro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,29 noites) continuou a diminuir (-1,9%, após -0,8% em dezembro). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,85 noites) e no Algarve (3,50 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,58 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,59 noites).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 33,2 euros em janeiro, registando um aumento de 10% (+6,0% em dezembro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 89,3 euros (+7,3%, após +6,1% em dezembro).

Em janeiro, a estada média dos residentes (1,70 noites) aumentou 1,1% e a dos não residentes (2,80 noites) decresceu 2,8%.

A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,44 noites) quer dos residentes (2,99 noites).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Madeira (62,9 euros), seguindo-se a Grande Lisboa (54,8 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na Madeira (+24,5%) e na Península de Setúbal (+17,1%).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (111,4 euros), seguida da Madeira (100,8 euros). Este indicador aumentou em todas as regiões, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido na Madeira (+16,8%) e no Alentejo (+10,5%).

Lisboa domina, Albufeira é município que mais cai nas dormidas
O município de Lisboa concentrou 24,3% do total de dormidas, atingindo 892,8 mil (+5,2%, após +2,2% em dezembro). As dormidas de residentes aumentaram 5,7% e as de não residentes cresceram 5,1%. Este município concentrou 30,8% do total de dormidas de não residentes em janeiro.

O Funchal foi o segundo município com maior número de dormidas (431,9 mil dormidas, peso de 11,8%) e registou um crescimento de 3,1% (+5,2% em dezembro). As dormidas de residentes registaram um aumento expressivo (+34,0%), enquanto as de não residentes diminuíram 1,1%. Este município concentrou 15,2% do total de dormidas de não residentes em janeiro.

No Porto, as dormidas totalizaram 319,2 mil (8,7% do total), tendo-se observado um crescimento de 6,4% (+4,6% em dezembro), com o contributo das dormidas dos residentes (+16,8%) e dos não residentes (+3,6%).

Entre os 10 principais municípios, destacaram-se ainda Santa Cruz, na Madeira (2% do total), com um crescimento de 17,2% (+20,2% nos residentes e +16,8% nos não residentes) e Vila Nova de Gaia (1,5% do total), com um aumento de 16,8% (+3,9% nos residentes e +32,2% nos não residentes). Albufeira e Portimão registaram os maiores decréscimos em janeiro (-9,8% e -7,5%, respetivamente).

Em termos de dormidas de residentes, assinalam-se também os crescimentos expressivos registados em janeiro nos municípios de Portimão e de Vila Real de Santo António (+25,9% e +23,4%, respetivamente). Nestes municípios, as dormidas de não residentes recuaram 16,8% em Portimão e aumentaram 3,2% em Vila Real de Santo António.

Em janeiro, os visitantes internacionais deixaram no Brasil um total de 805 milhões de dólares. O valor é 0,6% mais elevado que o mesmo período de 2024. Além de ser o maior valor já registado para o período, também é 11,7% acima do verificado em dezembro último.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, comemorou o desempenho, realçando que “essas divisas do turismo que ficam no Brasil são muito importantes para os destinos, pois ajudam a gerar desenvolvimento, emprego e riqueza, e muito democráticas também, já que esse dinheiro fica com o taxista, com o vendedor na praia, com o empregado de mesa, com o restaurante, e não podemos esquecer que 95% dos negócios de turismo do Brasil são de micro e pequenas empresas”, disse.

Já o ministro do Turismo, Celso Sabino, destaca “ainda temos um espaço enorme para crescer e, em parceria com a Embratur, estamos a fortalecer o nosso trabalho e atraído viajantes que procuram, cada vez mais, experiências autênticas, para conhecerem tudo o que temos para oferecer”, afirmou.

Como já havia sido anunciado, o país também bateu recorde em chegada de turistas internacionais em janeiro e no acumulado de 12 meses de 2024. No primeiro mês deste ano, 1.483.669 de visitantes estrangeiros aterraram em destinos brasileiros, número que supera, de longe, os anos anteriores. Os dados representam um crescimento expressivo de 55,07% em relação a janeiro do ano passado, quando 956.737 turistas cruzaram as fronteiras brasileiras.

E o ano de 2024, por sua vez, foi o melhor da história para o turismo internacional no Brasil. Nos 12 meses, o país alcançou a marca recorde de 6.773.619 turistas estrangeiros, um crescimento de 14,6% em comparação com 2023.

O Ministério do Turismo e Desporto da Tailândia anunciou que, a partir de 1 de maio de 2025, os turistas que desejarem viajar para a Tailândia vão precisar de preencher o Cartão Digital de Chegada da Tailândia (TDAC), um formulário on-line que substituirá o TM6 em papel. Este último era um cartão de chegada e partida que os estrangeiros tinham que preencher ao entrar e sair, que tem causado longas filas na fronteira do país.

Assim, o governo tailandês quer simplificar o processo para turistas e residentes de longa duração, mesmo que os viajantes ainda tenham de divulgar os seus dados pessoais, a localização e a duração da estadia.

O TDAC “está a ser desenvolvido e vinculado a dados de agências relevantes, incluindo a Divisão de Controlo de Doenças, companhias aéreas e agências alfandegárias”, indica o Ministério em comunicado. “Espera-se que o sistema esteja totalmente operacional a partir de 1 de maio de 2025”, acrescenta, acrescenta. O objetivo é proporcionar uma experiência mais tranquila aos viajantes internacionais.

As informações mais detalhadas sobre o funcionamento do TDAC e os procedimentos a serem seguidos serão comunicados posteriormente pelas autoridades, e poderá permitir que os viajantes façam as suas declarações obrigatórias através dos seus próprios telemóveis.

Resultado da cooperação entre o Senegal e o Reino da Arábia Saudita, este museu é o primeiro do gênero na África Ocidental. A sua criação em Dacar é resultado de um acordo entre as autoridades senegalesas e a Liga Mundial Muçulmana, com a ambição de fazer da capital um lugar elevado de conhecimento e transmissão da herança islâmica.

As obras começaram em agosto de 2023, e após 18 meses de construção intensiva, o museu finalmente abre as suas portas na praça localizada entre o Grand Théâtre National e o Musée des Civilisations Noires, no coração da cidade.

Projetado para unir tradição e modernidade, o edifício destaca-se por uma arquitetura inspirada nas grandes civilizações islâmicas.

O museu dispõe de vários espaços interativos e imersivos, incluindo uma galeria permanente dedicada à vida do Profeta Maomé, desde o seu nascimento em Meca até a expansão do islamismo, uma coleção de objetos históricos raros e manuscritos, incluindo escritos antigos, artefatos preciosos e reproduções fiéis de peças pertencentes à era profética, bem como um espaço multimídia onde a realidade virtual mergulha os visitantes nos cenários da Arábia do século VII.

Um centro de pesquisa e documentação dedicado à história e civilização islâmicas, com arquivos digitais acessíveis a acadêmicos e pesquisadores, e uma sala de conferências onde serão organizados colóquios, exibições e exposições temporárias, são outros espaços que o museu oferece.

O museu, inaugurado esta quinta-feira, pretende ser um veículo para o diálogo inter-religioso e a promoção do conhecimento, refletindo o papel que o país sempre desempenhou na transmissão do islamismo na África Ocidental. O objetivo é atrair milhares de visitantes, pesquisadores e fiéis do mundo inteiro, indica a imprensa senegalesa.

O Governo renovou o programa “Festivais Acessíveis” por mais dois anos, que se mantém assim em vigor até 31 de dezembro de 2026, continuando a distinguir os “festivais que garantam condições de mobilidade, conforto, segurança e autonomia para todos os públicos”.

Num comunicado enviado à imprensa, o Turismo de Portugal explica que “os eventos que cumpram os critérios de elegibilidade são distinguidos como “Festival Acessível” e podem candidatar-se ao Prémio “Festival + Acessível”, o qual se materializa num apoio financeiro destinado a melhorar as condições de acessibilidade”.

Para poderem concorrer, os festivais devem submeter a candidatura até três meses antes do evento acontecer, sendo a lista oficial dos “Festivais Acessíveis” divulgada nos canais do Turismo de Portugal e do Instituto Nacional para a Reabilitação.

“Podem candidatar-se ao Programa entidades públicas ou privadas, desde que os festivais tenham uma periodicidade regular ou previsão de continuidade e garantam condições de acessibilidade adequadas”, destaca o Turismo de Portugal, na informação divulgada.

Criado pelo Turismo de Portugal, em parceria com o Instituto Nacional para a Reabilitação, o programa “Festivais Acessíveis” foi regulamentado em 2022 e “promove uma oferta turística e cultural acessível e diversificada”.

Artes de rua, artes performativas, cinema, literatura, dança, música e teatro são as áreas abrangidas, “contribuindo para a dinamização das economias locais e para a captação de turistas nacionais e internacionais ao longo de todo o ano”.

“O Turismo de Portugal reafirma o compromisso de tornar a cultura e o turismo mais acessíveis, garantindo que todos, sem exceção, possam usufruir da riqueza cultural do país em condições de igualdade. Desta forma, impulsionamos a identidade de Portugal como um destino turístico para todos”, refere Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal.

A próxima edição do Publituris faz capa com a entrevista a Harry Theoharis, candidato a secretário-geral do Turismo da ONU (UN Tourism). O ex-ministro do Turismo da Grécia, admite que a experiência que viveu durante os anos da pandemia funcionará como um “espelho” do que poderá e deverá fazer à frente da organização. Segundo Theoharis, neste momento, a Europa turística até tem medo de mencionar a palavra “overtourism”, salientando que “precisamos de olhar para as questões, resolvê-las e geri-las”.

Como indicadores-chave de sucesso pelos quais gostaria de ser avaliado, o candidato a secretário-geral do Turismo da ONU refere que “a esperança é que no final do primeiro mandato vejamos todos os 160 Estados-Membros mais envolvidos, que todos se candidatem a integrar o Conselho Executivo e que todos queiram fazer parte da organização” que, diz, “tem de trabalhar de forma mais transparente, eficiente e relevante”.

Newblue voa até à Jamaica
Foi na fam/presstrip, organizada pela Newblue, que levou agentes top sellers e imprensa à Jamaica, que o Publituris conversou com Duarte Correia, diretor-geral da World2Meet (W2M) em Portugal, que explicou a razão desta aposta no país do Caribe. A operação arranca a 4 de junho e estende-se até outubro.

Viagens Tempo
A Viagens Tempo posiciona-se no mercado “como um operador turístico de proximidade, flexível, cujo foco é dar atenção e ajudar as agências de viagens a concretizar as vendas e crescermos juntos, para além de oferecer programas que vão ao encontro das expectativas do cliente final”. Quem o diz é o diretor do operador turístico, Ricardo Gordo.

Local DMC by Clube Viajar
Na sequência do recente rebranding do departamento de incoming da Clube Viajar, que passou a designar-se Local DMC by Clube Viajar, o Publituris falou com a sua diretora Comercial, Mariana Morais, que nos deu conta dos motivos desta nova identidade. “Este projeto surge como uma evolução estratégica para criar uma marca mais alinhada com o que fazemos e com a forma como queremos posicionar-nos no mercado internacional”, revelou. Um nome e uma identidade visual que “refletem melhor a nossa missão de conectar os nossos clientes às pessoas e cultura de Portugal”.

Uganda
Conhecido como a “Pérola de África” pela sua diversidade, o Uganda veio à Europa dar a conhecer uma oferta turística única e atrair investimento estrangeiro que ajude a desenvolver um setor que tem um vasto potencial e que é visto como estratégico para o crescimento económico do país. Em contrapartida, há vários benefícios fiscais e um mar de oportunidades.

A nova estratégia de desenvolvimento económico do Uganda foi o tema central do 1.º Fórum Económico Uganda-França, que decorreu em Paris, França, a 17 de fevereiro, num evento promovido pela Embaixada do Uganda em França e que, além das empresas francesas, procurou atrair também investimento português e espanhol.

Turismo vira hi-tec
No dossier desta edição, olhamos para a tecnologia no setor do turismo. Se é verdade que a evolução tecnológica tem desempenhado um papel crucial na transformação do setor do turismo nos últimos anos, revolucionando a forma como os serviços são prestados e procurados, melhorando a eficiência operacional das empresas e enriquecendo a experiência do viajante, também é verdade que ainda há muitos updates e upgrades a fazer.

E Se o universo da tecnologia já se vislumbrava como desafiante para todos os setores de atividade, não ficando, naturalmente, o turismo excluído, os próximos tempos, e com a velocidade de criação e inovação existente, palavras como “integração”, “implementação”, “adaptabilidade”, “conexão”, mas também “proximidade”, “planeamento” e “acessibilidade” farão parte do léxico obrigatório do lado das empresas.

Apesar de toda a discussão sobre o avanço tecnológico e a inevitabilidade deste no dia-a-dia de cada um de nós, seja pessoal, profissional ou como viajante, uma coisa é certa: a interação do humano continua e continuará a ser fundamental para o setor do turismo.

Check-in
No “Check-in” desta edição questionámos o Conselho Editorial sobre o impacto que a política externa de Donald Trump poderá ter no turismo em Portugal; o (possível) final da guerra na Ucrânia; a recuperação do longo-curso na Ásia-Pacífico; o contínuo crescimento das regiões turísticas nacionais em termos de hóspedes, dormidas e receitas; qual a região turística nacional com maior potencial de crescimento em 2025; e se a anunciada “Estratégia Turismo 2035” já deveria ter sido apresentada.

Opiniões
As duas opiniões desta última edição de fevereiro pertencem a Francisco Jaime Quesado “economista e gestor) – “A Nova Banca” – e Sílvia Dias (Savoy Signature) – “Inteligência Artificial: Oportunidade, risco ou evolução natural”.

Leia a edição completa aqui

O 13.º Congresso da APECATE tem nova data e vai agora acontecer entre 3 e 4 de abril, na Ilha Terceira, Açores, informou a Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE).

Sob o tema “Inovar o Futuro: O Desafio dos Eventos e Animação Turística”, o 13.º Congresso da APECATE pretende ser um “ponto de encontro” para especialistas, empresas e decisores do setor partilharem ideias e construírem soluções inovadoras.

Recorde-se que o evento estava previsto para os dias 2 e 3 de abril, incluindo um painel que faz a ponte para o Azores Trail Fest 2025, evento de turismo de natureza e trekking promovido pelo Governo dos Açores que, nos dias 4 e 5 de abril, dará a conhecer este produto açoriano.

Durante o Congresso da APECATE, o turismo de natureza e aventura será um dos temas em destaque, com um painel dedicado ao impacto de eventos como o Azores Trail Fest no posicionamento de destinos turísticos.

O antigo presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Walter Chicharro, também é candidato à liderança da Turismo Centro de Portugal, cujas eleições vão acontecer a 27 de março e que contavam já com dois candidatos anunciados.

De acordo com o Diário de Aveiro, o anúncio da candidatura de Walter Chicharro foi feito pelo próprio através das redes sociais, numa publicação onde diz que decidiu concorrer depois de “muito refletir e de ouvir os incentivos de autarcas, empresários e agentes do setor”.

“Depois de muito refletir e de ouvir os incentivos de autarcas, empresários e agentes do setor, aceitei o desafio de me candidatar à presidência do Turismo do Centro. Acredito que a Região Centro tem um potencial único e inigualável no panorama turístico nacional e internacional”, explica o antigo autarca da Nazaré, que é atualmente deputado do Partido Socialista (PS) na Assembleia da República.

“Vamos construir juntos um Turismo do Centro ainda mais forte e coeso”, acrescentou Walter Chicharro, que diz ter a seu favor os mais de 10 anos em que presidiu à autarquia da Nazaré, num período ao longo do qual a marca Nazaré se tornou “global, reconhecida em todo o mundo”.

O agora candidato à Turismo Centro de Portugal considera que a experiência acumulada à frente da Câmara Municipal da Nazaré “é um belo bilhete de apresentação para a Turismo do Centro”.

Recorde-se que Walter Chicharro tinha chegado a apresentar uma pré-candidatura à liderança da Turismo Centro de Portugal em 2022, quando o mandato de Pedro Machado estava a chegar ao fim.

O antigo presidente da Câmara Municipal da Nazaré acabou por não avançar e foi o anterior autarca de Mira, Raul Almeida, quem venceu as eleições para a Turismo Centro de Portugal.

Agora, com o falecimento de Raul Almeida em dezembro passado, a Turismo Centro de Portugal volta a passar por um processo eleitoral, ao qual já tinham sido apresentadas as candidaturas de Luís Tadeu, presidente da Câmara Municipal de Gouveia, e Rui Ventura, presidente da Câmara Municipal de Pinhel.

Walter Chicharro tem 54 anos de idade e foi presidente da Câmara Municipal da Nazaré por mais de 10 anos, assumindo a presidência da autarquia entre 2013 e 2024, tendo renunciado ao mandato em março do ano passado para se tornar deputado da Assembleia da República.

A BTL 2025 já lançou uma campanha de publicidade que reflete o novo posicionamento do evento enquanto BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market e que conta com dois anúncios que aliam o humor às “oportunidades imperdíveis e acessíveis a todos os
visitantes” que a feira vai disponibilizar.

Num comunicado enviado à imprensa, a FIL – Feira Internacional de Lisboa, que organiza a BTL, explica que a campanha “retrata a frustração de uma Baleia Jubarte e
de uma Tartaruga das Galápagos por não conseguirem participar na BTL 2025”.

“A Baleia pelo seu volume e a Tartaruga pela sua lentidão, ficam impossibilitadas de aproveitar as promoções exclusivas do evento”, lê-se na informação divulgada, onde se explica que “o humor, aliado à impossibilidade destes animais em participarem na BTL 2025, reforça o conceito de que o evento oferece oportunidades imperdíveis e acessíveis a todos os visitantes”.

Segundo Dália Palma, gestora Coordenadora da BTL, “esta abordagem desperta no público o sentido de urgência e o desejo de não perder as promoções exclusivas disponíveis apenas durante a feira, promovendo uma ação imediata”.

“A mensagem subjacente a esta campanha, visa igualmente acentuar o posicionamento
da BTL enquanto promotora de um turismo mais sustentável, que reforce e preserve valores como a sustentabilidade e a salvaguarda dos ecossistemas e de espécies que importa preservar, os humanos podem interagir com estes animais no seu habitat natural e isso deverá representar uma responsabilidade acrescida na defesa da sua preservação”, acrescenta a responsável.

Dália Palma revela ainda que foi feito um “investimento muito relevante nesta campanha para reforçar a BTL como a plataforma de marcação de férias dos portugueses criando a ligação mais emocional com o público, tornando o evento mais próximo, divertido e inesquecível”.

A campanha surge na sequência do rebranding da marca BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, que assenta em valores como a sustentabilidade, autenticidade, inclusão e responsabilidade social.

“Uma identidade que fortalece também o posicionamento internacional da BTL e que pretende alargar a sua presença no sector do turismo à escala global”, refere ainda o comunicado da FIL.

Os vídeos da campanha da BTL 2025 podem ser visualizados aqui e aqui.

Recorde-se que a BTL 2025 decorre entre 12 e 16 de março, na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa.

O MB2025 posiciona-se como uma plataforma estratégica para a formação e geração de negócios, aproximando os destinos e produtos turísticos brasileiros dos operadores e agentes de viagens portugueses.

O evento será totalmente gratuito para os profissionais do setor do turismo, oferecendo uma oportunidade para conhecer melhor o Brasil, explorar novas possibilidades de venda e fortalecer parcerias comerciais. A programação inclui formações detalhadas sobre os destinos brasileiros, reuniões privadas (B2B) com fornecedores estratégicos e rodadas de negócios, facilitando conexões diretas que podem impulsionar a comercialização do destino Brasil no mercado português.

“Portugal não é apenas um emissor tradicional, mas um mercado com um elevado potencial de crescimento, alta capacidade de gasto e forte intermediação por agências de viagem”, afirma Jair Pasquini, diretor de negócios da Expan+, organizadora exclusiva do evento, para realçar que, “tentar conhecer turistas portugueses de forma estratégica é fundamental para diversificar a oferta turística brasileira e aumentar o fluxo de visitantes qualificados”.

A organização recorda que Portugal é um dos principais emissores de turistas para o Brasil, com 182.463 portugueses a visitarem o país no último ano, realçando que o Brasil é o destino de longa distância mais procurado por estes viajantes, consolidando-se como uma escolha natural para quem procura sol e praia, resorts, cultura, gastronomia e cruzeiros, segmentos altamente atrativos para o mercado português.

Além disso, refere que, 72% das viagens dos portugueses ao Brasil são intermediadas por agências de turismo, o que reforça a importância de fortalecer a relação entre operadores, agentes e fornecedores brasileiros. Assim, o Meeting Brasil cria um ambiente qualificado para networking e formação, permitindo que os profissionais do setor acedam a novas oportunidades de venda e estratégias para comercializar melhor o Brasil.

A acrescentar ainda a conectividade aérea direta entre Portugal e diversas capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Natal, Florianópolis, Porto Alegre e Manaus, que facilita ainda mais a expansão dos fluxos turísticos entre os dois países, tornando o Brasil um destino altamente competitivo e acessível para o público português.

A edição portuguesa contará com a presença de destinos turísticos estratégicos do Brasil, que visam proporcionar aos agentes de viagens e operadores turísticos portugueses conhecimento detalhado sobre produtos e experiências diferenciadas que podem ser promovidas junto do público português.

Do Nordeste estarão presentes a Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, do Norte, as Rotas Amazónicas Integradas, compostas por sete estados (Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e o consórcio Costa Verde & Mar.