Lisbon Best Apartments avança para a hotelaria
Com seis unidades de Alojamento Local no coração de Lisboa, a Lisbon Best Apartments vai abrir um hotel
de cinco estrelas em 2021.
Raquel Relvas Neto
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Com seis unidades de Alojamento Local no coração de Lisboa, a Lisbon Best Apartments vai abrir um hotel de cinco estrelas em 2021.
Criada em 2014, a Lisbon Best Apartments (LBA) é a unidade de negócio da Coporgest, promotor imobiliário em Lisboa, dedicada à exploração turística de seis actuais unidades de Alojamento Local na capital portuguesa e que se vai estrear na hotelaria em 2021.
Ricardo Amantes, director do departamento comercial e de investimentos da Coporgest/Lisbon Best Apartments, em entrevista, adianta que a obra da futura unidade hoteleira teve já início na última semana de 2018. Localizado em pleno centro histórico de Lisboa, o projecto envolve a reconstrução de dois edifícios no Largo Rafael Bordalo Pinheiro e vai dar origem ao Lisbon Chiado Hotel.
Com uma classificação de cinco estrelas, a unidade hoteleira vai ter 45 quartos, dos quais 32 vão ser quartos duplos e 13 suites. Um rooftop com piscina, um mini-spa e um restaurante no piso térreo com acesso directo à rua e capacidade para 60 pessoas, e esplanada são outras facilidades que complementam o projecto. Segundo o responsável, qualidade e serviço norteiam o conceito da futura unidade hoteleira. “Queremos que seja o melhor cinco estrelas da zona do Chiado”, indica.
A estreia da Lisbon Best Apartments na hotelaria faz-se assim com um investimento de 20 milhões de euros, entre aquisição, construção e decoração, e tem abertura prevista para o primeiro trimestre de 2021. Durante o decorrer deste ano, a LBA prevê a contratação de um arquitecto de interiores com experiência na área de hotelaria, mas também de profissionais que vão ficar responsáveis pela gestão do hotel.
Questionado acerca da aposta nesta nova área de negócio dentro da empresa, o responsável responde que “tem muito a ver com o nosso ADN”. “Em primeiro lugar, gostamos de desafios e na Coporgest não acreditamos em impossíveis. Depois, porque consideramos que existe espaço no mercado dos hotéis em Lisboa para ter uma unidade como aquela que procuramos construir e explorar, que é uma unidade relativamente pequena e que vai estar muito virada para serviço e qualidade”. Para Ricardo Amantes, “a grande oferta do mercado da hotelaria em Lisboa tem sido caracterizada por hotéis que quatro estrelas que têm vindo a competir pelo preço ao longo do tempo, não muito pela qualidade do serviço”.
Sobre a gestão da unidade, o responsável avança que será feita pela LBA, mas está a ser ponderada uma parceria com uma marca hoteleira internacional. “Tem de ser uma marca que se posicione neste tipo de oferta que queremos disponibilizar. (…) É um cenário que está em cima da mesa, temos tido alguns contactos, mas não está nada decidido”.
Alojamento Local
São Bento Best Apartments, Chiado Camões Apartments, Chiado Trindade Apartments, Chiado Mercy Apartments, Chiado Square Apartments e, mais recentemente, Marquês Best Apartments são as seis unidades que integram o portefólio da LBA na área do Alojamento Local, num total de 54 apartamentos, com tipologias que variam do T1 ao T3. As unidades apostam no segmento ‘premium’, primeiro pela localização dos alojamentos, situados em zonas mais cosmopolitas da capital portuguesa, como o Chiado, depois pela qualidade dos apartamentos. “Temos todas as comodidades que uma pessoa pode encontrar num apartamento de primeira ordem”. Acresce ainda a equipa de ‘guest relations’ que realiza o ‘check-in’ de todos os hóspedes e “durante a estadia estão à sua disposição para atender aos pedidos que tenham”. Este é um serviço que a LBA oferece e que se reflecte no “posicionamento que queremos ter e que nos possibilita praticar o preço que, em termos concorrenciais, permite estarmos no top 3 da oferta dentro deste mercado do Alojamento Local”.
Ricardo Amantes explica que a entrada no segmento do Turismo, motivada pelo presidente da Coporgest – Sérgio Ferreira -, resulta da identificação do Turismo como motor da economia portuguesa e da constatação que “em Lisboa existia espaço para fazer um alojamento diferente do típico hotel, pessoas que procuravam passar aqui uns dias, mas que não queriam ter o formalismo de um hotel, mas sim ficar numa espécie de casa” deles. Com uma equipa própria dedicada a esta unidade de negócio da Coporgest, o responsável refere que a operação tem decorrido bem e que têm conseguido aumentar o volume de facturação de ano para ano, sendo que de 2017 para 2018 este aumentou mais de 20%. Também a taxa de ocupação média das unidades rondou os 70% no ano passado, com especial destaque para o mês de Outubro. “Acreditamos que em 2019 iremos crescer outra vez”, adianta, explicando que não estão previstos novos projectos no AL. “Primeiro porque estamos agora ao abrigo da suspensão que a Câmara Municipal de Lisboa decretou” até sair a regulamentação do Regime Jurídico do Alojamento Local (RJAL), segundo “estamos concentrados no Lisbon Chiado Hotel e não estamos a analisar prédios que tenham capacidade para serem Alojamento Local”.
Uma das mais-valias da LBA é que conta com uma equipa interna de arquitectos e de fiscalização, o que lhes permite ter um maior controlo sobre a qualidade e prazos dos projectos.
Mercados
Desde 2014, que a LBA registou diferentes mercados entre os seus hóspedes. Porém, em 2018, os mercados brasileiro, espanhol e francês lideraram os três primeiros lugares por esta ordem, embora França tenha sido o primeiro mercado emissor dos hóspedes das unidades do grupo noutros anos. A LBA identifica também o Canadá e a Rússia como mercados que estão a ganhar terreno em termos de procura.
O responsável explica que os mercados emissores diferem um pouco de unidade para unidade, dependendo da localização da mesma. O Marquês Best Apartment, por exemplo em termos de segmento, tendo em conta a sua localização, é mais procurado pelo turismo de negócios.