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AHP: Açores e Madeira lideram taxa de ocupação hoteleira no verão de 2024

As regiões autónomas dos Açores e da Madeira registaram uma taxa de ocupação de 91% no acumulado dos meses de junho, julho, agosto e setembro de 2024, ou seja, os meses correspondentes ao período de verão. No entanto, foi o Algarve que liderou no preço médio por quarto neste período, com este indicador a situar-se nos 227 euros. Os valores pertencem à Associação da Hotelaria de Portugal, que inquiriu 343 estabelecimentos associados.

Carla Nunes
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AHP: Açores e Madeira lideram taxa de ocupação hoteleira no verão de 2024

As regiões autónomas dos Açores e da Madeira registaram uma taxa de ocupação de 91% no acumulado dos meses de junho, julho, agosto e setembro de 2024, ou seja, os meses correspondentes ao período de verão. No entanto, foi o Algarve que liderou no preço médio por quarto neste período, com este indicador a situar-se nos 227 euros. Os valores pertencem à Associação da Hotelaria de Portugal, que inquiriu 343 estabelecimentos associados.

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A hotelaria das regiões autónomas dos Açores e da Madeira liderou a taxa de ocupação durante o período de verão deste ano, de junho a setembro. O indicador parte da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que apresentou esta terça-feira, 22 de outubro, o resultado do seu estudo “Balanço Verão 2024”, num inquérito em que participaram 343 estabelecimentos de três, quatro e cinco estrelas.

De acordo com os dados recolhidos pela AHP, o resultado acumulado de junho a setembro de 2024 dá conta a nível nacional de uma taxa de ocupação média de 81%, um preço médio de 173 euros e uma estada média de 3,1 noites. Note-se que, de acordo com os dados do INE do acumulado de verão de 2023, a taxa de ocupação nos hotéis de três a cinco estrelas situou-se nos 80%, o preço médio nos 156 euros e a estada média nas 2,7 noites.

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No que diz respeito aos dados acumulados de 2024 recolhidos pela AHP, foram as regiões autónomas dos Açores e da Madeira que mais se destacaram neste período em termos de taxa de ocupação, que se situou nos 91%. Seguiram-se as regiões do Algarve (85%), Grande Lisboa e Península de Setúbal (ambos com uma taxa de 84%).

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De acordo com Cristina Siza-Vieira, vice-presidente da AHP, os voos “tiveram uma importância fundamental” para estes valores na Madeira e nos Açores. Como refere, no caso da Madeira, “mais um voo semanal de Toronto, mais um voo semanal de Boston, sete ligações semanais via Ponta Delgada com origem em Toronto e Boston, e a retoma da ligação Canárias-Madeira”. Já nos voos dos Açores, a vice-presidente destaca “mais um voo por semana entre Faro e Ponta Delgada, mais um voo semanal entre Milão e Ponta Delgada e a retoma de dois voos semanais entre Londres e Ponta Delgada”.

Algarve lidera em preço médio
Apesar de as regiões autónomas se posicionarem no topo quanto à taxa de ocupação, quem liderou no preço médio por quarto foi o Algarve, com este indicador situado nos 227 euros, levando a vice-presidente a afirmar que foi “o campeão das vendas” no verão deste ano. Como referiu, “o Algarve esteve sempre acima da média nacional dos três indicadores, o que veio contrariar esta notícia de que o Algarve tinha um severo abrandamento quer na procura, quer no preço praticado, quer na estada média”.

Ainda sobre preço médio no acumulado de junho a setembro de 2024 destacaram-se o Alentejo (195 euros) e a Grande Lisboa (193 euros). Neste campo, a Região Autónoma dos Açores conseguiu situar o seu preço médio acima da média nacional, nos 175 euros, o que não aconteceu com a Madeira, que registou um preço de 161 euros para o acumulado de junho a setembro. Ainda relativamente ao preço médio, a região Oeste e Vale do Tejo foi a que contou com os valores mais abaixo da média nacional, a 106 euros.

Já no indicador de estada média, foi a Madeira que liderou a tabela, com 5,4 noites no acumulado de junho a setembro, seguida pelo Algarve (4,8 noites) e pelos Açores (3,4 noites). A pior performance neste campo, com valores abaixo da média nacional de 3,1 noites, coube às regiões da Península de Setúbal (2,5 noites), Norte (2,3 noites) e Oeste e Vale do Tejo (2 noites).

Dos meses em análise, agosto foi apontado como o “campeão de vendas”, por Cristina Siza-Vieira, com uma taxa de ocupação média nacional de 85%, preço médio a 183 euros e estada média de 3,2 noites.

Hoteleiros reportam melhorias em taxa de ocupação e preço médio
Quando questionados sobre as taxas de ocupação do verão deste ano por oposição às registadas no ano passado, 43% dos hoteleiros inquiridos responderam que a taxa deste ano foi “melhor”, com 11% a indicarem que foi “muito melhor”. Da amostra de inquiridos, 24% indicou que o valor foi “igual” e 21% que foi “pior” do que no ano passado.

Para 79% dos inquiridos do Algarve, a taxa de ocupação foi melhor ou muito melhor que no verão homólogo – uma opinião partilhada por 65% dos inquiridos do Alentejo, 60% dos inquiridos dos Açores, 59% do Centro e 58% da Madeira.

Por outro lado, quando inquiridos quanto ao valor do preço médio entre o verão deste ano e o do ano passado, 54% da amostra referiu que este indicador foi “melhor” este ano do que no período homólogo, com 18% a apontar que foi “muito melhor”.

De acordo com a AHP, todos os inquiridos da Madeira consideram que o preço médio por quarto no verão de 2024 foi melhor ou muito melhor do que o do verão de 2023. A opinião replica-se nos Açores, com 99% dos inquiridos a classificar este indicador como “melhor” ou “muito melhor” em relação ao mesmo período do ano passado. No Algarve, a percentagem de inquiridos com esta opinião foi de 83%.

Por fim, em relação aos proveitos totais, 56% dos hoteleiros inquiridos apontou que estes foram “melhores” no verão deste ano do que no ano passado, com 19% a indicarem que foram “muito melhores” e 16% a referir que foram “piores”.

Na Madeira, 99% dos inquiridos da região verificaram proveitos totais melhores ou muito melhores que em 2023, uma tendência que se replicou novamente nos Açores para 97% dos inquiridos. No Algarve a percentagem foi de 89%.

Principais mercados
Para o período de verão deste ano, 73% dos inquiridos pela AHP indicaram Portugal como um dos seus três principais mercados, com 53% a referir o Reino Unido, 51% os Estados Unidos da América (EUA) e 44% Espanha.

O mercado francês foi apenas referido por 19% dos inquiridos como um dos seus três principais mercados neste verão, seguido pelo Brasil (referido por 10% dos inquiridos), Irlanda (6%), Itália (3%) e Canadá (3%).

Tendo em conta as várias zonas do país, o mercado nacional constou nos três principais mercados de todas as regiões portuguesas. O mesmo se passou com o mercado espanhol, que apenas não foi referido como um dos principais três mercados pelos inquiridos do Algarve, regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e da Grande Lisboa.

O Reino Unido foi considerado como um dos três principais mercados pelos inquiridos do Norte, Grande Lisboa, Algarve e Madeira. Já os EUA foram referidos como um dos três principais mercados pelas regiões Oeste e Vale do Tejo, Lisboa, Alentejo e Açores.

Por oposição, os dados do INE de junho a setembro de 2023, relativamente a todos os empreendimentos turísticos e alojamentos locais com mais de dez camas, apontavam que os três principais mercados a nível de hóspedes foram Portugal (38% de quota), Espanha (8%) e o Reino Unido (8%), seguidos pelos EUA (7%), França (6%) e Alemanha (5%).

Já a nível de dormidas, os dados do INE para o verão de 2023 davam conta de uma quota de 31% para o mercado português, 13% para o Reino Unido, 8% para Espanha, 7% para a Alemanha e 6% tanto para França como para os EUA.

Por fim, os principais canais de reserva no verão deste ano foram o Booking (96%), website próprio (78%) e agências de viagens (44%). Seguiram-se a Expedia (40%) e o email direto (25%), com o Airbnb a assumir uma percentagem de 1%.

O balanço de verão 2024 da AHP resulta de um inquérito realizado entre 1 e 14 de outubro deste ano pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas junto de 343 empreendimentos turísticos associados da AHP. Destes, 38% encontram-se na Grande Lisboa, 11% no Norte, outros 11% no Algarve, 8% na Madeira, 8% na zona Oeste e Vale do Tejo, 7% nos Açores, 7% na região Centro, 7% no Alentejo e 3% na Península de Setúbal.

Sobre o autorCarla Nunes

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Charmain da Airmet preocupado com a concentração do mercado

O charmain da Airmet, Miguel Quintas demonstrou preocupação face à concentração do mercado das agências de viagens e grupos de gestão, referindo-se, indiretamente à aquisição da DITGestión pela Ávoris Corporación Empresarial.

“Recebemos a notícia de que a autoridade de concorrência espanhola está para aprovar a compra de um grupo concorrente, que está presente em Portugal e também em Espanha, por um grande grupo económico”, disse recentemente aos jornalistas, avançando que “o poder de um grupo vertical daquela dimensão comprar uma rede em Portugal, que é concorrente direta da Airmet e de outros grupos de gestão, é um fator de preocupação altíssimo”.

Assim, Miguel Quintas considera ser importante conhecer “o que é que quer este grupo económico fazer no setor da distribuição, como é que vai concorrer a completar-se esta transação, como é que vai concorrer com os grupos existentes e que tipo de potencial conflito económico e estratégico poderá surgir para os grupos atuais das agências de viagens”.

Sobre o autorCarolina Morgado

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TAP quer chegar aos mil milhões de euros na manutenção

Com as receitas da manutenção da TAP a aproximarem-se dos 200 milhões de euros, Luís Rodrigues, CEO da TAP, avançou que está a ser desenhado um plano para atingir os mil milhões de euros, frisando que esse objetivo não está dependente da localização do novo aeroporto. Quanto à privatização, “é uma pergunta a fazer ao acionista”, esclareceu Luís Rodrigues.

Com as receitas provenientes da manutenção a terem registado um crescimento de 48% no 3.º trimestre de 2024, face a igual período de 2023, e 39,8% no acumulado do ano, passando as receitas desta alínea de 118,4 milhões de euros, em 2023, para 165,5 milhões de euros, em 2024, o CEO da TAP, Luís Rodrigues assumiu que um dos objetivos é “quadruplicar esse valor para ficar próximo dos mil milhões de euros anuais”.

No habitual almoço de Natal com a imprensa, Luís Rodrigues admitiu que o tema da manutenção é “uma grande oportunidade que temos para crescer”, revelando que, depois do Governo ter escolhido uma localização para o novo aeroporto de Lisboa, que, segundo o mesmo, “não acontecerá antes de 2034”, “nesse espaço de tempo, vamos ter de sair para um sítio qualquer”. De resto, Luís Rodrigues frisou que a manutenção da TAP “não tem necessariamente de ser no novo aeroporto. Motores é uma coisa que é facilmente descentralizável e é a maior área de crescimento potencial no futuro”, acrescentou.

“Vamos agora olhar para as oportunidades e as localizações e os espaços temporários, os investimentos necessários que podem ser considerados”, assumindo que “é um projeto que queremos deixar para os potenciais compradores como uma grande oportunidade que obviamente vai ser valorizada pela companhia e pelo seu acionista, refletindo-se nas condições nas quais a privatização poderá vir a ser feita”.

Sem definir um horizonte temporal para atingir este objetivo, Luís Rodrigues frisou que “começamos agora o exercício, temos esse sonho e essa visão e é por aí que começa. E agora vamos atrás desse exercício. Temos oportunidades na área de manutenção, temos uma enorme capacidade técnica e conhecimento dentro da companhia, temos capacidade para explorar e utilizar cada vez mais” reconhecendo, ainda, atingir esse objetivo é, também, “criar em Portugal um polo de aviação extraordinário”.

“Reestruturação nunca está concluída”
Já quanto à privatização, Luís Rodrigues não quis alongar-se, respondendo que esta “é uma pergunta que tem de ser feita ao acionista”. Contudo, admitiu que ”a TAP está sempre preparada para aquilo que o acionista vai entender. A TAP registou resultados positivos em 2022, resultados positivos em 2023 e daquilo que publicámos nos resultados dos 9 meses, tudo indica que vai publicar resultados positivos em 2024”. Por isso, destacou, “esse continuado de resultados positivos é a maior garantia que podemos dar”.

Já quanto à relação com o atual Executivo, tendo Luís Rodrigues sido nomeado para CEO da TAP pela anterior Governo do PS de António Costa, o responsável pela companhia aérea deixou claro que “está ótima, sempre foi ótima, sempre será ótima do nosso lado e do lado do Governo também”. No que concerne uma possível recondução no cargo, frisou que “estamos tranquilamente a fazer o nosso trabalho e acreditamos que esse tema será resolvido”.

Relativamente às contas do atual exercício, Luís Rodrigues assumiu que “não nos pronunciamos sobre previsões futuras e também não estamos à procura de recordes. Estamos à procura de sustentadamente garantir rentabilidades operacionais. O que é mais importante neste momento é garantir mais um ano bom, não é mais um ano recorde”.

Quanto à reestruturação, o CEO da TAP reconheceu que “a reestruturação nunca está concluída, principalmente num setor como a aviação”, referindo que “nunca podemos perder de vista a pressão sobre os custos, porque os custos estão sempre a aumentar, e não podemos perder de vista a necessidade de gerar mais receitas. Por isso, no dia em que eu disser que a reestruturação está concluída, receio que o futuro não vai ser o melhor. Prefiro dizer que ela nunca está concluída, porque há sempre a oportunidade de fazer coisas melhores”, explicou.

O tema da renegociação com a Airbus também foi referida, admitindo Luís Rodrigues que “as negociações continuam”, indicando que “ao longo dos últimos dois anos, os produtores de aviões, os produtores de equipamentos originais, têm tido muitas vicissitudes, têm tido muitos percalços com qualidade”, reconhecendo que o “recebimento da frota que foi comprada derrapa por situações que, às vezes, estão completamente fora do controlo dos próprios produtores de aviões, obrigando-nos a estar sempre em contato. Por isso, tal como a reestruturação, esse tema nunca está fechado”.

Até porque, avançou Luís Rodrigues, “há sempre desenvolvimentos tecnológicos, há sempre alterações que é preciso fazer à configuração dos aviões que foram originalmente encomendadas”.

Com o contributo do turismo a resultar em melhores resultados para a TAP, Luís Rodrigues reconheceu que “há, ultimamente, uma conversa acerca de excesso de turismo que não faz sentido nenhum. O que precisamos fazer é gerir o turismo. Porque se o turismo não fosse o que fosse, não teríamos as cidades vibrantes que temos hoje”, admitindo, no entanto que, “há temas pontuais a tratar”.

Preço da sustentabilidade
Com a sustentabilidade a ser tema no setor da aviação com as companhias aéreas a serem obrigadas a usar 2% de SAF nos aviões, em 2025, Luís Rodrigues apontou baterias a “imposições regulatórias” que obrigam a medir 260 critérios. “É impensável medir 260 critérios com a mesma estrutura que temos hoje” e reportando à obrigação dos 2% de SAF, o CEO da TAP pergunta: “Como é que isso vai ser medido? Quem vai medir? Quem tem o ónus de fazer a prova de que usamos 2%?”. “Os aeroportos não o vão fazer, os fornecedores de combustível não o vão fazer. Vamos ter de ser nós a fazê-lo de acordo com as novas legislações que foram impostas”.

E se essa obrigação pode ter impacto nos preços, Luís Rodrigues admitiu que “sim”, deixando, no entanto claro que “não vamos cobrar dentro de portas”, ou seja, “Lisboa, Porto, Faro e ilhas”. Contudo, para voos na Europa, Américas e outros destinos, Luís Rodrigues reconheceu “tipicamente é isso que acontece”, referindo-se a uma sobretaxa a cobrar aos passageiros nos voos.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Instabilidade geopolítica e meteorológica, regulação e gestão do espaço aéreo apontados como desafios pelo CEO da TAP

No habitual almoço de Natal da TAP com a imprensa, Luís Rodrigues, CEO da companhia aérea, não avançou com quaisquer previsões para os próximos tempos, deixando, contudo, três desafios com os quais a TAP se confronta.

Luís Rodrigues, CEO da TAP, enumerou esta quarta-feira, 5 de dezembro, durante o almoço de Natal com a imprensa, alguns dos desafios com que a companhia aérea nacional se vê confrontada. Segundo o responsável, a TAP “está no processo de transformação que vai demorar bastante tempo”, salientando que a aviação é “um negócio extremamente exigente”, reconhecendo que “os ciclos de comportamento e iniciativas demoram sempre muito tempo a produzir impacto”, sem deixar, contudo, de admitir que “este é um ano extremamente positivo”.

Quanto aos desafios que a TAP enfrenta, Luís Rodrigues começou por referir “instabilidade geopolítica” a que junta a “instabilidade meteorológica”. “Desde a Segunda Guerra Mundial nunca enfrentámos um momento, um ciclo da história do mundo ocidental ou do mundo na generalidade, onde tivéssemos tantos conflitos armados e tão severos como têm sido até agora”, começou por referir.

A estes conflitos geopolíticos, Luís Rodrigues juntou fatores meteorológicos, admitindo que estes “nos condicionam tremendamente”, frisando que, em primeiro lugar, “cria ansiedade na procura e, por isso, há muita gente que altera os seus voos, os seus planos de férias ou de viagem; condiciona a oferta, porque temos de ser extremamente cautelosos com os sítios para onde vamos”, já que, “com as análises de risco que fazemos, isso gera, obviamente, mais custos”, e condiciona a “cadeia de abastecimento, porque em qualquer momento as peças para qualquer avião, para qualquer motor, para qualquer serviço que queiramos fazer, podem vir de um lado do mundo, e estarem num barco que está preso”, recordando quatro exemplos que, em 2024, espelham bem essa instabilidade meteorológica: Tel Aviv, Valência, Porto Alegre e agora mais recentemente Maputo.

Em segundo lugar, Luís Rodrigues apontou, igualmente, “o aumento do contexto da pressão regulatória, porque blocos, países, protegem-se criando regulações”, bem como o facto de o regulador “estar sempre atrás da tecnologia, com a necessidade de acomodar todo um conjunto de novos desenvolvimentos e novos investimentos que trazem cada vez mais regras a cumprir e o custo de fazer o negócio está a tornar-se cada vez mais insuportável”.

O terceiro grande desafio apontado pelo CEO da TAP, retirando o aeroporto, prende-se com “a gestão do espaço aéreo na Europa, que está muito difícil” e que levou, inclusivamente um responsável de uma companhia independente – uma das maiores companhias da Europa – “a fazer uma petição pública para os cidadãos europeus se insurgirem contra a gestão do espaço aéreo, porque isso causou atrasos em milhares de voos este verão, gerando enormes custos para as companhias”.

Frota moderna contraria “estudos pouco credíveis”
Além destes três grandes eixos – instabilidade geopolítica e meteorológica, pressão regulatória e gestão do espaço aéreo na Europa – Luís Rodrigues apontou, igualmente o tema de sustentabilidade e utilização de combustíveis alternativos (Sustainable Aviation Fuel – SAF), criticando alguns “relatórios de fontes pouco credíveis sobre o ranking da TAP”. Neste ponto, o CEO da TAP fez questão de referir que “há factos que são facilmente verificáveis”, frisando que a TAP “tem a frota mais nova da Europa e que consome menos combustível por quilómetro voado. Portanto, dizer que a TAP está muito mal no ranking das companhias sustentáveis é completamente incoerente com estes factos que são facilmente comprováveis”, destacando ainda uma avaliação a que a companhia esteve sujeita no ano passado e este ano e que, segundo Luís Rodrigues, “dizia que, neste momento, somos a companhia aérea com o melhor rating de sustentabilidade na Europa”.

Ainda no tema dos combustíveis alternativos, o CEO da TAP admitiu que as companhias aéreas estão “preparadas para usá-los na totalidade, porque tecnicamente está provado que são tão bons como outros quaisquer”, mas “economicamente não estamos preparados, porque o custo que estamos a enfrentar é três ou quatro vezes mais do que o custo do combustível normal”.

Desafio adicional, reconheceu, é a “mão de obra qualificada. A pandemia levou as pessoas a questionarem o seu papel na aviação. Houve milhares que saíram e milhares que não voltaram. E como a aviação é um negócio muito exigente, obriga que as pessoas permaneçam muito tempo até conseguirem dominar na totalidade o tema. E quando elas não estão cá, a coisa torna-se muito mais complicada”, admitiu ainda.

Contudo, o encontro com a imprensa não serviu somente para apontar desafios, mas também oportunidades. “Uma delas é comercial”, referindo Luís Rodrigues que “há um esforço para vender cada vez mais e melhor, com ferramentas novas, com know-how novo”, frisando que “esse trabalho está a ser feito e está a fazer um caminho, não rápido, não imediato, mas está a ser feito”.

Também a área de serviço ao cliente que durante bastantes anos foi “sacrificada” foi apontada como oportunidade, explicando o CEO da TAP que “estamos a recuperar e a trilhar um bom caminho. A qualidade daquilo que fazemos a bordo, da nossa Portugalidade que é aquilo que nos distingue e da simpatia das tripulações que voam connosco, que trabalham connosco, conjugam-se para proporcionar ao cliente um serviço cada vez melhor”.

A área de eficiência da operação, onde, segundo Luís Rodrigues, a TAP “já atingiu níveis de capacidade de execução significativos e que comparam extremamente bem com qualquer dos nossos concorrentes” é reconhecido como outra oportunidade.

O CEO da TAP frisou também, o trabalho que tem sido efetuado no que concerne a pontualidade, destacando o papel não são da TAP, como, igualmente, da NAV, ANA e ANAC, no sentido de “eliminar os constrangimentos e facilitar o processamento”, reivindicando o lugar de “companhia aérea mais pontual no aeroporto de Lisboa”, desejando “garantir esse ranking, essa posição no futuro próximo, não só em Lisboa, mas nos aeroportos de todos os pontos de voo”.

Finalmente, Luís Rodrigues fez ainda referência às rotas estreadas recentemente – Florianópolis e Manaus, no Brasil; e Los Angeles, Boston e São Francisco – “mercados que estão-nos a dar extremamente bom feedback sobre a operação que estamos a levar e que está a ser encorajador”.

Por isso, concluiu que “estamos no bom caminho e preparados para enfrentar os desafios que temos pela frente”.

Sobre o autorVictor Jorge

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Nova Edição: Olivoturismo, APDM na Ilha do Maio, Viagem à Ilha do Sal e programação para 2025

Na última edição de 2024 do jornal Publituris falamos de Olivoturismo, do trabalho da APDM – Associação de Defesa do Património de Mértola na preparação da ilha do Maio, em Cabo Verde, para o turismo, viajámos até à Ilha do Sal, e damos a conhecer a programação dos operadores turísticos para 2025.

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Ainda nos “Destinos”, com mais de 45 anos de existência, a APDM – Associação de Defesa do Património de Mértola tem vindo a ajudar ao desenvolvimento de muitos territórios, incluindo além-fronteiras. Cabo Verde é um desses exemplos e, depois de levar o Turismo de Natureza para Santo Antão, a associação está agora a trabalhar na ilha do Maio, para preparar o destino para um turismo sustentável, num projeto da União Europeia, segundo Jorge Revez, presidente da APDM.

O dia 29 de outubro de 2024 marcou a chegada da easyJet a Cabo Verde e ficou também para a história como a data do primeiro voo low cost a aterrar no país. O Publituris, a convite da easyJet, acompanhou esse primeiro vou e conta o lado aventureiro da Ilha do Sal. Apesar de ser conhecida pelo sol e praia, a Ilha do Sal é capaz de proporcionar diversas experiências, incluindo no campo da aventura, oferta que tem vindo a crescer e que o Publituris foi experimentar a convite da easyJet Portugal, que abriu, em outubro, o seu primeiro voo para o destino. Ziplines ou passeios de buggy e moto4 são algumas das emoções que também já se podem viver nesta ilha cabo-verdiana.

Com o final de um ano, há que programar o próximo. E foi exatamente isso que o Publituris quis saber junto de alguns operadores turísticos, concluindo que entram alguns novos destinos na operação de verão 2025 dos operadores turísticos em Portugal, mas acima de tudo, ela cresce, e já está quase toda disponível no mercado, graças aos reforços dos já existentes. Porto volta a ganhar protagonismo nas saídas dos charter, enquanto Lisboa fica-se no que tem a ver com lugares garantidos em voos regulares.

Para este dossier, entrevistámos Constantino Pinto, diretor de Vendas do grupo Ávoris em Portugal, que destaca a programação abrangente para o verão de 2025, colocada com bastante antecedência no mercado. Novidades são as Maurícias, no longo curso, e a Gâmbia no médio curso. Há muitos reforços tanto mais perto como para destinos mais longínquos. As Caraíbas começam mais cedo, em abril, com os olhos postos na Páscoa.

O Publituris conversou, também, com Cláudia Caratão e João Cruz, diretora de Produto e Contratação, e diretor de Produto e Qualidade da Solférias, sobre a programação do operador turístico para o próximo ano. Novidades face ao último verão, apenas a Costa Norte do Egito (El Alamein), numa operação que decorrerá à saída do Porto, às segundas-feiras, de 9 de junho a 8 de setembro, com a Fly Egypt, e Enfidha, na Tunísia, tanto de Lisboa, às terças, de 3 de junho a 9 de setembro, com a TAP, como do Porto, com a Air Horizont, às quartas-feiras, de 9 de julho a 3 de setembro.

De maior peso na programação da Solférias continua Cabo Verde para onde o operador terá quatro voos para a Ilha do Sal à partida de Lisboa, e três voos à partida do Porto, complementado com o voo charter também para a Boa Vista, existindo também lugares de garantia na TAP a partir de Lisboa.

Além, do Pulse Report, parceria entre o jornal Publituris e a GuestCentric, que traça um cenário positivo para 2025, os artigos de opinião pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Ana Jacinto (AHRESP), Mariana Calaça Baptista (Centro de Portugal Film Commission), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), e Nuno Abranja (ISCE).

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Com o final de um ano, há que programar o próximo. E foi exatamente isso que o Publituris quis saber junto de alguns operadores turísticos, concluindo que entram alguns novos destinos na operação de verão 2025 dos operadores turísticos em Portugal, mas acima de tudo, ela cresce, e já está quase toda disponível no mercado, graças aos reforços dos já existentes. Porto volta a ganhar protagonismo nas saídas dos charter, enquanto Lisboa fica-se no que tem a ver com lugares garantidos em voos regulares.

Para este dossier, entrevistámos Constantino Pinto, diretor de Vendas do grupo Ávoris em Portugal, que destaca a programação abrangente para o verão de 2025, colocada com bastante antecedência no mercado. Novidades são as Maurícias, no longo curso, e a Gâmbia no médio curso. Há muitos reforços tanto mais perto como para destinos mais longínquos. As Caraíbas começam mais cedo, em abril, com os olhos postos na Páscoa.

O Publituris conversou, também, com Cláudia Caratão e João Cruz, diretora de Produto e Contratação, e diretor de Produto e Qualidade da Solférias, sobre a programação do operador turístico para o próximo ano. Novidades face ao último verão, apenas a Costa Norte do Egito (El Alamein), numa operação que decorrerá à saída do Porto, às segundas-feiras, de 9 de junho a 8 de setembro, com a Fly Egypt, e Enfidha, na Tunísia, tanto de Lisboa, às terças, de 3 de junho a 9 de setembro, com a TAP, como do Porto, com a Air Horizont, às quartas-feiras, de 9 de julho a 3 de setembro.

De maior peso na programação da Solférias continua Cabo Verde para onde o operador terá quatro voos para a Ilha do Sal à partida de Lisboa, e três voos à partida do Porto, complementado com o voo charter também para a Boa Vista, existindo também lugares de garantia na TAP a partir de Lisboa.

Além, do Pulse Report, parceria entre o jornal Publituris e a GuestCentric, que traça um cenário positivo para 2025, os artigos de opinião pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Ana Jacinto (AHRESP), Mariana Calaça Baptista (Centro de Portugal Film Commission), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), e Nuno Abranja (ISCE).

Leia a edição aqui.

 

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Novo regulamento dos ‘Tuk Tuk’ em Lisboa entra em vigor próximo verão

Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, defende que o modelo da capital “é inovador” e foi feito “em parceria e diálogo” com os empresários, estando o processo a ser “acompanhado com dinamismo” pela autarquia.

O novo regulamento dos ‘Tuk Tuk’ em Lisboa deverá entrar em vigor no próximo verão, estimou Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em declarações à Lusa.

“O meu objetivo era que ele estivesse a funcionar para o calendário turístico do próximo ano. Gostava que estivesse antes do verão, mas o meu objetivo não era antes do verão, era, na verdade, pelo menos antes da Páscoa. Vamos tentar, ver se é possível no próximo ano”, disse o autarca.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que é responsável pelo pelouro da Mobilidade na autarquia, destacou que o modelo da capital “é inovador” e foi feito “em parceria e diálogo” com os empresários, estando o processo a ser “acompanhado com dinamismo” pela autarquia.

A proposta para o “Regulamento dos Veículos Afetos à Animação Turística Não Pesados no Município de Lisboa”, que foi aprovada no início de novembro, pretende “reduzir para metade” os ‘Tuk Tuk’ na cidade e encontra-se em período de discussão pública, devendo ser discutido em reunião do executivo municipal até ao final deste ano.

“No início até será menos de metade e, depois, com possibilidade de alargamento, caso se verifique essa necessidade”, salientou Filipe Anacoreta Correia, considerando, no entanto, que este processo “não é fácil”, já que a delimitação deste transporte turístico tem levado à litigância em vários municípios que têm apresentado propostas de regulamento.

Nesta proposta, a Câmara Municipal de Lisboa prevê a criação de estacionamentos próprios para os ‘Tuk Tuk’, que vão precisar de uma licença específica para utilizar esses estacionamentos, além da que já é necessária até agora.

Além desta nova licença municipal, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa admitiu ainda que possa ser alargado o condicionamento de ruas ao tráfego destes veículos turísticos.

Recorde-se que, a 31 de julho, a autarquia anunciou a intenção de limitar os locais de estacionamento dos ‘Tuk Tuk’, assim como o número de licenças a atribuir a este tipo de veículos, de forma a regular a atividade na cidade.

No dia 06 de novembro, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou o início da elaboração do projeto de regulamento dos veículos afetos à animação turística não pesados, inclusive ‘Tuk Tuk’, com a participação de eventuais interessados, num período de 20 dias úteis. Após o período da consulta pública, o documento será discutido em Assembleia Municipal, o que poderá acontecer até ao final do ano.

 

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Airventure quer crescer, mas sabe que o corporate é mais difícil

A Airventure, grupo de gestão exclusivo para agências de viagens IATA, constituída atualmente por 11 sócios com 15 balcões, ainda não atingiu os objetivos propostos em relação ao número de sócios, mas Luís Henriques, que pertence ao conselho de administração refere “temos mais algumas empresas na calha para entrar sociedade” e “acreditamos que esta sociedade ainda pode desenvolver muito”.

A Airventure reuniu na Terceira, antecedendo a 20º Convenção da Airmet, com sete companhias aéreas e dois GDS, suas parceiras. Luís Henriques, que pertence ao conselho de administração do grupo revelou aos jornalistas que “é um modelo que gostaríamos de manter, porque, é a forma que nos garante ser também muito competitivos a esse nível, em termos de mercado corporate”.

Apesar da Airventure não ter ainda atingido os objetivos propostos em relação ao número de sócios, Luís Henriques refere “temos mais algumas empresas na calha para entrar” e “acreditamos que esta sociedade ainda pode desenvolver muito”, mas também “sabemos que temos que trabalhá-la de uma forma diferente do que a própria Airmet, porque são agências de viagens diferentes, com necessidades diferentes, mais exigentes, que olham para outro tipo de vantagem e de benefícios, não propriamente como uma agência de viagens de lazer, e são mais exigentes com os fornecedores. Portanto, é um trabalho que queremos continuar a fazer”, assegurou.

“Acho que tem havido alguns fatores. Diria que talvez, numa perspectiva de angariação, o universo das agências de viagens corporate não seja muito fácil. Também posso dizer que por ser uma empresa jovem, tivemos realmente alguns parceiros que nos deram a mão desde o primeiro momento, mas tiveram outros que não foi assim tão fácil. Portanto, foi preciso percorrer um caminho, dar algumas garantias de segurança de estabilidade de credibilidade a alguns parceiros para que nos começassem a abrir portas, mas sentimos que estamos a iniciar apenas agora que já somos vistos até pelo mercado como uma solução credível e principalmente pelos parceiros que temos”, defendeu.

Por sua vez, Miguel Quintas, chairman da Airmet, grupo que detém posição maioritária da Airventure, sublinhou que “temos a plena consciência que o número que nós tínhamos traçado inicialmente não é o que atualmente temos. Não considero isso um mau resultado, diria que, dadas as condições do mercado, até é um bom resultado”, lembrando que “o corporate atravessou momentos muito difíceis, ainda está a sair das dificuldades da pós-pandemia, nomeadamente uma queda de vendas brutal, da dificuldade da contratação de pessoas, e o facto de haver um impacto muito grande que está relacionado com as empresas e com a sustentabilidade”.

O empresário considerou que uma agência que entra na Airventure, tem de fazer um investimento, o que neste momento do campeonato é visto com uma grande cautela. Além disso, recordou que o responsável pela gestão da sociedade, João Fernandes, deixou as funções muito recentemente. A sociedade está a trabalhar no sentido de encontrar um novo diretor geral, e enquanto isso não acontece, a gestão da sociedade está a ser assegurada pelo seu Conselho de Administração, composta por cinco sócios, do qual Luís Henriques faz parte.

Miguel Quintas anunciou, embora ser abrir muito o jogo, que vai haver uma alteração de estratégia dentro da Airventure, assegurando que “tenho a certeza de que a Airventure, durante o próximo ano, não só terá novidades, como vai crescer à procura dos tais números que falámos e não vai ficar por aqui, vamos ir bastante mais longe e, portanto, a Airventure vai ser um caso para falar durante o ano 2025, um caso sério, pela positiva. No fundo, queremos profissionalizar a Airventure”, destacou.

Refira-se que todas as agências de viagens que se tornam acionistas da Airventure são detentoras de capital social da empresa, garantindo que cada uma tenha voz ativa na definição do rumo do grupo.

Maior rentabilidade, melhores condições contratuais com GDS, companhias aéreas e mais de 80 fornecedores, são alguns dos benefícios da sociedade, sem contar com várias ferramentas tecnológicas que são colocadas à disposição dos acionistas, com forte impacto na sua produtividade.

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Alentejo tem presença agressiva no mercado nacional com nova campanha promocional outono/inverno

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo anuncia o lançamento de uma nova campanha promocional outono/inverno sob o mote ‘Para Todos os Tipos de Descanso’. A ação, conforme avançou José Santos, presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, numa intervenção durante a 20ª Convenção da GEA, em Tróia, “além de digital, vai passar em localizações estratégicas da zona da Grande Lisboa, uma vez que cerca de 60% do nosso fluxo de visitantes nacionais provêm da Área Metropolitana de Lisboa”.

A campanha, que estará em vigor até ao final de dezembro, convida os portugueses a redescobrir a região como o destino ideal para umas férias relaxantes, combinando descanso, experiências autênticas e qualidade incomparável.

“Temos uma campanha que estamos a dirigir para este período do outono-inverno, no âmbito da nossa preocupação de ter o Alentejo sempre presente no mercado nacional e no mercado interno alargado, e preocupamo-nos muito nesta altura do ano, ter uma presença mais agressiva porque, é precisamente nesta altura que precisamos de consolidar mais a nossa hotelaria e procurar esbater a sazonalidade que apesar de tudo, tem reduzido no Alentejo”, apontou José Santos, perante uma plateia composta por mais de 500 pessoas, entre agências de viagens GEA e seus fornecedores, referindo, que ela insere-se numa lógica de “estarmos sempre presentes no mindset dos portugueses, procurando que escolham sempre bem e escolham o Alentejo”, disse.

O presidente da ERT Alentejo e Ribatejo referiu que “nos últimos 16 meses temos trabalhado muito com esta ideia do “descanso” que é muito variado para cada um de nós. Podemos ter um “descanso” mais espiritual, um “descanso” mais físico, mais calórico, mais dinâmico e este é o conceito que procuramos trazer para o mercado nacional”.

O responsável sublinhou que “o “descanso” não é, necessariamente ficarmos de papo para o ar ou de papo cheio, é uma campanha para todos os tipos de “descanso”, e visa puxar pelo imaginário dos portugueses e com ela, percorrer os que são os nossos dotes e multiplicidade de destinos que o Alentejo tem para oferecer aos portugueses”.

José Santos explicou ainda que “para quem gosta de “descansar até às tantas”, tem o nosso céu estrelado com a nossa reserva de Dark Sky, que ainda recentemente foi premiada no World Travel Awards como destino responsável, ou com a história do património que é, sem dúvida, uma grande dimensão que o Alentejo continua a oferecer a todos os que nos visitam, a componente gastronómica, mas há também o “descanso” dinâmico e ativo, que também muitos de nós procuramos como forma de relaxamento e de rejuvenescimento, ou ainda, para quem gosta de “descansar” 48 kms ao final do dia, temos um conjunto de cinco mil quilómetros de percurso cycling que podem ser fluídos em todo o Alentejo, desde a Serra de Ossa, à Serra de São Mamede, ao Baixo Alentejo, ao Litoral, bem como para quem pretende descansar com o nosso Vinho da Talha”.

Acrescentou que “também temos oferta para quem pretende “descansar” em alto e bom som, até porque estamos a comemorar os 10 anos da inscrição do Cante Alentejano na lista do Património Cultural e Imaterial, com a possibilidade dos turistas poderem assistir a ensaios e espetáculos de grupos corais em várias localidades alentejanas e participar em oficinas de viola campaniça”, sem esquecer que “estamos numa época convidativa muito associada ao turismo rural (21% da nossa procura turística localiza-se nas unidades do turismo rural de muito boa qualidade)”.

“É esta a nossa campanha, essencialmente digital, mas que também vai passar em localizações estratégicas da zona da Grande Lisboa, uma vez que cerca de 60% do nosso fluxo de visitantes nacionais provêm da Área Metropolitana de Lisboa. É aqui que estamos a dirigir os nossos esforços de promoção e de comunicação”, evidenciou o presidente da ERT.

Assim, a comunicação parte de uma premissa simples: descanso é diferente para cada pessoa. Para uns significa ‘desligar’ de tudo e mergulhar na tranquilidade das paisagens alentejanas. Para outros, é explorar a rica gastronomia, os vinhos premiados, ou até aventurar-se em trilhos e atividades culturais. E no Alentejo, há espaço para todas essas definições de “descanso”.

“O Alentejo tem uma capacidade única de oferecer experiências de descanso adaptadas a todos os gostos e preferências. Queremos convidar os portugueses a visitarem-nos nesta época do ano, quando a serenidade das nossas paisagens, a autenticidade das nossas tradições e a hospitalidade das nossas gentes estão ainda mais evidentes. Esta campanha traduz de forma autêntica o que somos enquanto destino: um lugar onde cada pessoa encontra o seu refúgio e o seu escape.”, afirmou José Santos.

O conceito criativo foi desenvolvido pela McCann, que aposta numa abordagem emocional e flexível, adaptável aos diferentes perfis de viajantes.

A campanha ‘Para Todos os Tipos de Descanso’ vai estar presente nos meios de comunicação nacionais, canais digitai e mupis e estará ativa até 19 de dezembro. Com esta campanha, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo espera inspirar os portugueses a fazerem uma pausa e a deixarem-se envolver pelo charme único desta região, reconhecidas pela autenticidade, tranquilidade e diversidade de experiências que proporcionam.

 

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Valência lança campanha internacional para retomar turismo depois das cheias

Assente na mensagem “Ver-te em Valência alegra o nosso coração”, a campanha vai ter mais de 50 ações em 22 países, convidando os turistas a visitarem uma cidade que foi devastadas pelas cheias de novembro mas que continua a ser “um destino essencial”.

A Fundação Visit Valencia investiu 1,5 milhões de euros numa campanha internacional que pretende retomar o turismo na cidade depois das cheias devastadoras do passado mês de novembro.

Assente na mensagem “Ver-te em Valência alegra o nosso coração”, esta campanha vai ter a duração de seis semanas e vai contar com mais de 50 ações em 22 países da Europa, América e Ásia.

“Com esta campanha, de seis semanas, queremos chegar a todos os mercados-alvo, nacionais e internacionais, e mostrar que a nossa cidade continua a ser a mesma, mostrar ao mundo toda a nossa energia, o que somos, as nossas tradições, a nossa gastronomia, a nossa cultura e, acima de tudo, que continuamos aqui, de pé, e mais orgulhosos do que nunca do nosso povo, da hospitalidade e da solidariedade dos valencianos”, afirmou María José Catalá, presidente da Câmara Municipal de Valência, durante a apresentação da campanha, que decorreu esta quarta-feira, 4 de dezembro.

Esta campanha, que conta com “o maior orçamento da história da Fundação Visit Valencia”, “pretende transmitir que Valência continua a ser um destino essencial, capaz de contribuir não só para a recuperação económica, mas também para o bem-estar emocional de quem lá vive”.

“A mensagem da campanha é clara: “Ver-vos, ver-vos aqui, passear pelas ruas, apreciar a arquitetura, ver-vos comer, beber, ver-vos conhecer-nos, as nossas coisas, a nossa gente, ver-vos alucinar, sorrir, chorar e voltar a sorrir, ver-vos pela primeira vez, ver-vos mil vezes, ver-vos aqui, ver-vos assim, ver-vos em Valência, alegra-nos o coração”, explica a Fundação Visit Valencia, em comunicado.

A iniciativa inclui diferentes peças que colocam o visitante no centro das atenções, bem como um spot que procura inspirar e atrair visitantes para um destino rico em história, cultura e gastronomia, e vai conta com publicidade exterior em metropolitanos, autocarros e nas ruas de Madrid, Barcelona, Roma, Milão, Manchester, Dublin, Montreal, Nova Iorque, Miami e Califórnia.

Previstas estão também campanhas de conteúdo em publicações como The New York Times, Forbes, Corriere della Sera, Die Zeit, Condè Nast Traveller, Le Figaro, The Telegraph, El Heraldo de México e Der Spiegel; ações com operadores turísticos e companhias aéreas, assim como o envio de comunicados de imprensa, newsletters e ações nas redes sociais nestes países.

Em dezembro, a Fundação Visit Valencia vai também promover campanhas nos mercados mencionados, eventos, workshops, assim como contar com presença em feiras nacionais e internacionais, eventos na cidade e na cerimónia de entrega de prémios do Guia Verde no dia 10 de dezembro, patrocinando ainda a competição de Hóquei Sub18 e a Campanha de Natal, que este ano será centrada na solidariedade.

“Valência está atualmente imersa num processo de recuperação no qual o turismo desempenha um papel fundamental. Cada visita, reserva de restaurante e estadia em hotel não só proporciona uma experiência única num destino conhecido pela sua história, cultura e gastronomia, como também contribui diretamente para o reforço da economia local. Cada ação turística acelera a recuperação de famílias e empresas, ajudando a restaurar empregos, a dar esperança e a mostrar ao mundo a resiliência da cidade”, refere ainda a Fundação Visit Valencia.

O vídeo desta campanha pode ser visualizado aqui.

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Norwegian começa a voar entre Munique e a terra do Pai Natal

A Norwegian abriu uma nova rota de inverno, que passou esta terça-feira, 3 de dezembro, a ligar Munique a Rovaniemi, na Lapónia finlandesa e que é conhecida por ser a terra do Pai Natal.

A Norwegian abriu uma nova rota de inverno, que passou esta terça-feira, 3 de dezembro, a ligar Munique a Rovaniemi, na Lapónia finlandesa e que é conhecida por ser a terra do Pai Natal.

A operação da Norwegian entre o aeroporto de Munique e Rovaniemi para esta época festiva do Natal conta com dois voos diretos por semana, realizados às terças-feiras e sábados.

“Estamos muito satisfeitos com a abertura deste destino especial, mesmo a tempo do inverno e do Natal”, congratula-se Jost Lammers, CEO do Aeroporto de Munique, citado num comunicado enviado à imprensa.

Rovaniemi é um cidade localizada no Circulo Polar Ártico, na Lapónia finlandesa, que é famosa por ser considerada a casa do Pai Natal e que conta com diversas atrações associadas a esta época festiva, assim como a desportos de neves.

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