FESHAT marca posição à porta da AHRESP
Os sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal do Norte, Centro e Sul, e respectiva federação (FESAHT) estiveram esta manhã concentrados à porta da AHRESP, em Lisboa, […]
Fátima Valente
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Os sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal do Norte, Centro e Sul, e respectiva federação (FESAHT) estiveram esta manhã concentrados à porta da AHRESP, em Lisboa, em protesto contra “a postura de boicote e arrastamento a AHRESP” relativamente às negociações do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT), “sobretudo no processo das cantinas, refeitórios e fábricas de refeições”.
Em declarações ao Publituris, Joaquim Pires, coordenador da FESHAT, recordou que o CCT não é renegociado desde 2003. “A AHRESP adia sucessivamente reuniões de negociações e mantém uma proposta em cima da mesa de horários de 12 horas diárias, além de outras propostas inaceitáveis. A FESAHT não pode aceitar tais propostas, porque as mesmas põem em causa, de forma grave, o direito à saúde e segurança no trabalho e o direito dos trabalhadores à conciliação da actividade profissional com a vida familiar”, repudia a direcção nacional da federação dos sindicatos.
Joaquim Pires invoca ainda um segundo aspecto que opõe os sindicatos à AHRESP: o congelamento das tabelas salariais de 2010. “Apesar de ter sido acordada uma tabela salarial para 2009, a AHRESP recusou-se a assinar e a enviar a mesma para publicação oficial e ainda nem sequer iniciou as negociações da tabela salarial de 2010”, concretiza, adiantando que a FESHAT “rejeita as propostas que visam aumentar o grau de exploração dos trabalhadores [mais de 90 mil na restauração]” .
Em causa estão “os horários de trabalho, a ofensiva das mobilidades, as categorias profissionais, e os próprios salários que ainda são mais baixos do que o salário mínimo em vigor”, salienta. O responsável comenta ainda: “Admitimos alguma polivalência, mas temos de concordar que sem trabalhadores especializados não há condições para um bom serviço, nem para os clientes nacionais nem para os turistas estrangeiros”.
A mensagem é corroborada por Francisco Figueiredo, do sindicato do Norte, que nota que a AHRESP “foi a única associação patronal, no âmbito da CTP, a opor-se à subida do salário mínimo nacional para os 500 euros”. Por fim remata: “Tal como atestam os números do INE, o sector do turismo cresceu, pelo que não há razão para estes salários miseráveis”.
No que à hotelaria diz respeito, a FESHAT tem uma reunião marcada com a AHP para o dia 13 de Janeiro. E depois da mediática greve no período da Páscoa, que afectou quatro Hotéis Tivoli, os sindicatos são mais ponderados: “É prematuro falar de greves nos hotéis porque há negociações a decorrer”, avançou Rodolfo Caseiro, do sindicato do Sul.
Marcada está a greve nos estabelecimentos da Portugália para o dia 31 de Dezembro. A paralisação, desencadeada “pela negociação do processo reivindicativo e pelo arquivamento dos processos disciplinares (motivados por um blogue dos trabalhadores)” vai afectar essencialmente os restaurantes de rua da cadeia portuguesa, já que os centros comerciais fecham mais cedo nesse dia, prevêem os sindicatos.
Contactada pelo Publituris, a AHRESP escusou-se a fazer comentários.