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Turismo Interior, Cante Alentejano, Portugal Green Travel e uma viagem ao Rio Grande do Sul na edição 1527 do Publituris

A segunda edição do Publituris no mês de janeiro dá destaque ao Turismo Interior. Além disso, trazemos-lhe as novidades da Portugal Green Travel, a afirmação do Cante Alentejano como um “grande embaixador” da região, as 10 tendência do turismo para 2025 e uma viagem até Rio Grande do Sul.

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Turismo Interior, Cante Alentejano, Portugal Green Travel e uma viagem ao Rio Grande do Sul na edição 1527 do Publituris

A segunda edição do Publituris no mês de janeiro dá destaque ao Turismo Interior. Além disso, trazemos-lhe as novidades da Portugal Green Travel, a afirmação do Cante Alentejano como um “grande embaixador” da região, as 10 tendência do turismo para 2025 e uma viagem até Rio Grande do Sul.

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Turismo Interior
O turismo tem sido um dos setores mais dinâmicos e resilientes da economia portuguesa, contribuindo significativamente para o PIB nacional, criação de emprego e promoção da identidade cultural do país. Se mundialmente Portugal é (re)conhecido pelas suas principais cidades e pelas paisagens costeiras, as regiões do interior do país também abundam em riqueza natural, cultural e gastronomia e história e apresentam-se com um potencial turístico de grande e crescente relevância. Contudo, a oferta é escassa e pouco estruturada, existindo ainda o problema das pessoas ou falta delas.

Para este dossier, o Publituris também entrevistou Miguel Martins, presidente da Associação Ibérica de Turismo Interior (AITI). A conversa decorreu após a realização do I Congresso Mundial de Turismo Interior e depois de ouvir a análise e opiniões de diversos agentes do turismo, especialistas e académicos. Uma coisa é certa, seja visto de dentro ou de fora, “Portugal tem todas as condições para fazer do interior um polo turístico forte e sustentável”, afirma o presidente da AITI.

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Portugal Green Travel
Com seis anos de existência, a Portugal Green Travel, cuja missão, desde a primeira hora, é oferecer experiências únicas que respeitam o ambiente e enriquecem as comunidades locais, tem-se destacado pela criação de programas turísticos que não só revelam a beleza e a cultura de Portugal, mas também promovem práticas de turismo responsável e sustentável. O futuro é de crescimento nas quatro áreas de negócio onde atua, que passam por Operação Turística e DMC, Consultoria Estratégica em Turismo e Formação, Eventos de Teambuilding e Gestão de Ativos Turísticos.

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Cante Alentejano
Há 10 anos reconhecido pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade, o Cante Alentejano tem vindo a afirmar-se como um “grande embaixador” do Alentejo e vai, em breve, ganhar uma rota turística, disse ao Publituris José Manuel Santos, presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo.

As 10 tendências para o turismo em 2025
Depois de termos noticiado as principais conclusões do 72.ª Barómetro do IPDT no site do Publituris, trazemos nesta edição as 10 principais tendências para 2025 reveladas pelo documento que inquiriu os profissionais do setor do turismo em Portugal.

Rio Grande do Sul: O destino que a imigração italiana e alemã esculpiram
Às paisagens majestosas que a natureza criou, o estado brasileiro do Rio Grande do Sul junta uma herança cultural única, ali deixada pelos imigrantes italianos e alemães que, no final do século XIX, colonizaram a zona sul do Brasil. Estes são apenas alguns dos atrativos que fazem deste estado brasileiro, conhecido pelo clima mais frio e pelas fortes tradições, um destino imperdível, que o Publituris visitou recentemente, a convite da TAP Air Portugal e do Festuris.

Publituris PULSE Portugal
Além disso, a Guestcentric, numa parceria com o Publituris, traz o PULSE REPORT referente ao mês de dezembro de 2024. E se no último mês do ano a procura cresceu 16% face ao mesmo mês de 2023, as estadias por nacionalidade mostram uma liderança dos EUA, com 23% no último mês do ano passado e 24% no total do ano 2024, seguindo-se Portugal (18% e 20%, pela mesma ordem), fechando a Espanha o TOP 3 (11% e 8%, respetivamente).

Em termos de receitas, destaque para o crescimento da região do Porto, +22% face a 2023, bem como os 20% da Madeira, únicas regiões a crescer a duplo dígito.

Já relativamente ao mês de janeiro de 2025, a Guestcentric indica que segue a tendência de dezembro de 2024.

Opiniões
As opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) – “Desafios para o Novo Ano”; António Lopes de Almeida (docente e investigador ISAG) – “Wellness Tourism – O Turismo de Bem-Estar e o Hidrotermalismo”; Ana Clara Silva (diretora de Operações da Pipadouro) – “Douro: crescer em valor sem perder a alma”; e Joaquim Robalo de Almeida (secretário-geral da ARAC) – “O novo papel do rent-a-car para clientes modernos”.

Leia a edição completa aqui.

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Agenda

Algarve promove webinar sobre o programa de formação e integração de migrantes no setor do turismo

O Turismo do Algarve promove terça-feira, dia 21 de janeiro, entre as 15h30 e as 16h15, um webinar dirigido ao trade regional para apresentar e esclarecer dúvidas sobre o Programa de Formação e Integração de Migrantes e Beneficiários de Proteção Social no setor do Turismo.

Refira-se que a iniciativa resulta de um protocolo assinado entre o Turismo de Portugal, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), e visa o acolhimento, a qualificação e a integração profissional de migrantes e beneficiários de proteção internacional em Portugal.

A ação contará com uma intervenção de boas-vindas por parte de André Gomes, presidente do Turismo do Algarve. Em seguida, Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal fará a apresentação e enquadramento do programa no âmbito do Roadmap Economia, sendo que depois haverá lugar à apresentação e visita guiada ao formulário de inscrição e adesão das empresas por Ana Paula Pais, diretora Coordenadora da Direção de Gestão de Competências e Capacitação do Turismo de Portugal, com tempo ainda para esclarecimento de dúvidas por parte dos participantes.

A sessão, gratuita e de acesso online, destina-se a empresas do setor do turismo interessadas em aderir ao programa e tirar dúvidas sobre o processo de candidatura. Registo obrigatório: inscreva-se aqui.

As candidaturas ao Programa Integrar para o Turismo estão abertas até 31 de janeiro de 2025.

 

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Aeroporto de Lisboa
Aviação

ANA propõe alargar concessão por mais 30 anos e aumentar taxas aeroportuárias

A ANA – Aeroportos propõe alargar o prazo da atual concessão por mais 30 anos e aumentar as taxas aeroportuárias progressivamente até 2030 para financiar o novo aeroporto de Lisboa, segundo o relatório inicial hoje publicado.

No documento, publicado na página oficial do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), a concessionária defende que para assegurar o reembolso do investimento e a sustentabilidade económica da concessão, sem apoio financeiro público, a empresa sugere “a introdução de um aumento anual progressivo das taxas aeroportuárias do Aeroporto de Lisboa de 2026 a 2030” para “atingir em 2030 uma receita regulada por passageiro terminal (RRMM) de 23,37 euros em termos reais”.

Além disso, propõe a extensão da duração da concessão dos aeroportos nacionais por mais 30 anos “para permitir a amortização do investimento no novo aeroporto de Lisboa”, que será localizado em Alcochete.

O atual contrato em vigor, assinado em 2012, prevê a concessão por 50 anos.

No relatório, a ANA, que recebeu hoje ‘luz verde’ do Governo para avançar com uma candidatura ao aeroporto Luís de Camões, começa por salientar que, com base no cronograma previsto no contrato de concessão, as autorizações ambientais e a complexidade das obras, “prevê a abertura do NAL [novo aeroporto de Lisboa] em meados de 2037”.

No entanto, o relatório aponta “algumas possíveis otimizações do cronograma, que a ANA está interessada em discutir com o concedente”, que permitirão “considerar uma antecipação da abertura do NAL até o final do ano 2036”.

O relatório inicial entregue pela ANA ao Governo em 17 de dezembro prevê que o aeroporto Luís de Camões custe 8,5 mil milhões de euros, dos quais 7 mil milhões financiados através da emissão de dívida.

O documento foi tornado público depois do Governo ter informado a ANA Aeroportos que pretende que avance com a candidatura ao novo aeroporto, no Campo de Tiro de Alcochete, e adiantou que a proposta da concessionária não prevê contribuição direta do Orçamento do Estado.

Em comunicado, o Governo avançou também que o “objetivo é assegurar competitividade das taxas aeroportuárias e limitar extensão da concessão”.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação sublinhou que esta fase de negociação do processo com a ANA acontecerá depois da entrega da candidatura, pelo que esta resposta não significa que foram aceites as condições previstas no relatório inicial.

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Transportes

easyJet retoma voos para Telavive a 1 de junho

A companhia aérea britânica Easyjet anunciou que vai retomar os voos para Telavive a partir de 1 de junho, dois dias após o anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

A easyJet irá retomar os voos para Telavive a partir do primeiro dia de junho, prevendo até 38 voos por semana de e para Telavive, com sete rotas para Londres, Genebra, Amesterdão, Milão, Berlim, Basileia e Nice.

“Sendo a primeira companhia aérea de baixo custo a voar para Israel, temos uma longa história no país”, comentou Ali Gayward, diretor da companhia para o Reino Unido e Israel.

Recorde-se que a easyJet anunciou em abril de 2024 que suspendia o serviço para Telavive “devido aos desenvolvimentos em Israel”.

Este anúncio segue-se ao da Lufthansa, o maior grupo europeu de transporte aéreo, que retomará os voos para Telavive a partir de 1 de fevereiro.

No entanto, a suspensão dos voos para Teerão, no Irão, e Beirute, no Líbano, será mantida, acrescentou o grupo alemão num comunicado de imprensa.

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“A ligação do azeite ao turismo é algo perfeitamente natural”

Tal como o vinho, o setor do azeite pretende afirmar-se como um novo produto turístico em Portugal. Para Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), o sucesso do Olivoturismo passa pelo trabalho conjunto de produtores, entidades, hotelaria, restauração e municípios. Em 2025 iniciar-se-á um projeto, com duração de 24 meses, para o desenvolvimento deste “novo” produto turístico que “tem um futuro muito promissor”.

Segundo dados da Pordata, com base nas Estatísticas da Produção Vegetal do Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal possuía, em 2023, mais de 380 mil hectares de olival. Já de vinha, para a produção de vinho, Portugal possuía, segundo a mesma fonte e no mesmo ano, pouco mais de 173 mil hectares.

O Enoturismo é considerado um dos produtos turísticos com maior potencial em Portugal e, nos muitos fóruns, destacado como valor acrescentando na oferta e diversificação do turismo em Portugal.

O Olivoturismo ou Oleoturismo – não existindo ainda uma definição quanto ao nome a utilizar – ainda não possui o mesmo estatuto, embora exista quem afirme que o potencial está cá. Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), acredita que está na hora de afirmar o azeite como um produto turístico e vê no Enoturismo um exemplo a seguir.

Portugal apresenta-se na Europa e no mundo como um dos principais produtores de azeite. Essa realidade é aproveitada a nível do turismo?
Não tem sido, mas achamos que está a começar e o CEPAAL (Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo) está a dar alguns passos importantes nesse sentido. De facto, Portugal sempre produziu azeite de grande qualidade. Nos últimos anos, houve um grande incremento na produção, o que fez de Portugal um player muito importante a nível mundial.

Quando se fala deste setor – azeite – ligado ao turismo, que perceção existe?
É uma ligação muito primitiva, nova, que está a nascer. Achamos que temos alguma responsabilidade e tenho a certeza que começa a verificar-se alguma cadência.

Ao nível da produção, que lugar ocupa Portugal no ranking mundial?
Quinto, sexto, sétimo. As produções vão variando. Há países com anos piores e nós subimos, há anos em que não corre tão bem em Portugal e somos ultrapassados, mas ocupamos sempres esses lugares. Contudo, com tendência de crescimento, ao contrário de outros países.

Portugal é o país que está a crescer mais em termos mundiais e a qualidade, embora sempre com azeites muitos bons, está cada vez melhor, uma vez que as práticas nos lagares se têm modernizado.

Mas voltando à pergunta inicial, de facto, ainda não ligámos muito esse sucesso do setor, em termos agrícolas ao turismo. Achamos que é importante, porque a ligação do azeite ao turismo é algo perfeitamente natural.

Um produto nacional
Esta entrevista é feita no Alentejo, mas poderia ser feita noutra região com produção de azeite. Fazendo uma comparação, quantitativa e qualitativa, com o universo do vinho, este é um exemplo que deve ser seguido pelo azeite?
É, não há dúvida. Aprendemos muito com o vinho e até temos uma vantagem, uma vez que se trata de um setor que está muito mais adiantado que o nosso. Por isso, o setor do azeite só tem de aprender com os erros que o vinho cometeu e não cometer os mesmos.

Mas há um aspeto em que tem razão, o percurso é muito idêntico e as regiões onde se produz vinho de excelente qualidade são as mesmas onde se produz azeite da mesma excelência. Falo de Trás-os-Montes, das Beiras, do Ribatejo, do Alentejo e até mesmo do Algarve.

Mas existe, de facto, essa ligação à terra, ao património, às tradições, ao modo de fazer o vinho, aos novos lagares, aos lagares antigos. É um mundo que temos de mostrar e valorizar.

 

Qualquer lagar novo é feito para ser mostrado, têm a intervenção de arquitectos famosos ou menos famosos, mas já são mais do que simples lagares

 

Mas para começar a ter essa preocupação a nível de promoção interna e externa, há que partir de uma base. Para começar é Oleoturismo ou Olivoturismo?
Essa é uma boa pergunta, porque é uma dúvida que existe no próprio setor. Diria que nós, o setor, ainda não fixámos qual é a denominação. Aqueles mais ligados ao azeite, à produção de azeite, gostam mais da expressão Oleoturismo, até porque é a expressão utilizada por outros países como Grécia, Itália ou Espanha que têm este produto turístico muito desenvolvido.

A tendência é para que, de facto, se utilize a mesma denominação em Portugal, embora reconheça que existe também a expressão Olivoturismo que parece ter mais a ver com o olival. Mas seja com Oleoturismo ou Olivoturismo, o que pretendemos fazer é mostrar tudo o que está relacionado com o azeite, desde o olival, aos lagares, às garrafas, à produção, à colheita, à prova, à história.

Mas convém existir uma padronização do termo?
Claro que sim. Dir-lhe-ia que as minhas dúvidas são o sinal de que estamos, de facto, no princípio de todo este processo. É evidente que já há muitos produtores de azeite em Portugal, no Alentejo, em Trás-os-Montes, que já fazem Oleoturismo ou Olivoturismo, que recebem turistas, que fazem provas de azeite, com visitas aos lagares e olivais.

O que queremos é uma multiplicação desse tipo de iniciativas e, no fundo, a criação de um verdadeiro produto turístico que passe a ombrear com o Enoturismo, setor que está ao nosso lado e do qual gostamos de copiar os bons exemplos.

O CEPAAL nasceu em 1999 e tem como objetivo valorizar e promover o azeite do Alentejo dentro e fora de Portugal. Essa promoção passa somente pela produção ou também tem formas e ferramentas de promover esta atividade a nível turístico?
Diria que até agora a promoção tem sido feita sobretudo em função da produção, do que é o nosso azeite do Alentejo, do que são as nossas marcas. Temos levado e mostrado, em projetos em que dinamizamos o azeite do Alentejo, as nossas marcas lá fora.

Passa, fundamentalmente, por mostrar que existe azeite em Portugal, que existe azeite no Alentejo e que temos estas marcas. Nestes últimos 25 anos, o trabalho tem tido esse foco. Achamos que estamos agora numa nova fase. Vamos iniciar um projeto no sentido de ajudar a criação deste produto turístico que é o Olivoturismo. E aí não é a promoção da marca X ou Y, é a promoção do produto turístico Olivoturismo no Alentejo.

Existe, portanto, uma colaboração ou cooperação com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo (ERT Alentejo)?
Completa. Nesta fase ou neste projeto, é muito com a ERT do Alentejo, numa segunda fase, tenho a certeza absoluta que será também com a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA).

 

O produto turístico tem de ser lançado pelo próprio setor e por variadíssimas razões até hoje ainda não se conseguiu fazê-lo

 

E como é que a ERT Alentejo vê o potencial deste produto para atrair cada vez mais o turismo interno e externo?
O presidente da ERT, José Santos, dizia há algum tempo que é necessário criar novos produtos turísticos. Este é ou pode ser um desses novos produtos turísticos? Sem dúvida. Aliás, quem sou para desdizer o José Santos, pessoa muita amiga do CEPAAL, e com quem falamos há muitos anos sobre a questão do Olivoturismo e com quem já estive em várias conferências a falar sobre este assunto.

O produto turístico tem de ser lançado pelo próprio setor e por variadíssimas razões, até hoje, ainda não se conseguiu fazer. Achamos que este é o momento e a ERT Alentejo está completamente ao nosso lado.

Mas que projeto é e quando tem início?
Pela natureza do projeto, o programa implica só um beneficiário. Portanto, terá de ser o CEPAAL, embora tenhamos a ERT do nosso lado, mas, de facto, necessitamos de algum apoio financeiro para construir este produto turístico. É um projeto que vai ter início em 2025 e terá a duração de 24 meses.

Mas consiste no quê?
A base é a criação do produto, mas para essa criação temos várias iniciativas que passam não só por um evento público para lançar o produto, mas pelo desenvolvimento de uma aplicação que o CEPAAL já tem noutro projeto e que vamos utilizar para telemóveis onde teremos uma rota, através da qual vamos dar a possibilidade aos turistas nacionais ou estrangeiros de criarem a sua própria rota.

Acreditamos que essa aplicação será muito utilizada pelos turistas na procura de locais a visitar, na integração dos produtores, da hotelaria, dos restaurantes, das câmaras, envolvendo o património, que é muito importante.

Mas há uma marca?
Não posso desvendar muito, mas há essa ideia de fazermos uma marca, de termos uma marca registada no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), haver uma marca Rota dos Azeites do Alentejo, por exemplo.

Para isso, têm de estar agregados não só os produtores de azeite, representados por nós, mas eles próprios, o turismo, e depois a própria hotelaria e os restaurantes, as câmaras.

O interesse na e da Rota não passa somente pela visita aos olivais.

E a integração de agentes e operadores está também equacionada?
Obviamente, são eles que vendem o produto turístico. Por isso, serão essenciais.

Ligação gastronómica essencial
E a ligação deste produto à gastronomia?
Essa preocupação tem vindo a ser executada pelo CEPAAL ao longo dos anos. Temos muitas ligações, tivemos vários exemplos com ligações a vários chefs nacionais e estrangeiros. Convidámos há tempos um chef francês – Antoine Westermann -, um chef com três estrelas Michelin, com restaurantes em Paris e em Nova Iorque, que esteve quatro ou cinco dias no Alentejo, levámo-lo a lagares e olivais, ele adorou, mas uma das coisas que mais o impressionou foi, de facto, a comida regional que o deixou completamente siderado com o que comeu com base no azeite.

Voltando à sua pergunta, essa ligação aos chefs, à cozinha, à gastronomia, é fundamental. Estamos a falar de um produto integrado que terá o azeite como chapéu. Estamos a organizar esse produto, de forma que não seja uma coisa feita aqui e acolá, sem qualquer conexão. O objetivo é que exista uma rota, um mapa, que as pessoas saibam exatamente o que podem e onde podem encontrar. Tanto faz que seja em Borba, no Redondo, na Vidigueira, em Aljustrel, Beja ou Serpa. O importante é que o turista saiba que existe, o que existe e onde existe.

E qual tem sido a resposta dos agentes económicos?
A resposta tem sido magnífica e ainda estamos muito no começo.

Não houve nenhuma objeção?
Nenhuma. Sobretudo os produtores, e esses são os primeiros que temos de agarrar, estão perfeitamente alinhados. Numa segunda fase, teremos os hotéis e os restaurantes. Mas primeiro temos de agarrar os produtores, até porque esses são os principais interessados, grandes, médios e pequenos e o entusiasmo é muito grande.

Atualmente, qualquer lagar novo que é feito, sobretudo, no Alentejo, no Baixo Alentejo onde esta questão se tem vindo a desenvolver mais, para ser mostrado, tem a intervenção de arquitectos famosos ou menos famosos, mas já são mais do que simples lagares.

E há essa preocupação de informar os produtores que, para este produto ter sucesso, é preciso, de facto, investir numa boa sala de provas, num circuito, em comunicação, em marketing?
Sim, há bocado perguntou e eu não dei a resposta completa. Uma das ações que vamos ter neste projeto é a elaboração de um caderno de especificações. Ou seja, não é qualquer pessoa, só por levantar o dedo, que diz “eu quero pertencer à Rota dos Azeites do Alentejo” que poderá entrar. Obviamente tem de cumprir condições mínimas.

Ainda não as definimos, mas parece óbvio que um lagar que esteja dentro da Rota tem de ter condições para receber as pessoas, os visitantes, os turistas.

Uma sala grande ou uma sala pequena não é isso que interessa, mas tem de ter condições para a prova do azeite, visualizarem o modo de produção do azeite, os depósitos, etc.. Isso é tudo importante.

Outra questão que queremos ver implementada são as Cartas de Azeite. Se existem Cartas de Vinho, porque não haver Cartas de Azeite? Já fizemos essa experiência, não passou disso mesmo, mas vamos repeti-la, porque o que interessa é que isto seja feito de uma forma consistente por toda a gente e a Carta de Azeites tornar-se algo normal.

Queremos aprender com os erros que alguns setores cometeram e não repeti-los.

No caso dos restaurantes, eles já possuem um menu, muitas vezes com os vinhos incluídos. Por isso, não custa nada acrescentar mais uma página e colocar uma secção com quatro, cinco ou seis azeites.

 

Olhando para um produto turístico que possa ser copiado, o Enoturismo é, claramente, um deles. O setor do azeite só tem de aprender com os erros que o vinho cometeu e não cometer os mesmos

 

Mas este projeto é regional?
É um projeto regional com ambição nacional. Para já, é um projeto regional, porque a linha de financiamento é do Programa Operacional Regional (POR) Alentejo, do Alentejo 2030. Agora, a ambição, obviamente, que é nacional.

E há conversas com outras regiões nesse sentido?
Sim, nomeadamente com os nossos amigos de Trás-os-Montes, mas também outras regiões.

O objetivo é que o Alentejo possa dar um pontapé de saída. Naturalmente que a Rota do Alentejo é do Alentejo, mas não pretendemos reservar o Olivoturismo para o Alentejo. Pelo contrário, o objetivo é trabalhar a nível nacional, só assim é que se entende. É assim que é feito em Itália, que depois tem a Toscânia e outras regiões. É feito em Espanha e há a Estremadura, a Andaluzia e outras regiões.

Uma questão de promoção
Mas há alguma entidade a promover o azeite a nível nacional onde a promoção do Olivoturismo poderá ser englobada? Por exemplo, a Casa do Azeite?
A Casa do Azeite é uma entidade que representa os produtores embaladores de azeite, também faz promoção de azeite e tem âmbito nacional, mas não tem este tipo de pormenor. Há uma entidade constituída, mas ainda não conseguiu exercer a sua função por variadíssimos obstáculos, a Associação Interprofissional da Fileira Olivícola (AIFO), que poderia servir para alavancar este tipo de promoção.

Só para enquadrar, Espanha tem uma entidade deste tipo, e que alavanca muito dinheiro para a promoção dos azeites espanhóis a nível internacional. Portanto, os espanhóis estão em Nova Iorque, no Japão, na Ásia, à custa do dinheiro que essa interprofissional capta da produção, cobra 6 euros por tonelada de azeite produzido e 6 euros por tonelada de azeite comercializado a todos os produtores e comercializadores em Espanha, e com base nesse dinheiro, que é muito, consegue ir a programas da União Europeia, e conseguem multiplicar os 3 ou 4 milhões que têm por mais três.

Nós não temos a nossa AIFO a funcionar e é uma pena porque poderíamos, à nossa escala, se calhar conseguir 3 ou 4 milhões de euros anualmente para fazer só promoção.

Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL) – Foto: Frame It

Isso é possível a curto prazo?
É algo que já dura há 10 anos. Vejo algumas pessoas muito ligadas a essa organização a perder algum ânimo. Há um pormenor jurídico ou formal com os governos, não é com este nem com o anterior, é com os governos, e a coisa ainda não resultou. Pessoalmente, acho que é muito importante.

É uma questão de pressão?
Sim, é uma questão de pressão, é uma questão de convencer quem decide. Eu próprio já falei com o atual ministro, já tivemos essa oportunidade, é uma questão de pressão e é uma questão muito pequenina.

É impossível não fazer a associação ou comparação entre o vinho e o azeite, ou entre o Enoturismo e o Olivoturismo. Até porque alguns produtores de vinho também têm azeite. A ajuda diria que é essa. Nós no CEPAAL, e também podemos falar fora do CEPAAL, temos imensos associados que são simultaneamente produtores de vinho e produtores de azeite.

Por exemplo, temos associados como o Esporão ou a Fundação Eugénio de Almeida que são dois produtores de vinho e de azeite e promovem os dois produtos e os dois turismos. Mas sim, essa associação é muito importante, porque nos dá uma base.

Olhando para um produto turístico que possa ser copiado, o Enoturismo é, claramente, um deles. Agora é afinar o que há a afinar, não cometer alguns erros que foram cometidos e mostrar este novo produto turístico de qualidade e diferenciador ao mundo.

 

Se existem Cartas de Vinho, porque não haver Cartas de Azeite?

 

Olhando para este produto turístico e para os mercados internacionais que Portugal capta no turismo, quais é que veria com interesse pelo Olivoturismo?
Digo-lhe já um: o americano. É um mercado com grande poder de compra, com uma grande apetência para o azeite, para o consumo e para o turismo. É o país que está a crescer mais em consumo, os americanos visitam muito o Alentejo, é um mercado muito interessante para as unidades hoteleiras, para os operadores turísticos e, portanto, achamos que facilmente “agarramos” o mercado americano para o Olivoturismo.

Tal como no vinho poderia verificar-se uma linha crescente entre a visita dos turistas e a exportação do produto? Ou seja, quanto mais “Olivoturistas”, mais a possibilidade de os produtores também exportarem os seus azeites?
É uma operação win-win, ganham todos. Ganham os produtores, porque conseguem mostrar mais a sua marca e vender mais, e ganham com certeza todas as entidades que andam à volta do turismo no Alentejo e a nível nacional. E, claro, o turista que tem à sua disposição um produto diferenciador.

O americano tem, de facto, um maior poder de compra, fica cá mais tempo, já tem uma experiência no Alentejo, já conhece o vinho. Outro mercado muito interessante é o brasileiro, também com um bom poder de compra, alguns já estão estabelecidos em Portugal, e gostam muito de provar o azeite e o vinho.

Nos EUA competimos com todos. Já no Brasil, onde Portugal era dominador, estamos a perder, porque os espanhóis com a tal AIFO espanhola está a fazer campanhas maciças no mercado brasileiro e está a virar o mercado.

Seria muito importante Portugal conseguir manter a sua quota no Brasil e, por aí, também alavancar o Olivoturismo.

Nesta comparação internacional, qual é o mercado/país mais avançado neste produto turístico do Olivoturismo?
Os italianos e os gregos. São os dois mercados que, eventualmente, o fazem há mais tempo. Os espanhóis também, mas começaram há pouco tempo. Os italianos têm “pinta” para estas coisas, tem o labeling das garrafas muito bem desenvolvido, o turismo da Toscânia, aquela paisagem magnífica, e, depois, têm uma grande apetência para o marketing.

Portugal ainda não conseguiu fazer esse marketing gastronómico?
Não, não conseguiu. Pelo menos em comparação com França, Itália ou Espanha.

Não é fácil, mas isso não quer dizer que Portugal não tenha a possibilidade de valorizar os nossos vinhos e os nossos azeites e, por aí, o Enoturismo e Olivoturismo no exterior.

E Portugal aí pode ter um fator extra, porque como é menos conhecido, toda a gente anda à procura de algo novo. Aliado à segurança que o nosso país oferece, temos, de facto, de aproveitar todas essas vantagens para mostrar o que de novo e bom temos.

 

Achamos que facilmente “agarramos” o mercado americano para o Olivoturismo

 

Mas em termos de promoção, há abordagens ao Turismo de Portugal, à Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), a uma Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) para a promoção deste produto turístico?
Ainda não chegámos lá. A parte mais institucional é a relação muito próxima com a ERT do Alentejo. Achamos que é por aí que devemos começar. Numa segunda fase, obviamente, temos de ter a ARPTA, virada para o exterior, e já falámos com o presidente da ERT do Alentejo na relação com o Turismo de Portugal. É tudo por fases.

Há um ranking que destaca os melhores destinos turísticos para o turismo do azeite e aparecem Espanha, Itália, Grécia, Turquia, Albânia, Marrocos, Argentina, e Portugal em 8.º lugar.
Obviamente, quem fez esse estudo olhou para Portugal e verificou que ao nível do Olivoturismo não se passa nada ou passa-se muito pouco. Por isso, só temos um caminho, crescer e melhorar o nosso ranking.

Quanto se produz de azeite em Portugal?
A produção em Portugal muda, como todos mudam, dependendo das campanhas, das alterações climáticas, da safra. Portugal tem vindo nos últimos anos, tendencialmente, a crescer, porque há novos olivais, novos olivais mais produtivos. A produção recorde que temos é de 2021-2022 com 200 mil toneladas de azeite.

Nos últimos dois anos, baixou para 125 mil toneladas e em 2023-2024 subiu para 170 mil toneladas. Na campanha de 2024-2025 poderemos ficar novamente perto das 200 mil toneladas.

E o Olivoturismo é um produto turístico sazonal?
Não. Temos, de facto, construir bem o produto, já que existe uma época especial, de maior interesse, que é a altura da colheita, de levar a azeitona para o lagar e fazer o azeite. Estamos a falar nos três últimos meses do ano. Portanto, outubro, novembro e dezembro. Mais janeiro, eventualmente.

Agora, em todo o resto do ano, não quer dizer que o Olivoturismo pare, porque as árvores estão a “dormir” até fevereiro-março, depois começam a renascer, mas há património para mostrar, há operações no campo para mostrar, e há sempre azeite para provar.

Isso pode ser um fator diferenciador para um produto turístico?
Claro, porque não é fazer a mesma coisa durante todo o ano. E mesmo depois, a partir de janeiro, embora os lagares comecem a fechar, em termos industriais, em termos de operação, não quer dizer que não possam ser visitados.

Claro que um turista não pode perder um dia num lagar, até seria maçador, mas se tiver uma prova de azeite, a visita a um lagar, a seguir vai para uma prova de vinho e, depois, vai almoçar a um restaurante espetacular onde tem novamente o vinho e o azeite, é uma experiência fenomenal.

E se juntar a isso tudo uma oferta hoteleira de qualidade e a hospitalidade portuguesa, é uma fórmula de sucesso.

Como é que vê este produto turístico no futuro?
Só podemos olhar para este produto com otimismo. Às vezes perguntamo-nos como é que o setor, de facto, ainda não pegou neste produto, neste produto turístico há mais tempo. Claro que há pessoas e empresas a desenvolverem atividade com este produto, mas temos de fazê-lo de forma mais organizada.

Por isso, pelo que sentimos do turismo a crescer em Portugal, das ofertas que o turista tem no nosso país e, no pós-pandemia, ver que o turista cada vez vem mais ao interior, só podemos pensar que o Olivoturismo tem um futuro muito promissor.

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Soltour com descontos exclusivos nos pacotes de venda antecipada

O operador turístico Soltour oferece descontos de até 200€ sobre os preços de venda antecipada em todos os seus pacotes de viagem. As reservas estão disponíveis até 22 de janeiro de 2025.

A Soltour inicia o novo ano com uma campanha especial que reflete os seus dois principais objetivos estratégicos: a diversificação da oferta e a consolidação de destinos emergentes. Assim, acaba de lançar uma seleção de descontos exclusivos até 200€ nos pacotes de venda antecipada. Esta nova campanha permite às agências de viagens apresentar aos seus clientes ofertas especiais numa variada seleção de destinos, que vão desde cidades europeias às Caraíbas.

Entre os destinos de destaque desta promoção para 2025 está Djerba, na Tunísia, com voos diretos a partir do Porto durante os meses de julho a setembro. Esta operação é uma aposta renovada após um ano inaugural de grande sucesso, refletindo a forte procura por este destino. Já Samaná, na República Dominicana, contará com voos diretos de Lisboa durante todo o verão. Este é um dos destinos mais emblemáticos da programação da Soltour, que é o único operador turístico a disponibilizar uma ligação direta entre Portugal e Samaná.

Cuba continua a ser um dos grandes protagonistas do ano, com operações diretas para várias localizações no país: Havana, Cayo Coco, Varadero e Cayo Santa Maria.

A Eslovénia, outro dos destaques do ano, contará com voos a partir de Lisboa e Porto entre abril e setembro. Por sua vez, a Costa Dourada, em Espanha, terá voos diretos entre o Porto e Reus em agosto e setembro.

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MICE no Dubai cresce para números recorde em 2024

O Dubai captou, em 2024, um número recorde de 437 eventos de diversos setores, representando um aumento de 20% face a 2023. Para os próximos anos, estão já garantidos alguns grandes eventos, prevendo-se que a cidade se mantém como uma das plataformas principais no MICE.

Dubai consolidou sua posição como um dos principais destinos para conferências internacionais, congressos, reuniões corporativas e eventos de incentivo em 2024, com a cidade a sediar um número recorde de 437 eventos em diversos setores e profissões.

Impulsionado pelo Dubai Business Events (DBE), o bureau oficial de convenções da cidade e parte do Departamento de Economia e Turismo de Dubai (DET), este número representa um aumento de 20% face a 2023, elevando ainda mais o status de Dubai como um polo global competitivo para eventos, impulsionado pela inovação, desenvolvimento de infraestrutura e crescente influência económica global.

Os eventos previstos para 2024 devem atrair cerca de 210.731 delegados ao Dubai nos próximos anos, gerando um impacto direto nos ecossistemas de eventos, viagens e turismo da cidade, além de atrair talentos e especialistas de todo o mundo para aproveitar a plataforma que Dubai oferece para partilha de conhecimento, desenvolvimento profissional e networking.

O sucesso da cidade, impulsionado por esforços colaborativos entre os setores público e privado, destaca o apelo contínuo do Dubai como um destino global acessível, seguro e acolhedor para MICE (Reuniões, Incentivos, Conferências e Exposições), contribuindo para o crescimento económico mais amplo do Dubai ao atrair mais visitantes, posicionando a cidade no cenário global de eventos de negócios e fortalecendo a sua economia. Além disso, reforça o papel essencial dos eventos empresariais na realização da meta da Agenda Econômica de Dubai, D33, de consolidar Dubai como uma das principais cidades globais para negócios e lazer.

Ahmed Al Khaja, CEO do Dubai Festivals and Retail Establishment, refere, em nota de imprensa, que “o aumento significativo nas propostas bem-sucedidas em 2024 é mais uma prova do crescente destaque do Dubai como um destino que oferece não apenas infraestrutura e capacidade de eventos empresariais de classe mundial, mas também experiências incomparáveis e memoráveis para todos os organizadores e delegados”.

Entre as conquistas mais notáveis do último ano estão o Congresso Mundial de Neurocirurgia da WFNS em 2025, com 4.000 delegados; o Cimeira de Cidades da Ásia-Pacífico em 2025, com 1.200 delegados; a Conferência Pan-Árabe de Radiologia em 2025, com 1.500 delegados; o Simpósio Global sobre Pesquisa de Sistemas de Saúde em 2026, com 3.000 delegados; a Exposição Mundial de Selos da FIP em 2026, com 1.000 delegados; e a Assembleia Científica e Eventos Associados do Comitê de Pesquisa Espacial em 2028, com 3.000 delegados.

O Dubai também garantiu propostas de eventos corporativos e de incentivo em 2024, incluindo o Incentivo Oppo Guangdong em 2025, com 4.000 delegados; o Loyal Connect Global em 2025, com 3.000 delegados; a Conferência Global de Logística da GLA em 2025, com 1.500 delegados; o Forever Living Global Rally em 2026, com 12.000 delegados; o Emerson Exchange em 2026, com 2.500 delegados; e o Incentivo Herbalife China em 2026, com 1.200 delegados.

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Foto: Nuno Martinho

Destinos

“É importante que se definam estratégias de diversificação dos mercados emissores”, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP

Fechado 2024, continuamos a dar conta do balanço que os/as profissionais do setor do turismo fazem do ano e como perspectivam o 2025. Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, aponta desafios globais como “a adoção de práticas sustentáveis”, “a premente questão da inteligência artificial” e “a concorrência de destinos emergentes”. A nível nacional, “a carência de capital humano”, “as pressões financeiras agravadas” e “os preços, demasiado elevados” são as situações mais críticas. Agora, tudo dependerá de “uma combinação de políticas públicas eficazes, estratégias empresariais inovadoras e uma visão coletiva voltada para a sustentabilidade, para a inclusão e para o fortalecimento das comunidades locais”.

07Considerando que, “se há atividade que impacta em praticamente todas as outras e que provoca dinâmicas positivas na economia, é o Turismo”, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, não deixa de apontar “o aumento dos custos operacionais, a pressão inflacionista e as dificuldades na contratação de trabalhadores qualificados” como os principais desafios enfrentados em 2024. E se a nível global, a “sustentabilidade” e as mudanças climáticas”, bem como a “premente questão da Inteligência Artificial” e a “concorrência de destinos emergentes” são apontadas como “grandes frentes de pressão”, a nível nacional a “carência de capital humano e ultrapassar as pressões financeiras agravadas” exigem “atenção prioritária”.

Que balanço faz deste ano turístico em Portugal em 2024 e, particularmente, nos setores da restauração e hotelaria?
Ainda não é possível fazer-se um balanço que possamos chamar de final do ano de 2024, mas os dados que já temos a esta data, permitem-nos afirmar que o ano de 2024 seguiu a tendência dos anos anteriores, dando continuidade à consolidação de Portugal como um destino turístico de excelência, com um crescimento significativo nos indicadores de procura, tanto no mercado interno quanto nos mercados externos.

De acordo com as estimativas rápidas do INE, entre janeiro e outubro de 2024 registaram-se, aproximadamente, 29,8 milhões de hóspedes e 75,7 milhões de dormidas no alojamento turístico, correspondendo a variações homólogas de +3,8% e +2,5%, respetivamente. Este crescimento terá sido impulsionado pela continuidade numa aposta na estratégia de atratividade e promoção do nosso país e do nosso Turismo.

Também um inquérito rápido que realizámos pelas 15 delegações físicas da AHRESP, nos passados dias 12 e 13 de dezembro, permitiu apurar que, no setor da Restauração, 41% das empresas sente que 2024 foi um ano melhor do que 2023 e 22% aponta um desempenho idêntico ao do ano anterior. No entanto, 28% consideram que foi pior, o que evidencia grandes disparidades regionais, com as empresas localizadas em áreas de menor fluxo turístico a apresentarem fracos desempenhos. É um cenário preocupante, especialmente neste setor. Já no Alojamento Turístico, 55% das empresas inquiridas indicam que 2024 superou 2023, 21% avançam que foi pior e outros 21% consideram que o volume de negócios foi o mesmo.

Mas estes dados mais positivos, apesar de factuais e indesmentíveis, não nos deixam descansados. Desde logo, porque muitos foram os desafios, como o aumento dos custos operacionais, a pressão inflacionista e as dificuldades na contratação de trabalhadores qualificados, especialmente nas regiões longe do litoral, o que contribuiu para reduzir os efeitos positivos deste crescimento no Turismo, especialmente a Restauração, que tem no mercado nacional o seu principal cliente e que, por via da perda de poder de compra, encara o próximo ano com muita incerteza e receio.

O que faltou concretizar no turismo neste ano de 2024?
Apesar de um ou outro avanço, persistem ainda lacunas importantes na adoção de medidas que sejam verdadeiramente eficazes para que se instale um “ambiente amigo” das empresas e do seu desenvolvimento, que permita estabilidade financeira, especialmente no setor da restauração e similares, para que as mesmas tenham oportunidade de adequar os seus negócios ao mercado e possam concretizar os investimentos necessários para a sua modernização, qualificação e diferenciação.

Neste âmbito, referimo-nos, em concreto, à diminuição dos encargos fiscais e contributivos das empresas, nomeadamente sobre os rendimentos do trabalho, que consideramos excessivos para as empresas e até prejudiciais ao crescimento dos salários. Importante, também, é a simplificação na aplicação das taxas de IVA no âmbito da prestação de serviços de alimentação e bebidas, através da reposição da taxa intermédia de IVA aos refrigerantes e bebidas alcoólicas, bem como a redução da taxa intermédia para os 10%, como praticado em países concorrentes de Portugal, como é o caso de Espanha, França e Itália.

Numa outra perspetiva, preocupa-nos a questão da formação e da captação de talento, elementos cruciais para assegurar a excelência do serviço que prestamos. Continuamos com um défice grande de pessoas disponíveis para trabalhar na restauração e no alojamento, especialmente trabalhadores qualificados. A AHRESP tem investido muito nesta área e tem, hoje, uma Academia certificada, apta para ministrar formação de qualidade, e que apresentará um ambicioso plano para 2025, com o objetivo de elevar a qualificação nos setores da Restauração e do Alojamento Turístico. Mas é também necessária uma intervenção mais robusta por parte do Estado nesta matéria, com especial atenção para os trabalhadores migrantes, que, segundo o Banco de Portugal, representaram, em 2023, cerca de 30% da força de trabalho do Canal HORECA. O programa anunciado pelo governo para formar mil imigrantes nas escolas do Turismo de Portugal é um passo na direção certa e merece reconhecimento, mas ainda de diminuto alcance.

Foi também apresentado o Programa INTEGRAR e há alguns apoios à contratação, disponibilizados pelo IEFP, mas que não são específicos para a contratação de migrantes. Para ilustrar a dimensão do problema, o Barómetro da Restauração e Similares, realizado pela AHRESP em parceria com a NielsenIQ e apresentado em outubro passado, revelou que 1 em cada 3 empresários necessita de contratar mais trabalhadores, em média duas pessoas por estabelecimento, com maior demanda nas funções de atendimento e cozinha. Com base nestes números, estima-se que mais de 40 mil pessoas sejam necessárias para suprir a atual carência no setor.

A AHRESP tem desempenhado um papel muito ativo na questão da imigração, dispondo, mesmo, de um Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), mas ainda aguardamos ações mais concretas no âmbito do “Plano de Ação para as Migrações”. Sem medidas eficazes e direcionadas, tanto a nível fiscal quanto na atração e formação de trabalhadores, o setor continuará a enfrentar dificuldades que comprometem o seu pleno potencial.

O que destacaria neste ano de 2024 nos setores da AHRESP?
Durante o ano de 2024, tenho de destacar o esforço feito por esta atividade para a tornar cada vez mais sustentável, porque se não crescermos de forma sustentável, o mais provável é decrescermos. Penso que, hoje, os agentes do Turismo já têm a perfeita noção de que para o destino ser sustentável, deve dar resposta a várias preocupações, como as questões ambientais, as políticas inclusivas, mas também a atenção, e até a relação simbiótica que deve ter com as comunidades locais. Como se costuma dizer, se o destino não for bom para os residentes, também não o será para quem o visita. É desejável que, em 2025, se consolidem todas estas vertentes.

Numa perspetiva não tão macro, posso destacar o crescimento significativo no número de visitantes, que conseguimos em 2024, e que impulsionou, tanto o consumo em restaurantes como as taxas de ocupação no Alojamento Turístico, apesar da questão da diferença de resultados na Restauração, especialmente em locais tradicionalmente menos procurados enquanto destinos turísticos.

Também não podemos deixar de destacar a importância da reversão das medidas mais gravosas para o Alojamento Local do pacote Mais Habitação, e que teriam um impacto desastroso nesta atividade

Quais os principais desafios para o setor do turismo em 2025 a nível global e, particularmente, a nível nacional? E para o setor da AHRESP?
A nível global, enfrentamos três grandes frentes de pressão. Em primeiro lugar, a adoção de práticas sustentáveis deixou de ser uma opção e tornou-se uma obrigação, até em termos de legislação europeia, que entrará em vigor em Portugal, já em julho de 2025, a que se junta a crescente preocupação e procura, por parte dos consumidores, por destinos e serviços ambientalmente responsáveis. Este desafio não é indissociável das preocupações com as mudanças climáticas que, cada vez mais, ameaçam mudar o rumo do planeta e exigem doses extra de capacidade de adaptação a novas realidades. Em segundo lugar, a premente questão da inteligência artificial, que também apelará à adaptabilidade dos negócios, embora prometa agilizar vários processos e tarefas. E por fim, a concorrência de destinos emergentes, uma ameaça para os mercados tradicionais, que precisam de inovar e diversificar para preservar a competitividade. É necessário manter a atratividade junto dos mercados internacionais, essenciais para sustentar o crescimento e a recuperação pós-pandemia, sobretudo num cenário em que destinos concorrentes tentam capturar fatias de mercado.

A nível nacional, Portugal enfrenta desafios próprios que exigem atenção prioritária. A carência de capital humano continua a ser um entrave significativo para os setores da restauração e do alojamento turístico, onde o recrutamento e a retenção de talento são críticos. Estes setores continuam a depender fortemente do contributo dos cidadãos imigrantes, cuja plena integração é vital para o futuro da atividade turística no país. Em 2024, houve alguma perturbação relativamente a questões de imigração, com impacto na contratação destes cidadãos, mas acreditamos que, em 2025, serão tomadas medidas que contribuirão para que se obtenha melhores resultados nesta matéria.

Outro desafio, passa por ultrapassar pressões financeiras agravadas, decorrentes da amortização de empréstimos contraídos durante a crise da Covid-19 e do aumento dos custos operacionais, provocados pela inflação e pelos conflitos internacionais, em particular, as despesas com a energia. Os preços, demasiado elevados, têm impactado diretamente a rentabilidade dos negócios, forçando a uma gestão rigorosa e de permanente consulta ao mercado em busca de soluções energéticas mais acessíveis. Este contexto, limita a capacidade de investir, inovar e crescer, tornando a gestão de recursos uma tarefa complexa e delicada. Nas regiões de menor atratividade turística, onde as oportunidades são escassas e os apoios insuficientes, a situação é ainda mais crítica, colocando em risco a sobrevivência de muitas empresas.

Em suma, 2025 será um ano de desafios significativos, mas a resposta que iremos dar, dependerá de uma combinação de políticas públicas eficazes, estratégias empresariais inovadoras e uma visão coletiva voltada para a sustentabilidade, para a inclusão e para o fortalecimento das comunidades locais.

Que acontecimentos poderão impactar ou ter mais influência (positiva e/ou negativa) na performance do turismo em Portugal?
O ano de 2025, mais uma vez, promete ser desafiante. Os mercados internacionais estão instáveis, as previsões de crescimento económico são moderadas e, infelizmente, ainda temos os desastrosos conflitos na Europa e no Médio Oriente. As incertezas são muitas e também nos poderão afetar de forma mais direta, pois alguns importantes mercados, como o alemão e o francês, estão a atravessar acentuados problemas políticos e económicos, com retração das suas economias, facto que poderá provocar efeitos de contágio na atividade turística. É, por isso, importante que se definam estratégias de diversificação dos mercados emissores, continuando a apostar no crescimento de determinados mercados, como o canadiano e o norte-americano, apesar de também aqui, se desconhecer o que vai acontecer fruto das opções de uma nova administração.

Em termos turísticos, há determinadas tendências que se verificam, e que podem marcar o próximo ano, como é o caso do turismo de natureza e ambientalmente sustentável, e, ainda, o turismo dedicado aos descendentes de emigrantes portugueses, que priorize a cultura e a gastronomia do nosso país.

Em termos económicos, julgamos que poderá não ser substancialmente diferente do que foi 2024, mas a incerteza, neste momento, é a única certeza que temos.

Apesar de todas as dificuldades e desafios, se há algo que a nossa história coletiva nos ensinou é que a capacidade de adaptação e a força que encontramos na união, têm sido os maiores trunfos para a resiliência e para a resistência às adversidades dos setores representados pela AHRESP. Já enfrentámos crises, reinventámos os nossos negócios e adaptámo-nos a novas exigências legislativas. Ainda assim, continuamos a mostrar o melhor de Portugal ao mundo.

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APAL vai manter foco em mercados estratégicos para Albufeira

Em 2025, a APAL – Agência de Promoção de Albufeira pretende manter várias das ações realizadas em 2024, com foco em mercados estratégicos e direcionando ações presenciais e campanhas digitais para países como Espanha, Irlanda, França, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá, foi evidenciado na sessão de apresentação do ‘Balanço do Ano 2024 e as Perspetivas para 2025’.

A apresentação esteve a cargo de Desidério Silva, presidente da Direção da APAL, o qual elencou as ações concretizadas no ano passado, destacando, ainda, todas as ações incluídas no plano de atividades para 2025.

Recorde-se que a APAL assinalou 20 anos de existência em 2024 com várias iniciativas, entre as quais a criação de uma nova identidade corporativa e promocional, assim como uma conferência dedicada a refletir sobre o setor.

O dirigente destacou as várias ações que envolveram os associados, como a promoção de workshops em Sevilha, no Porto e nos Estados Unidos, a participação em feiras de turismo, nomeadamente a BTL e a IFTM Paris, e a organização de famtrips direcionadas aos mercados do Reino Unido e Irlanda. Em termos de comunicação interna, foram relembrados o lançamento do anuário Destino Albufeira e a edição do novo Guia dos Associados, bem como a colaboração no XIII Encontro Luso Andaluz.

Em 2025, a APAL pretende manter várias das ações realizadas em 2024, com foco em mercados estratégicos e direcionando ações presenciais e campanhas digitais para países como Espanha, Irlanda, França, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá. O ano arranca já com um roadshow pelas cidades de Madrid e Sevilha, a realizar em fevereiro.

A APAL está também a preparar a sua participação na BTL, que decorre entre 12 e 16 de março, em parceria com o Município de Albufeira, este ano com um stand já alinhado com a nova imagem “Albufeira faz parte da sua Vida”.

Para maio, está previsto um novo roadshow pelo Canadá e Estados Unidos, aproveitando a existência de voos diretos destes países para o Aeroporto Internacional de Faro. Estes primeiros meses do ano vão incluir uma nova incursão pelos mercados do Porto e Norte, aproveitando a grande adesão que esta iniciativa registou em 2024.

Presente nesta apresentação, esteve também José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, o qual destacou o empenho da autarquia em fortalecer a imagem de Albufeira como destino turístico de excelência, não apenas em Portugal, mas também no exterior. O autarca referiu vários projetos estruturantes para o município que podem contribuir para alavancar a sua dimensão turística, relembrando que este esforço deve resultar do empenho de todos, seja no setor público, seja no setor privado.

 

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Aviação

Governo pede à ANA candidatura ao Novo Aeroporto de Lisboa

O Governo informou a ANA Aeroportos que pretende que esta avance com uma candidatura ao novo aeroporto, no Campo de Tiro de Alcochete, e adiantou que o objetivo é assegurar a “competitividade das taxas aeroportuárias e limitar extensão da concessão”. Além disso, a proposta de financiamento apresentada pela Concessionária não prevê contribuição direta do Orçamento do Estado.

O Governo informou esta sexta-feira, 17 de janeiro, a ANA – Aeroportos de Portugal (Concessionária), através de Carta assinada pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que pretende que a Concessionária prepare a Candidatura ao Novo Aeroporto de Lisboa Luís de Camões (NAL).

Esta decisão acontece no seguimento da entrega presencial, no dia 17 de dezembro, do Relatório Inicial (“High Level Assumption Report”), por parte da Concessionária, tendo o Governo, a partir dessa data, 30 dias para responder à Concessionária, nos termos da cláusula 45.5 do Contrato de Concessão.

Com esta resposta, o Governo inaugura uma nova fase processual na qual se prevê que a Concessionária proceda à “preparação de todos os documentos necessários à candidatura”.

No site do Governo pode ler-se que “a proposta de financiamento apresentada pela Concessionária não prevê contribuição direta do Orçamento do Estado, em pleno alinhamento com o Governo a este respeito”.

O Governo informa que esta fase de resposta à Concessionária “não é uma fase negocial do processo, estando essa reservada para momento posterior, após a entrega da candidatura ao NAL”.

A indicação do Governo, que pretende que a Concessionária prepare a candidatura, “não constitui, nem pode ser interpretada como constituindo uma aceitação do conteúdo, termos, condições e/ou pressupostos do relatório inicial”, lê-se ainda.

Contudo, existem diversos “aspetos prioritários” dos quais o Governo “não abdicará” de discutir com a Concessionária. Nestes incluem-se a procura por “reduzir o custo total do projeto do NAL, estando, para isso, aberto a discutir com a Concessionária ajustes às especificações do aeroporto, contando também com avaliação das entidades competentes e da consulta aos stakeholders”.

Além disso, é exigido o “total cumprimento da legislação ambiental aplicável, garantindo que os devidos Estudos de Impacto Ambiental se realizam de modo célere”.

Este princípio estende-se, igualmente, “ao plano de investimentos destinado a melhorar a eficiência operacional e a aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, que terá de ser capaz de responder à crescente procura até à entrada em operação do NAL”.

Quanto ao prazo de construção, o Governo estabelece uma “avaliação a seis anos”, solicitando, também, estudo alternativos que permitam “abreviar as fases anteriores ao início da obra, de forma a antecipar a conclusão do projeto”.

Já no que diz respeito ao modelo financeiro, ou seja, o Governo não abdicará de “rever e discutir” o mesmo, nomeadamente no que se refere aos “pressupostos de alteração de taxas aeroportuárias, da extensão da concessão e da partilha de riscos”.

O Governo refere ainda ter como prioridade “a defesa dos contribuintes e do país em todo o processo tal como tem sido prática, nomeadamente na posição que tomou em defesa do interesse público manifestando-se contra o reequilíbrio económico-financeiro da concessão referente ao período da pandemia COVID-19”.

Dada a “complexidade e especificidade técnica da matéria”, e com o intuito de “apoiar” o Governo, foi aprovada em Conselho de Ministros a criação de uma estrutura de missão com o objetivo de, entre outras matérias, “coordenar, em representação do Estado, os procedimentos subsequentes, contratualmente previstos, e a negociação com a Concessionária”.

O Governo propôs ainda a assinatura de um memorando de entendimento com a Concessionária, em condições a acordar, tendo em vista a “clarificação dos momentos procedimentais” que se seguem e clarificar o conteúdo pretendido pelo Concedente a incluir na Candidatura ao NAL.

Recorde-se que a decisão sobre a localização do NAL foi definida, numa das primeiras decisões tomadas pelo XXIV Governo, para o Campo de Tiro de Alcochete (CTA), decisão plasmada na Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2024, de 27 de maio e tomada em estreito alinhamento com o Ministério da Defesa Nacional e com a Força Aérea.

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Boeing entrega 348 aeronaves em 2024

O fabricante norte-americano entregou, ao longo de 2024, 348 aeronaves, ou seja, menos 418 do principal concorrente Airbus.

O ano de 2024 foi um desafio para a norte-americana Boeing e isso é percetível pelos resultados alcançados. Em 2024, a Boeing entregou um total de 348 aeronaves contra as 528 entregues em 2023.

O site da Boeing indica que o modelo mais disponibilizado ao longo de 2024 foi o 737, com 265 entregas. Seguiram-se o 787, com 51 entregas feitas, o 767 com 18 entregas e, finalmente, o 777 com 14 aeronaves entregas em todo o ano de 2024.

Já a Airbus entregou 766 aeronaves a 86 clientes em todo o mundo, tendo registado 878 novas encomendas brutas (826 líquidas).

Das 766 aeronaves entregues, com 602 a pertencerem à família A320.

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