Iberia desiste da compra da Air Europa
O International Airlines Group (IAG), que detém a Iberia, justifica a desistência da compra da Air Europa com as “elevadas” exigências da Direção-Geral da Concorrência para dar luz verde à aquisição.
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O International Airlines Group (IAG), grupo de aviação que detém a Iberia, informou a Comissão Europeia que desiste da compra da Air Europa, decisão que, segundo o Hosteltur, é justificada com as “elevadas” exigências da Direção-Geral da Concorrência para dar luz verde à aquisição.
“As exigências da Direção-Geral da Concorrência para dar luz verde à transação são tão elevadas que já não faz sentido comercial para a Ibéria”, disse fonte do grupo ao Hosteltur.
O IAG diz que manter o interesse na aquisição da Air Europa, no atual ambiente regulatório, “não beneficiaria os acionistas”, pelo que a desistência do negócio já foi também comunicada à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) de Espanha.
Com a desistência da aquisição, o IAG terá agora que pagar uma multa de 50 milhões de euros à Air Europa, que pertence ao Grupo Globalia, valor que se soma aos 75 milhões de euros que já tinham sido pagos, quando o grupo que detém a Iberia desistiu, pela primeira vez, da aquisição da Air Europa, em junho de 2021.
O passo atrás do IAG deve-se às elevadas exigências da entidade da concorrência, que identificou problemas desse âmbito em várias rotas caso o negócio avançasse, algo que a Iberia se prontificou a resolver, cedendo 52% das frequências atualmente operadas pela Air Europa, para que nenhuma das rotas em que foram identificados problemas de concorrência ficassem sem um terceiro operador.
“Neste longo processo de negociação, temos respondido a todas as objeções da Comissão Europeia. Apresentámos uma lista muito sólida de possíveis medidas a tomar”, acrescenta a mesma fonte, que lamenta que todo o trabalho feito tenha sido “insuficiente” para convencer a Comissão Europeia.
Para o IAG, a proposta de aquisição dos restantes 80% do capital da Air Europa era “ambiciosa” e “garantia os direitos dos consumidores”, uma vez que permitiria que os passageiros tivessem “ligações diretas com o leste do planeta e encorajaria a concorrência entre os hubs do norte e do sul da Europa”.
Com a desistência da compra dos restantes 80% do capital da companhia aérea, o IAG, que detém a Iberia, British Airways, Vueling, Aer Lingus e Level, fica com apenas 20% da Air Europa, que já tinha adquirido anteriormente por 100 milhões de euros.