ANAV investiga se atividade da Ryanair em Portugal tem lesado as agências de viagens
A ANAV está a recolher informações, junto das agências de viagens, “sobre atividades potencialmente lesivas” por parte da companhia aérea Ryanair, com o objetivo de estabelecer “medidas de correção imediata”, que salvaguardem os interesses da classe e dos clientes finais.
Carolina Morgado
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Em comunicado, a ANAV – Associação Nacional de Agências de Viagens, informa que está a recolher informações dos junto dos agentes de viagens portugueses “sobre atividades potencialmente lesivas por parte da companhia aérea Ryanair”.
O objetivo, de acordo com a Associação, “será reunir o maior número possível de dados e casos reais sobre as práticas potencialmente abusivas ou até ilegais, que afetem diretamente o bom e regular funcionamento das agências de viagens portuguesas sempre que compram passagens aéreas ou usem os serviços da companhia aérea”.
Assim, a ANAV solicita às agências de viagens lhe façam chegar toda a informação de situações que resultem em dificuldades, ou que coloquem em causa a qualidade do atendimento e dos serviços prestados junto dos clientes finais.
Na posse de casos concretos sobre a atividade legal, real e comercial da Ryanair em Portugal, a ANAV, segundo o seu presidente, Miguel Quintas, “pretende interpelar a companhia aérea de modo formal, com o propósito de se corrigirem práticas que acreditamos possam ser abusivas para os clientes finais e, obviamente, para as agências de viagens”.
Atualmente, e ainda de acordo com Miguel Quintas, “estamos a avaliar algumas atividades já identificadas, mas que ainda carecem de validação legal, nomeadamente a necessidade de reconhecimento facial, a falta de transparência nos preços, ou ainda um rol informações capciosas dirigidas aos clientes finais sobre a idoneidade das reservas e emissões realizadas pelas agências de viagens, entre algumas outras situações”, realçando que, dependendo do número, do teor e da gravidade das reclamações recebidas pelas agências de viagens, a associação “não enjeita iniciar procedimentos legais contra a Ryanair, caso venhamos a encontrar indícios que o justifiquem”.