NDC da TAP estará em pleno funcionamento no início de 2025
A TAP prevê o seu próprio NDC em pleno funcionamento no início de 2025, revelou a Chief Commercial & Revenue Officer da companhia aérea, Mário Cruz, no painel “O futuro da distribuição aérea”, no âmbito da conferência promovida pela GEA Portugal durante a sua 19ª convenção, em Marraquexe.
Carolina Morgado
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Em termos de calendário, a TAP assegurou que, com o processo iniciado este ano, até 31 de dezembro de 2024 garante que terá as mesmas tarifas e conteúdos tanto via EDIFACT (GDS tradicional) como NDC, e a partir de 1 de janeiro de 2025 mais oferta disponível via NDC passando a cobrar uma sobretaxa pelas reservas efetuadas através de EDIFACT, cujo valor não foi avançado, ou seja, a companhia aérea vai dar uma janela temporal às agências de viagens, de aproximadamente 12 meses para se prepararem para esta nova situação.
Mário Cruz, que falou na conferência, via online, indicou que os testes para a implementação definitiva do NDC da TAP no mercado português começam no último trimestre de 2024 para entrarem em pleno funcionamento a 1 de janeiro de 2025. O objetivo previsto é entre 20% e 30% da distribuição através de NDC, salientou o Chief Commercial & Revenue Officer da TAP.
Conforme disse ainda, a TAP vai ter acesso ao seu NDC através de várias fontes, uma das quais o NDC [X] da Amadeus, programa que, segundo o GDS, é dedicado à industrialização e funcionamento da NDC para todos os players de viagens. O programa reúne todas as atividades de NDC da Amadeus – como provedor e agregador de TI – e concentra-se em casos de utilização concreta do padrão de NDC da IATA, a fim de fornecer os melhores recursos para o setor.
No entanto, a companhia aérea, optou com escolher um fornecedor preferencial. As agências de viagens vão ter a possibilidade de poder integrar os conteúdos através de diversos agregadores, alguns deles que já estão no mercado, e através de um agregador preferencial que trabalhou especificamente esta plataforma para a TAP.
O NDC é o mais recente padrão tecnológico de distribuição de viagens, liderado pela IATA. Sendo um protocolo criado para o desenvolvimento de adoção de mercado para um padrão de transmissão de dados baseado em XML, o objetivo do NDC é melhorar a capacidade de comunicação de dados entre companhias aéreas e agências de viagens.
Comprando via NDC, os viajantes terão acesso a um conteúdo mais aprofundado e descritivo, além de um mapa de assentos no momento da compra, uma gama de oferta detalhada de ancillaries e às tarifas mais baixas da companhia. Esta tecnologia foi criada para substituir o antigo padrão EDIFACT (Electronic Data Interchange for Administration, Commerce and Transport), utilizado desde a década de 1980 na ligação entre companhias aéreas, GDS e agências de viagens.
Ainda durante a sua intervenção, o responsável da transportadora aérea portuguesa sublinhou que, tendo em conta que as agências de viagens são responsáveis por 50% das suas vendas, tem mantido uma relação próxima com a APAVT no âmbito do desenvolvimento e implementação deste novo instrumento no mercado português, garantindo que as agências de viagens em Portugal “vão ter o nosso apoio”.
A política da TAP, conforme foi dito, é caminhar lado a lado com os agentes de viagens, vê-os como parceiros e como alguém que tem de ser remunerado pelo seu papel na cadeia de distribuição, para concluir que a meta final é aumentar as as receitas tanto da companhia aérea como das agências de viagens, num objetivo comum que é “oferecer melhor produto e serviço aos clientes”.