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Site “Algarve Eventos” substitui “Guia Algarve”

O objetivo é “melhorar a experiência de quem nos visita, facilitar a interação com o destino e aumentar a eficiência da comunicação e da fruição dos espaços e acontecimentos da região”, diz João Fernandes, presidente da RTA.

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O objetivo é “melhorar a experiência de quem nos visita, facilitar a interação com o destino e aumentar a eficiência da comunicação e da fruição dos espaços e acontecimentos da região”, diz João Fernandes, presidente da RTA.

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“Algarve Eventos” é o novo site e agregador de tudo o que acontece nos 16 concelhos da região, em substituição do “Guia Algarve”, até agora impresso mensalmente, e que pretende divulgar a oferta de lazer e cultural da região.

Divulgação de mais eventos, incluindo os de dimensão local, atualização em tempo real do que acontece na região e aumento do alcance da informação disponibilizada a turistas e residentes são algumas das vantagens que levaram o Turismo do Algarve a apostar neste formato disponível em https://eventos.visitalgarve.pt/.

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Para além da significativa redução da pegada ecológica, associada à produção e distribuição do anterior guia, que só em papel consumia cerca de 21 toneladas por ano.

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O novo site integra funcionalidades como pesquisa de eventos por categoria, data e concelho e ao abrir a página de um evento será possível adicioná-lo ao calendário, a uma wishlist ou até partilhá-lo nas principais redes sociais. Outra possibilidade será subscrever uma newsletter para receber diretamente os destaques da semana, bastando para isso seguir os passos aqui.

“Numa época em que as tendências de padrões de consumo revelam a preferência pelo acesso a conteúdos online, a expectativa com a disponibilização dos eventos num site bilingue, em inglês e português, é que resulte igualmente na atração de mais turistas para a região durante todo o ano, atenuando desta forma a sazonalidade”, refere a entidade em comunicado.

João Fernandes, presidente do Turismo do Algarve, pretende que o novo site “enriqueça o conjunto de instrumentos de promoção turística e cultural do território que integram a marca Algarve”.

O responsável pela entidade salienta ainda que, “além de favorecer uma gestão célere e facilitada dos conteúdos, o site terá também uma navegação intuitiva, estando presente a preocupação com a disponibilização da informação em dispositivos móveis”.

O objetivo é, assim, “melhorar a experiência de quem nos visita, facilitar a interação com o destino e aumentar a eficiência da comunicação e da fruição dos espaços e acontecimentos da região», conclui João Fernandes.

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Escolas do Turismo de Portugal atentas às necessidades de mercado

Em entrevista ao Publituris, Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, faz o ponto da situação dos projetos que estão a ser desenvolvidos nas 12 Escolas de Hotelaria e Turismo, iniciativas que, conforme afirmou, “refletem o compromisso das Escolas do Turismo de Portugal em preparar os profissionais para os desafios atuais e futuros, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do setor”, para avançar que “estamos permanentemente atentos às necessidades de mercado para poder dar respostas alinhadas com o que os profissionais e empresas precisam”.

O Publituris falou com Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, que admite que “a formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado”. A responsável pela formação no Turismo de Portugal salienta ainda que a competências técnicas continuam a ser “fundamentais” e que cada vez mais se exige que os colaboradores “desenvolvam competências de soft skills, de orientação para o cliente e de liderança e de gestão de equipas, de comunicação, de empatia, de resiliência emocional”. Também o “digital e a sustentabilidade” imperam na nova agenda das EHT como resposta “às dinâmicas de mercado”.

O que mudou na formação turística nos últimos anos? Que desafios enfrenta hoje?
As transformações no ensino e no mundo do trabalho registadas nos últimos anos de um conjunto vasto de mudanças que a sociedade atravessa, impactando diretamente as organizações e o comportamento dos consumidores, especialmente no que diz respeito à formação e ao trabalho. O facto de as empresas e as organizações terem de operar em ambientes cada vez mais voláteis, incertos e complexos traz novos desafios em termos de competências exigidas aos profissionais, bem como uma abordagem de gestão renovada por parte das empresas.

O setor do turismo é uma das principais alavancas económicas do país e tem demonstrado crescimento consistente em diversos indicadores, onde estes desafios tornam-se ainda mais relevantes. O crescimento, porém, deve ser sustentável e consolidado, gerando valor para a economia, bem como para a experiência dos turistas, comunidades locais e para os colaboradores das empresas.

A formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado, alinhando a sua proposta de valor com as necessidades tanto dos profissionais quanto as empresas. As empresas precisam de estruturas ágeis e adaptáveis à nova realidade. Consequentemente, as entidades formadoras devem ser igualmente capazes de oferecer metodologias de ensino, conteúdos e formatos que respondam a estas exigências, mantendo-se relevantes e à altura das expectativas de um setor em constante evolução.

Mediante estes desafios, as Escolas do Turismo de Portugal (EHT) preparam-se diariamente para capacitar gerações que sejam proativas e de resposta rápida a qualquer situação.

 

A formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado, alinhando a sua proposta de valor com as necessidades tanto dos profissionais quanto das empresas


Posicionar o país como referência de excelência na área da formação
Os jovens em Portugal sentem-se atraídos para a formação na área do turismo? Que áreas são mais procuradas? E os níveis? Assiste-se a um processo de desmobilização dos alunos da área do Turismo? Sente que há necessidade de motivar os jovens para estudar em Turismo, mesmo sabendo que esta é a área profissional que absorve a maior têm sido intensas, resultado quantidade de mão-de-obra?
O Turismo em Portugal alcançou, justamente, uma notoriedade e reputação inigualáveis, resultado de um trabalho consistente ao longo dos últimos anos. Este esforço permitiu superar desafios, estabelecer novos recordes, conquistar inúmeros prémios e afirmar uma visão de liderança para o turismo do futuro.

Hoje, Portugal é reconhecido como um destino de excelência a nível mundial. A atratividade para trabalhar no setor está naturalmente ligada à atratividade para estudar turismo. Neste contexto, o Turismo de Portugal pretende também posicionar o país como uma referência de excelência na área da formação para aqueles que pretendem estudar e trabalhar em turismo. Com o objetivo de captar o interesse dos mais jovens, o Turismo de Portugal desenvolve vários projetos e iniciativas, como o Open Day, onde durante uma semana, as 12 Escolas do Turismo de Portugal recebem potenciais alunos, pais, orientadores vocacionais e a comunidade local. Este evento inclui visitas guiadas, aulas abertas, workshops gratuitos, exposições, demonstrações, degustações e atividades ao ar livre nas áreas de Turismo de Natureza, Turismo Cultural e Património. O objetivo é destacar a qualidade da formação em turismo e hotelaria e apresentar as várias oportunidades de carreira no setor.

Outro exemplo é o Programa GERAt – Território, Turismo e Talento, o maior projeto interescolar de sensibilização para o turismo. Desenvolvido em parceria com a Direção-Geral da Educação, o GERAt visa sensibilizar as gerações mais jovens para o potencial do turismo a nível local, nacional e internacional.

Em 2024, o programa ganhou uma nova dimensão, envolvendo 39 agrupamentos de escolas, 46 turmas, 925 alunos e o desenvolvimento de 40 projetos interdisciplinares ao longo do ano letivo. É através destas iniciativas que o Turismo de Portugal reconhece a importância de reforçar a atratividade do setor, pois é essencial para atrair talento e concretizar a estratégia de um turismo de maior valor.

Quais os principais desafios que o setor enfrenta atualmente em termos de captação e retenção de talentos?
O desafio de captar e fidelizar talento é transversal a vários setores de atividade e tem-se intensificado nos últimos anos. Assistimos a uma mudança de paradigma, em que as empresas passaram a adotar estratégias de employer branding para fidelizar os melhores profissionais. No setor do turismo, esse desafio é ainda mais premente, devido à natureza intrínseca da atividade: uma indústria centrada nas pessoas, onde o serviço e a experiência são determinantes, e onde se verifica uma elevada rotatividade. Sendo um setor “de Pessoas para Pessoas”, a gestão de talento torna-se um elemento crucial para o seu sucesso. Enfrentar esta questão requer uma abordagem integrada e concertada, que alinhe diferentes dimensões como as políticas públicas que promovam a atração e retenção de talento; um setor privado, que coloque os recursos humanos no centro da sua estratégia, oferecendo condições de trabalho e remuneração competitivas, bem como uma cultura organizacional centrada nas pessoas; um setor que seja social e ambientalmente responsável, inclusivo e integrador, gerador de valor para as empresas, colaboradores e territórios; e instituições de ensino e formação que preparem os profissionais de forma eficaz para os desafios de qualificação.

Hoje, as empresas precisam de desenhar estratégias de “Employee Experience”, tal como fazem com as estratégias para captar clientes, assegurando assim a retenção dos seus talentos. É igualmente fundamental que as organizações se adaptem aos novos modelos de trabalho e que as lideranças se reinventem, desenvolvendo competências de gestão mais colaborativas, empáticas e menos hierarquizadas.

 

Assistimos a uma mudança de paradigma, em que as empresas passaram a adotar estratégias de employer branding para fidelizar os melhores profissionais

 

O digital e a sustentabilidade imperam na nova agenda das EHT
Quais são as competências mais importantes que os profissionais do turismo precisam desenvolver para se adaptarem às novas exigências do setor?
O setor do turismo almeja crescer atraindo mercados de maior valor, o que implica o contacto com turistas mais exigentes, mais informados, o que expõe o setor a novos desafios em termos de recrutamento e de novas competências que são exigidas aos colaboradores, independente da função que ocupam na empresa. As competências técnicas continuam a ser fundamentais, mas cada vez mais se exige que os colaboradores desenvolvam competências de soft skills, de orientação para o cliente e de liderança e de gestão de equipas, de comunicação, de empatia, de resiliência emocional. Também o digital e a sustentabilidade imperam na nova agenda das EHT como resposta às dinâmicas de mercado e impelem as entidades que desenvolvem formação em turismo a terem um papel mais conectado e alinhado com o mercado para participarem como atores principais na configuração do setor do turismo.

As conclusões do estudo recente “O perfil do Profissional de Turismo e Hospitalidade – Competências e formação” apontam para a necessidade de criação de ofertas formativas atualizadas e adaptadas às necessidades reais do setor, através da adoção de abordagens diferenciadas na gestão de carreiras e expectativas, levando em consideração as necessidades específicas de cada estudante e de cada profissional. Isto já está a acontecer?
Um dos pilares fundamentais e que consta de uma das medidas do Programa Acelerar a Economia – Roadmap diz respeito ao Reposicionamento na oferta e prevê que devemos assegurar o desenvolvimento curricular (design de produto) de cursos, programas, conteúdos e metodologias alinhados com as tendências do setor e que promovam a contínua inovação do portfólio e um posicionamento de referência.

Paralelamente a isto o mercado tem-se encaminhando para uma hiperpersonalização da educação, em que o modelo de aprendizagem deve adaptar-se à experiência de aprendizagem para atender as necessidades de cada aluno, com base no seu perfil e motivações. Embora a Rede de Escolas do Turismo de Portugal tenha recebido a certificação TedQual da Organização Mundial de Turismo (OMT), vários dos seus cursos, como Pastry Management and Production e Hospitality Operations Management, Culinary Arts, Food and Beverage Management e Tourism Management, o que atesta um reconhecimento nacional e internacional e reconhece a qualidade da formação proporcionada pelas Escolas do Turismo de Portugal.

Estamos permanentemente atentos às necessidades e mercado para poder dar respostas alinhadas com o que os profissionais e empresas precisam. A auditoria realizada pela OMT analisou com especial detalhe cinco áreas: a coerência do plano de estudos, as condições pedagógicas (incluindo metodologias e infraestruturas), a gestão da Rede e das Escolas que a compõem, o corpo docente e a adequabilidade do programa de estudos às necessidades e perspetivas futuras do sector.

Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal

Ligação das Escolas ao mercado de trabalho
Como é que as Escolas do Turismo de Portugal fazem a ligação com o mercado de trabalho?
A relação das nossas Escolas com o mercado de trabalho faz parte do nosso ADN e é trabalhada em três principais dimensões. Primeiro, realizamos um diagnóstico contínuo de necessidades através de instrumentos de interação regular com as empresas, como inquéritos, focus groups e reuniões temáticas. Em segundo lugar, criamos programas específicos de capacitação direcionados para áreas estratégicas, como a transição digital, a sustentabilidade e a responsabilidade social. Por fim, organizamos eventos regionais e nacionais, como o Fórum Estágios e Carreiras, workshops e seminários, que promovem uma interação direta entre empresas e alunos.

Além disso, realizamos atividades de investigação e análise de tendências, produzindo documentos orientadores sobre competências futuras no setor. Exemplos disso incluem o Estudo de empregabilidade já mencionado e o projeto internacional PANTOUR – Next Tourism Generation, que está a desenvolver uma matriz de competências para orientar as estratégias futuras de capacitação. As EHT também têm iniciativas direcionadas para uma maior flexibilidade na formação, como o desenvolvimento de ações em e-learning, adaptadas aos horários dos profissionais, com temas focados no digital, na sustentabilidade e em línguas, incluindo português para estrangeiros. Outra área de atuação é o reforço das metodologias de formação on the job. Neste contexto, estamos a trabalhar em estreita colaboração com as empresas para criar percursos de formação dentro do local de trabalho. Esta abordagem permite que novos profissionais no setor aprendam não apenas técnicas específicas, mas também a nossa matriz cultural de serviço, a língua e a gastronomia, promovendo uma integração profissional mais rica e completa.

 

É igualmente fundamental que as organizações se adaptem aos novos modelos de trabalho e que as lideranças se reinventem, desenvolvendo competências de gestão mais colaborativas, empáticas e menos hierarquizadas

 

Papel da Academia Digital na capacitação dos profissionais do setor
Qual tem sido o vosso papel na formação contínua dos profissionais de turismo, de forma a responder aos desafios da retenção de talento, inovação tecnológica e sustentabilidade?
A capacitação dos profissionais do setor tem sido, desde sempre, uma prioridade para as Escolas do Turismo de Portugal, assumindo especial relevância no período pós-pandemia. O lançamento da Academia Digital foi um marco nesse esforço, permitindo acelerar a transição digital e expandir a oferta formativa a todo o território nacional.

Com as crescentes exigências de sustentabilidade, a adoção de práticas de gestão baseadas em indicadores ESG e a escassez de mão-de-obra no setor, a formação tornou-se ainda mais essencial. Para responder a estes desafios, desenvolvemos uma série de programas específicos, como o Upgrade Digital, o Upgrade Sustentabilidade, o Programa Formação + Próxima, o Programa BEST e o Programa de Formação Empresas 360º. Além disso, em parceria com a Universidade Aberta, criámos um conjunto de microcredenciais nas áreas do Digital e da Sustentabilidade, permitindo uma aprendizagem autónoma e personalizada. Entre estas destacam-se: Ferramentas Digitais (Nível 1 e Nível 2), Estratégia Digital e Marketing Performance, O Digital e as Redes Sociais, Circularizar a Economia e o Turismo e Responsabilidade Social nas Empresas do Turismo (atualmente na sua 3.ª edição).

Estas iniciativas refletem o compromisso das Escolas do Turismo de Portugal em preparar os profissionais para os desafios atuais e futuros, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do setor.

Os planos de estudo já começam a incluir formação sobre o uso de tecnologias como inteligência Artificial (IA)? Se sim, que tecnologias são abordadas e de que forma são colocadas em prática?
O Turismo de Portugal está a trabalhar em três níveis distintos: primeiro, na capacitação das equipas, oferecendo formação aos Diretores, Coordenadores de Formação e Formadores sobre os diversos suportes de Inteligência Artificial disponíveis e a sua aplicação em contexto didático. Segundo, na introdução de ferramentas de IA e Tecnologias Emergentes, com a criação de regras para o desenho e conceção de conteúdos de aprendizagem suportados por estas tecnologias e a implementação de novas metodologias de integração. Entre os exemplos destacam-se aplicações de tutoria virtual e aprendizagem adaptativa, ferramentas de correção automática de exercícios e testes, que proporcionam feedback imediato aos alunos e economizam tempo aos professores, e o uso de software de gamificação na área da gestão hoteleira, que incrementa o compromisso e a motivação dos alunos ao incorporar elementos de jogo.

Por fim, estamos a preparar as infraestruturas da Rede de Escolas, criando novos espaços tecnológicos de suporte à aprendizagem no âmbito do projeto de modernização financiado pelo PRR. Este projeto inclui a criação de laboratórios técnicos e tecnológicos equipados com diversos suportes multimédia, que favorecerão a utilização de ferramentas inovadoras, como realidade virtual e aumentada, consolidando estas dimensões no futuro.

Estratégia de internacionalização
Que papel têm tido as Escolas do Turismo de Portugal de apoio a nível internacional, designadamente, junto dos PALOP e a CPLP? E na formação de estrangeiros em Portugal?
As Escolas do Turismo de Portugal baseiam a sua estratégia de internacionalização em programas de mobilidade de estudantes e formadores, cooperação bilateral e multilateral com entidades internacionais e uma participação ativa em projetos e estudos globais. Recentemente, essa ambição foi reforçada com a expansão acelerada da rede de Escolas, inicialmente direcionada para países da CPLP, destacando-se, pelo trabalho já desenvolvido, os casos de Angola e Cabo Verde.

Este modelo global prevê parcerias estratégicas, nas quais o know-how e a experiência da rede nacional são transferidos para criar Escolas Locais de Hotelaria e Turismo, em formato co-branded, com gestão e instalações asseguradas pelos países parceiros. Exemplos deste reforço incluem colaborações recentes com a Índia, o Uruguai e países com grandes comunidades portuguesas, como o Luxemburgo, onde será em breve assinado um acordo de cooperação.

Ao nível dos alunos internacionais, verifica-se uma procura crescente de candidatos de países como Bangladesh, Nepal, Índia, Ucrânia e Paquistão, e, mais recentemente, da Venezuela e dos Estados Unidos. Na Europa, destacam-se nacionalidades como italianos, franceses, espanhóis e alemães. Paralelamente, foi lançado este novo Programa de Formação e Integração de Migrantes para o Setor do Turismo, em parceria com a AIMA e a CTP.

Estas iniciativas sublinham o compromisso das Escolas em reforçar o posicionamento internacional, promovendo a excelência da formação portuguesa no setor do turismo e criando um impacto global positivo.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Receitas turísticas de janeiro crescem 8,7% e ultrapassam os 1,5MM€

Os dados do BdP mostram que, em janeiro, as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, ficaram 123,37 milhões de euros acima de janeiro de 2024, confirmando, desta forma, que a procura turística pelo território nacional continua em alta e a bater recordes.

Inês de Matos

Em janeiro, as receitas provenientes da atividade turística somaram um novo recorde para o primeiro mês do ano, somando 1.542,15 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 8,7% face aos 1.418,78 milhões de euros apurados em mês homólogo de 2024, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, 21 de março, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, em janeiro, as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, ficaram 123,37 milhões de euros acima de janeiro de 2024, confirmando, desta forma, que a procura turística pelo território nacional continua em alta e a bater recordes.

O valor das receitas turísticas de janeiro ficou, inclusive, muito perto do que tinha sido registado em dezembro do ano passado, num mês que costuma ser marcado pelo aumento da procura turística devido ao período festivo do Natal e Réveillon, com os dados do BdP a mostrarem uma diferença de apenas 1,8%, pois as receitas do último mês do ano passado tinham somado 1570,93 milhões de euros.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que resultam dos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, apresentaram um crescimento no primeiro mês do ano, já que este valor se situou nos 343,20 milhões de euros, 4,8% acima dos 327,37 milhões de euros apurados em janeiro de 2024.

No caso das importações do turismo, o crescimento foi de 15,83 milhões de euros face a janeiro de 2024, provando que também as viagens dos portugueses ao estrangeiro continuam em alta, assim como os seus gastos.

Mais expressivo foi o decréscimo das importações face ao último mês de 2024, que chegou aos 37,7%, o que quer dizer que os portugueses viajaram e gastaram menos no arranque de 2025 do que no final do ano passado.

Desta forma, também o valor do saldo da rubrica Viagens e Turismo voltou a ser positivo, já que somou 1198,95 milhões de euros em janeiro de 2025, 9,9% acima dos 1091,41 milhões de euros do mesmo mês do ano passado.

No comunicado que acompanha os números, o BdP realça a importância das Viagens e Turismo para a balança de serviços, que apresentou um aumento de 322 milhões de euros em janeiro, o que foi “justificado maioritariamente pela evolução do saldo das viagens e turismo (+108 milhões de euros) e dos outros serviços fornecidos por empresas”.

 

 

Sobre o autorInês de Matos

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Dakhla: Onde o mar vai beijar o deserto

Situada no sul de Marrocos, Dakhla é onde o mar beija o deserto, numa dança mágica, revelando-se como um destino de sonho para os amantes da natureza, da aventura e do bem-estar. Fomos visitar a região a convite do Turismo de Marrocos. Vimos pouco, mas há sempre algo para contar.

Num encontro feliz entre o Oceano Atlântico e o Deserto do Saara, Dakhla é feita de história e natureza que desfilam entre o azul turquesa das praias cristalinas e as mil e uma cores das dunas que, do nascer ao pôr do-sol, nos iluminam com uma luz quente e singular, inundando as paisagens a perder de vista, convidando-nos à desconexão, ao relax, autenticidade, mas com bastante adrenalina não só pelos desportos aquáticos que oferecem, onde o surf, o windsurf e o kitesurf são reis, e podem ser praticados durante todo o ano nas águas banhadas pelo Oceano Atlântico graças ao vento que frequentemente acompanha as suas costas, mas pelas diversas aventuras que o deserto proporciona, sejam a cavalo, de camelo, moto quatro ou veículos todo o terreno.  O destino, em pleno desenvolvimento turístico, posiciona-se a nível internacional, como ideal para aqueles que procuram natureza e património ecológico, ou seja, de ecoturismo exótico.

A convite da Oficina de Turismo de Marrocos, fomos espreitar esta singular região que pretende posicionar-se, a nível internacional, como uma alternativa ao turismo de massas, ou a destinos turísticos superlotados. Duas palavras definem Dakhla: Autenticidade e Sustentabilidade.

Só o Parque Nacional de Dakhla ocupa uma extensão de 18 mil hectares, uma reserva natural protegida que mantém toda a sua magia intacta com horizontes infinitos, mar azul, colinas de dunas que terminam na água e pores-do-sol espetaculares.

Inaugurado em 2014, o Parque Nacional Dakhla está inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO. Esta região selvagem e preservada é o lar de inúmeras espécies animais, incluindo a gazela de Mhorr, flamingos cor-de-rosa, caranguejos, golfinhos, focas-monge e diversas espécies de aves migratórias, um refúgio de vida selvagem que surpreende a cada visitante.

Dois dias de alguma aventura
Veículos de todo-o-terreno aguardava-nos à chegada para dois dias de alguma aventura. A primeira paragem foi à Duna Branca.

Mais de 20 jeeps (agentes e operadores turísticos portugueses e espanhóis, bem como jornalistas dos dois países), seguiram, em caravana para a 30 km de Dakhla, encontramos uma grande duna de areia branca que ilumina a água de uma lagoa, um local simplesmente magnífico com um cenário de cortar a respiração. É bem conhecida pelos entusiastas do kitesurf pelas suas condições de vento.

Depois, era preciso visitar a Ilha do Dragão, pequena ilha inexplorada situada ao lado da península do Rio de Ouro. A sua forma de dragão torna-a atraente aos olhos de qualquer visitante.

Cada excursão por essas vastas extensões de areia e argila branca oferece a sensação de estar sozinho no mundo, diante de uma natureza grandiosa.

Navegando pelas águas azul-turquesa da magnífica lagoa de Dakhla e observando aves migratórias, flamingos cor-de-rosa e até golfinhos que ali fixaram residência, chega-se à Ilha do Dragão, de nome verdadeiro Ilha Herné, que subindo ao topo do penhasco oferece uma deslumbrante vista 360º da lagoa, praias, bancos de areia branca e dunas de deserto ao longe.

A lagoa Dakhla tornou-se um local icónico para os entusiastas dos desportos aquáticos, especialmente o kitesurf e o windsurf, atraindo fãs de todo o mundo. As suas praias, como a famosa praia de Porto Rico, oferecem panoramas impressionantes, ideais para um piquenique ou uma sessão fotográfica estilo “Robinson Crusoé”.

A lagoa de Dakhla é um ótimo local para kiters de todos os níveis. O vento sopra do nascer ao pôr do sol, então é só escolher quando quer fazer kite. Ali também há muito espaço para os kiters iniciantes fazerem aulas e praticarem enquanto ficam longe dos especialistas.

Dakhla também é conhecida pelos seus estabelecimentos hoteleiros dedicados aos desportos aquáticos, concebidos num estilo único e amigo do ambiente. Além dos bangalôs ecológicos, muitos hotéis contam com instalações de bem-estar como Spas, piscinas e salas de ioga, além de centros equestres e náuticos. A maioria deles oferece pacotes com tudo incluído, seja para kitesurf ou retiros de ioga.

Durante a viagem houve tempo de apreciar alguns apontamentos de cultura local, como música e dança, culminando com uma festa que retratava as “Mil e uma noites”, nas dunas de Dakhla, enquanto a natureza nos brindava com um incomparável por do sol. O escritor e aviador Antoine de SaintExupéry teria escrito aqui alguns trechos de sua obra-prima, “O Pequeno Príncipe”.

Hoje, Dakhla continua a ser um ponto de convergência internacional graças ao seu aeroporto, que a liga às principais metrópoles marroquinas e internacionais. Resumindo, diria que Dakhla é muito mais do que um destino de férias. É uma verdadeira viagem sensorial onde dunas desérticas, sabores locais e encontros com a fauna marinha se combinam para oferecer uma aventura inesquecível. Quer seja um apaixonado por desporto, história ou simplesmente procure momentos de relaxamento junto à água, Dakhla, ou a região de Dakhla-Oued Ed Dahab, é uma joia a descobrir.

*O Publituris viajou a convite do Turismo de Marrocos

 

Sobre o autorCarolina Morgado

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Francisco Calheiros: “Não nego que estou preocupado com a governabilidade do país”

Preocupado que a atual instabilidade política possa bloquear dossiês e investimentos em curso ligados à atividade turística, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal “espera que a situação política governamental em Portugal seja clarificada de forma célere”.

Carla Nunes

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, mostrou-se preocupado “com a governabilidade do país” no seu discurso de abertura do XXI Congresso da Associação de Directores de Hotéis de Portugal (ADHP), que decorre entre esta quinta e sexta-feira no INATEL Caparica, no município de Almada.

Receoso de que possam ser bloqueados dossiês e investimentos em curso com relação direta e indireta à atividade turística, o presidente da CTP afirma que o país precisa de estabilidade política, prevendo que esta possa não ser alcançada com as próximas eleições.

“O país necessita de estabilidade em termos políticos e de uma governação estável, para que não sejam bloqueados dossiês e investimentos em curso que têm relação direta e indireta com a atividade turística. Não nego que estou preocupado com a governabilidade do país. Não me parece que esta intranquilidade seja apenas por dois meses, porque não vejo que as soluções que possam resultar após um cenário eleitoral sejam mais tranquilizadoras e mais purificadoras que agora – ou seja, uma necessária maioria governativa, ao que tudo indica, não vai acontecer”, afirma Francisco Calheiros.

Sobre os principais fatores “que se deverão continuar a ter em conta”, o presidente da CTP aponta, em termos de acessibilidades, para “a existência de um novo aeroporto e de uma linha férrea mais moderna e com ligações em TGV”; uma “solução para a TAP”; a “redução da carga fiscal” e uma “efetiva reforma do Estado”.

Lamentando que muitas destas questões sejam adiadas “devido ao atual momento político do país”, o presidente afinca que a CTP “espera que a situação política governamental em Portugal seja clarificada de forma célere”.

“O turismo será um fator de sustento da economia”
Apesar dos “vários desafios internos”, como aponta ser o caso do “novo aeroporto, da privatização da TAP e da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, a par da instabilidade internacional, com cenários de guerra, e da instabilidade económica, Francisco Calheiros indica que “Portugal não perde turistas”, uma vez que o turismo “cresce em todas as regiões”.

Apontando para os valores de 2024 em Portugal, ano em que se registaram “mais de 31 milhões de hóspedes, ultrapassaram os 80 milhões de dormidas e os 27 mil milhões de euros em receitas”, o presidente da CTP acredita que Portugal continuará a ter bons indicadores turísticos este ano.

“Penso que Portugal continuará a ter bons indicadores turísticos, já que continua a ser um país atrativo pela sua diversidade, pela qualidade dos seus produtos e serviços turísticos. É um país onde quem nos visita se sente seguro”, defende, acrescentando que “é o turismo que será, mais uma vez, um fator de sustento da economia. O pensamento positivo deve continuar a ser aquele que nos move”.

Sobre o autorCarla Nunes

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Portugal e Eslovénia reforçam colaboração no setor do turismo

Portugal e Eslovénia reforçam a sua colaboração em turismo, com foco em sustentabilidade e soluções de viagens inovadoras, ao formalizar um acordo na presença dos presidentes da República Eslovênia e de Portugal, Nataša Pirc Musar, e Marcelo Rebelo de Sousa, respetivamente.

Este evento sinaliza uma nova era de cooperação entre os dois países dedicados aos princípios de sustentabilidade, inovação e qualidade no setor de turismo, indica a imprensa eslovena, destacando que este esforço colaborativo está definido para reforçar as trocas turísticas entre as nações, promovendo experiências de viagem mais impactantes, responsáveis ​​e com visão de futuro.

Além disso, a parceria traz uma promessa significativa para joint ventures em setores críticos, como transformação digital, análise de dados, inteligência artificial e educação, visando promover uma indústria de turismo mais inovadora e robusta para o futuro.

A Eslovênia, segundo a imprensa local, está a implementar a Estratégia para o Crescimento Sustentável do Turismo, projetada para aumentar a sua vantagem competitiva e promover soluções abrangentes que integrem interesses nacionais, locais, regionais e comerciais no desenvolvimento do turismo, bem como ofertas de turismo globais, nacionais e locais. Esta seleção estratégica de produtos turísticos apresenta uma oportunidade crucial para impulsionar a economia eslovena, estimulando o crescimento com financiamento personalizado para o turismo.

Os meios de comunicação de Liubliana destacam o turismo em Portugal como um motor económico essencial, reforçando que o nosso país está a preparar-se para o futuro ao implementar compromissos de longo prazo para a realização de metas colaborativas, com ênfase na sustentabilidade, com esforços que se concentram em enriquecer as viagens e o turismo, conservando marcos históricos e culturais, salvaguardando ambientes naturais e rurais, revitalizando espaços urbanos e expandindo os serviços de turismo.

A Carta de Intenções foi assinada, durante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Eslovénia, entre Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, e Maja Pak Olaj, diretora geral do Conselho de Turismo da Eslovênia, que nas redes sociais afirma que “acredito que, trabalhando juntos, podemos não apenas fortalecer os fluxos turísticos entre os nossos países, mas também criar experiências de viagem mais significativas, responsáveis ​​e voltadas para o futuro”.

Mais de 16.500 turistas portugueses na Eslovénia em 2024

As trocas de turismo entre a Eslovénia e Portugal têm crescido de forma constante. Em 2024, mais de 16.500 visitantes portugueses exploraram aquele destino, contribuindo com quase 50 mil noites, um aumento de 15% nas chegadas e uma subida de 10% no número de noites face ao ano anterior. Liubliana foi o principal destino, respondendo por 40% das dormidas portuguesas, seguida por Maribor, Rogaška Slatina, Bled e Piran.

Refira-se que esta nova cooperação baseia-se nos laços existentes entre os dois países no âmbito da Comissão Europeia de Viagens (ETC) e outras organizações internacionais.

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Portugal investe 15M€ na descarbonização da aviação

Portugal vai mobilizar até 15 milhões de euros para projetos de investigação e inovação que contribuam para a descarbonização da aviação, investimento no âmbito do memorando de cooperação entre Portugal e o Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU), assinado na passada terça-feira, 18 de março.

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Portugal vai mobilizar até 15 milhões de euros para projetos de investigação e inovação que contribuam para a descarbonização da aviação, investimento que vai ser realizado no âmbito do memorando de cooperação entre Portugal e o Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU), assinado na passada terça-feira, 18 de março, durante o Clean Aviation Annual Forum 2025, em Bruxelas.

“O memorando de cooperação, assinado pela Agência Nacional de Inovação (ANI) e pela
Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) em representação do Estado português, prevê ainda a criação de um Roteiro Técnico Comum para identificar oportunidades de
investimentos com vista ao desenvolvimento de aeronaves disruptivas de baixas emissões de carbono”, lê-se num comunicado conjunto dos ministérios da Educação, Ciência e Inovação, das Infraestruturas e Habitação, da Economia e do Ambiente e Energia.

O memorando prevê também que o CAJU disponibilize “apoio técnico para garantir o alinhamento dos programas nacionais com os objetivos do programa” e que Portugal garantirá recursos e instrumentos de financiamento para apoiar projetos complementares.

Desta forma, vão ser lançados dois avisos do programa COMPETE 2030 ao longo deste ano, um dos quais para “projetos de investigação e desenvolvimento (I&D) na área dos
combustíveis de aviação sustentáveis”, que vai ter uma dotação de seis milhões de euros, enquanto o outro, que já foi lançado e tem candidaturas abertas até outubro de 2025, se destina a “projetos de I&D na área da aeronáutica, espaço e defesa, em parceria com entidades do Canadá”.

“Além destes instrumentos, poderão ainda vir a ser apoiados, no âmbito do COMPETE 2030, projetos CAJU aprovados no programa Horizonte Europa que tenham sido excluídos por falta de dotação, mas que tenham obtido o selo de excelência, beneficiando, assim, de um processo simplificado de avaliação”, acrescente a informação divulgada.

Este memorando, acrescenta o comunicado conjunto, vai ao encontro do Roteiro Nacional para a Descarbonização da Aviação, que foi aprovado em Resolução de Conselho de Ministros, em outubro de 2024.

Portugal torna-se, desta forma, no primeiro Estado-membro da União Europeia (UE) a assinar um memorando com o CAJU, que vai beneficiar dos esforços conjuntos da ANI
e da ANAC, o que permite “criar um enquadramento único para alinhar as prioridades de investigação e inovação, maximizar sinergias entre programas nacionais, regionais e europeus, e encontrar fontes de financiamento de forma mais eficaz”.

“Este memorando é assim mais um passo para impulsionar a crescente relevância da
indústria aeronáutica portuguesa, que se soma ao investimento privado de empresas
globais como a Airbus, a Embraer ou a Lufthansa Technik”, refere ainda o comunicado divulgado.

Recorde-se que o Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU) resulta de uma parceria europeia, estabelecida sob o programa Horizonte Europa, que promove a investigação e inovação na aviação, visando a transição para um setor sustentável e de baixo carbono

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Turismo do Algarve promove ligações aos EUA em Boston e Nova Iorque

O Turismo do Algarve vai promover as ligações com os EUA, em parceria com a SATA Azores Airlines e a United Airlines, de modo a captar mais visitantes e fortalecer relações comerciais, refletindo a confiança no potencial de crescimento do mercado norte-americano na região.

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O Turismo do Algarve vai intensificar a promoção do destino no mercado norte-americano com a organização de dois eventos estratégicos, em Boston e Nova Iorque.

Realizadas em parceria com as companhias aéreas SATA Azores Airlines e United Airlines, estas iniciativas visam promover as ligações aéreas entre os EUA e o Algarve e impulsionar o crescimento do fluxo turístico deste mercado para a região.

Esta aposta acompanha o aumento da procura dos viajantes norte-americanos pelo destino que tem sido registado nos últimos anos.

Apesar da atual conjuntura internacional e das incertezas em torno das políticas económicas dos EUA, o Turismo do Algarve mantém-se “confiante no potencial de crescimento deste mercado”.

A corroborar esta posição está um estudo divulgado em dezembro pela United States Tour Operators Association, que aponta Portugal como o segundo país no mundo que os turistas norte-americanos mais querem visitar em 2025, reforçando a importância de continuar a investir na captação deste público.

A primeira ação acontece a 25 de março, em Boston, com um workshop organizado em parceria com a SATA Azores Airlines. A iniciativa é dedicada à promoção das rotas que ligam os aeroportos Logan (Boston) e JFK (Nova Iorque) a Faro, via Ponta Delgada, uma conexão vista como “estratégica para aproximar o Algarve do mercado norte-americano”.

A 27 de março, em Nova Iorque, realiza-se a segunda ação promocional, desta vez em colaboração com a United Airlines e o Turismo da Madeira, para destacar as recentes ligações diretas desta companhia aérea para Faro e Funchal.

Ambos os eventos contarão com a participação de 16 empresas associadas do Turismo do Algarve, que terão a oportunidade de estabelecer contactos com agentes de viagens, operadores turísticos e meios de comunicação social dos EUA.

EUA 7.º mercado externo no Algarve
A aposta do Turismo do Algarve nos EUA é sustentada pelo contínuo interesse demonstrado por este mercado. Em 2024, embora ainda sem ligações diretas, os turistas norte-americanos ultrapassaram as 500 mil dormidas na região, representando um crescimento de 13% face a 2023, com o número de hóspedes também a registar uma evolução positiva, alcançando quase os 200 mil visitantes, correspondente a um aumento de 10,38% comparativamente ao ano anterior.

André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, confirma que “os EUA já são o sétimo mercado externo mais relevante para o Algarve”, reconhecendo que “os visitantes deste país valorizam experiências autênticas e exclusivas e procuram na região algumas das melhores praias e campos de golfe da Europa, além de uma oferta diferenciada em gastronomia, vinhos, cultura e turismo de natureza”.

Quanto à expansão das ligações aéreas, diretas e indiretas, que ligam os EUA ao Algarve, o presidente do Turismo da região afirma que “representa uma oportunidade estratégica para consolidarmos este interesse e atrairmos ainda mais visitantes”.

Relativamente aos dois eventos a realizar nos EUA, André Gomes salienta que “serão importantes contributos para reforçarmos o posicionamento do Algarve junto deste mercado como um destino completo, destacando as suas valências mais apreciadas”. Ao mesmo tempo, o presidente do Turismo do Algarve afirma que “serão momentos-chave para criar negócios e fortalecer relações comerciais que favoreçam um fluxo turístico sustentável e crescente ao longo dos próximos anos”.

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“O maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”, admite Mário Cruz

No encerramento da conferência que marcou a comemoração do 55.º aniversário do Turismo do Algarve, Mário Cruz, vogal da Comissão Executiva da TAP, considerou que “o maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”. Já Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, admitiu que “em vez de uma ligação ferroviária Faro-Madrid, a região beneficiaria muito mais com uma ligação que ligasse Faro à Andaluzia”.

Victor Jorge

No painel “Gerar Redes e Conectividade, inserido na conferência “Turismo do Algarve: Superar Desafios, Construindo o Amanhã”, que comemorou os 55 anos da região de Turismo do Algarve, o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, considerou que o “maior e melhor ativo que o Algarve possui é, de facto, o Aeroporto Internacional. Tem uma estratégia de crescimento e pela dependência dos nossos mercados emissores tem uma valência muito importante”.

Contudo, Pedro Costa Ferreira apontou “alguns constrangimentos no controlo fronteiriço que terão de ser melhorados” e que ao nível dos “transportes públicos, que ligam o aeroporto aos equipamentos turísticos, há muito a fazer”.

Ainda assim, o presidente da APAVT reconheceu que, do ponto de vista rodoviário, “é onde o Algarve está mais bem servido”, já que tem uma “boa rede que o liga ao resto do país, tem belíssima rede de ligação com Lisboa que, do ponto de visto do programa de ‘stop-overs’ da TAP, liga muito bem o Algarve ao programa”.

Pedro Costa Ferreira fez questão de “não apontar o aeroporto como a principal ‘doença’, mas sim a mobilidade interna como a principal fragilidade. O Algarve não tem capacidade de se movimentar internamente e isso tem efeitos graves, diretos e indiretos, na própria procura”, salientando ainda que “uma das ameaças é a eventual perceção ou rutura da qualidade de serviços”.

E se “um dos dilemas está na mobilidade interna” quando abordados os hoteleiros, o problema reside no alojamento dos recursos humanos que, segundo avançou o presidente da APAVT, “têm de estar próximos dos hotéis, mas não podem por uma questão de ordenamento do território. E se estão longe dos hotéis, essa distância cria, de facto, algumas dificuldades por inexistência de transportes públicos”.

E na questão dos recursos humanos, Pedro Costa Ferreira considerou que “com a dificuldade de gerir os recursos humanos é difícil fixá-los”, repercutindo-se isso na “preservação da qualidade de serviço ou, em alguns casos, embora não gostemos de dizê-lo em público, recuperar a qualidades de serviço que já tivemos”.

Relativamente à experiência do viajante à chegada ao aeroporto, Karen Strougo, Chief Commercial Officar (CCO) da Ana – Aeroportos de Portugal, destacou a pontuação de 4,5 pontos (de 0 a 5), dada pelo Airport Council International ao Aeroporto de Faro, considerando que “temos uma nota muito alta e a perceção de qualidade de serviço é muito boa”, reconhecendo, ainda, que “o ponto que tem a ver com as chegadas tem de ser melhorado”, com o Brexit a trazer uma “pressão acrescida sobre as fronteiras”.

Com 90% do tráfego a vir fora, Karen Strougo adiantou que “há planos em andamento para se trabalhar em conjunto para encontrar soluções e melhorias para essas fragilidades”.

Com a chegada do voo da United, ligação entre Faro e Newark com quatro frequências semanais, a CCO da ANA revelou que “estão a ser feitos todos os planos de preparação”, salientando que “estamos a investir muito, não só no aeroporto de Faro, mas em toda a rede da ANA, na experiência do passageiro, em termos de serviços, restauração, lojas, sempre muito preocupados em gerar no aeroporto a perspectiva do ‘sense of place”, ou seja, “queremos que o passageiro saiba que está a chegar a Portugal, que está a chegar ao Algarve com a rede de restauração, de lojistas, de produtos, de souvenirs associados à comunidade local”.

Já quanto à TAP, Mário Cruz, vogal da Comissão Executiva da companhia aérea, justificou a reduzida quota da TAP no aeroporto de Faro (menos de 3%, com Ryanair a ter 36%, a easyJet 19%, a Jet2 10%, Transavia 6% e a Aer Lingus 3%) com a reestruturação iniciada em 2021, com final previsto para 2025, com a limitação do número de aeronaves, mas também com o facto de a “TAP ser uma companhia com um ‘hub’ em Lisboa”.

Nesse sentido, Mário Cruz explicou que “o maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa” e que a estratégia passa por “defender essa presença na capital”, frisando, no entanto, que “a TAP opera três voos diários para o Algarve durante todo o ano, não se trata de uma operação sazonal. Através destas três frequências semanais, conectamos o Algarve a mais de 80 destinos”. De resto, Mário Cruz enfatizou que a United, que começará, em breve, os voos para Faro, “não faz muito diferente da TAP, já que utiliza o seu ‘hub’ em Newark para conectar o tráfego do interior dos EUA ao mundo e, no caso específico, a Faro”.

“A administração da TAP está comprometida em fazer da TAP uma companhia aérea rentável e sustentável e estamos comprometidos com todas as regiões de Portugal”, frisou Mário Cruz, salientando ainda que “temos um programa de ‘stop-over’ através do qual disponibilizamos uma experiência mais completa e damos descontos aos passageiros que queiram visitar qualquer região de Portugal”.

Pedro Costa Ferreira aproveitou a intervenção de Mário Cruz para enfatizar o ’case study’ que existe relativamente à TAP. “O aeroporto está bem, tem uma estratégia de crescimento, além de um papel fantástico na região, o turismo está bem, está a crescer e tudo isto sem a TAP. Portanto, porquê falar da TAP? No Algarve, a TAP tem um papel através do ‘hub’ em Lisboa e do ‘long-haul’”. Por isso, considerou, “se a TAP viesse para o Algarve não traria nenhum benefício para a região, porque como não tem o ‘hub’ no Algarve, não conseguiria concorrer com as low-cost e não traria ninguém por causa do preço e depois teríamos todos a queixar-se que a TAP era muito cara”, recordando ainda que “as companhias de ‘long-haul’ que fazem ligação ao Algarve, fazem-no porque têm condições para concorrer com as low-costs”.

Ligação ferroviária, sim mas para a Andaluzia
Com uma das apostas em termos de mobilidade a residir na ferrovia, o presidente da APAVT reconheceu que “uma das ameaças que o Algarve enfrenta é a crescente consciência ambiental do consumidor que o pode afastar dos voos de curto curso”, referindo, inclusivamente, que “existem muitas viagens na Europa e no mundo que são multimodais por causa disso, fazendo com que o último percurso de um voo seja efetuado já de comboio”.

E neste ponto, Pedro Costa Ferreira admite que “esta tendência seria uma oportunidade para a TAP ter uma maior capacidade de intervenção na região, se houvesse uma boa ferrovia”.

Reconhecendo que a Linha do Sul “tem de ser qualificada, com a eletrificação a ter um papel importante”, o presidente da APAVT colocou o tónico na “procura”. “Se continuarmos a ‘gaguejar’ na ferrovia, podemos, mais à frente, ter um sério problema e não será por falta de atração da região, mas por causa de uma maior consciência ambiental que pode afastar alguns voos curtos”.

Questionado sobre uma eventual mais-valia de uma ligação Faro-Madrid, Pedro Costa Ferreira referiu que, “se houvesse capacidade para fazer algo para além de Lisboa-Madrid, preferia uma linha que ligasse o Algarve à Andaluzia, de forma a fortalecer a agenda comum das duas regiões, permitindo densificar a relação entre ambas quer do ponto de vista da promoção, quer do ponto de vista do ‘cross-selling’ e das experiências de uma região mais alargada que me parece fundamental se quisermos vencer uma vez mais o desafio do ‘long-haul’”.

Neste mesmo ponto, Mário Cruz considerou que, quando se fala de “qualidade” numa ligação ferroviária entre Lisboa e Faro e a possibilidade de esta poder eliminar a ligação aérea, “estamos a falar de um comboio de alta velocidade que conecta diretamente ao aeroporto sem ser necessário o passageiro efetuar mais uma deslocação, algo que não acontece atualmente. Nesse caso, a ligação aérea deixaria de fazer sentido”, reconheceu o responsável da TAP.

Também Karen Strougo considerou a integração multimodal para o aeroporto “essencial”, admitindo ainda que “sem essa integração ao aeroporto, não há crescimento, não há procura”. Contudo, reconheceu que “a conexão tem de ser direta” e que as rotas de curta duração “não sobrevivem com a existência de uma ferrovia rápida”, dando como exemplo alguns casos em França onde o comboio “tomou 98% dos passageiros de algumas rotas curtas”. “Trata-se de uma solução sustentável muito eficiente e de conforto para o passageiro”, concluindo ainda que “tal realidade aumenta a nossa ‘catchment area’, ou seja, zonas de influência”.

No final, ficou a certeza de que, na maioria das vezes, quando se fala em temas como aeroporto ou ferrovia, “o problema não está na construção, está na decisão”, reconheceu o presidente da APAVT.

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Antecedência e momento da reserva ditam viagens mais económicas

De acordo com a eDreams, agência de viagens online global na venda de voos (excluindo a China), o mês, o dia da semana e até a hora do dia em que se faz a reserva, bem como a antecedência com é feita, podem ser fundamentais para conseguir voos mais económicos.

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De forma geral, as horas mais tardias da noite e os sábados costumam ser janelas de oportunidade para comprar voos económicos a partir de Portugal. Para facilitar os viajantes a planear as suas viagens e garantir as melhores tarifas, a eDreams, analisou os dados da sua plataforma relativos às viagens de ida e volta com partida de Portugal em 2024.

De acordo com a empresa, o mês, o dia da semana e até a hora do dia em que se faz a reserva, bem como a antecedência com é feita, podem ser fundamentais para conseguir voos mais económicos.

Com base na análise da eDreams, reservar nos primeiros meses do ano pode fazer a diferença. Por exemplo, reservar voos domésticos nos primeiros meses do ano mostrou-se particularmente vantajoso em 2024, assim como para destinos de longa distância, como os EUA, o Brasil ou o México. No entanto, os viajantes que reservaram as suas férias na primavera (de abril a junho) também encontraram preços muito competitivos, por exemplo para destinos caribenhos, como a República Dominicana, Cuba ou Jamaica. Para os viajantes que estão a considerar a Ásia como próximo destino, reservar os seus bilhetes no outono (setembro a novembro) pode ajudar, por exemplo para destinos como Indonésia, Singapura ou Vietname.

A eDreams também analisou as tendências de preços segundo o dia da semana em que se efetua a reserva, que indicaram, para a maioria dos destinos, as quintas-feiras, sábados e domingos como os melhores dias.

Em termos de horários, a empresa identificou alguma variabilidade, mas para a maioria dos destinos, as horas melhores para comprar voos foram as 5h, 12h, 17h ou 21h. Para as viagens domésticas em Portugal, por exemplo, comprar às 3h da manhã foi mais vantajoso em relação a outras horas do dia; para Espanha o melhor horário já foram as 7h da manhã, para França e Alemanha as 5h da madrugada e para a Grécia as 8h da manhã.

Outra conclusão que a eDreams retira da sua análise é que o planeamento antecipado é recompensado: de forma geral, as viagens ficaram mais baratas quando compradas com mais de três meses de antecedência. De facto, as viagens planeadas entre 16 e 30 dias de antecedência revelam-se as mais competitivas, indica a empresa que alerta para as campanhas ‘Prime Days’ da eDreams que oferecem descontos especiais em diversos segmentos, tendo adesão de muitas companhias aéreas e milhões de hotéis. Os subscritores do programa Prime beneficiam ainda de muitas outras vantagens que os ajudam a organizar as suas viagens e a poupar durante todo o ano.

Os dados foram extraídos da análise aos preços dos voos de ida e volta registados nas plataformas da eDreams entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2024.

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Espanha deve bater novo recorde e receber 98M de turistas internacionais em 2025

Espanha deverá atingir um novo recorde no número de visitantes internacionais em 2025, estima a consultora Andersen Consulting, que prevê que o país receba 98 milhões de turistas estrangeiros e some perto de 136 mil milhões de euros em receitas turísticas.

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Espanha deverá atingir um novo recorde no número de visitantes internacionais em 2025, estima a consultora Andersen Consulting, que prevê que o país receba 98 milhões de turistas estrangeiros e some perto de 136 mil milhões de euros em receitas turísticas, desde que “o ambiente macroeconômico e a situação geopolítica não evoluam de forma muito desfavorável”.

De acordo com o jornal espanhol Hosteltur, que cita os dados do Barómetro de Turismo da Andersen Consulting, Espanha deverá receber mais quatro milhões de turistas internacionais face ao apurado em 2024, quando o país vizinho somou 94 milhões de turistas estrangeiros.

A continuação dos conflitos armados, que levam muitos viajantes a deixar de aproveitar suas férias em outros países, é um dos motivos apontados para o crescimento de visitantes internacionais previsto para Espanha este ano.

Ángel García Butragueño, diretor de Turismo da Andersen Consulting, explica que as previsões “dependem muito da situação geopolítica mundial, que mostra nuvens escuras no horizonte, com os economistas a preverem uma possível recessão devido ao conflito tarifário, mas onde é muito possível que a Espanha volte a aumentar seus números de turistas estrangeiros”.

Gastos turísticos devem aumentar 7,5%

Tal como o número de turistas internacionais, também os gastos destes viajantes devem aumentar ao longo deste ano, com a Andersen Consulting a prever um crescimento de 7,5% neste indicador, que deverá passar para 135,8 mil milhões de euros.

A consultora nota que o crescimento nos gastos dos turistas internacionais em Espanha segue a tendência que já tinha sido apurada em 2024, quando este indicador aumentou 16,1%, totalizando mais de 126,2 mil milhões de euros.

O aumento dos gastos, acrescenta a consultora, deve-se essencialmente a dois fatores: o aumento do número de viajantes e ao aumento do seu poder de compra, o que tem levado a um aumento de preços generalizado no turismo espanhol.

As previsões indicam, por isso, que o Turismo vai continuar a ser um setor prioritário para a economia espanhola, esperando-se que atinja os 15% do PIB e gere 20% de empregos diretos e indiretos nas próximas décadas.

Apesar das expectativas positivas, José Manuel Brell, sócio responsável pela área de Estudos e Modelos Quantitativos e Indústria de Turismo e Lazer da Andersen Consulting, realça que existem “muitos desafios” que o país vizinho deve ainda superar para alcançar um modelo verdadeiramente sustentável.

 

 

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