Vendas da Solférias estão cerca de 30% acima do ano passado
“Este ano, a antecipação da venda tem sido maior face a 2024, e à data de hoje, se compararmos em projeção de vendas/ número de passageiros, estamos cerca de 30% acima do ano passado”, revelou Sónia Regateiro, COO do operador turístico Solférias, à margem do roadshow que já esteve no Porto, e que esta segunda- desceu a Lisboa.

Carolina Morgado
Segundo a diretora de Operações da Solférias, que falava aos jornalistas, esta segunda-feira, no Pavilhão Carlos Lopes, onde aconteceu o roadshow de Lisboa, “se em 2024 estávamos, em termos de projeção de vendas/números de passageiros, um pouco mais de 4,5 mil, agora estamos com quase seis mil, adicionando que este ano a nossa capacidade charter aumentou quase à mesma proporção, ou seja, 28%”, para avançar que “com mais lugares, estamos com mais vendas e mais passageiros, e já temos muitas partidas cheias para as datas premium do verão”.
A responsável referiu que toda a programação do operador turístico para 2025 já está disponível no mercado, sabendo-se que a única novidade é a Costa Norte no Egito, “com vendas a correr muito bem e com ocupações acima dos 50%”.
Sónia Regateiro apontou ainda que “estamos com bastantes espectativas em relação à BTL porque sabemos que há sempre partidas por vender, mas estamos muito satisfeitos”, considerando que os destinos com maiores vendas este ano são Cabo Verde e o Egito com ocupações acima dos 50%. O pior disse, é Saidia que está na casa dos 30%, mas “é normal porque este destino, de curta distância e mais barato, o segmento de mercado que o compra vai fazê-lo mais tarde porque só tem as suas férias aprovadas em final de março, por isso, para nós, neste momento não é preocupante”.
Se a Solférias não apresenta ao mercado novos destinos, a não ser a Costa Norte do Egito, e a operação charter cresce quase 30%, é porque há grande reforço para destinos que tradicionalmente operava. “Aumentámos muito Cabo Verde porque, passámos a ter mais dois voos se contarmos com os lugares contratados à TAP, mais o extra de Lisboa com a CVA – Cabo Verde Airlines, e a operação do Porto. A capacidade para a Tunísia também subiu com os dois novos voos para Enfidha, do Porto e de Lisboa, a acrescentar a Costa Norte do Egito em charter”, acentuou Sónia Regateiro.
Assim, no top 10 das vendas do operador turístico estão, segundo a responsável , este ano, Cabo Verde, Egito, Disneyland Paris, Senegal, Tunísia, Marrocos, São Tomé e Príncipe, Brasil, Maldivas, Porto Santo, que destacou que “há uma resposta efetiva do mercado em relação ao Brasil” e que “as Maldivas conseguiram substituir, em termos de vendas, o Zanzibar, que foi operado em charter em 2024”, entretanto cancelado.
Com as vendas a crescer, a diretora de Operações da Solférias sublinha que seria interessante fazer mais um reforço aqui ou ali, “se tivéssemos aeroporto”, mas “Beja não é alternativa a Lisboa, até porque nem auto estrada tem, nem ligações ferroviárias, o próprio aeroporto tem de requisitar serviços extras e tem horários de funcionamento”.
Ano passado assistiu-se quase em cima do verão a muitas campanhas de last minute por parte dos operadores. “Acredito que vai continuar a haver porque, por muita procura que exista do mercado, a oferta também cresceu imenso”, disse a responsável, precisando que “existem muitas Caraíbas e a preços praticados abaixo do valor de Cabo Verde, existem novos destinos, como é o caso da Jamaica lançada este ano, bem como mais operações de Madrid que acabam por concorrer com as nossas operações em Portugal” para acentuar que “além da oferta que o mercado português tem para consumir localmente, temos a concorrência das operações charter de Madrid, efetiva e cada vez mais”.
No que diz respeito à Páscoa, a Solférias, segundo a sua COO, há operações charter para Cabo Verde que começam logo no início de março de Lisboa, o charter anual Porto-Sal, bem como a operação de Djerba de Lisboa, que vai começar antes da Páscoa.
Evento de partilha
O roadshow anual da Solférias, que acontece sempre pouco antes da BTL “mais do que apresentar a programação, já se transformou num momento de partilha e de convívio entre o trade, ou seja, temos a presença de cerca de 80 fornecedores de várias partes do mundo, em que os agentes de viagens, nossos clientes, têm a oportunidade de recolher informações, aprofundar conhecimentos, mas acima de tudo, continuamos a manter o contacto pessoal, porque sabemos que apesar de estamos numa era muito digital, muitas redes sociais e muita inteligência artificial, na Solférias continuamos a dar importância ao contacto pessoal, e este é o momento único”, destacou Sónia Regateiro em conversa com os jornalistas.
No Porto o roadshow da Solférias contou com 550 agentes de viagens, e em Lisboa estavam inscritos 560.