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Dormidas no alojamento turístico 21,3% abaixo de 2020
As dormidas de residentes representaram 62,3% do total, tendo inclusive crescido face ao primeiro semestre de 2020, analisa o INE.
Raquel Relvas Neto
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Se 2020 já foi um ano para esquecer, o primeiro semestre de 2021 tem mostrado que é possível o turismo nacional apresentar ainda piores resultados. Os resultados preliminares da Atividade Turística divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que no primeiro semestre deste ano as dormidas diminuíram 21.3% comparativamente com o período homólogo de 2020.
De facto, os meses de janeiro e fevereiro do ano passado, que foram os dois melhores primeiros meses de sempre, contribuíram para atenuar os dados estatísticos referentes ao primeiro semestre de 2020, quando se iniciou a pandemia da COVID-19, no qual se registou 10,3 milhões de dormidas e 4,3 milhões de hóspedes.
Já de janeiro a junho de 2021, as dormidas totais atingiram apenas os 8,1 milhões e os hóspedes 3,5 milhões, sobretudo porque o país esteve confinado e com variadas restrições à mobilidade e viagens ao e do exterior nos primeiros quatro meses. Ao comparar com 2019, os resultados são ainda mais negativos com menos 73,4% das dormidas e cerca de menos 70,7% de hóspedes.
Contudo, há que salientar o comportamento do mercado residente neste período em análise, que registou uma variação positiva de 23,7% nas dormidas, enquanto os não residentes decresceram 50,8% face ao primeiro semestre de 2020. Assim, entre janeiro e junho de 2021, as dormidas de residentes representaram 62,3% do total, quota que contrasta com a verificada em 2020 (39,7% do total) e em 2019 (28,7% do total).
Relativamente ao passado mês de junho, os indicadores analisados já apresentaram resultados de crescimento, com as dormidas a aumentarem 230,1% e o número de hóspedes a crescer 186,9% comparativamente com junho de 2020, mas ainda com decréscimos acima dos 50% face ao mesmo mês de 2019.
Dos 3,4 milhões de dormidas registadas em junho, o mercado interno contribuiu com 2 milhões de dormidas e os mercados externos com 1,4 milhões. Destes últimos, o mercado britânico representou 22,8% do total de dormidas de não residentes no sexto mês do ano, seguindo-se os mercados espanhol (quota de 14,3%), alemão (11,3%) e francês (10,6%).
Enquanto no primeiro semestre de 2021, ao nível de crescimentos face ao primeiro semestre de 2020, o destaque vai para os aumentos nos mercados polaco (+29,0%), suíço (+11,9%) e belga (+3,3%), enquanto os restantes principais mercados registaram decréscimos.
Destinos nacionais
Foram os Açores e o Alentejo as regiões que apresentaram maiores crescimentos nas dormidas no primeiro semestre deste ano face a 2020, com a primeira a aumentar 28,2% e a segunda 15,4%, enquanto as restantes verificaram decréscimos.
Em termos de dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, sobretudo na Região Autónoma da Madeira (+99,8%), Região Autónoma dos Açores (+66,3%) e Algarve (+52,6%). Neste período, todas as regiões apresentaram decréscimos no número de dormidas de não residentes.
No mês de junho, foi a região do Algarve que concentrou 34,1% das dormidas, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (16,8%), o Norte (15,8%) e o Centro (12,6%).