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“O maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”, admite Mário Cruz

No encerramento da conferência que marcou a comemoração do 55.º aniversário do Turismo do Algarve, Mário Cruz, vogal da Comissão Executiva da TAP, considerou que “o maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”. Já Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, admitiu que “em vez de uma ligação ferroviária Faro-Madrid, a região beneficiaria muito mais com uma ligação que ligasse Faro à Andaluzia”.

Victor Jorge
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“O maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”, admite Mário Cruz

No encerramento da conferência que marcou a comemoração do 55.º aniversário do Turismo do Algarve, Mário Cruz, vogal da Comissão Executiva da TAP, considerou que “o maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”. Já Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, admitiu que “em vez de uma ligação ferroviária Faro-Madrid, a região beneficiaria muito mais com uma ligação que ligasse Faro à Andaluzia”.

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No painel “Gerar Redes e Conectividade, inserido na conferência “Turismo do Algarve: Superar Desafios, Construindo o Amanhã”, que comemorou os 55 anos da região de Turismo do Algarve, o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, considerou que o “maior e melhor ativo que o Algarve possui é, de facto, o Aeroporto Internacional. Tem uma estratégia de crescimento e pela dependência dos nossos mercados emissores tem uma valência muito importante”.

Contudo, Pedro Costa Ferreira apontou “alguns constrangimentos no controlo fronteiriço que terão de ser melhorados” e que ao nível dos “transportes públicos, que ligam o aeroporto aos equipamentos turísticos, há muito a fazer”.

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Ainda assim, o presidente da APAVT reconheceu que, do ponto de vista rodoviário, “é onde o Algarve está mais bem servido”, já que tem uma “boa rede que o liga ao resto do país, tem belíssima rede de ligação com Lisboa que, do ponto de visto do programa de ‘stop-overs’ da TAP, liga muito bem o Algarve ao programa”.

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Pedro Costa Ferreira fez questão de “não apontar o aeroporto como a principal ‘doença’, mas sim a mobilidade interna como a principal fragilidade. O Algarve não tem capacidade de se movimentar internamente e isso tem efeitos graves, diretos e indiretos, na própria procura”, salientando ainda que “uma das ameaças é a eventual perceção ou rutura da qualidade de serviços”.

E se “um dos dilemas está na mobilidade interna” quando abordados os hoteleiros, o problema reside no alojamento dos recursos humanos que, segundo avançou o presidente da APAVT, “têm de estar próximos dos hotéis, mas não podem por uma questão de ordenamento do território. E se estão longe dos hotéis, essa distância cria, de facto, algumas dificuldades por inexistência de transportes públicos”.

E na questão dos recursos humanos, Pedro Costa Ferreira considerou que “com a dificuldade de gerir os recursos humanos é difícil fixá-los”, repercutindo-se isso na “preservação da qualidade de serviço ou, em alguns casos, embora não gostemos de dizê-lo em público, recuperar a qualidades de serviço que já tivemos”.

Relativamente à experiência do viajante à chegada ao aeroporto, Karen Strougo, Chief Commercial Officar (CCO) da Ana – Aeroportos de Portugal, destacou a pontuação de 4,5 pontos (de 0 a 5), dada pelo Airport Council International ao Aeroporto de Faro, considerando que “temos uma nota muito alta e a perceção de qualidade de serviço é muito boa”, reconhecendo, ainda, que “o ponto que tem a ver com as chegadas tem de ser melhorado”, com o Brexit a trazer uma “pressão acrescida sobre as fronteiras”.

Com 90% do tráfego a vir fora, Karen Strougo adiantou que “há planos em andamento para se trabalhar em conjunto para encontrar soluções e melhorias para essas fragilidades”.

Com a chegada do voo da United, ligação entre Faro e Newark com quatro frequências semanais, a CCO da ANA revelou que “estão a ser feitos todos os planos de preparação”, salientando que “estamos a investir muito, não só no aeroporto de Faro, mas em toda a rede da ANA, na experiência do passageiro, em termos de serviços, restauração, lojas, sempre muito preocupados em gerar no aeroporto a perspectiva do ‘sense of place”, ou seja, “queremos que o passageiro saiba que está a chegar a Portugal, que está a chegar ao Algarve com a rede de restauração, de lojistas, de produtos, de souvenirs associados à comunidade local”.

Já quanto à TAP, Mário Cruz, vogal da Comissão Executiva da companhia aérea, justificou a reduzida quota da TAP no aeroporto de Faro (menos de 3%, com Ryanair a ter 36%, a easyJet 19%, a Jet2 10%, Transavia 6% e a Aer Lingus 3%) com a reestruturação iniciada em 2021, com final previsto para 2025, com a limitação do número de aeronaves, mas também com o facto de a “TAP ser uma companhia com um ‘hub’ em Lisboa”.

Nesse sentido, Mário Cruz explicou que “o maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa” e que a estratégia passa por “defender essa presença na capital”, frisando, no entanto, que “a TAP opera três voos diários para o Algarve durante todo o ano, não se trata de uma operação sazonal. Através destas três frequências semanais, conectamos o Algarve a mais de 80 destinos”. De resto, Mário Cruz enfatizou que a United, que começará, em breve, os voos para Faro, “não faz muito diferente da TAP, já que utiliza o seu ‘hub’ em Newark para conectar o tráfego do interior dos EUA ao mundo e, no caso específico, a Faro”.

“A administração da TAP está comprometida em fazer da TAP uma companhia aérea rentável e sustentável e estamos comprometidos com todas as regiões de Portugal”, frisou Mário Cruz, salientando ainda que “temos um programa de ‘stop-over’ através do qual disponibilizamos uma experiência mais completa e damos descontos aos passageiros que queiram visitar qualquer região de Portugal”.

Pedro Costa Ferreira aproveitou a intervenção de Mário Cruz para enfatizar o ’case study’ que existe relativamente à TAP. “O aeroporto está bem, tem uma estratégia de crescimento, além de um papel fantástico na região, o turismo está bem, está a crescer e tudo isto sem a TAP. Portanto, porquê falar da TAP? No Algarve, a TAP tem um papel através do ‘hub’ em Lisboa e do ‘long-haul’”. Por isso, considerou, “se a TAP viesse para o Algarve não traria nenhum benefício para a região, porque como não tem o ‘hub’ no Algarve, não conseguiria concorrer com as low-cost e não traria ninguém por causa do preço e depois teríamos todos a queixar-se que a TAP era muito cara”, recordando ainda que “as companhias de ‘long-haul’ que fazem ligação ao Algarve, fazem-no porque têm condições para concorrer com as low-costs”.

Ligação ferroviária, sim mas para a Andaluzia
Com uma das apostas em termos de mobilidade a residir na ferrovia, o presidente da APAVT reconheceu que “uma das ameaças que o Algarve enfrenta é a crescente consciência ambiental do consumidor que o pode afastar dos voos de curto curso”, referindo, inclusivamente, que “existem muitas viagens na Europa e no mundo que são multimodais por causa disso, fazendo com que o último percurso de um voo seja efetuado já de comboio”.

E neste ponto, Pedro Costa Ferreira admite que “esta tendência seria uma oportunidade para a TAP ter uma maior capacidade de intervenção na região, se houvesse uma boa ferrovia”.

Reconhecendo que a Linha do Sul “tem de ser qualificada, com a eletrificação a ter um papel importante”, o presidente da APAVT colocou o tónico na “procura”. “Se continuarmos a ‘gaguejar’ na ferrovia, podemos, mais à frente, ter um sério problema e não será por falta de atração da região, mas por causa de uma maior consciência ambiental que pode afastar alguns voos curtos”.

Questionado sobre uma eventual mais-valia de uma ligação Faro-Madrid, Pedro Costa Ferreira referiu que, “se houvesse capacidade para fazer algo para além de Lisboa-Madrid, preferia uma linha que ligasse o Algarve à Andaluzia, de forma a fortalecer a agenda comum das duas regiões, permitindo densificar a relação entre ambas quer do ponto de vista da promoção, quer do ponto de vista do ‘cross-selling’ e das experiências de uma região mais alargada que me parece fundamental se quisermos vencer uma vez mais o desafio do ‘long-haul’”.

Neste mesmo ponto, Mário Cruz considerou que, quando se fala de “qualidade” numa ligação ferroviária entre Lisboa e Faro e a possibilidade de esta poder eliminar a ligação aérea, “estamos a falar de um comboio de alta velocidade que conecta diretamente ao aeroporto sem ser necessário o passageiro efetuar mais uma deslocação, algo que não acontece atualmente. Nesse caso, a ligação aérea deixaria de fazer sentido”, reconheceu o responsável da TAP.

Também Karen Strougo considerou a integração multimodal para o aeroporto “essencial”, admitindo ainda que “sem essa integração ao aeroporto, não há crescimento, não há procura”. Contudo, reconheceu que “a conexão tem de ser direta” e que as rotas de curta duração “não sobrevivem com a existência de uma ferrovia rápida”, dando como exemplo alguns casos em França onde o comboio “tomou 98% dos passageiros de algumas rotas curtas”. “Trata-se de uma solução sustentável muito eficiente e de conforto para o passageiro”, concluindo ainda que “tal realidade aumenta a nossa ‘catchment area’, ou seja, zonas de influência”.

No final, ficou a certeza de que, na maioria das vezes, quando se fala em temas como aeroporto ou ferrovia, “o problema não está na construção, está na decisão”, reconheceu o presidente da APAVT.

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Francisco Calheiros: “Não nego que estou preocupado com a governabilidade do país”

Preocupado que a atual instabilidade política possa bloquear dossiês e investimentos em curso ligados à atividade turística, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal “espera que a situação política governamental em Portugal seja clarificada de forma célere”.

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, mostrou-se preocupado “com a governabilidade do país” no seu discurso de abertura do XXI Congresso da Associação de Directores de Hotéis de Portugal (ADHP), que decorre entre esta quinta e sexta-feira no INATEL Caparica, no município de Almada.

Receoso de que possam ser bloqueados dossiês e investimentos em curso com relação direta e indireta à atividade turística, o presidente da CTP afirma que o país precisa de estabilidade política, prevendo que esta possa não ser alcançada com as próximas eleições.

“O país necessita de estabilidade em termos políticos e de uma governação estável, para que não sejam bloqueados dossiês e investimentos em curso que têm relação direta e indireta com a atividade turística. Não nego que estou preocupado com a governabilidade do país. Não me parece que esta intranquilidade seja apenas por dois meses, porque não vejo que as soluções que possam resultar após um cenário eleitoral sejam mais tranquilizadoras e mais purificadoras que agora – ou seja, uma necessária maioria governativa, ao que tudo indica, não vai acontecer”, afirma Francisco Calheiros.

Sobre os principais fatores “que se deverão continuar a ter em conta”, o presidente da CTP aponta, em termos de acessibilidades, para “a existência de um novo aeroporto e de uma linha férrea mais moderna e com ligações em TGV”; uma “solução para a TAP”; a “redução da carga fiscal” e uma “efetiva reforma do Estado”.

Lamentando que muitas destas questões sejam adiadas “devido ao atual momento político do país”, o presidente afinca que a CTP “espera que a situação política governamental em Portugal seja clarificada de forma célere”.

“O turismo será um fator de sustento da economia”

Apesar dos “vários desafios internos”, como aponta ser o caso do “novo aeroporto, da privatização da TAP e da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, a par da instabilidade internacional, com cenários de guerra, e da instabilidade económica, Francisco Calheiros indica que “Portugal não perde turistas”, uma vez que o turismo “cresce em todas as regiões”.

Apontando para os valores de 2024 em Portugal, ano em que se registaram “mais de 31 milhões de hóspedes, ultrapassaram os 80 milhões de dormidas e os 27 mil milhões de euros em receitas”, o presidente da CTP acredita que Portugal continuará a ter bons indicadores turísticos este ano.

“Penso que Portugal continuará a ter bons indicadores turísticos, já que continua a ser um país atrativo pela sua diversidade, pela qualidade dos seus produtos e serviços turísticos. É um país onde quem nos visita se sente seguro”, defende, acrescentando que “é o turismo que será, mais uma vez, um fator de sustento da economia. O pensamento positivo deve continuar a ser aquele que nos move”.

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GEA promove novo ciclo de reuniões regionais

O Grupo GEA Portugal promove, de 24 a 31 de março, as suas já tradicionais Reuniões Regionais, num total de cinco encontros de trabalho, em Coimbra, Porto, Lisboa, Albufeira e Funchal.

Nas Reuniões Regionais serão abordados temas como os resultados e produções do ano de 2024, a criação e melhoria de parcerias, oportunidades de desenvolvimento de negócio, bem como as ferramentas tecnológicas que irão criar valor e preparar ainda melhor as agências de viagens para enfrentar as rápidas evoluções tecnológicas do setor.

Os administradores da GEA Portugal, Carlos Baptista e Pedro Gordon, referem que as Reuniões Regionais do grupo se destacam como um momento de networking, partilha e progresso, avançando que são essenciais para sincronizar estratégias e visões, partilhar atualizações do setor e discutir como a rede pretende abordar os desafios que constantemente surgem, “permitindo-nos assim enfrentar o futuro com êxito.”

Os dois responsáveis reconhecem que “estes momentos são cruciais para estreitar laços com as agências associadas”, apontando que, juntos, “estamos empenhados em construir um agrupamento sólido e rentável, capaz de gerar valor tanto no âmbito individual como coletivo”.

Este novo ciclo de Reuniões Regionais da GEA passará por: Coimbra, no Dom Luís Hotel (24 de março), Porto, no Vila Galé Porto (25 de março), Lisboa, no Vila Galé Ópera (26 de março), Albufeira, no AP Victoria Sports & Beach (27 de março) e Funchal, no The View Baía (31 de março).

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Jerez de los Caballeros cativa portugueses com as celebrações da Semana Santa

Com o aproximar de uma das mais importantes celebrações do mundo cristão, a Semana Santa, Jerez de los Caballeros, um município espanhol da província de Badajoz, onde estas celebrações estão enraizadas desde há muitos séculos na sua cultura e tradições, veio a Lisboa mostrar porque é um destino de visita obrigatória.

Para dar a conhecer e falar desta cidade que também é templária, a escassos 75 quilómetros da fronteira entre Portugal e Espanha, “um destino que respira história, cultura, gastronomia e Semana Santa”, como afirmou Fernando Valmaseda, diretor da RV Edipress, agência responsável pela comunicação do município, realizou-se, em Lisboa, uma apresentação do destino que juntou alguns agentes de viagens.

Da parte da região espanhola a sessão contou com a presença de Raul Gordillo, presidente da Câmara de Jerez de los Caballeros, Estela Gusmán, vereadora da Semana Santa, Francisco Manuel Martinez, presidente da Junta de Confrarias da Semana Santa, e de Elena Macarro, coordenadora do Comércio e Turismo do município.

E foi ao longo deste almoço/apresentação, feito de conversas informais, que que ficou a saber que Jerez de los Caballeros faz parte dos 125 povoados mais bonitos de Espanha, e que é, antes de tudo, uma cidade monumental, com as suas muralhas templárias, testemunhas de um passado glorioso, que envolvem um centro histórico repleto de igrejas, palácios e conventos que contam séculos de história, como a Igreja de São Bartolomeu, com a sua imponente torre barroca, um símbolo marcante da cidade, enquanto a Igreja de Santa Maria da Encarnação, a mais antiga, transporta-nos às origens desta terra, sendo igualmente impressionante a Igreja de São Miguel, cuja torre gótica domina o horizonte, ou a beleza sóbria da Igreja de Santa Catarina, um recanto repleto de devoção e arte.

Mas também que é um lugar onde as lendas dos Cavaleiros Templários ganham vida ao longo das suas ruas de paralelepípedos, das praças e dos  miradouros sobre a dehesa que convidam quem visita esta cidade a perder-se e a imaginar aqueles tempos em que a Ordem do Templo deixou a sua marca indelével.

E falou-se dos sabores da cozinha de Jerez de los Caballeros, que é um reflexo do que a rodeia, com a dehesa extremenha a estar presente, desde o presunto ibérico de bolota até aos enchidos e queijos artesanais, das carnes ibéricas grelhadas ao bollo turco jerezano, um doce local, experiências gastronómicas que são imprescindíveis em qualquer visita.

Para todos os representantes de Jerez de los Caballeros presentes em Lisboa, trata-se de um destino que combina história, cultura e sabor de uma forma única, um lugar onde o passado e o presente se entrelaçam, oferecendo vivências autênticas e inesquecíveis, o maior e principal destaque vai para a Semana Santa. Uma viagem que todos os anos transforma toda a cidade num palco vivo de devoção, arte e tradição, uma celebração religiosa declarada desde 2015 Festa de Interesse Turístico Nacional, uma viagem ao coração da Paixão, um encontro com a história e uma explosão de emoções que deixa marcas a quem a vive, criando uma atmosfera que convida ao recolhimento e à contemplação, e que se sustenta em oito irmandades, cada uma com a sua própria identidade e um legado de séculos.

E é entre ruas estreitas, praças centenárias e os quatro imponentes templos barrocos que formam um cenário único, que estas irmandades, criadas entre os séculos XVIII e XIX, desfilam e dão vida à história entre momentos de mistério, aromas a incenso e a cera derretida, irmandades em que cada uma é um mundo em si mesmo, com as suas próprias imagens, bordados, músicas e rituais, tecendo juntas um tapete de fé e arte que transforma Jerez de los Caballeros numa referência da Semana Santa española, numa viagem que começa no Domingo de Ramos e culmina no Domingo de Ressurreição.

 

 

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Portugal e Eslovénia reforçam colaboração no setor do turismo

Portugal e Eslovénia reforçam a sua colaboração em turismo, com foco em sustentabilidade e soluções de viagens inovadoras, ao formalizar um acordo na presença dos presidentes da República Eslovênia e de Portugal, Nataša Pirc Musar, e Marcelo Rebelo de Sousa, respetivamente.

Este evento sinaliza uma nova era de cooperação entre os dois países dedicados aos princípios de sustentabilidade, inovação e qualidade no setor de turismo, indica a imprensa eslovena, destacando que este esforço colaborativo está definido para reforçar as trocas turísticas entre as nações, promovendo experiências de viagem mais impactantes, responsáveis ​​e com visão de futuro.

Além disso, a parceria traz uma promessa significativa para joint ventures em setores críticos, como transformação digital, análise de dados, inteligência artificial e educação, visando promover uma indústria de turismo mais inovadora e robusta para o futuro.

A Eslovênia, segundo a imprensa local, está a implementar a Estratégia para o Crescimento Sustentável do Turismo, projetada para aumentar a sua vantagem competitiva e promover soluções abrangentes que integrem interesses nacionais, locais, regionais e comerciais no desenvolvimento do turismo, bem como ofertas de turismo globais, nacionais e locais. Esta seleção estratégica de produtos turísticos apresenta uma oportunidade crucial para impulsionar a economia eslovena, estimulando o crescimento com financiamento personalizado para o turismo.

Os meios de comunicação de Liubliana destacam o turismo em Portugal como um motor económico essencial, reforçando que o nosso país está a preparar-se para o futuro ao implementar compromissos de longo prazo para a realização de metas colaborativas, com ênfase na sustentabilidade, com esforços que se concentram em enriquecer as viagens e o turismo, conservando marcos históricos e culturais, salvaguardando ambientes naturais e rurais, revitalizando espaços urbanos e expandindo os serviços de turismo.

A Carta de Intenções foi assinada, durante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Eslovénia, entre Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, e Maja Pak Olaj, diretora geral do Conselho de Turismo da Eslovênia, que nas redes sociais afirma que “acredito que, trabalhando juntos, podemos não apenas fortalecer os fluxos turísticos entre os nossos países, mas também criar experiências de viagem mais significativas, responsáveis ​​e voltadas para o futuro”.

Mais de 16.500 turistas portugueses na Eslovénia em 2024

As trocas de turismo entre a Eslovénia e Portugal têm crescido de forma constante. Em 2024, mais de 16.500 visitantes portugueses exploraram aquele destino, contribuindo com quase 50 mil noites, um aumento de 15% nas chegadas e uma subida de 10% no número de noites face ao ano anterior. Liubliana foi o principal destino, respondendo por 40% das dormidas portuguesas, seguida por Maribor, Rogaška Slatina, Bled e Piran.

Refira-se que esta nova cooperação baseia-se nos laços existentes entre os dois países no âmbito da Comissão Europeia de Viagens (ETC) e outras organizações internacionais.

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Azores Airlines reforça rota Lisboa-Pico com mais uma frequência semanal no verão

A nova frequência que a Azores Airlines vai colocar na rota Lisboa-Pico vai ser realizada às sextas-feiras, entre 4 de julho e 29 de agosto, passando a estarem disponíveis seis voos diretos por semana entre os dois destinos.

A Azores Airlines vai reforçar a rota entre Lisboa e a ilha do Pico, nos Açores, com mais uma frequência por semana ao longo do verão, ligação que vai ser realizada às sextas-feiras, entre 4 de julho e 29 de agosto, informou o Grupo SATA, em comunicado.

“Com este reforço, a companhia aumenta progressivamente a capacidade oferecida no período de verão IATA (entre abril e outubro), atingindo um total de seis voos diretos semanais no pico da estação”, lê-se na informação divulgada pelo grupo de aviação açoriano.

O novo voo vai ter partida de Lisboa às 12h00, estando a chegada ao Pico prevista para as 13h45, enquanto em sentido contrário a partida da ilha açoriana está agendada para as 14h35, chegando à capital portuguesa pelas 18h05.

“As companhias aéreas do grupo SATA monitorizam continuamente a evolução da procura, ajustando a capacidade sempre que possível. Este reforço da operação vem ao encontro do compromisso assumido pela Azores Airlines de aumentar a oferta de voos diretos entre o continente e os Açores na época alta, um objetivo agora concretizado com a introdução de novas frequências”, lê-se ainda no comunicado do grupo açoriano.

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Portugal investe 15M€ na descarbonização da aviação

Portugal vai mobilizar até 15 milhões de euros para projetos de investigação e inovação que contribuam para a descarbonização da aviação, investimento no âmbito do memorando de cooperação entre Portugal e o Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU), assinado na passada terça-feira, 18 de março.

Portugal vai mobilizar até 15 milhões de euros para projetos de investigação e inovação que contribuam para a descarbonização da aviação, investimento que vai ser realizado no âmbito do memorando de cooperação entre Portugal e o Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU), assinado na passada terça-feira, 18 de março, durante o Clean Aviation Annual Forum 2025, em Bruxelas.

“O memorando de cooperação, assinado pela Agência Nacional de Inovação (ANI) e pela
Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) em representação do Estado português, prevê ainda a criação de um Roteiro Técnico Comum para identificar oportunidades de
investimentos com vista ao desenvolvimento de aeronaves disruptivas de baixas emissões de carbono”, lê-se num comunicado conjunto dos ministérios da Educação, Ciência e Inovação, das Infraestruturas e Habitação, da Economia e do Ambiente e Energia.

O memorando prevê também que o CAJU disponibilize “apoio técnico para garantir o alinhamento dos programas nacionais com os objetivos do programa” e que Portugal garantirá recursos e instrumentos de financiamento para apoiar projetos complementares.

Desta forma, vão ser lançados dois avisos do programa COMPETE 2030 ao longo deste ano, um dos quais para “projetos de investigação e desenvolvimento (I&D) na área dos
combustíveis de aviação sustentáveis”, que vai ter uma dotação de seis milhões de euros, enquanto o outro, que já foi lançado e tem candidaturas abertas até outubro de 2025, se destina a “projetos de I&D na área da aeronáutica, espaço e defesa, em parceria com entidades do Canadá”.

“Além destes instrumentos, poderão ainda vir a ser apoiados, no âmbito do COMPETE 2030, projetos CAJU aprovados no programa Horizonte Europa que tenham sido excluídos por falta de dotação, mas que tenham obtido o selo de excelência, beneficiando, assim, de um processo simplificado de avaliação”, acrescente a informação divulgada.

Este memorando, acrescenta o comunicado conjunto, vai ao encontro do Roteiro Nacional para a Descarbonização da Aviação, que foi aprovado em Resolução de Conselho de Ministros, em outubro de 2024.

Portugal torna-se, desta forma, no primeiro Estado-membro da União Europeia (UE) a assinar um memorando com o CAJU, que vai beneficiar dos esforços conjuntos da ANI
e da ANAC, o que permite “criar um enquadramento único para alinhar as prioridades de investigação e inovação, maximizar sinergias entre programas nacionais, regionais e europeus, e encontrar fontes de financiamento de forma mais eficaz”.

“Este memorando é assim mais um passo para impulsionar a crescente relevância da
indústria aeronáutica portuguesa, que se soma ao investimento privado de empresas
globais como a Airbus, a Embraer ou a Lufthansa Technik”, refere ainda o comunicado divulgado.

Recorde-se que o Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU) resulta de uma parceria europeia, estabelecida sob o programa Horizonte Europa, que promove a investigação e inovação na aviação, visando a transição para um setor sustentável e de baixo carbono

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Aeroporto do Qatar inaugura novos halls e aumenta terminal em 14%

A Qatar Airways explica que a construção dos novos halls do Aeroporto Internacional de Hamad foi iniciada em 2018 e vem aumentar a área de terminal para 842.000 metros quadrados, num crescimento de 14%.

O Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha, Qatar, inaugurou dois novos halls que vêm aumentar em 14% a área do terminal aeroportuário, num “marco importante” na expansão da infraestrutura, que passa a ter capacidade para mais de 65 milhões de passageiros anualmente.

Num comunicado enviado à imprensa pela Qatar Airways, explica-se que a construção dos novos halls foi iniciada em 2018 e vem aumentar a área de terminal para 842.000 metros quadrados, num crescimento de 14%.

Os novos halls vêm também aumentar em 17 o número de portas de embarque, que passam a um total de 62, cerca de 40% a mais face ao que existia até aqui,  garantindo “maior conectividade, operações simplificadas e reduzindo significativamente as transferências em autocarros”.

A inauguração dos novos halls insere-se num processo de ampliação do Aeroporto Internacional de Hamad que incluiu também a abertura do Orchard, um jardim tropical interno de 6.000 metros quadrados.

Segundo Badr Mohammed Al-Meer, diretor executivo do Grupo Qatar Airways, as intervenções foram concluídas antes do previsto e assumem uma importância estratégica para a operação da companhia aérea de bandeira do Qatar.

“Esta conquista reflete o nosso compromisso com a excelência operacional e o planeamento estratégico. Não se trata apenas de aumentar a capacidade, trata-se de fortalecer toda a rede da Qatar Airways, aumentar a resiliência operacional e apoiar o crescimento económico do Qatar”, refere o responsável, considerando que este investimento “reforça a posição do Qatar como um importante centro de aviação”.

Os novos halls do aeroporto do Qatar contam com tecnologia inteligente, a exemplo de sistemas de autoembarque de última geração, que agilizam “o processo de embarque para uma viagem mais rápida e eficiente” e permitem a rápida verificação dos documentos.

Os novos espaços, permitem também que a infraestrutura aumente “significativamente a conectividade para passageiros e companhias aéreas”, uma vez que, com maior capacidade de portões e operações de voo otimizadas, o aeroporto pode acomodar um maior número de companhias aéreas internacionais e oferecer rotas mais diretas para os principais destinos globais”.

Além das vantagens operacionais, os novos halls do Aeroporto Internacional de Hamad contam também com lojas, incluindo de marcas premium, assim como zona de restauração, assim como 10 novos postos da Qatar Duty Free.

A sustentabilidade também não foi esquecida e os novos  halls foram projetados para “atender à Certificação de Projeto e Construção GSAS 4 estrelas e visando a Certificação LEED Gold”, pelo que os novos espaços contam com “sistemas de eficiência energética, soluções inovadoras de gestão hídrica e estratégias otimizadas de conforto térmico”.

 

 

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Número de visitantes em Macau teve o segundo melhor arranque de ano de sempre

A região semiautónoma chinesa de Macau recebeu nos primeiros dois meses deste ano 6,79 milhões de visitantes, o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.

De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou por Macau só foi superado em janeiro e fevereiro de 2019 — antes da pandemia de covid-19 -, período em que registou mais de 6,97 milhões de visitantes.

No entanto, segundo a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), mais de 59% dos visitantes (4,04 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.

Em 2024, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China.

Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau.

Além disso, desde 1 de janeiro que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias.

Em resultado, a esmagadora maioria (91,3%) dos turistas que chegaram a Macau nos dois primeiros meses do ano vieram da China continental ou Hong Kong, enquanto menos de 449 mil foram visitantes internacionais.

Ainda assim, o mês de fevereiro registou uma queda de 4,4% no número de visitantes, em comparação com igual período de 2024, para 3,15 milhões, uma descida que a DSEC justificou com a variação do Ano Novo Lunar.

A chamada ‘semana dourada’ do Ano Novo Lunar, um período de feriados na China continental, que muda consoante o calendário lunar, decorreu este ano entre 28 de janeiro e 04 de fevereiro.

Em 2024, esta época alta para o turismo em Macau aconteceu totalmente em fevereiro.

Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8% do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, antes da pandemia.

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Minas Gerais diz que “conquistou” Lisboa

O estado brasileiro de Minas Gerais diz que “conquistou” Lisboa durante a BTL, não só pelos sabores, como pelo volume de negócios que foi gerado, que totalizou 60 milhões de reais. O stand no evento fez sucesso ao ressaltar as riquezas culturais do estado e atrair visitantes.

A imprensa de Minas Gerais revelou que o estado brasileiro garantiu protagonismo na BTL 2025, reafirmando a sua posição como referência global em turismo, cultura e gastronomia.

A presença de Minas na feira entre os dias 12 e 16 de março, foi marcada pela autenticidade da cozinha mineira clássica e contemporânea. O público que visitou a BTL, teve a oportunidade de experimentar os sabores mais emblemáticos como o café mineiro oriundo de três das mais renomadas regiões produtoras do Brasil: Cerrado Mineiro Caparaó Mineiro, e Mantiqueira de Minas, bem como o queijo de minas artesanal 10 regiões queijeiras, todas reconhecidas pela Unesco como Património Cultural Imaterial da Humanidade, e ainda o conhecido pão de queijo, doces típicos, cachaça artesanal e licor de jabuticaba.

No entanto, Minas Gerais não apenas encantou com os seus sabores, como gerou 60 milhões de reais em negócios, com a promoção dos seus destinos turísticos e produtos culturais em escala global, resultado de uma atuação integrada entre o governo de Minas, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e a Companhia de Desenvolvimento Económico de Minas Gerais (Codemge), patrocinadora da Cozinha Mineira na feira.

Durante a BTL foram anunciadas novidades, como o aumento da frequência de voos da TAP entre Lisboa e Belo Horizonte, fortalecendo a ligação entre Minas e a Europa, além da inauguração do Hotel Vila Galé em Ouro Preto, marcada para o dia 24 maio deste ano.

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Território Arrábida e Rio Grande do Norte unidos em cooperação no turismo

Os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra, que formam o Território Arrábida, acabam de celebrar um acordo para o desenvolvimento do turismo sustentável, com o estado brasileiro do Rio Grande do Norte.

A parceria, que envolve também a Entidade Regional de Turismo de Lisboa, incide, entre outras matérias, na identificação de mercados nacionais e estrangeiros e na criação de programas e roteiros turísticos no Território Arrábida e no estado de Rio Grande do Norte.

No ato, o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, indicou que este acordo pretende ser um contributo para “aprofundar os laços” estabelecidos no protocolo de cooperação que os representantes das regiões de Portugal e do Brasil assinaram em novembro, na cidade de Natal.

“A parceria celebrada em Natal já deu frutos e o nosso objetivo é continuar a aprofundar esta relação, sempre em prol dos interesses do nosso território e com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento económico das duas regiões”, disse o autarca setubalense.

Já o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, destacou o “a vontade comum de promoverem bem as potencialidades e as características únicas e irrepetíveis” de cada um. Um dos objetivos da parceria estabelecida é “permitir a troca de experiências e, sobretudo, criar um canal de promoção e de divulgação de ambas as regiões no Brasil e em Portugal”, num caminho que contribuirá para que os territórios “sejam cada vez mais valorizados do pronto de vista económico e social”, realçou.

Para o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus, na parceria estabelecida entre o Território Arrábida e o Estado do Rio Grande do Norte, constitui “um passo significativo para o desenvolvimento do turismo”. O autarca acredita que “com o envolvimento da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, e tendo em conta que o mercado brasileiro é muito importante para a região de Lisboa e mercado português é o mais importante para o estado do Rio Grande do Norte, estão reunidos os ingredientes necessários para um grande sucesso”.

Segundo nota publicada na página oficial da Câmara Municipal de Setúbal, no quadro deste acordo de parceria, o município de Setúbal e a Associação Baía de Setúbal estão a colaborar com o governo do Rio Grande do Norte e os municípios de Tibau do Sul e de Baía Formosa nos respetivos processos de reconhecimento e candidatura à Associação das Mais Belas Baías do Mundo.

O acordo foi celebrado pelos presidentes dos três municípios do Território Arrábida com secretária de Estado do Turismo do Rio Grande do Norte, Marina Marinho, num ato em que também participou a presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, Carla Salsinha.

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