Tráfego cresce ‘assombrado’ pelo preço do petróleo
Procura global cresceu 7,6% em Março de 2012, de acordo com a IATA.

Patricia Afonso
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O tráfego aéreo global cresceu 7,6% no passado mês de Março, face ao mesmo período do ano passado. Um número influenciado por, em 2011, o mesmo mês ter sido palco de diversos acontecimentos que contribuíram para a queda da procura. A saber: a Primavera Árabe, que perturbou o transporte aéreo no Médio Oriente e Norte de África; e o terramoto e tsunami no Japão, que prejudicaram a actividade na região Ásia-Pacífico. De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla original), que divulgou as estatísticas referentes a Março de 2012 esta semana, estes acontecimentos contribuíram para um crescimento adicional da procura de dois pontos percentuais.
No que respeita à capacidade colocada no mercado, esta cresceu 4,4% face a Março de 2011, com o load factor médio da indústria a subir 2,4 pontos percentuais, para uma taxa de 78,3% no mês em análise.
“Se não tivermos em conta o crescimento de dois pontos percentuais resultantes dos eventos extraordinários ocorridos em 2011, as companhias aéreas ainda conseguiram registar um crescimento da procura na ordem dos 5/6%”, afirmou Tony Tyler, director-geral e CEO da IATA. “Dadas as condições económicas mundiais, com alguns estados europeus a regressarem à recessão, a `procura pelo transporte aéreo de passageiros está a aguentar-se bem. Porém, isto está a aliviar pouco o sector, pois os yelds não estão a manter o ritmo crescente do preço do petróleo”, alertou o responsável na divulgação das últimas estatísticas.
No que concerne o preço do petróleo, este mantém-se nos cem dólares (75,5 euros) por barril nos últimos 14 meses, afirmou a associação, recordando que, em 2008, os valores subiram dos 90 dólares (68 euros) por barril em Janeiro para os 147 dólares (111 euros) no final do Julho. Já em Novembro desse ano, os preços caíram para menos de 50 dólares (37,8 euros). “Nunca assistimos a preços tão altos e de forma sustentada anteriormente”, considerou Tony Tyler, frisando que desde o início de 2012 os valores por barril já aumentaram 8%. “Tendo em conta que a conta do combustível já representa uma média de 34% dos custos operacionais das companhias aéreas, trata-se de um aumento com um impacto significativo.”