Salão das viagens de negócio deu salto qualitativo e quantitativo
É justo dizer que este ano o III Salão das Viagens de Negócio (SVN) deu um salto qualitativo e quantitativo, não só porque contou com mais e novos expositores (36) mas também maior afluência (cerca de 450 participantes no total) face à última edição
Sónia Gomes Costa
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É justo dizer que este ano o III Salão das Viagens de Negócio (SVN) deu um salto qualitativo e quantitativo, não só porque contou com mais e novos expositores (36) mas também maior afluência (cerca de 450 participantes no total) face à última edição. (ler: em: www.publituris.pt/2010/02/11/iii-salao-das-viagens-de-negocio-abre-hoje-com-maior-adesao) Além disso, o optimismo deu a tónica aos dois dias do SVN (11 e 12), que este ano se mudou para o Sheraton Lisboa. Depois de um 2009 assombrado pela crise económica e os consequentes reflexos negativos no sector, a verdade é que este ano arranca com previsões moderadamente confiantes na recuperação das viagens de negócio.
E não foram só as previsões do Barómetro Anual da Travelstore- American Express 2010 que expressaram tal cenário. Também os quatro CEO’s convidados para o debate sobre o que valorizam os viajantes de negócio, acabaram por manifestar que depois de o sector ter batido no fundo, a retoma é o que se seguirá. Em unanimidade, Filipe Silva (presidente do Detche Bank), Gilberto Jordan (CEO do grupo André Jordan), Guy Villax (CEO da Hovione) e Paulo Rosado (CEO da Outsystems) observaram que a gestão dos custos e a competitividade das empresas mudou consideravelmente, e que já nada do que era norma nas empresas é, ou vai voltar a ser. A realidade é que as empresas se viram forçadas a cortar nas viagens de negócio e, consequentemente, a desenvolver outros mecanismos, nomeadamente ao nível tecnológico (fazendo vídeo-conferências, por exemplo). Não obstante esta política actual de forte racionalização das empresas, os CEO’s acreditam que este ano o número de viagens de negócio vai efectivamente aumentar.
Valor acrescentado das TMC’s
Pese embora a assumida esperança no crescimento deste sector, os quatro responsáveis lançaram alguns reptos às TMC’s, para que estas consigam vingar e crescer. Nesse âmbito, identificaram como essenciais os seguintes factores: O treino e completa formação dos agentes de viagem corporate com apoio na tecnologia; o valor acrescentado através do acompanhamento total e personalizado por parte do agente relativamente ao cliente na gestão do processo da viagem de negócio (não se centrando apenas na reserva do avião, por exemplo). Os CEO’s das empresas consideraram que os agentes de viagem marcam a diferença quando prestam um serviço de qualidade e quando ajudam e são uma mais-valia para o cliente, sobretudo em situações imprevistas, onde surgem acontecimentos inesperados e indesejados. Os responsáveis das empresas acreditam também que é nesses casos, em que o agente facilita a vida ao cliente, que o consegue fidelizar. No que toca à política de viagens, os CEO’s verificaram que depende e muito da dimensão das empresas. Contudo, em traços gerais foram apontadas algumas constatações comuns como esta: Optimizar o tempo, porque nenhum cliente corporate gosta e/ou pode perder tempo numa viagem de negócio, mais do que o estritamente necessário. Logo, o ideal é a TMC conseguir dar resposta a esta necessidade do cliente, com todos os meios, tecnológicos ou não, que consiga.
Além disso também consideraram importante e decisivo na escolha de um hotel o facto de este ser wireless free, porque o facto de não cobrar este serviço marca a diferença na viagem do cliente de negócio. A localização, o número de estrelas da unidade não têm tanto peso como aquele serviço.