Berta Cabral: “A ruralidade dos Açores é um dos maiores ativos identitários da Região”
A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, destacou o papel diferenciador do turismo rural no alojamento turístico e que representou cerca de 186.396 dormidas em 2024, ou seja, mais de 25% face a 2023, tendo realçado que “a ruralidade dos Açores é um dos maiores ativos identitários da Região”.
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A secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, que falava, este fim de semana, em representação do Presidente do Governo dos Açores, na sessão de encerramento do Encontro das Casas Açorianas – Associação de Turismo em Espaço Rural, subordinado ao tema “Não perca o Rumo”, considerou o encontro como “uma oportunidade para se fazer um justo reconhecimento ao papel muito especial do Turismo em Espaço Rural (TER) para o alojamento turístico nos Açores”, que “é uma componente essencial da oferta turística do arquipélago, promovendo um contacto autêntico e sustentável entre os visitantes e a identidade rural das ilhas”, para adiantar que o Turismo em Espaço Rural, fechou o ano com 244 estabelecimentos licenciados, representando um total de 2.003 camas, o que significou um crescimento de 14% no número de camas”.
“É um crescimento significativo, sobretudo de considerarmos a dinâmica que existe em todo o setor do alojamento turístico, particularmente visível no Alojamento Local, cujo crescimento demonstra bem a capacidade competitiva desta tipologia de alojamento e da sua capacidade de criação de valor acrescentado”, disse a governante regional.
Em 2024, o TER representou cerca de 186.396 dormidas, ou seja, mais de 25% face a 2023 e superior ao do Alojamento Local (17,3%) e ao da Hotelaria Tradicional (7,9%). Neste caso em particular, Berta Cabral destacou o facto de mais de 83% destas dormidas terem sido de hóspedes estrangeiros.
“É a demonstração inequívoca do forte apelo do Turismo em Espaço Rural no mercado internacional e do potencial latente para cativar mercados com maior poder de compra, criando riqueza e valor acrescentado. Excetuando o Corvo, todas as ilhas do arquipélago oferecem esta tipologia de alojamento, valorizando cada uma das nossas parcelas de território e potenciando a disseminação das receitas geradas”, frisou.
De acordo com Berta Cabral, conforme avança notícia publicada na página oficial do Governo Regional, o TER “é uma oportunidade de negócio, abrindo horizontes a novos empreendedores, a investimentos diferenciadores e à criação de postos de trabalho”, além do que é uma forma de “diversificar as fontes de rendimentos dos agricultores, através do agroturismo, e de alavancar o rendimento da atividade agrícola, para fornecimento das unidades de alojamento”.
Daí ter defendido que “a ruralidade dos Açores é um dos maiores ativos identitários da Região”, encontrando no TER “um veículo único para a sua valorização”, sobretudo pelo atendimento personalizado que cria um ambiente acolhedor e autêntico, representando mesmo “uma oportunidade para valorizar o património natural e cultural, descentralizar o turismo das grandes cidades e proporcionar novas fontes de rendimento para as comunidades locais”.
“Da mesma forma que ligamos o TER ao conceito da ruralidade, com a mesma facilidade o fazemos ligando ao conceito da sustentabilidade. Nos Açores, a sustentabilidade não é apenas um conceito, mas sim um compromisso”, acentuou, apontando que, “ao promover um turismo de menor impacto ambiental e ao incentivar práticas sustentáveis, conseguimos oferecer aos visitantes uma experiência enriquecedora sem comprometer a integridade dos ecossistemas açorianos. É essencial que este crescimento continue a ser planeado e gerido de forma responsável”.
Para a secretária Regional da tutela, “a utilização de energias renováveis nos alojamentos rurais, a redução do desperdício, o uso de produtos locais e a proteção das paisagens naturais são apenas algumas das medidas que se devem continuar a incentivar”.
A governante disse, ainda, ser essencial continuar a investir na qualidade e na especialização da oferta do TER, cuja consolidação passa pela formação de profissionais, implementação de boas práticas ambientais e promoção de experiências diferenciadoras. “Juntos, podemos consolidar os Açores como um destino de referência em Turismo em Espaço Rural, onde a autenticidade, a hospitalidade e o respeito pela natureza sejam os pilares fundamentais da nossa oferta turística”, concluiu.