Forte das Berlengas vai ser requalificado e transformado em Centro Interpretativo Ambiental
O Governo lembra que a ilha das Berlengas, que está classificada como Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO, “não dispõe de um centro de receção e de interpretação ambiental que possa contribuir para uma visita mais informada dos turistas”.

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O Governo quer requalificar o Forte de São João Batista, na ilha das Berlengas, em Peniche, e transformá-lo em centro interpretativo ambiental desta reserva natural, avança a Lusa, que cita um despacho publicado em Diário da República.
“O Ministério do Ambiente e da Energia pondera a requalificação do Forte de São João Batista e a sua adaptação a centro de interpretação ambiental, tendo por base financiamento proveniente da taxa turística e do Fundo Ambiental”, lê-se no despacho.
O Forte de São João Batista é considerado monumento nacional mas “está degradado e muito aquém do potencial histórico e arquitetónico que possui”, sendo utilizado há décadas como “estrutura provisória de alojamento, dispondo de poucas condições”.
O Governo lembra que a ilha das Berlengas, que está classificada como Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO, “não dispõe de um centro de receção e de interpretação ambiental que possa contribuir para uma visita mais informada dos turistas”.
Por isso, o objetivo é “recuperar um forte degradado e transformá-lo num polo de conhecimento sobre a biodiversidade”, de forma a enriquecer a experiência dos visitantes que afluem às Berlengas e proporcionar uma estrutura de apoio a atividades científicas, especialmente fora de época turística”, refere o Ministério do Ambiente e da Energia.
A comissão de cogestão da Reserva Natural das Berlengas tem agora um prazo de seis meses para realizar um estudo que analise a viabilidade do projeto e de que modo pode contribuir para uma “gestão mais efetiva” da lotação da ilha.
O estudo deverá também contemplar os custos e fontes de financiamento, assim como soluções de autossuficiência hídrica e energética do espaço.
O projeto poderá ainda considerar “um espaço adequado de alojamento vocacionado para atividades prioritárias de índole educativa e científica, inclusivamente com valências laboratoriais que possam apoiar trabalhos de investigação”, admite o despacho.
A medida consta do Plano de Cogestão da Reserva Natural das Berlengas, que foi aprovado em dezembro de 2023.
Recorde-se que, desde 2022, que os visitantes das Berlengas pagam uma taxa turística de três euros por dia (crianças e jovens entre os 6 e os 18 anos; metade para maiores de 65 nos), cujo valor arrecadado visa contribuir para a autossustentabilidade, procurando estabelecer o equilíbrio entre a conservação da natureza e a pressão turística.
Em 2023, as Berlengas receberam 77.586 visitantes, o que rendeu uma receita de 207 mil euros da taxa turística, sendo que desde 2019 que existe um limite máximo diário de 550 visitas à ilha em simultâneo, numa medida que visa minimizar os efeitos do turismo sobre as espécies e habitats naturais sensíveis, tendo em conta a pequena dimensão terrestre do arquipélago.