“Acredito que os resultados justificarão a continuação do ‘Mundo Abreu’ no atual modelo”
Seis anos depois, o “Mundo Abreu” regressou no modelo tradicional, com o Pavilhão Carlos Lopes a receber o evento nos dias 1 e 2 de março, estendendo-se nos centros comerciais até dia 16 do presente mês. Artur Abreu, acionista da Agência Abreu, acredita que “esta ‘ousadia’ é para manter”.

Victor Jorge
Depois do regresso do “Mundo Abreu” ao modelo sala, após seis anos de ausência do presente modelo e realização em centros comerciais, Artur Abreu, acionista da Agência Abreu, admitiu que, “neste momento as coisas estão a recompor-se no mercado turístico e achámos importante termos os nossos parceiros principais novamente connosco e podermos outra vez dar oportunidade ao cliente de confiar em nós, de vir à feira e desfrutar deste encontro”.
Realizado no Pavilhão Carlos Lopes nos dias 1 e 2 de março, e a comemorar 185 anos, Artur Abreu referiu ao Publituris que, no “Mundo Abreu”, “o cliente vem à procura de um produto em que confie, independentemente do preço. O cliente sabe que na Abreu pode comprar um produto barato, pode comprar um produto caro e que goza da confiança de uma empresa que, mesmo quando vende um produto barato, vende um produto que tem qualidade, vai ao encontro das expectativas do cliente e terá o melhor atendimento”.
Admitindo que “o cliente está à vontade connosco e sabe que podemos promover e produzir produto da mais diversa qualidade”, Artur Abreu frisa que, em termos de preço, “o cliente sabe que “a qualidade mínima necessária está garantida”, até porque, destaca, “o cliente sabe que não vamos vender barato uma coisa que não presta”.
Quanto à afluência de clientes ao “Mundo Abreu”, nestes dois dias no Pavilhão Carlos Lopes, onde estiveram meia centena de pontos de venda, e restante iniciativa que vai até dia 16 de março nos centros comerciais do norte do país, Artur Abreu acredita que “deverá ser um empate. Poderá haver anos em que penda mais para este modelo ou para os centros comerciais, mas isso estará sempre dependente de fatores externos e alheios à nossa vontade, como o tempo, por exemplo”.
Certo é que o contacto pessoal entre quem compra e quem vende é considerado “muito importante” por Artur Abreu. Até porque, “o turismo é um ramo feito por pessoas, para pessoas, com pessoas, em que o elemento humano é a distinção. Na Abreu, seja nas lojas ou aqui na feira, as pessoas que atendem o cliente são a cara da empresa e, por isso, o atendimento tem de ser diferente, melhor, sempre a pensar no cliente, de modo que possa escolher o destino dos seus sonhos e também o destino que tenha condições para comprar”.
Quanto ao que o público procura nestes dias no “Mundo Abreu”, Artur Abreu reconhece que “há uns anos havia um segmento mais fácil de identificar. Agora, está mais abrangente, há mais produto, não só nos destinos nacionais, como os Açores, Madeira, o Alentejo ou o Douro, como em destinos mais próximos como o Norte de África, cada vez mais Marrocos, novamente Tunísia a voltar ao mercado, Egipto, Turquia, mas também muitos destinos que estiveram parados mais tempo por causa da Covid como foi o caso do Japão”.
Quanto ao peso do “Mundo Abreu” nas vendas, Artur Abreu salienta que representa “uma fatia significativa do que é a venda antecipada e também permite-nos ter uma melhor ideia do que está realmente na cabeça das pessoas e reforçar operações ou não para o resto do ano em função da procura”, destacando que “o cliente é o maior acionista de uma empresa de viagens”.
Quanto ao tipo de viagens que o português compra, Artur Abreu indica que este “ainda compra muito destino nacional por agência e está a crescer nitidamente, em função do produto de qualidade que é oferecido seja na hotelaria, na gastronomia, nas experiências fantásticas”.
A concluir, saber se o atual formato do “Mundo Abreu” 2025 é um teste ou a confirmação de que se manterá? “Gostaria de dizer que esta ‘ousadia’ é para manter”, afirma Artur Abreu, concluindo que “acredito que os resultados justificarão a continuação do ‘Mundo Abreu’ no atual modelo. É não é só minha a expectativa, como da empresa toda, e, sobretudo, dos clientes”.