África e Américas unem-se para planear o futuro partilhado do turismo
Os líderes do turismo de África e das Américas comprometeram-se a trabalhar em conjunto para tornar o setor um pilar do desenvolvimento coletivo sustentável e inclusivo em ambos os continentes.
Publituris
TAP liga Lisboa a Los Angeles e Porto a Boston a partir de maio de 2025
LiterÁREA que ser ativo importante no turismo do Alentejo e Ribatejo
Aeroporto de Belgrado visa novos mercados com novo plano de incentivos
Odisseias reforça equipa com mais de 300 profissionais
Confirmada fusão asiática
Transavia lança promoção para visitar Mercados de Natal
Cathay Pacific passa a voar entre Munique e Hong Kong a partir de junho
Maioria das companhias aéreas falha na transição energética com TAP entre as piores
Autorização Eletrónica de viagem obrigatória a partir de janeiro em Israel
Uzbekistan Airways ligará Madrid a Tashkent com voo direto a partir de 2025
A “Declaração de Punta Cana” foi adotada no final da primeira reunião conjunta das Comissões Regionais de Turismo da ONU para África e para as Américas e seguiu-se a dois dias de diálogo partilhado em torno dos temas-chave da educação e dos investimentos no setor.
Reconhecendo os laços históricos entre as duas regiões, bem como as suas culturas únicas e complementares, a Cimeira serviu como uma plataforma de referência para uma cooperação reforçada, capitalizando a inovação, a educação, os investimentos e as indústrias criativas para o desenvolvimento futuro do turismo.
Ao dar as boas-vindas a cerca de 200 participantes de alto nível, entre os quais 14 ministros, representando 27 países (15 das Américas e 12 de África), o secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que a cimeira “oferece uma plataforma única para forjar ligações e construir pontes entre África e as Américas, criar parcerias estratégicas transregionais, promover projetos de cooperação Sul-Sul, tudo em benefício do sector do turismo das duas regiões.”
A diretora-executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona, salientou, por sua vez, que “África e Américas são dotadas de um rico património cultural, de paisagens diversas e de profundas ligações históricas. No entanto, reconhecemos que, devido a múltiplos desafios – como a conetividade limitada, as barreiras regulamentares e administrativas e a falta de conhecimento mútuo do mercado – a nossa relação de turismo cruzado não é tão forte como poderia e deveria ser. O nosso objetivo hoje é abordar estes desafios de frente, fomentando a colaboração que irá impulsionar o desenvolvimento económico, promover o intercâmbio cultural e incentivar práticas sustentáveis que beneficiem todas as nossas comunidades.”
A Declaração de Punta Cana
Como um sinal claro de cooperação Sul-Sul, a Declaração de Punta Cana estabeleceu um conjunto de compromissos partilhados para o desenvolvimento do turismo como um motor de desenvolvimento inclusivo. Através da Declaração, os líderes do setor do turismo de ambas as regiões reconhecem a importante necessidade de “intensificar os esforços conjuntos para promover o desenvolvimento sustentável” através do turismo, com uma forte incidência em “investimentos estratégicos, educação, inovação e indústrias criativas”. Encarnando o espírito da histórica Cimeira de Punta Cana, a Declaração sublinha igualmente a importância do turismo como instrumento de preservação da cultura e do património comuns e únicos.
Os signatários da Declaração manifestaram a sua intenção de “redobrar os seus esforços”, nomeadamente nos domínios relacionados com investimentos estratégicos, reforçar as parcerias público-privadas, estimular os investimentos no setor e dar prioridade aos investimentos através de uma definição eficaz das políticas. Além disso, aumentar a conetividade entre as duas regiões, tanto em termos de melhoria das ligações aéreas como de reforço do intercâmbio cultural.
Na área do desenvolvimento de competências e formação, as duas regiões pretendem dar prioridade ao investimento no ensino e na formação no domínio do turismo, alargar o acesso à aprendizagem em linha e fora de linha e promover a utilização da inovação e das novas competências digitais para melhorar os conhecimentos da mão de obra no sector do turismo.
Já na inovação, a aposta passa por apoiar concursos para empresas e empresários em fase de arranque em ambas as regiões, apoiar melhor as PME, incluindo nas comunidades rurais, e promover soluções inovadoras centradas na sustentabilidade e na ação climática.
Nas indústrias criativas, os esforços passarão por promover o papel das indústrias culturais e criativas no sector do turismo, nomeadamente através do financiamento de projetos com potencial para atrair turistas e desenvolver destinos e rotas culturais novos e diversificados, e assegurar que os benefícios que o sector proporciona se centram no desenvolvimento social e inclusivo.
Finalmente, na cooperação inter-regional, o foco passa por apoiar a análise do mercado e outros estudos para identificar potenciais áreas de crescimento e oportunidades comuns, desenvolver estratégias comuns para o desenvolvimento do turismo, nomeadamente através dos meios digitais, de novos produtos e de feiras internacionais de turismo.
“Construir um amanhã melhor, hoje”
Em consonância com o enfoque mais amplo da ONU Turismo nos investimentos no turismo, a Cimeira reuniu líderes dos setores público e privado, juntamente com os principais representantes das instituições financeiras, para avaliar o panorama atual e as tendências e perspectivas para África e as Américas.
Os oradores referiram o enorme potencial de iniciativas de investimento conjuntas entre as duas regiões, salientando o papel crescente dos bancos públicos e privados. A Cimeira também se centrou na importância vital dos investimentos para impulsionar a transição ecológica do turismo tanto em África como nas Américas, sobretudo nas infraestruturas e no sector hoteleiro.
A par da inovação, a Cimeira também colocou a tónica na educação e na formação, assinalando a necessidade urgente de trabalhadores qualificados em ambas as regiões. Com o foco nos “Jovens Talentos que Lideram a Transformação”, os líderes do turismo reconheceram a necessidade de iniciativas conjuntas de capacitação, desenvolvimento de currículos e parcerias entre instituições académicas, partes interessadas da indústria e organismos governamentais.