O que foi 2023 e o que será 2024 – Luís Henriques (Airmet)
Admitindo que o setor está “claramente em mudança”, Luís Henriques, diretor-geral da Airmet destaca, “apesar de ser tema recorrente”, decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa, e pede ao novo Governo “uma redução da carga fiscal”, já que “são as empresas que fazem avançar o país e não o Estado”.
Carolina Morgado
Lucros da Delta Air Lines caem 25% em 2024
IA, inovação e sustentabilidade no centro da FITURTechY
FlyAngola deixa de voar para São Tomé
CTP apresenta nova campanha transversal que dá voz às pessoas
“É importante equilibrar os fluxos turísticos entre regiões e melhorar as infraestruturas de transporte”, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal
Nova Edição: O que foi 2024 e o que será 2025
Portugal com um dos passaportes mais fortes em 2025
PLAY Airlines passa a voar para a Madeira também no verão
Lisboa em destaque como um dos “destinos tendência” para 2025, diz a Mabrian
Barómetro IPDT: 33 milhões de hóspedes, 81 milhões de dormidas e proveitos de 6,5 MM€ para 2025
Findo o exercício de 2023, que balanço faz deste ano?
No final de 2022 ninguém arriscava previsões para 2023. O país saía da pandemia, a inflação estava a dar sinais de que não seria facilmente resolvida e todos os sinais apontavam para uma crise generalizada. Surpreendentemente o ano de 2023 foi muito positivo. Há atores que viram neste ano o melhor ano turístico de sempre e conseguiu-se manter a confiança de que este setor é factualmente surpreendente e muito resiliente.
Na sua perspectiva, o que faltou concretizar no setor do turismo neste ano de 2023?
Faltou tomar da decisão do novo aeroporto de Lisboa. Bem sei que é um tema recorrente, mas a verdade é que a falta desta infraestrutura faz com que o país não tenha capacidade para responder à demanda que existe não só no incoming mas igualmente no outgoing.
Como antevê o ano de 2024 em termos económicos?
Os sinais são, à data, positivos. As taxas de juros dão sinais de decréscimo, a inflação está finalmente a ceder embora a economia alemã e os conflitos existentes nos deixem algumas dúvidas sobre o futuro. No entanto parece-me que será um ano positivo em termos económicos e consequentemente muito bom para o setor turístico.
E que desafios terá o setor do turismo em 2024?
O setor está claramente em mudança. Surgem ideias e projetos novos todos os dias e o consumidor é hoje alguém muito sensível ao que as empresas comunicam. Diria que o maior desafio de 2024 e dos próximos anos é que as empresas encontrem uma forma eficiente de comunicar com o cliente. Se há uns anos a presença no online era fundamental, e muitas vezes considerada suficiente, a pandemia veio elucidar-nos de que a relação com o cliente é crucial para que os negócios tenham sucesso sendo este um dos grandes desafios das empresas.
O que gostaria de ver concretizado em 2024?
Gostaria finalmente que se tomasse uma decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa. Este tema é fundamental para o crescimento do setor.
A fazer um pedido ao Governo que sairá das eleições de 10 de março de 2024, qual seria?
Que o novo Governo olhe para as empresas e lhes atribua a importância que têm. Temos forçosamente de reduzir a carga fiscal não só para melhorar salários e condições de trabalho aos nossos colaboradores, mas igualmente para estimular a economia e fazer com que surjam mais empresas, com maiores competências gerando assim concorrência e o inevitável desenvolvimento que estas ações geram. A nossa economia tem de criar mais riqueza e só reduzindo a carga fiscal, reduzindo a burocracia e facilitando processo conseguiremos estar preparados para o futuro! Gostaria que tivéssemos um governo que entendesse que são as empresas que fazem avançar o país e não o próprio estado!