Estadias de curta duração na Europa ficam 8% acima do mês de julho de 2019 com Lisboa e Porto em destaque
Com os números referentes às estadias de curta duração a registarem uma subida no mês de julho de 2022 (+7,9% face a 2019 e +33,5% relativamente a 2021), as cidades de Lisboa e Porto aparecem destacadas.
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As estadias de curta duração registaram um novo crescimento no mês de julho de 2022, segundo dados avançados pela AirDNA que aponta 48,9 milhões de noites de estadia, correspondendo a uma subida de 7,9% face ao mesmo mês de 2019 e um crescimento de 33,5% relativamente a julho de 2021.
Os dados apontam, igualmente, para uma melhoria na confiança do consumidor nos últimos 12 meses, gerando estadias 19% mais longas no mês de julho em relação ao ano passado, concluindo que “os hóspedes estão a reservar com mais antecedência para garantir os melhores alojamentos”.
O crescimento da procura continuou a superar o crescimento da oferta na Europa, elevando as taxas de ocupação. Em julho, o continente europeu viu a ocupação crescer 2,3% em relação a 2021 e 12,4% em relação a 2019, enquanto a oferta na região permaneceu 4% abaixo dos níveis de 2019 em julho.
Após dois anos longe da multidão e das grandes cidades, os níveis de oferta nos 50 maiores mercados de aluguer de curta duração da Europa permaneceram 29,5% abaixo de 2019 em julho. Os mesmos 50 mercados representaram 12,9% da oferta total no continente, indicando a análise da AirDNA que “a oferta está a começar a regressar às áreas urbanas num esforço para ir ao encontro da procura que retorna às cidades turísticas populares”.
Aqui, a AirDNA destaque as cidades de Lisboa e Porto, com a taxa de ocupação mais alta a registar-se na capital portuguesa (+51,7%), seguindo-se Budapest (Hungria), com mais 45,3%, aparecendo o Porto em terceiro lugar (+43,5%).
Numa base anual, as pernoitas nas 50 principais cidades europeias aumentaram 61,2%, em média, em julho, embora se reconheça que “essa mudança na procura foi ofuscada pelos cinco meses anteriores, quando a procura anual foi superior a 100%”.
Do lado das quebras, Budva, no Montenegro (-7,2%), Montepellier e Marselha, ambas as cidades em França, com descidas de 7,1% e 5,5%, respetivamente, foram os destios que mais decresceram no período em análise.
Quanto próximos tempos, a partir de 7 de agosto, as noites reservadas na Europa estavam, em média, 35,9% acima de 2021 e mais 2,2% em relação a 2019. Já para a totalidade do mês de agosto, as previsões apontam, atualmente, para que fiquem apenas -0,3% atrás de agosto de 2019, enquanto setembro está a caminhar para um forte crescimento da procura face a 2019, com 10,1% mais noites reservadas no período de comparação.
Dos 20 principais países, a Alemanha aparece com o maior número de noites reservadas em agosto, com 24,8% mais noites reservadas face a 2019, seguida pela Bélgica (19,3%), Grécia (18,7%) e Áustria (17%). Por outro lado, uma tendência de menor procura regista-se na República Checa, Hungria e Irlanda, com 33,4%, 29,4% e 24,9% abaixo de 2019, respetivamente.
Portugal aparece, neste indicador, com uma quebra de 9,4% face ao mesmo mês de 2019.