Turismo de luxo recupera na Europa após pandemia
As vendas geradas pelo turismo de luxo na Europa podem atingir 520 mil milhões de euros entre 2030 e 2035, diz a Aliança Europeia das Indústrias Culturais e Criativas (ECCIA), que adianta este segmento é responsável por entre quatro mil milhões e seis mil milhões de euros de receitas em Portugal.
Carolina Morgado
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Com a retoma do turismo, a Aliança Europeia das Indústrias Culturais e Criativas (ECCIA) estima que os gastos gerados pelos turistas de alto poder aquisitivo podem triplicar para 520 mil milhões de euros entre 2030 e 2035. Até agora, as vendas para este tipo de turista estão entre 130 mil milhões e 170 mil milhões de euros, concentrando 22% das receitas geradas pelo turismo em geral.
De acordo com os empregadores europeus, o aumento dos gastos turísticos terá a ver com uma melhoria em infraestrutura, sustentabilidade e educação. “As marcas de luxo europeias geram 70% das vendas do mercado, representando 10% das exportações europeias e 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do continente, com vendas até 800 mil milhões de euros”, explicou a ECCIA em comunicado.
Em alguns países como Itália, França, Espanha e Reino Unido, o segmento de turismo de luxo gera entre 20.000 milhões de euros e 35.000 milhões de euros. Em outros países, como a Grécia, a incidência do turismo de luxo é mais relevante e gera até 7% do PIB do país.
França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido, geram 75% das receitas deste segmento. Espanha, por exemplo gera entre 20 mil milhões e 25 mil milhões de euros com o com turismo de luxo, enquanto o Reino Unido coloca a sua receita desse segmento entre 30 mil milhões e 35 mil milhões de euros.
Além desses países, a Suíça gera entre cinco mil milhões e 10 mil milhões graças ao turismo de luxo; Grécia até 10 mil milhões de euros; e Portugal entre quatro mil milhões e seis mil milhões de euros. O resto da Europa gera aproximadamente nove mil milhões de euros.
“Os turistas, que estão a aumentar a sua curiosidade e atenção à sustentabilidade, estão a mostrar interesse em novos destinos como a Croácia, Eslovénia, Portugal e os países nórdicos”, detalha o estudo, que estima uma perda de mais de 70 mil milhões de euros causada pelo impacto da pandemia e restrições de viagem.
Só em 2020, as perdas geradas pela queda do turismo devido às restrições da pandemia ficaram entre 65 mil milhões de euros e 75 mil milhões de euros. Mesmo assim, “o turismo de luxo finalmente dá sinais de recuperação”, acrescenta Claudia D’Arpizio, diretora de moda e luxo da Bain&Company.