As propostas do candidato Edgar Silva (CDU) para o turismo no Funchal
Que importância possui o turismo para a cidade do Funchal? Para o Funchal o turismo é um fator fundamental de dinamização e coesão económica e social, com um peso preponderante […]
Victor Jorge
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Que importância possui o turismo para a cidade do Funchal?
Para o Funchal o turismo é um fator fundamental de dinamização e coesão económica e social, com um peso preponderante para o tecido do emprego e para o potenciar da competitividade económica. A importância estratégica do turismo para a economia da cidade do Funchal faz com que a cidade amplie as suas funções de capitalidade na Região Autónoma da Madeira e se afirme como entidade motora do desenvolvimento regional.
Que medidas merecem a sua aprovação e o que foi feito que, sob a sua liderança, não seria realizado? O que teria feito de diferente durante este período pandémico e como antevê o regresso à tão desejada “normalidade” do turismo na cidade do Funchal e quais os principais desafios esperados?
Pela positiva destacaria a melhoria das condições de mobilidade e acessibilidade pedonal no centro do Funchal que resultou de uma estratégia de mobilidade urbana que levou a que a cidade tivesse sido distinguida pela Comissão Europeia com o prémio “Civitas Award Legacy 2020”.
Do que foi feito e que considero reprovável destaco tudo quanto se relaciona com a ocupação abusiva da orla costeira e a betonização do litoral na frente mar Funchal Oeste.
A recente reabertura de diversas unidades hoteleiras não consegue ocultar na cidade do Funchal e na região todo o quadro de profundas dificuldades económicas que marcam o setor. O turismo de cruzeiros poderá enfrentar uma prolongada crise. O facto de o Funchal ser uma cidade marcada pela insularidade distante, de onde resulta que a sua competitividade turística esteja dependente e condicionada pelo avião, pela necessária passagem por aeroportos, influenciada pelos problemas nas companhias aéreas, entre outros fatores económicos de ordem mais geral, da conjugação destes diferentes eixos adversos perspetivam-se prolongadas dificuldades para o turismo na cidade do Funchal.
Questões como a sustentabilidade, overtourism, segurança, digitalização e mobilidade estão na ordem do dia no turismo. Que propostas tem para estes pontos (e outros) em concreto?
De entre as várias questões que se colocam e que comportam maiores desafios no turismo merece-nos particular enfoque tudo quanto se relaciona com a mobilidade, componente crucial para a economia turística da cidade em contexto de insularidade distante. A crise nas companhias aéreas e em diversos operadores já se faz sentir negativamente, assim como os seus desenvolvimentos futuros determinarão muito do mercado e a economia do turismo.
Neste contexto, a TAP deveria ter uma função de natureza estratégica, capaz de responder aos interesses do País. Uma cidade insular como o Funchal e toda a economia regional precisam da companhia aérea de bandeira a assegurar o cumprimento de um papel axial na promoção do turismo e na afirmação competitiva deste destino turístico. Neste sentido, a proposta concreta é de natureza estruturante para o nosso futuro coletivo: é preciso preparar a TAP para o futuro. A TAP pública não poderá deixar de garantir um desempenho decisivo no desenvolvimento e no progresso do turismo no Funchal, nesta Região e no País.
O que falta fazer na cidade do Funchal no que diz respeito ao turismo e que já deveria estar ou ter sido feito?
No que diz respeito ao turismo na cidade do Funchal está em falta um sentido de cooperação entre a Câmara Municipal do Funchal e a Região/Governo Regional da Madeira. A irracionalidade política e os constrangimentos estratégicos e de caráter operativo resultantes do facto de a CMF e o Governo Regional estarem de costas voltadas, em particular, quanto à economia do turismo é algo que há muito tempo já deveria estar devidamente equacionado.
Eleito presidente, quais as primeiras e principais medidas a tomar em benefício do e para o turismo na cidade do Funchal?
Das medidas prioritárias destaco as seguintes: (i) a imediata concretização do Eco-Parque Marinho Funchal Oeste; (ii) o lançamento da Zona Marinha Toco/Lazareto como área marítima com atratividade para desportos náuticos e mergulho junto à Reserva Marinha do Garajau; (iii) a criação da Rota das Cidades do Açúcar; (iv) a projeção da História da Cidade/História do Vinho Madeira a partir das parcerias estratégicas com as Casas Exportadoras sediadas no Funchal; (v) dinamização do projeto “Quintas do Funchal” e dos percursos do romantismo.