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Queda do mercado britânico preocupa Algarve e Madeira

As descidas apresentadas pelo mercado britânico, principalmente no Algarve e na Madeira, estão a preocupar as autoridades de Turismo centrais e regionais, mas também a hotelaria, que clama por mais e melhor promoção. Mas nem só com promoção se conseguirá colmatar a descida do principal mercado emissor de turistas para Portugal que, este Verão, deverá ficar longe dos números de outros anos.

Inês de Matos
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Queda do mercado britânico preocupa Algarve e Madeira

As descidas apresentadas pelo mercado britânico, principalmente no Algarve e na Madeira, estão a preocupar as autoridades de Turismo centrais e regionais, mas também a hotelaria, que clama por mais e melhor promoção. Mas nem só com promoção se conseguirá colmatar a descida do principal mercado emissor de turistas para Portugal que, este Verão, deverá ficar longe dos números de outros anos.

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As descidas apresentadas pelo mercado britânico, principalmente no Algarve e na Madeira, estão a preocupar as autoridades de Turismo centrais e regionais, mas também a hotelaria, que clama por mais e melhor promoção. Mas nem só com promoção se conseguirá colmatar a descida do principal mercado emissor de turistas para Portugal que, este Verão, deverá ficar longe dos números de outros anos.

O crescimento do Turismo nacional tem sido animador e, em Maio, voltou a ser positivo, com aumentos globais de 3,5% no número de turistas, mas também de 9,5% nos proveitos, de acordo com os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Os números são positivos e mostram a pujança que o sector turístico nacional tem vindo a apresentar.

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No entanto, nem tudo é cor-de-rosa e há mesmo algumas nuvens cinzentas a acumularem-se por culpa do Reino Unido, o principal mercado emissor de turistas para Portugal, que assume uma importância ainda maior no Algarve e na Madeira, as regiões portuguesas que, por norma, acolhem o maior número de turistas britânicos.

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É que, até Maio, o mercado britânico desceu 6,1% em hóspedes e 7,4% em dormidas, uma tendência preocupante, que fez já soar as campainhas das autoridades turísticas nacionais. “Claro que o mercado inglês nos preocupa, porque é um dos nossos principais mercados”, disse recentemente aos jornalistas Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, quando confrontada com as descidas do Reino Unido.

A dimensão das quebras começa a ser preocupante, tanto que o Turismo de Portugal e a Secretaria de Estado do Turismo lançaram, em Junho, um plano de combate à sazonalidade para Algarve e Madeira, iniciativa que, como explicaria Ana Mendes Godinho, é dirigida à época baixa e funciona como “uma campanha de marketing muito táctica”, com o duplo objectivo de reforçar a presença de Portugal no Reino Unido, assim como noutros mercados emissores, naquilo a que a governante chama de “diversificação de mercados” e que tem sido uma das apostas para colmatar quebras em mercados tradicionais, como o britânico. Mas muito mais terá que ser feito se Portugal quiser voltar aos números de outros tempos.

Impacto

A descida do mercado britânico vem-se sentindo desde Outubro de 2017 e pode ser explicada por uma série de factores, com o Brexit à cabeça, mas também a desvalorização da libra face ao euro, que tem puxado para cima os preços nacionais, levando os britânicos a optarem por destinos mais económicos, como a Tunísia, Turquia e Egipto, agora já sem grandes problemas de segurança. Depois, é preciso ter em conta a falência de companhias como a Monarch, Niki ou airberlin, que traziam milhares de turistas britânicos e cuja capacidade ainda não foi reposta, mas também o clima, este Verão pouco convidativo a banhos de praia. “As razões que justificaram os aumentos da procura ao longo dos anos anteriores, explicam também as descidas que agora se verificam”, resume Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), e uma das vozes mais críticas.

O presidente da AHETA denuncia os “momentos de enorme preocupação” que os empresários e hoteleiros do Algarve vivem, até porque, “em 2017, os britânicos já haviam descido” 8,5% nos hotéis algarvios, o que, segundo o responsável, representou menos “82 mil turistas e 450 mil dormidas”. Este ano, as quebras continuam, atingindo os 9,2% “até ao final do mês de Junho”, com Elidérico Viegas a estimar que esta quebra possa “ultrapassar os 10% no final do ano, mais ou menos 120 mil turistas e 700 mil dormidas”.

Na Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) existe igualmente “alguma preocupação”, até porque, refere Cristina Siza Vieira, directora executiva da associação, “estamos a falar do principal mercado no Algarve, e do segundo na Madeira”. Para a responsável, é “determinante” repôr as rotas que desapareceram, até porque “a diminuição da oferta leva a que os preços dos bilhetes de avião aumentem e, com a desvalorização da libra face ao euro, essa situação ainda se agrava mais”.

Dora Coelho, directora executiva da Associação de Turismo do Algarve (ATA), compreende as queixas e diz que “os actuais números são preocupantes para todos”, motivo pelo qual considera que “o Algarve tem de saber reagir atempadamente de forma a contrariar esta tendência”, ideia também defendida por Roberto Santa Clara, presidente da Associação de Promoção da Madeira (AP-Madeira). “Sendo o maior mercado emissor para a Madeira – dados de 2017, em hóspedes e dormidas -, naturalmente que tem um impacto directo na performance do destino e, por essa razão, requer um acompanhamento quase diário”, explica, defendendo ainda que “é vital ir percebendo os sinais do mercado e potenciar as oportunidades de negócio”.

Promoção precisa-se

“Manda o bom senso e, já agora a técnica, que quando se vende menos se deve promover mais”, diz o presidente da AHETA e parece ter razão, já que também Roberto Santa Clara defende que, “em 2019, é vital reforçar a promoção de Portugal, e no caso da Madeira em particular”. O responsável madeirense sublinha que “não podemos baixar os braços e apenas usar os números do Turismo como uma bandeira que alavanca a economia”, mostrando-se confiante quanto ao “novo período de contratualização entre as regiões e o Turismo de Portugal”, que está à porta e para o qual diz ter “natural expectativa” de “boas notícias”.

Mas Elidérico Viegas vai mais longe e defende que é necessário mudar também o âmbito da promoção, que deverá ser “inteligente e desenvolvida em parceria com o sector privado”, uma vez que, sublinha, “concentrar meios financeiros nos operadores tradicionais não parece a estratégia correcta e mais adequada no actual quadro concorrencial”, pois estes “operadores estão mais focados no regresso aos destinos onde têm grandes investimentos e que apresentam preços imbatíveis, encontrando-se pouco receptivos aos destinos de proximidade, considerados alternativos e pouco rentáveis”, considera. Para o responsável, “as estratégias promocionais não podem centrar-se nos apoios à operação, mas antes no ‘independent Traveller’, canais online, comercialização directa e transporte aéreo”, pois no Algarve a maioria das vendas já é “assegurada através da comercialização directa online”.

Dora Coelho concorda com a necessidade de incrementar a promoção e diz que, por isso, a ATA está a trabalhar num “projecto suplementar de promoção do Algarve”, com “acções especificas para fomentar o crescimento turístico durante os meses de Inverno”, com o qual espera “recuperar o vazio deixado pela insolvência das companhias aéreas”.

Na Madeira, a prioridade é semelhante, já que também Roberto Santa Clara diz que o destino tem vindo a trabalhar em “prol da recuperação da oferta de transporte aéreo”, “felizmente” já com bons sinais a aparecer, como confirmaram as “as recentes notícias de aumento de capacidade da British Airways e da Jet 2”, bem como sobre a “reintrodução de duas ligações semanais da Thomas Cook UK e o ligeiro aumento de capacidade da TUI UK para o W18/19”.

A campanha lançada pelo Turismo de Portugal e Secretaria de Estado do Turismo para a época baixa é, de forma geral, encarada como positiva, até porque, sublinha Dora Coelho, mostra que as autoridades continuam “a ter uma atenção e sensibilidade adequadas para avaliar as especificidades de cada região”.

Já Cristina Siza Vieira diz que “todas as iniciativas que visem aumentar da taxa de ocupação entre os meses de Outubro e Março, bem como a estada média, são bem-vindas”, mas entende que é necessária também “uma reflexão de fundo sobre o posicionamento do Algarve” e aponta o “investimento nas infraestruturas hoteleiras” como prioridade, lembrando que o “Algarve foi excluído das linhas do Portugal 2020, pelo que as condições de acesso ao crédito são bem mais gravosas, e é natural e imprescindível fazer um ‘refrescamento’ da oferta”.

Expectativas

Ana Mendes Godinho não se cansa de falar na diversificação de mercados como forma de compensar as descidas dos tradicionais e, para Elidérico Viegas, esta é uma aposta correcta, já que “os mercados com pouca expressão nas dormidas totais – França, Bélgica, Dinamarca, Suécia, Polónia, Canadá, Itália e Suíça – vêm mostrando comportamentos que surpreendem pela positiva, todos registam subidas muito interessantes”, motivo que leva o responsável a afirmar que “tem lógica e faz sentido o desenvolvimento de acções promocionais direccionadas para estes mercados, tendo em vista consolidar estes aumentos”.

Ainda assim, o responsável está apreensivo e considera que, apesar da subida dos preços, que tem permitido o crescimento dos proveitos, se as “descidas na procura” se mantiverem, “os proveitos totais e, sobretudo, os resultados empresariais só podem diminuir”, diz, alertando as perspectivas não são de crescimento nos próximos anos”.

Dora Coelho mostra-se mais confiante e acredita que o projecto que a ATA está a desenvolver vai contribuir para “tornar o Algarve numa fonte de atracção de novos públicos durante todo o ano e num destino competitivo capaz de fidelizar clientes e de voltar a conquistar os mercados que têm vindo a decrescer”, afirmando que “a expectativa é que a região consiga recuperar ou até mesmo ultrapassar os números obtidos no ano transacto”. No entanto, a responsável alerta que “esta perspectiva não será, à partida, concretizável já́ neste Verão, mas possivelmente até ao final do ano”.

Na Madeira, Roberto Santa Clara diz que a região tem vindo também a trabalhar “na consolidação de mercados importantes, como o holandês e o francês”, além dos EUA e Brasil, que “têm um elevado potencial de crescimento”. Em relação ao mercado britânico, o responsável espera que “exista um reajuste da procura e que, em 2019, se assista a uma efectiva recuperação”, caso não se verifiquem alterações no mercado.

Mais reticente está a AHP, que invoca um inquérito realizado junto dos seus associados, segundo o qual o mercado britânico deverá cair para 32% dos inquiridos do Algarve e para 59% dos inquiridos na Madeira. “Por isso, não sabemos se iremos atingir os números de outros anos, mas sabemos que há uma aposta grande em mercados como o americano, o brasileiro ou o chinês e que o número de turistas provenientes desses países tem aumentado”, conclui a responsável.

Procura britânica na easyJet continua em alta
Apesar da descida do número de turistas britânicos em Portugal, a easyJet continua a ter os seus voos cheios, com José Lopes, director da easyJet em Portugal, a afirmar que a low cost britânica está “a crescer no mercado britânico para Portugal, nos quatro aeroportos”.
“Não sentimos nenhum retrocesso, antes pelo contrário, Portugal continua a ser um destino com boa apetência, aliás, se não fosse, não estaríamos agora a abrir, para o Inverno, que não é a altura mais forte em termos de aviação, mais uma rota do Reino Unido para Faro, a Faro-Manchester”, disse o responsável, durante o Farnborough International Airshow 2018.
José Lopes diz não acreditar que “o Turismo britânico vá deixar de escolher Portugal como um dos principais destinos de férias”, apesar de compreender as queixas da hotelaria. “A hotelaria queixa-se que há menos britânicos porque houve uma companhia importante a ir à falência [Monarch]. Aquilo que nós temos sentido é que, nas nossas rotas, nomeadamente para Faro e Funchal – onde essa companhia operava com mais força -, continuamos a ver o tráfego a crescer. Portanto, não vemos nenhuma retracção, pelo contrário, o mercado britânico tem continuado a subir”, explicou.
Ainda assim, José Lopes acredita que o mercado “levará algum tempo a ajustar-se”, uma vez que muitas das rotas da Monarch “não eram rentáveis” e “as companhias que ficam não vão operar rotas se não forem rentáveis. Por isso, poderá levar algum tempo, mas o mercado ajustar-se-á”, acrescentou.

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Portugal Events conta com 16M€ e passa a incluir também eventos regionais das ERT

O sistema de incentivos Portugal Events foi reformulado e conta agora com uma dotação orçamental de 16 milhões de euros para apoio a eventos em 2025 e 2026, passando também a prever a “possibilidade de as Entidades Regionais de Turismo [ERT] apresentarem planos integrados de eventos de base regional”, segundo o Turismo de Portugal.

Publituris

O sistema de incentivos Portugal Events foi reformulado e conta agora com uma dotação orçamental de 16 milhões de euros para apoio a eventos em 2025 e 2026, passando também a prever a “possibilidade de as Entidades Regionais de Turismo [ERT] apresentarem planos integrados de eventos de base regional”, indica o Turismo de Portugal, em comunicado.

“Inserido no Programa Acelerar a Economia, o Portugal Events é agora reformulado através da nova Portaria (nº 34/2025/1 de 10 de fevereiro) que pretende tornar este sistema de incentivos mais abrangente”, explica o Turismo de Portugal, sublinhando que a inclusão das ERT visa reforçar “a atuação do Portugal Events às necessidades de desenvolvimento de cada região, promovendo a descentralização do turismo e a dinamização das economias locais, nomeadamente nos Territórios de Baixa Densidade”.

Segundo Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, com esta reformulação, o Portugal Events passa a assumir “um papel determinante no apoio a eventos de caráter distintivo, garantindo a sua realização ao longo de todo o ano e em todo o território nacional”.

“O enfoque dado aos Territórios de Baixa Densidade, torna-o num mecanismo de apoio estratégico para a descentralização do turismo e a dinamização das economias locais. Ao potenciar a diversidade e a sustentabilidade do panorama cultural e turístico das regiões, contribui também para a valorização e projeção internacional de Portugal enquanto destino turístico de referência”, acrescenta o responsável.

Este sistema de incentivos abrange três categorias de eventos, contando cada uma com “critérios específicos de elegibilidade e financiamento”, concretamente os Eventos Turísticos Estratégicos, ou seja, “iniciativas de grande escala, com um investimento mínimo de 500 mil euros, que contribuam para a promoção internacional de Portugal”.

Nesta primeira categoria de eventos, o apoio financeiro pode chegar aos 250 mil euros, com uma majoração de 25% caso os eventos sejam realizados em Territórios de Baixa Densidade.

Depois, há também os Eventos Associativos e Corporativos, como congressos, seminários e reuniões que, “pela sua relevância e impacto, dinamizem as economias locais e fomentem a atração de turistas”. Neste caso, o apoio pode alcançar os 50 mil euros, com uma majoração adicional de 25% quando realizados em Territórios de Baixa Densidade.

A terceira categoria consiste nos Planos Anuais de Eventos das Entidades Regionais de Turismo, como o apoio a estratégias regionais integradas, com contam com um “financiamento máximo de 400 mil euros por plano, sendo valorizada a dispersão dos eventos ao longo do ano e a sua distribuição pelo território”.

Este ano, o Portugal Events conta com uma dotação orçamental de 16 milhões de euros, verba que já inclui “a disponibilização do montante de 2,8 milhões de euros, por ano, destinada a apoiar planos integrados de eventos regionais, promovidos pelas Entidades Regionais de Turismo”.

A submissão de candidaturas deverá ser efetuada junto do Turismo de Portugal, através do Sistema de Gestão de Projetos de Investimento (SGPI), mediante preenchimento do formulário próprio.

 

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LATAM Airlines opera mais uma frequência semanal entre Lisboa e São Paulo no verão

A LATAM Airlines vai aumentar a sua operação entre Lisboa e São Paulo, no Brasil, próximo verão, passando a disponibilizar oito voos por semana, aos quais se junta outro voo semanal entre Lisboa e Fortaleza, na nova rota que a companhia aérea abre a 7 de abril.

Inês de Matos

A LATAM Airlines vai aumentar a sua operação entre Lisboa e São Paulo, no Brasil, próximo verão, passando a disponibilizar oito voos por semana, aos quais se junta outro voo semanal entre Lisboa e Fortaleza, na nova rota que a companhia aérea abre a 7 de abril, disse ao Publituris Thibaud Morand, diretor-geral da companhia aérea para a Europa e Oceania.

“Estamos satisfeitos por poder apresentar um ligeiro crescimento das operações em relação ao verão de 2024, apesar do congestionamento do aeroporto de Lisboa durante o período de verão. A LATAM irá propor até nove frequências semanais entre Lisboa e São Paulo, operadas em Boeing 777 e 787-900, representando um aumento de +20% de lugares em relação ao ano passado”, explicou o responsável, em resposta a uma questão do Publituris.

Apesar do aumento face ao verão de 2024, quando a companhia aérea foi obrigada a reduzir as ligações para sete voos por semana devido à capacidade limitada do Aeroporto de Lisboa, a operação da LATAM durante a época alta fica, no entanto, aquém da disponibilizado durante a temporada de inverno, na qual a transportadora sul-americana tem vindo a realizar 13 voos por semana entre Lisboa e São Paulo.

Thibaud Morand diz que o mercado nacional tem apresentado um bom comportamento nos voos da LATAM Airlines e “cresceu muito no último ano”, o que leva a transportadora a manter a aposta nos voos para Portugal.

“Em Portugal, o balanço é muito positivo, durante 2024 vimos o nosso crescimento consolidado e temos agora até 13 ligações semanais durante a época de inverno. O crescimento tem sido enorme e estamos muito satisfeitos por isso e por podermos oferecer aos nossos passageiros mais opções a partir de Lisboa”, acrescenta o diretor-geral da para a Europa e Oceania.

Por isso, a LATAM Airlines abre, a 7 de abril, uma nova rota entre Lisboa e Fortaleza, no nordeste do Brasil, “retomando um voo semanal direto entre as duas cidades que deixou de existir em 2009”.

“Na LATAM Airlines estamos sempre à procura de oportunidades para expandir a nossa oferta e esta nova rota é de grande importância tanto para a companhia como para a região nordeste do Brasil, reforçando ainda mais a ligação entre a Europa e o Brasil”, sublinha ainda Thibaud Morand.

 

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Alojamento turístico gera 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais em 2024

Depois de apurados os totais das dormidas (80,3 milhões) e hóspedes (31,6 milhões), relativamente 2024, o INE divulga os proveitos gerados em Portugal no ano passado: 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais e 5,1 mil milhões de euros de proveitos de aposento.

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Em dezembro de 2024, os proveitos totais atingiram 313,8 milhões de euros e os de aposento ascenderam a 222,5 milhões de euros, refletindo crescimentos de 9,2% e 9,3%, respetivamente (+16,7 em novembro, em ambos), revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No que diz respeito aos resultados preliminares de 2024, os números do INE apontam, com base nos 31,6 milhões de hóspedes (+5,2%) e 80,3 milhões de dormidas (+4%; +2,4% nos residentes e +4,8% nos não residentes) nos estabelecimentos de alojamento turístico, para 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais e 5,1 mil milhões de euros de proveitos de aposento (+10,9% face a 2023, em ambos).

Estes crescimentos representam, contudo, um abrandamento face à evolução registada em 2023 face ao ano anterior de 2022, em que os proveitos totais e os proveitos de aposentos apresentaram aumentos de 20% e 21,4%, respetivamente.

Proveitos crescem globalmente
Em dezembro, a Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (33,6% dos proveitos totais e 35,9% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (18,3% e 18,2%, respetivamente) e da Madeira (17,8% e 17,3%, pela mesma ordem).

De resto, todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem na Madeira (+22,6% nos proveitos totais e +25,3% nos de aposento).

No conjunto do ano de 2024, os proveitos aumentaram em todas as regiões, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido nas Regiões Autónomas dos Açores (+20,2% nos proveitos totais e +22% nos de aposento) e da Madeira (+15,3% e +16,3%, pela mesma ordem).

O INE indica ainda que o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de dezembro. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,6% e 85,7% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 9,8% e 10,1%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 4% nos proveitos totais e 4,4% nos proveitos de aposento (quotas de 8,5% e 10,5%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% e 3,8%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 9,5% e 6,3%, respetivamente.

Recorde-se que no conjunto do ano 2024, os resultados preliminares apontam para 31,6 milhões de hóspedes (+5,2%) e 80,3 milhões de dormidas (+4%; +2,4% nos residentes e +4,8% nos não residentes) nos estabelecimentos de alojamento turístico.

As dormidas de não residentes predominaram (70,3% do total) e atingiram 56,4 milhões, enquanto as realizadas por residentes (29,7% do total) totalizaram 23,9 milhões, refletindo aumentos de 4,8% e 2,4%, respetivamente. Face a 2023, acentuou-se ligeiramente a dependência dos mercados externos (69,8% em 2023), atingindo-se o peso mais elevado desde 2018 (70,4%).

As dormidas de residentes foram dominantes apenas em duas regiões, Centro e Alentejo (67,1% e 66,5%, respetivamente). Por sua vez, as regiões onde a dependência dos mercados externos foi mais expressiva no último ano foram a Madeira e a Grande Lisboa (85,3% e 82% do total de dormidas em 2024, pela mesma ordem).

Os mercados estrangeiros predominaram em todos os meses de 2024, com maior preponderância nos meses de outubro e de maio, em que representaram 75,5% e 75,3% do total das dormidas apuradas em cada mês, respetivamente. Nos meses de dezembro e agosto registaram-se as menores dependências dos mercados externos, tendo as dormidas de residentes representado 37,9% e 34,6% do total de cada mês, respetivamente.

Reino Unido mantém liderança
Em 2024, o mercado britânico manteve-se como o principal (18,1% do total de dormidas de não residentes) e cresceu 2,7%. Seguiram-se os mercados alemão (11,3% do total), espanhol (9,7% do total), norte americano (9,2% do total) e francês (+8% do total).

Em 2024, o trimestre de verão (julho a setembro) foi aquele em que as dormidas de residentes apresentaram maior quota (31,1% em 2024, após 31,7% em 2023). Em sentido contrário, foi no 2.º trimestre que se registou uma maior dependência dos mercados externos (73,2%, 72,2% em 2023). Em termos trimestrais, o mercado britânico foi sempre o principal mercado nos últimos dois anos, embora com ligeiras perdas nas quotas de mercado dos últimos três trimestres (face aos mesmos trimestres em 2023). No 4.º trimestre, este mercado representou 17% das dormidas de não residentes (-0,5 p.p. face ao 4º trimestre de 2023). No 4.º trimestre, o mercado alemão representou 12,3% do total das dormidas de não residentes (+0,1 p.p. face a 2023). Seguiu-se o mercado norte americano com uma quota de 9,8% do total (+0,4 p.p.).

Em 2024, a Grande Lisboa foi a região NUTS II onde se registou uma menor dependência, quer do principal mercado externo (16,1% do total das dormidas de não residentes) quer do conjunto dos três principais mercados externos (32,8%). Seguiram-se os Açores (17,4%), o Alentejo (17,7%) e o Norte (17,9%) como regiões de menor dependência do principal mercado externo.

Por sua vez, a Península de Setúbal foi a segunda região com menor dependência do conjunto dos três principais mercados externos (37,7%). Em sentido contrário, o Algarve foi a região mais dependente do principal mercado externo, que representou 36,6% das dormidas de não residentes registadas na região. Seguiram-se o Centro (25,3%), a Madeira (24,2%) e o Oeste e Vale do Tejo (24,1%). O Algarve e a Madeira foram as regiões mais dependentes do conjunto dos três principais mercados externos (58,8% do total das dormidas de não residentes), seguida do Algarve (56,1%).

Espanha foi o principal mercado externo em cinco regiões: Centro (25,3% das dormidas de não residentes), Oeste e Vale do Tejo (24,1%), Península de Setúbal (18,2%), Norte (17,9%) e Alentejo (17,7%). Os Estados Unidos foram o principal mercado nos Açores (17,4%) e na Grande Lisboa (16,1%). A Alemanha foi o principal mercado externo na Madeira (24,2%) e o Reino Unido foi o principal mercado externo no Algarve (36,6%).

Norte e Lisboa representam cerca de metade do acréscimo de dormidas registado em 2024
Em 2024, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram mais 3,1 milhões de dormidas do que em 2023, com os não residentes a serem responsáveis por 82,1% deste acréscimo de dormidas (+2,6 milhões de dormidas). Os residentes contribuíram com 557,7 mil dormidas adicionais face a 2023.

O mês de março foi o que mais contribuiu para o acréscimo anual (645,2 mil dormidas adicionais) e o mês de abril foi o único com dormidas abaixo dos níveis de 2023 (-295,7 mil dormidas).

No seu conjunto, os meses de março e abril contribuíram com 349,6 mil dormidas adicionais.

O mês de maio foi o segundo mês que mais contribuiu para o crescimento anual (acréscimo de 544,9 mil dormidas), seguindo-se o mês de novembro (440,9 mil dormidas adicionais). Relativamente às dormidas de residentes, o mês de novembro foi o que registou maior crescimento absoluto do número de dormidas face a 2023 (299,5 mil dormidas adicionais), seguindo-se o mês de agosto (+165,0 mil dormidas).

Nas dormidas de residentes, registaram-se decréscimos em abril (-250,1 mil dormidas), julho (-62,6 mil dormidas), setembro (-13,1 mil dormidas) e janeiro (-11,6 mil dormidas).

Nos mercados externos, o mês de março também foi aquele em que se registou maior acréscimo absoluto do número de dormidas (+493,9 mil dormidas), seguindo-se o mês de maio (+411,4 mil dormidas). Apenas em abril se registou um decréscimo do número de dormidas de não residentes face a 2023 (-45,6 mil dormidas).

Em termos regionais, o Norte (843,3 mil dormidas adicionais) registou o maior crescimento absoluto do número de dormidas face a 2023, seguindo-se a Grande Lisboa (+685,9 mil dormidas). Estas duas regiões contribuíram, no seu conjunto, com 49% para o acréscimo de dormidas registado em 2024 (Norte: 27%, Grande Lisboa: 22%).

As dormidas de residentes registaram o maior crescimento absoluto no Centro (+218,9 mil dormidas), seguindo-se o Norte (+147,8 mil dormidas).

Em termos de dormidas de não residentes, os maiores acréscimos absolutos observaram-se no Norte (+695,5 mil dormidas) e na Grande Lisboa (+631 mil dormidas).

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Emprego e Formação

Nova Edição: Entrevista a Catarina Paiva (Turismo de Portugal), Dakhla, Euroairlines e dossier Companhias Aéreas

A próxima edição do Publituris faz capa com a entrevista a Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal. Além disso, viajámos até Dakhla, entrevistámos o CEO da Euroairlines e dedicamos o dossier às Companhias Aéreas.

Publituris

A entrevista a Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, faz capa da nova edição do Publituris. A responsável pela área da formação do Turismo de Portugal faz o ponto da situação dos projetos que estão a ser desenvolvidos nas 12 Escolas de Hotelaria e Turismo, iniciativas que, conforme afirmou, “refletem o compromisso em preprar os profissionais para os desafios atuais e futuros, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do setor. Catarina Paiva avança ainda que “estamos permanentemente atentos às necessidades de mercado para poder dar respostas alinhadas com o que os profissionais e empresas precisam”.

Prémios
Esta edição do Publituris divulga, novamente, a 13.ª edição dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025”.

Com 89 nomeados, as 15 categorias são: Melhor Operador Turístico, Melhor Agência Corporativa, Melhor Consolidador, Melhor DMC, Melhor Distribuidor B2B, Melhor GSA Aviação, Melhor Sistema Global de Distribuição, Melhor Empresa de Gestão Hoteleira, Melhor Empresa de Software de Gestão Hoteleira, Melhor Startup, Melhor Consultoria e Assessoria em Turismo, Melhor Formação Turismo, Melhor Parceiro Segurador, Melhor Empresa de Organização de Eventos, Melhor Venue para Eventos e Congressos, existindo ainda a categoria de Personalidade do Ano, prémio atribuído diretamente pela redação do Publituris.

Os vencedores serão conhecidos no primeiro dia da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, a 12 de março, a partir das 11h00.

Dakhla
Situada no sul de Marrocos, Dakhla é onde o mar beija o deserto, numa dança mágica, revelando-se como um destino de sonho para os amantes da natureza, da aventura e do bem-estar. O Publituris foi visitar a região a convite do Turismo de Marrocos.

Euroairlines
No ano em que celebra o 25.º aniversário, a Euroairlines registou um incremento de 150% na faturação, ultrapassando os 12 milhões de euros. Na FITUR, o Publituris conversou com Antonio López-Lázaro, CEO da companhia, que revelou que o objetivo é duplicar as receitas já em 2025.

Dossier: Companhias Aéreas
Em 2024, a procura por transporte aéreo manteve-se em alta e assim deve continuar no próximo verão IATA, esperam as companhias aéreas que operam em Portugal e que anteveem um verão de oportunidades, apesar das incertezas económicas e outros desafios que devem marcar a próxima época alta da aviação, que vigora entre 30 de março e 25 de outubro.

O próximo verão IATA vai, de resto, ficar marcado pela abertura de várias rotas e pelo aumento de capacidade de muitas das companhias aéreas que operam em Portugal. O Publituris conta tudo.

Pulse Report
O Publituris PULSE Portugal, uma parceria entre o Publituris e a Guestcentric, mostra que a evolução da procura no mês de janeiro de 2025 apresenta-se como a maior de sempre em termos de reservas em noites, com +7% face a janeiro de 2024.

Com a estrutura de mercado a ser igual a 2024, os EUA lideram com 29%, seguidos do mercado nacional (19%) e Reino Unido.

No que diz respeito ao desempenho por regiões, é a Madeira que lidera, com um crescimento de 29%, em janeiro de 2025 face ao mesmo mês de 2024, seguindo-se o Porto (+16%) e o Norte (+14%).

Já nas expectativas de fevereiro, é o Norte que lidera, com um crescimento de 51% face a fevereiro de 2024, seguindo-se o Algarve (+37%) e o Alentejo (+19%).

Opiniões
As opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) – “A agenda da sustentabilidade”; Ana Jacinto (secretária-geral da AHRESP) – “Turismo: O melhor ‘destino’ para o amor”; Tiago Afonso Pais (NAU São Rafael Suites) – “Como combater a sazonalidade e manter a qualidade da oferta?”; e Pedro Castro (SkyExpert) – “Não nos SAFamos”.

Leia a edição completa aqui

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Transportes

Sevenair retoma voos Bragança-Portimão a 19 de fevereiro

Os voos da Sevenair na rota Bragança/Vila Real/Viseu/Portimão/Cascais vão contar com uma frequência diária, entre segunda-feira e sábado, até março, passando a duas ligações aéreas por dia entre abril e outubro.

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A Sevenair vai retomar, a 19 de fevereiro, os voos entre Bragança e Portimão, com escala em Cascais, informou a empresa que realiza os voos, após o Tribunal de Conta ter dado visto prévio ao contrato assinado entre o Estado e a Sevenair.

Os voos Bragança/Vila Real/Viseu/Portimão/Cascais vão contar com uma frequência diária, entre segunda-feira e sábado, até março, passando a duas ligações aéreas por dia entre abril e e outubro.

“Decorrente do contrato de concessão, válido por quatro anos, a Sevenair vai retomar os voos diários de segunda a sábado até março, duplicando a frequência entre abril e outubro, reforçando assim a oferta de operação num período de maior procura”, lê-se num comunicado enviado à imprensa pela Sevenair.

Na informação divulgada, a empresa explica que “o Governo viu-se na obrigação de recorrer a um novo ajuste direto com vista a garantir a continuidade da rota”, uma vez que houve vários atrasos após o lançamento do concurso público.

“Uma vez que ainda era necessário regularizar a dívida financeira, a Sevenair decidiu suspender as ligações entre Bragança e Portimão a partir de 1 outubro, data em que terminou o segundo ajuste direto realizado com a companhia para que pudesse assegurar a rota”, explica ainda a Sevenair.

Recorde-se que o anterior contrato entre o Estado e a Sevenair decorreu entre março de 2019 e fevereiro de 2022, tendo sido prorrogado até fevereiro de 2024.

 

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MSC World America

Transportes

MSC Cruzeiros soma 52.699 passageiros em 2024 e atinge quota de mercado de 64,8% em Portugal

A MSC Cruzeiros terminou o ano de 2024 com um total de 52.699 passageiros em cruzeiros regulares, o que corresponde a um aumento de 5,4% face ao ano de 2023 e a uma quota de mercado de 64,8% em Portugal, segundo comunicado da companhia.

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A MSC Cruzeiros terminou o ano de 2024 com um total de 52.699 passageiros em cruzeiros regulares, o que corresponde a um aumento de 5,4% face ao ano de 2023 e a uma quota de mercado de 64,8% em Portugal.

“Este resultado demonstra a forte preferência dos portugueses pelos cruzeiros da MSC, que oferece uma variedade de destinos e experiências a bordo de seus navios modernos e luxuosos”, congratula-se a companhia de cruzeiros, num comunicado enviado à imprensa.

Segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros em Portugal, os resultados superaram as expectativas da companhia de cruzeiros, que atingiu “todos os objetivos previstos para este ano”.

“É com grande satisfação que temos vindo a ter um crescimento consistente no número de passageiros, superando as expetativas e consolidando a nossa posição como líderes de mercado. O ano de 2024 não foi exceção e voltámos a atingir todos os objetivos previstos para este ano e continuámos a inovar e a apresentar cada vez mais novidades”, afirma o responsável.

Eduardo Cabrita destaca os cruzeiros com embarque e desembarque em Lisboa no verão como um dos pontos altos da MSC Cruzeiros em 2024, assim como os cruzeiros com partida e chegada ao Funchal no inverno, além das escalas inaugurais do MSC Euribia em Lisboa e no Funchal e do MSC Virtuosa em Ponta Delgada.

Os cruzeiros portugueses, acrescenta o responsável, estiveram entre os mais procurados no mercado nacional, com destaque para os itinerários Lisboa-Lisboa, assim como para os itinerários no Mediterrâneo, o que, atribui Eduardo Cabrita, se deve à “proximidade geográfica”.

“Os cruzeiros com embarque e desembarque no Funchal têm vindo a apresentar números muito positivos e tem sido um produto muito apreciado especialmente pelos madeirenses. Ainda assim, nos últimos anos temos assistido a um crescimento acentuado na procura por regiões como o Norte da Europa e as Caraíbas que têm vindo a representar uma fatia cada vez maior nas nossas vendas”, refere ainda o diretor-geral da MSC Cruzeiros em Portugal.

Além disso, o responsável considera que também os eventos comerciais, como a BTL, o MSC All-Stars at the Sea e o roadshow da companhia, foram importantes para os resultados alcançados.

Otimismo em alta para 2025

Os bons resultados de 2024 dão otimismo à MSC Cruzeiros quanto a 2025, com Eduardo Cabrita a admitir que a companhia de cruzeiros quer “continuar a crescer”, de forma a consolidar a sua posição no mercado.

“As expetativas são sempre muito elevadas e queremos continuar a crescer, consolidando a nossa posição no mercado, pelo que esperamos que 2025 seja um ano ainda melhor em termos de número de passageiros e a chegada do MSC World America irá certamente ajudar nessa tendência de crescimento”, avança o responsável.

Para 2025, garante o diretor-geral da MSC Cruzeiros Portugal, a companhia de cruzeiros vai voltar a contar com “cruzeiros imperdíveis para todos os gostos”, seja “embarcando à porta de casa com os cruzeiros portugueses, descobrindo a beleza das ensolaradas Caraíbas e do cativante Mediterrâneo ou do deslumbrante Norte da Europa”.

 

 

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Distribuição

Newblue aterra com operação charter na Jamaica em junho

É já a partir de 4 de junho que a Newblue inicia a operação charter para a Jamaica. Ao Publituris, Duarte Correia, diretor-geral da World2Meet, que detém a Newblue, explicou que “é preciso oferecer novidade e diferenciação ao mercado português”.

Victor Jorge

A Newblue, operador pertencente ao universo World2Meet (W2M), acaba de juntar a Jamaica aos outros destinos já existentes no Caribe (Cuba, México e República Dominicana). No último dia da fam/presstrip que o operador organizou, Duarte Correia, diretor-geral da W2M, falou com o Publituris em Montego Bay, salientando que “é preciso oferecer novidade e diversificar produtos para o mercado português”.

Com a operação direta, em voo charter, a arrancar a 4 de junho e a terminar em setembro, mas já com um prolongamento por mais três semanas garantido, estendendo-se, assim, até outubro, Duarte Correia explicou que “estamos neste momento com o avião na China a fazer as alterações para esta operação”. O diretor-geral da W2M explicou que os 35 lugares em Executiva deixarão de existir, “uma vez que esta operação será Full Economic”, fazendo com que o A330 passe a disponibilizar 382 lugares nos voos entre Lisboa e Montego Bay, na Jamaica.

Consciente de que “não estamos a inventar nada, já que se trata de uma operação que já existiu em Portugal”, a permanência do destino na oferta “dependerá da resposta do mercado”, admitiu Duarte Correia que salientou, no entanto, que “na situação anterior, o voo não era direto. Nós apostamos num voo direto e julgamos que isso fará toda a diferença”. Aliás, de acordo com o responsável pela operação da W2M no nosso país, “o primeiro voo já está vendido, faz algum tempo”.

A aposta na diferenciação tem, contudo, uma componente “obrigatória”, já que o português “nunca fará o Caribe sem praia”, frisa Duarte Correia que adianta que, “além disso, a oferta em termos de hotelaria também dá mais garantias de qualidade com várias cadeias internacionais conhecidas [RIU e Iberostar são algumas delas] a transmitirem essa confiança tanto no alojamento como na comida e animação”.

Grupo de agentes e imprensa à chegada a Negril (Jamaica) na fam/presstrip organizada pela Newblue

Para Duarte Correia existem, no entanto, dois fatores que farão da Jamaica um destino procurado. Por um lado, aqueles que “já conhecem e pretendem regressar ao fim de mais de 10 anos e outros que não conhecem e pretendem conhecer um destino novo e diferente. Não nos podemos esquecer que quem hoje tem 25 ou 30 anos, há 10 anos tinha 15 ou 20. Por isso, esta fator de novidade e diferenciação farão toda a diferença num mercado que procura constantemente destinos novos”.

Considerando que a Jamaica é um destino para viagens em família, casais ou individuais, o diretor-geral da W2M admite que possa ser “ligeiramente mais caro do que os outros destinos das Caraíbas”, mas que traz uma componente de “novidade e de experiências complementares que farão com que os portugueses procurem a Jamaica”.

De resto, o feedback dos agentes de viagens convidados para esta fam/presstrip foi, segundo Duarte Correia, “muito bom. Apresentamos um produto novo, diferente e apesar de ser Caraíbas, essa componente de novidade e diferenciação é valorizada por quem está no mercado, já que tem em mãos algo novo para apresentar aos seus clientes”.

Com a operação para a Jamaica a aumentar a capacidade para as Caraíbas em 18%, Duarte Correia refere que em termos totais, o crescimento das vendas do operador está “nesta altura em 25% face a 2024”, admitindo que “ainda existe muita coisa para vender, mas, de uma forma geral, à BTL deste ano [2025], em todos os destinos, temos cerca de 60% a 65% da operação vendida, o que é bastante positivo”, frisando, igualmente, que “os portugueses estão a viajar cada vez mais fora das épocas de pico, o que é bom”.

Certo é que “termos atingido a relevância que atingimos em três anos é assinalável e a prova disso é que este ano [2025] vamos chegar aos 90 a 100 mil lugares o que corresponde a um crescimento global na ordem dos 30% face ao ano anterior”.

*Pode ler a entrevista completa a Duarte Correia, diretor-geral da W2M, e a reportagem sobre a Jamaica nas próximas edições do jornal Publituris

*O jornal Publituris viajou para a Jamaica a convite da Newblue

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Meeting Industry

“Portugal está cada vez mais na agenda de wedding planners internacionais”

Depois da mudança do naming, de BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa para BTL – Better Tourism Lisbon Travel, a maior feira do setor do turismo em Portugal apresenta uma nova área dedicada aos casamentos. Para Dália Palma, Gestora Coordenadora da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, o “interesse crescente” por serviços relacionados com casamentos, revelou uma “oportunidade para estruturar esta oferta de forma mais clara e coesa e criar uma área com uma oferta alargada”.

Victor Jorge

A 35.ª edição da BTL, agora Better Tourism Lisbon Travel Market, traz novidades. Uma delas é uma área dedicada aos casamentos que a organização da maior feira de turismo, em Portugal, batizou de “BTL Weddings”, a realizar nos dias abertos ao público, ou seja, 15 e 16 de março. De acordo com Dália Palma, Gestora Coordenadora da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, a organização tenciona receber “cerca de 30 expositores”, esperando que esta nova área se torne “uma referência no setor, proporcionando novas oportunidades de negócios, parcerias e visibilidade para as empresas participantes”.

Certo é que os números apurados pela organização da BTL revelam que, em 2023, realizaram-se 36.980 casamentos no país, dos quais 7.532 envolveram casais estrangeiros ou uniões entre portugueses e estrangeiros”. Ou seja, “Portugal está cada vez mais na agenda de wedding planners internacionais”, considera Dália Palma.

A BTL 2025 vai ter uma nova área: “BTL Weddings”. Qual a razão desta nova área na BTL?
A criação da “BTL Weddings” surge da necessidade identificada pela BTL em acompanhar as tendências do mercado e responder a uma procura crescente por soluções personalizadas e de qualidade no sector dos casamentos.

Vamos reunir, num só espaço, serviços e produtos personalizados para casamentos, oferecendo uma plataforma única para marcas, fornecedores e profissionais apresentarem soluções inovadoras a um público diversificado, garantido um selo de qualidade e confiança.

Que análise fizeram que vos fez ter esta nova área dedicada aos casamentos?
A decisão de criar a nova área dedicada a casamentos na BTL 2025 foi baseada em análises concretas e feedback directo dos visitantes das edições anteriores. Observámos um interesse crescente por serviços relacionados com casamentos, como quintas, hotéis, catering, viagens para Lua de mel e outros, que já participavam directamente no evento. Este comportamento revelou uma oportunidade para estruturar esta oferta de forma mais clara e coesa e criar uma área com uma oferta alargada.

Além disso, identificámos que o setor de casamentos tem um impacto significativo no turismo, com muitas cerimónias realizadas em destinos específicos, o que gera procura por serviços turísticos e contribui para a economia local.

A “BTL Weddings” realiza-se nos dias abertos ao público, ou seja, dias 15 e 16 de março? Porque não abrir esta nova área nos dias para profissionais?
A realização da “BTL Weddings” nos dias abertos ao público permite um contacto direto com os consumidores finais, ou seja, com os próprios casais que procuram soluções para o seu casamento. Assim, os expositores têm a oportunidade de apresentar e vender os seus serviços diretamente ao público-alvo.

30 expositores para começar
O que esperam desta nova área? Qual será o espaço a ocupar por esta nova área e quantos expositores terão?
Espera-se que esta nova área se torne uma referência no setor, proporcionando novas oportunidades de negócios, parcerias e visibilidade para as empresas participantes.

Nesta 1.ª edição tencionamos receber cerca de 30 expositores oferecendo, desta forma, uma resposta completa e personalizada aos nossos visitantes.

A missão da BTL é promover a oferta de produtos turísticos do destino nacional. Para alcançar esse objetivo, é essencial criar espaços de exposição e promoção destinados aos diversos players nos vários segmentos do mercado. A criação dessa área responde às necessidades tanto da oferta quanto da procura.


Que tipo de empresas/fornecedores estarão presentes neste novo espaço/área da “BTL Weddings”?
A “BTL Weddings” contará com fornecedores de diversos setores relacionados com casamentos, como organização de eventos ou wedding planners, espaços para eventos; serviços de catering; decoração e design de eventos; fotografia e vídeo; moda; entretenimento, entre outros.

Haverá espaço para alguma dinamização desta nova área com algumas ações específicas?
Para além das ações que serão desenvolvidas pelos próprios expositores, contamos desenvolver algumas atividades diretamente ligadas a esta área, como apresentações e pitches destinados ao público-alvo, sejam visitantes ou profissionais. Esta área vai estar localizada no pavilhão 3, o conhecido pavilhão da hotelaria e serviços.

Têm suppliers ou buyers internacionais para esta nova área?
Portugal está cada vez mais na agenda de wedding planners internacionais, que escolhem o país como destino de eleição para a organização de casamentos devido à grande qualidade da sua oferta de serviços, à sua beleza natural, clima ameno e património histórico. A “BTL Weddings” será uma plataforma para fornecedores nacionais e internacionais promoverem os seus serviços junto do mercado nacional e internacional que visita a BTL.

Esta nova área é um espaço de divulgação e mostra do que existe no mercado ou é um espaço onde os expositores podem efetuar já vendas?
A “BTL Weddings” funcionará como um espaço promoção e de negócio. Os expositores poderão apresentar os seus serviços e produtos e também concretizar vendas e fechar contratos diretamente com os visitantes.

O que é que Portugal tem para oferecer nesta área?
Portugal oferece uma vasta gama de espaços deslumbrantes e fornecedores e profissionais altamente qualificados, adaptados a diferentes estilos de cerimónias.

O país tem-se afirmado como um destino de eleição para casamentos, atraindo casais de diversas nacionalidades. Em 2023, realizaram-se 36.980 casamentos no país, dos quais 7.532 envolveram casais estrangeiros ou uniões entre portugueses e estrangeiros.

São dados que refletem a crescente popularidade de Portugal como destino para casamentos, impulsionada por fatores como paisagens deslumbrantes, clima ameno, património cultural rico e serviços de alta qualidade.

A “BTL Weddings” funcionará como um espaço promoção e de negócio. Os expositores poderão apresentar os seus serviços e produtos e também concretizar vendas e fechar contratos diretamente com os visitantes.


No seguimento do lançamento desta nova área, poderão existir outras novas aéreas a surgir em futuras BTL?
A missão da BTL é promover a oferta de produtos turísticos do destino nacional. Para alcançar esse objetivo, é essencial criar espaços de exposição e promoção destinados aos diversos players nos vários segmentos do mercado. A criação dessa área responde às necessidades tanto da oferta quanto da procura.

Sabemos que hoje a BTL é o momento mais importante do ano em que os portugueses decidem e compram as suas férias. Entre estas, inclui-se um número expressivo de luas de mel. No entanto, até agora, este era o único produto disponível para quem planeava o casamento dos seus sonhos.

Com o lançamento do “BTL Weddings”, passamos a oferecer uma solução completa para este público.

De destacar ainda nesta edição 2025 da BTL, o lançamento do “BTL Wellness”, uma nova área que responde à crescente procura por experiências bem-estar e equilíbrio e estilos de vida saudáveis.

Globalmente e a pouco mais de um mês do arranque da 35.ª edição da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market quais são as expectativas para o evento deste ano?
As expectativas para esta edição são extraordinárias. A cada edição que passa, temos registado um balanço muito positivo, conseguindo superar consistentemente a anterior. Este ano não será exceção e promete ser a melhor edição de sempre, destacando-se pela diversidade, qualidade, número de expositores e pela área ocupada.

A novidade deste ano é a extensão coberta da área exterior entre pavilhões, criada para responder à forte procura por parte de empresas nacionais, internacionais e entidades públicas institucionais

Recentemente, apresentaram um novo naming: BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market. O objetivo é uma visão mais internacional à feira?
O novo naming, BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market reforça o posicionamento internacional da BTL.

A marca evolui agora para uma identidade verbal mais alinhada com o compromisso que se começa a fazer sentir em todo o setor com um turismo de melhor qualidade, assente em valores como a sustentabilidade, autenticidade, inclusão e responsabilidade social. Uma identidade que reforça também o posicionamento internacional da BTL e que pretende aumentar a sua oferta B2B e B2C.

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Transportes

Aeroportos europeus excedem números de passageiros pré-pandemia e atingem 2,5 mil milhões

De acordo com os dados mais recentes divulgados pela ACI Europe, o número de passageiros movimentados nos aeroportos europeus ficou 7,4% acima de 2023 e 1,8% de 2019, totalizando 2,5 mil milhões. Em Portugal, o crescimento foi de 17% face a 2023.

Victor Jorge

No ano 2024, os aeroportos europeus movimentaram 2,5 mil milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 7,4% relativamente a 2023 e mais 1,8% face a 20219, recuperando, assim, segundo a ACI Europe, os valores registados pré-pandemia.

Os dados revelam que a dinâmica de crescimento foi impulsionada, principalmente, pelo tráfego internacional, que cresceu 8,8% face a 2023, enquanto o tráfego doméstico [Europeu] cresceu 2,5% relativamente a 2023, permanecendo 6,3% abaixo dos níveis de 2019. Os números revelam, igualmente, que o crescimento no primeiro semestre de 2024 foi mais acentuado (+8,9%) que no segundo semestre (+6%), bem como em meses fora do pico tradicionalmente associados com menos tráfego. “Isto reflete mudanças estruturais no mercado da aviação, incluindo uma mudança modal parcial para o transporte ferroviário, uma forte mobilidade transfronteiriça dentro do Mercado Único da UE e uma procura em rápido crescimento nos mercados emergentes fora da UE”, refere a ACI Europe.

Os aeroportos na união Europeia registaram um aumento de 7,8% face a 2023 no tráfego de passageiros, enquanto os aeroportos fora do espaço comunitário cresceram 5,2%, admitindo a ACI Europe que “o impacto da geopolítica notou-se mais nestes países”, destacando a quebra de Israel (-33,3%), Rússia (-13,5%) e Ucrânia (-100%).

Entre os maiores mercados da aviação, destaque para o crescimento da Turquia (+23,1%), Itália (+17%) e Espanha (+13%) que ficaram todos acima dos números pré-pandemia, ao contrário de países como Reino Unido (-0,1%), França (-3%) e Alemanha (-16,6%).

A ACI Europe destaca, por outro lado, o excelente desempenho de países da UE como Islândia (+24,2%), Malta (+22,5%), Grécia e Polónia (+22,1%), Portugal (+17%) e Croácia (+16,6%).

Dos cinco maiores aeroportos na Europa, London Heathrow manteve a sua posição de líder, com 83,9 milhões de passageiros, representando um crescimento de 5,9% face a 2023 e de +3,7% relativamente a 2019.

O aeroporto de Istambul instalou-se na segunda posição com 80,1 milhões de passageiros, o equivalente a um aumento de 5,3% face a 2023, mas correspondendo a uma evolução de 16,9% relativamente a 2019.

Já os aeroportos Charles de Gaulle e Amsterdão cresceram face a 2023, mas continuam negativos relativamente a 2019. No caso do aeroporto francês (70,3 milhões), o crescimento de 2023 para 2024 foi de 4,3%, tendo ficado a 7,7% dos números de 2019, enquanto Shiphol (66,8 milhões) aumentou 8% face a 2023, ficando a 6,8% dos níveis de 2019.

Por último, o aeroporto de Madrid manteve o 5.º lugar, com um crescimento de 9,9% para 66,1 milhões de passageiros relativamente a 2023, aumentando 7,2% face a 2019

Olivier Jankovec, diretor-geral da ACI EUROPE, destaca os resultados conseguidos e a superação de recordes históricos nalguns casos, embora reconheça que “isto foi alcançado apesar das tarifas aéreas muito inflacionadas, das contínuas pressões sobre a oferta, do crescimento económico maioritariamente fraco e das tensões geopolíticas”, o que demonstra, segundo o mesmo, que “os consumidores estão agora a dar prioridade às experiências, especialmente às viagens.”

“Mas 2024 também confirmou mudanças estruturais significativas no período pós-Covid, com a procura por viagens de lazer e para visitar familiares e amigos, bem como as companhias aéreas de baixo custo, a definir em grande parte o desempenho do tráfego – juntamente com a consolidação das companhias aéreas, a mudança nas dinâmicas da conectividade aérea e a geopolítica”, referiu Jankovec. “Isso significa que, para além dos nossos resultados globais positivos, quase metade dos aeroportos europeus permaneceram abaixo dos níveis de tráfego pré-pandemia no ano passado. Estamos agora num mercado aeroportuário europeu a várias velocidades, onde as pressões competitivas continuam a aumentar.”

Jankovec acrescentou ainda que, para os próximos meses, “esperamos que a procura por viagens aéreas se mantenha resiliente – desafiando a frágil confiança dos consumidores e as economias europeias geralmente anémicas”.

Assim, as previsões apontam para “um crescimento de 4% no tráfego de passageiros para 2025, mas teremos de rever essa previsão regularmente, considerando as enormes incertezas políticas e económicas globais”, admitiu o diretor-geral da ACI Europe.

“Para já, os principais riscos para o tráfego estão relacionados com os problemas de gestão das frotas das companhias aéreas, a falta de capacidade dos sistemas de gestão do tráfego aéreo, políticas de aviação mal concebidas e, claro, a geopolítica”, concluiu Olivier Jankovec.

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Transportes

Governo defende venda de 100% da TAP mas quer “estreito diálogo” com oposição

O ministro das Infraestruturas garantiu que o Governo mantém a posição de vender 100% da TAP, mas quer um “estreito diálogo” com o PS e está disponível para encontrar soluções quanto à percentagem a privatizar.

Publituris

“Não tenha dúvidas absolutamente nenhumas, [vender] 100% da TAP é a nossa posição”, garantiu o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, no parlamento, em resposta a questões da Iniciativa Liberal.

O governante rejeitou que condicione as suas opções ideológicas ao PS, mas deu o exemplo da redução do IRC, que o Governo defendia, mas não avançou devido à oposição de outros partidos.

“Tenho uma máxima na vida: todo o esforço inútil leva a melancolia, […] a bússola é o nosso programa eleitoral, mas depois claro que temos de estar disponíveis para encontrar soluções, porque é melhor avançar do que continuarmos na mesma”, apontou o ministro do Governo minoritário liderado por Luís Montenegro.

Questionado pelo Chega, Miguel Pinto Luz disse que o processo de privatização da TAP está neste momento em “avaliação interna” e que o Governo irá depois publicar um decreto-lei com as regras para a venda, à semelhança do que o anterior executivo socialista fez, em dezembro de 2023, e que foi vetado pelo Presidente da República.

“Nós desta vez queremos que seja o mais transparente e dialogante possível”, vincou o ministro das Infraestruturas.

Na terça-feira, a Bloomberg avançou que o Governo está a ponderar vender pelo menos 49% do capital da TAP, num processo de privatização que deverá arrancar em março e poderá estar concluído até à primeira metade de 2026.

O Governo reuniu-se recentemente com interessados na compra da transportadora aérea portuguesa, no âmbito do processo de reprivatização preparado pelo anterior executivo socialista, que o queria concluir em 2024, mas que ficou em espera com a mudança de Governo.

Os três grandes grupos aéreos europeus – Lufthansa e Air France-KLM e IAG – manifestaram publicamente interesse no negócio.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, disse que a reprivatização iria acelerar após a aprovação do Orçamento do Estado, no final de novembro, adiantando que existia consenso sobre a privatização, mas não sobre a percentagem a vender.

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