Vila Galé em Elvas vai custar 5M€ e abre em 2018
Grupo português é o primeiro a concorrer e a ganhar a concessão de um monumento ao abrigo do Programa Revive, lançado recentemente pelos Ministérios da Economia, Cultura, Finanças e Defesa.
Patricia Afonso
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Cinco milhões de euros e 15 meses. São estes os números que envolvem a construção de uma unidade Vila Galé no Convento de São Paulo, em Elvas, ao abrigo do Programa Revive, lançado recentemente pelo Estado. A apresentação do projecto para este monumento decorreu na sexta-feira, 21 de Outubro, onde Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo hoteleiro, afirmou que as empresas que “estão bem na vida, como é o nosso caso”, têm a “obrigação de fazer coisas pelo Turismo”.
No seu discurso, Jorge Rebelo de Almeida agradeceu ao presidente da Câmara Municipal de Elvas, que se esforçou por levar os Vila Galé à cidade; e ao Ministério da Economia e à Secretaria de Estado de Turismo pelo lançamento do Programa Revive, uma iniciativa conjunta com os Ministérios da Cultura, Finanças e Defesa.
O Vila Galé que vai ser erguido no Convento de São Paulo deverá abrir portas em 2018 e será constituído por 64 quartos, dois restaurantes, um salão para eventos e conferências, um spa Satsanga – marca própria do grupo –, bar e adega, piscina exterior e interior.
“Precisamos de 60 dias para ter os projectos todos prontos, depois passamos a bola para as entidades oficiais, que acho que vão correr rápido para aprovar isto, e, depois, temos um prazo de 15 meses para executar a obra. O orçamento é difícil porque estas obras são sempre muito difíceis de avaliar, têm muitas surpresas. Começamos a mexer e surgem surpresas sobre a resistência da estrutura, do edifício. Mas penso que em 15 meses vamos ter o hotel e o orçamento previsto é na ordem dos cinco milhões de euros”, disse Jorge Rebelo de Almeida aos jornalistas quando questionado sobre o investimento nesta unidade, que vai criar entre 25 a 30 empregos.
“Decidimos candidatar-nos à recuperação do Convento de São Paulo porque queremos contribuir para revitalizar esta cidade cheia de história. Faz parte da nossa ambição também puxar pelo interior do País e por regiões menos consolidadas do ponto de vista turístico, estimulando a fixação das populações, a criação de emprego e a geração de riqueza”, adianta um comunicado dos Vila Galé sobre a aposta em Elvas.
O presidente do grupo hoteleiro indicou, ainda, aos jornalistas, que os Vila Galé pretendem investir mais no Alentejo, onde já têm duas unidades em funcionamento (Vila Galé Clube de Campo, em Beja; e o Vila Galé Évora). Alter do Chão é a próxima vila alentejana na mira de Jorge Rebelo de Almeida, que quer desenvolver o turismo equestre, um produto que considera ser natural da região e do País.
Questionado pelo Publituris sobre se está atento a outras oportunidades no Programa Revive, Jorge Rebelo de Almeida anuiu. Aos jornalistas, o presidente do grupo identificou o Quartel da graça, em Lisboa, como um dos monumentos em que o Vila Galé está de olho, o que seria o alcançar de um objectivo que o grupo persegue há algum tempo, a construção de uma nova unidade na capital.
Recorde-se que o Grupo Vila Galé conta com 27 unidades no seu portefólio, em Portugal e no Brasil, e tem em início de obra ou já em construção outros quatro hotéis: Braga, Sintra, Porto e Touros, no Brasil.
Na cerimónia estiveram presentes o presidente da autarquia, Nuno Mocinha, visivelmente satisfeito com este projecto; o ministro da Economia, que enalteceu o Programa Revive e o envolvimento dos privados na revitalização do património cujo Estado não tem as verbas necessárias para manter; e a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.